sexta-feira, 21 de julho de 2017

João Pacheco, um amigo que se foi.


João Pacheco, um amigo que se foi

O João é um amigo de todos. O João gostava de gente. Gente à sua volta. O João levava gente para a  sua volta.

O  João não dizia mal “das gentes”.  João dizia sim o que as gentes tinham de bom.

Ele foi-se…sinto, mais que uma tristeza, uma alegria de ter sido seu amigo, de ele me ter como amigo. 

Como foi dito hoje..ele, quando falava conosco, falava com a sua alma para a nossa alma.

Hoje foi um dia difícil…mas também foi  um dia fácil. Foi fácil porque ele sempre cultivou o prazer de estar entre amigos e eles, muitos, estavam lá. Todos temos que aprender isso. Também será fácil porque é fácil lembrar uma pessoa generosa e doce como o João.

Tenho saudades dele….mas são saudades boas.

 

“Um amigo não é sobretudo uma pessoa em quem acreditar. É alguém que se acredita amar, e que se ama, e é só nesse sentido que faz sentido acreditar".  De Miguel Esteves Cardoso”

 

Ontem estive a ouvir os Pretenders…. acho que ele se revia aqui, Stop your sobbing , oiçam:

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Ao bonecos da Airfix que andam por Tancos e a vida dos iogurtes


Airfix
Ao bonecos da Airfix que andam por Tancos e a vida dos iogurtes


“Tancos: material roubado vale 34 mil euros

General Pina Monteiro refere que os lança foguetes que foram roubados estavam selecionados para serem abatidos. Já o primeiro-ministro, António Costa, mantém a confiança nos militares e no seu ministro da Defesa.”..retirado da net.~

O nosso militar chefe diz-nos que o armamento vale apenas 34 mil euros e, pasme-se, que parte já passou o prazo de validade. Assim, os morteiros, lança granadas ou lá o que for, funcionará mal. Não quer dizer que não funciona. Quer dizer que funciona mal. Isso é…pode acertar mais à esquerda ou mais à direita. Brincadeira, não? Talvez os danos sejam ainda  piores …acertar ao lado do alvo.
Mais, afirma que valem 34 mil… Há que explicar ao Sr General Pina Monteiro que uma coisa é preço de compra na loja. Outro, bem diferente, é preço no contrabando. O meu conhecimento neste sector é muito reduzido. Lembro-me de comprar bisnagas. Usava também fisgas, mas estas eram feitas por um amigo da família, o Sr. Garrido.

Zé Povinho
O que me quer parecer é que andam a gozar com o Zé Povinho.

Para aqueles que não conhecem a Airfix, primam na palavra. Muito brinquei com eles

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Centeno ou Sem Tino


Centeno ou Sem Tino
 
Sem Tino ou Centeno
 
Os nossos políticos são verdadeiras centelhas. Não sei se a etimologia da palavra começa em Centeno ou Centelhas. Talvez mesmo estas duas palavras, Centeno e Centelhas, não sejam da mesma família.
Mas volto aos políticos. Gabe-se o político que possa ter telhados de vidro. Gabe-se o cidadão que possa ter telhados de vidro.
Volto agora ao Centeno, o tal tuga do milagre do défice de 2016.  Será que este milagre deveu-se às cativações aconteceram no SIRESP, na saúde, na educação, na defesa, na administração interna?
Hoje ou ontem os nossos políticos usaram a metáfora do cobertor pequeno.  O que temos percebido é que o cobertor não só anda a encolher, como também a perder pelo. 
Mas esta situação não é só de agora….parece que andamos SEM TINO faz muito tempo.
 

 
 
Com Tino


 

 

quinta-feira, 29 de junho de 2017

A Bufa do Salvador

Fato de gala para os concertos do Salvador


Caro Salvador,

Acredito que vais passar a conter a tua flatulência verbal.
Mas agora sobre a tua bufa. É que eu respeito o meu público, não me saio peidando assim…
 Se quiseste ter humor, não tiveste. Se quiseste fazer uma crítica, penso que foi no lugar errado, na hora errada, com o sentimento errado. Se quiseste alertar o público para a tua obra, coloca-a cá fora. Acredito que a tenhas, mas deve ser ainda curtinha.

Vou ajudar-te a ser, pelo menos, mais polido. Sei que um artista, e tu és um, pode fazer quase tudo o que lhe dá na peida (era para escrever na telha). Parece-me, cá de longe, que tinhas uns 9.667.278 portugueses a gostarem de ti (ou pelo menos indiferentes –há quem seja indiferente a tudo, mesmo às bufas dos outros). Os 376.578  portuguese  são aqueles que dizem mal de tudo. Dizem mal da mãe, do pai, da cerveja gelada…parece que as bufas deles, mesmo as da vida, em vez de saírem pelo anal, saem pela boca ou pelo Facebook. O que me deixa preocupado é que este número parece estar a aumentar.

Segue um pequeno glossário. Espero que te seja útil. Bufa-o à vontade
1.                  flato, flatulência, flatuosidade, gás, ventosidade
2.                  bufa, traque
3.                  pum, traque, ventosidade

 

Para divertimento de todos e um bem haja a ti, oh Salvador 

 
Salvador, quando te bufares, bufa-te com os teus, na tua privacidade.
 
