"Regra é, em primeiro lugar, gestão da vida quotidiana."Max Weber
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Apita o comboio |
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Há quem pense que o sucesso, profissional e pessoal,
seja algo tão fácil (ou difícil) como apanhar um comboio em andamento.
Na minha adolescência (não sabendo bem quando ela
começa e acaba) subi várias (vezes) para o eléctrico 15, com este em
andamento. Ia ou vinha do Estádio Nacional, lugar onde se desenrolavam jogos de
rugby. Eu e a catraiada toda.
As empresas do século passado também acreditavam nesta
fórmula. Compram-se umas máquinas, arranja-se uns funcionários…e estamos lá.
Fazemos o que os outros fazem… melhor, tão bem ou pior…mas havia mercado.
Já a nível individual, a aposta num curso superior, o
conhecimento mais ou menos profundo de inglês ou de um outro qualquer idioma, sem ser o brasileirês, permitia-nos apanhar o comboio em andamento.
As crises do petróleo de 1973, 1979 e 1991 nas
nossas locomotivas, deram o seu abanão na sociedade, mas lá recuperámos. O
comboio voltava à sua velocidade de cruzeiro e, posteriormente, entrava com a
adrenalina da montanha russa do crescimento.
Bem, isto tudo era no século passado.
Depois, já no séc XXI, houve mais uma fase em que o comboio
parou.
Um dado que é transversal às economias é o factor
“crescimento da China”. Foi bom no início, depois percebeu-se que começava a haver uma grande dependência e agora
estamos à rasca com a crise que por lá (e não só) grassa (aqui grassa significa
também más gorduras).
O comboio parou na crise de 2001, a tal da Bolha da
Internet.
Em 2008, o quarto maior banco de investimento dos states,
o Lehman Brothers, abre falência. O tal do momento subprime que nos
arrastou a todos (e arrasta). Aqui parou outra vez o comboio.
E tudo o vento mundo levou….a economia anda
parada
Mas hoje, e o hoje começou no meio da década passada,
temos uma verdadeira revolução de "ferrovias". O acesso a estas vias
de informação, sobretudo de
conhecimento, estão à distância de um
pulo da curiosidade e interesse pelo saber.
O capital
para investimento também existe…e é apátrida.
Não quero deixar de referir o crowdfunding. Data de 1997, altura em que os Marillion, a famosa
banda britânica, teve a sua tour patrocinada pelos seus fans
americanos.
O resultado da economia colaborativa, personificado no
Linux ou na Wikipedia, são testemunhos do pulo referido anteriormente.
As diversas plataformas que nos permitem aprender em
todas as geografias, muitas vezes sem ter que sair de casa, fazem com que o Comboio do Conhecimento tenha os carris
perto de nós, ou mesmo em nossa casa.
Este Comboio anda a uma velocidade extraordinária e
metamorfoseia-se …já não dá saltar para dentro dele e deixar-se ir.
Mas hoje, graças à tecnologia, temos mais autonomia,
mais conhecimento acessível, mais capacidade de fazer mais, por nós e pelos
outros.
Não quero deixar de referir o Employee Centricity. Temos que colocar as pessoas no centro da
organização. Dotar todos os colaboradores com competências de vária
índole e atribuir-lhes responsabilidades. Os colaboradores,
independentemente da sua posição hierárquica, devem ser a chave do sucesso das
Empresas, devem sentir-se como sendo a Marca da Empresa.
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João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://jpmarques.blogspot.com
@joaodavespa