BRINDES, PRESENTES ou PRODUTOS de RELACIONAMENTO (ou, como lhe chamam alguns, a Terceira Media)
Keywords: Brindes, Clientes, Relacionamento
"Tenho a certeza que metade da nossa verba de Marketing está sendo desperdiçada. Mas ninguém me sabe dizer qual é essa metade" Henry Ford
É uma prática que está sempre na ordem do dia. Os Brindes / presentes que se oferecem. Como sabemos, há Brindes e BRINDE$.
Falo de Brindes ou de Presentes indiscriminadamente. Algumas vezes os mesmos se confundem. Algumas vezes também que os atribui confunde também a finalidade dos mesmos.
Estes, em regra, são o parente pobre de toda a estratégia de marketing. Talvez porque parte dos Brindes oferecidos sejam apenas pensados verdadeiramente no final do ano, quando os budgets estão quase (ou já estão mesmo) esgotados ou quando não se sabe o que mais fazer. O facto também de quase todas as Organizações pensarem neles na mesma altura do ano faz com que a oferta, preço, variedade, prazo de entrega e outros factores limite a capacidade de escolha.
Poderemos atribuir Brindes a:
• Funcionários;
• Clientes actuais;
• Clientes desejados;
• Fornecedores;
• Facilitadores.
Merece a minha especial atenção a oferta de Brindes a Fornecedores. A entrega de Brindes a este parceiro prende-se com uma relação que se pretende que seja Win / Win. Este gesto significa que:
• Estamos reconhecidos pelo bom atendimento / serviço;
• Queremos cimentar o relacionamento;
• Ajuda a manter os prazos de entrega ou outras facilidades;
• Aumenta a possibilidade de preferência de suprimentos em altura de escassez.
Na atribuição de Brindes há que ter em conta a sensibilidade e a percepção do receptor em ou algo que se aproxima do suborno. Há várias empresas que, por estatutos, estão impossibilitadas de receber Brindes acima de um determinado montante. Prudência, bom senso e conhecimento das regras das comunidades dos receptores é algo que não pode ser descurado.
Lembro-me quando trabalhava no BPSM que uma das empresas que eu acompanhava apenas podia receber presentes até um determinado montante, o qual era muito baixo. Só soubemos disso quando nos devolveram os presentes. A situação não foi embaraçosa porque tínhamos um bom relacionamento com esse Cliente.
Noutra Empresa por onde passei na época de Natal todos éramos mobilizados para a entrega de presentes. A Empresa quase parava e os presentes oferecidos, em alguns casos, seriam eventualmente excessivos. Mas como há 8 e 80, numa outra, a entrega de presentes era mais que espartana. Não havia. Duas Empresas a trabalhar em áreas de negócio muito parecidas com políticas de produtos de relacionamento diametralmente opostas.
São vários os motivos para que Brindes sejam oferecidos:
• Mensagens de boas-festas;
• Votos de recuperação de um problema de saúde;
• Agradecimento por um negócio fechado ou uma apresentação de cliente;
• Desculpa por alguma falha ou erro;
• Aniversários ou datas que tenham importância na vida profissional ou
pessoal do Cliente;
• Agradecimento à Empresa com que contratamos um bom negócio ou que favoreceu
perspectivas de um bom volume de negócios no futuro;
• Agradecimento de alguma ajuda que se mostrou essencial e importante para o
desenrolar de alguma actividade;
• Em certames ou exposições para criar laços de receptividade entre clientes
já conquistados ou aqueles que ainda são potenciais clientes;
• Demonstrar com o brinde a capacidade de oferecer serviços;
• Reforço do relacionamento já existente;
Com este levantamento de informação o Departamento de Marketing ou a Agência contratada para o efeito pode pensar em propor as sugestões de Brindes e, então definir quando devem ser entregues. É importante avaliar se os Brindes escolhidos são adequados a quem o recebe.
Existem milhares de hipóteses de presentes; por isso, faça uma escolha criteriosa do presente que oferece. Faça deste gesto uma operação de charme e de prestígio para si e para quem o recebe.
Como toda a operação de marketing, ela deve ter um retorno. Se percebe que não haverá qualquer retorno, esta operação deve ser esquecida. Poderá assim realocar o budget para outras acções.
Muito mais poderia escrever sobre Brindes. Não quero, todavia, deixar de referenciar mais duas: entrega e embalagem.
A Entrega deve ser feita, sempre que possível, pessoalmente. Assim, demonstramos respeito e a importância que esse Cliente tem para nós.
A Embalagem é o primeiro contacto do presenteado. Uma boa embalagem e um cartão com a mensagem apropriada podem significar mais que o próprio presente. E eu reparo que em muitas situações, não só em Brindes, a Embalagem é algo que é descurado.
Provoque uma relação emocional em quem recebe os seus Brindes. Lembre-se que estes podem ir para o escritório ou mesmo para casa de quem os recebe. E não é isso que você quer?
João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
@joaodavespa
Gestão | Vendas | Marketing | Histórias | VESPAS | Coisas boas e um pouco de tudo O que penso, o que eu crítico, os meus textos, textos dos outros, informações interessantes de oitava coluna e outras que eu acho engraçadas (I hope). Junto algumas fotos e tudo o mais que me vier à mona. Content by myself and some other stuff. email:joaodavespa@gmail.com / joao@jpmconsultores.pt Quotes: - If you think education is expensive, try ignorance - What you know is worth more than you know
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1 comentário:
Começa a ser tradição, principalmente numa época de crise, as empresas alocarem as verbas para prendas de Natal a causas sociais o que me parece ser mais útil, passar a mensagem de que a empresa se preocupa e evitar constrangimentos por parte de quem os deveria receber envolvendo as pessoas numa boa acção sem nada fazerem para isso. Além disso as verbas poderão ser majoradas para descontar no IRC. Mais win win não poderia haver(a não ser para o Estado glutão)
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