 
 
 

 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

DELAÇÃO PREMIADA e o DILEMA DO PRISIONEIRO


DELACÇÃO PREMIADA e o DILEMA DO PRISIONEIRO
Dilema do Prisioneiro
 

A Delacção Premiada anda pelas bocas do mundo, pelo menos pelas nossas, em virtude do que se anda a passar pelo Brasil.  Basicamente e de modo simples, dá-se a possibilidade do participante num acto criminoso ver a sua pena reduzida ou extinta se contribuir para a denúncia de outros criminosos. Simples.

Há quem goste. Há quem a repugne. No caso do Brasil parece que está a funcionar. Como já funcionou em Itália, Espanha...

Não sendo jurista, advogado ou coisa nenhuma a ver com leis, tenho e temos, todos, a ver com ordem e  justiça. Pelo menos aqueles, muitos, que procuram que não os façam de tolos, aqueles que se sentem enganados, aqueles que se sentem discriminados…

Na minha opinião a Delacção Premiada deve ser usada. Este meio ajuda a agilizar a justiça, a fazer com que os processos sejam mais rápidos, menos onerosos para o Estado, a fazer pensar quem comete infrações ... e talvez não as praticar.

Lembro-me da história do Dilema do Prisioneiro. Funciona…então porque não pode funcionar a Delacção Premiada?

Não sou partidário da anulação integral da pena. Mas uma redução significativa, com toda indefinição que pode ter a palavra significativa, reduziria, com toda a certeza a criminalidade.

Uma certeza também tenho. Assustar quem se prepara para praticar um crime...pode fazer com que ele não o pratique.


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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@joaodavespa


 

 

 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Os nossos amigos de Pedrogão e os vilões da maledicência

Pedrogão Grande

Os nossos amigos de Pedrogão e os vilões da maledicência

Estes últimos dias têm revelado o pior de algumas pessoas. Não que em alguns casos não seja esperado ou pior, que confirmem o que já mostraram de si.

Os nossos políticos, quase todos eles, disseram que era um tempo de conter as críticas, de atirar as culpas,…. quase copiaram o que Marquês de Pombal afirmou em 1755…enterrem-se os mortos, cuidem-se dos vivos.  No entanto, a Sra D Caratina Martins resolveu, mais uma vez, levantar o machado de guerra do seu Bloco…querendo já saber de quem é culpa, quem são os culpados… cada vez mais o Bloco caminha para ser um bloquinho…mas nem de notas irá conseguir ser.

Noutro campo, o dos comentários de Facebook, os eruditos das medias sociais…há gente muito baixa, muito má, que pretende culpar tudo e todos, falando do pouco orgulho que têm em ser portugueses, atirando postas de pescada para aqui e acolá…que destilam ódio, que transpiram falta de carácter…e que, ao fim ao cabo, ajudam sempre em coisa nenhuma.

Para aqueles que usam a maledicência como único argumento das suas discussões, fica o meu desprezo. Para todos os outros que, directa ou indirectamente, choram por dentro, tentando perceber o que foi inexplicável,  fica o meu ABRAÇO.

Nota: Atirar as culpas a outros é sempre fácil. É como fugir às responsabilidades.

 

domingo, 21 de maio de 2017

BOAVISTA BENFICA, O SUBBUTEO E OLISIPO


Futebol na actualidade
 
 
BOAVISTA BENFICA, O SUBBUTEO E OLISIPO

"Vou à missa na mesquita", expressão alentejana

 Para aqueles que não se lembram, o Subbuteo é um jogo de futebol de mesa que se joga de com as mãos. É o que se passa com o futebol dos dias de hoje…joga-se com as canetas, não no campo, mas nas secretarias e outros locais.  Qualquer destes locais é pouco transparente ou mesmo “nubloso”.

O que se passou no passado jogo Boavista Benfica, da última jornada da época 2016/17, foi uma autêntica vergonha. Uma medida digna de um Lenine ou Le Pen, o passado e presente da realidade. Nem um nem outro condenados pelas suas políticas ou ideias.

Lembro-me de uma expressão alentejana que ouvia: “vou à missa na mesquita”. Esta relata o espírito aberto que os portugueses possuem relativamente a outros credos, a outras gentes. Mas esta abertura não é de hoje, parece que sempre nos acompanhou.

Levo-me assim aos tempos de Olisipo. Por altura que Lisboa era Olisipo. Olisipo era cosmopolita. Viviam por lá cerca de 30 mil habitantes. Atraia comerciantes e gentes de todo o mundo.  Descendentes de cartagineses, romanos, gregos, lusitanos, povos daqui a dali passeavam e viviam em Lisboa. A harmonia religiosa entre os deuses gregos, romanos e outros era mais uma das características desta nossa urbe. Igrejas construídas sobre templos islâmicos, não impediam que os respectivos credos fossem realizados. Esta dado parece ter sido a realidade da Sé de Lisboa.

Chegamos ao ano de 2017 e vemos que famílias ficam impedidas de entrar num evento público, para o qual compraram bilhete, que não foi barato, porque vão vestidos com as cores do seu clube do coração, neste caso o Benfica

Lembro-me de ser catraio e ir a futebol sozinho ou com amigos, catraios com eu, sem ter medo, sem os meus pais terem medo do que me pudesse acontecer. Ia ver o meu Sporting.

Lamentável esta situação do Boavista / Benfica, lamentável o que se passa no futebol.

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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