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Ouvir e escutar são acções diferentes, apesar
de muitos pensarem que são o mesmo.
Aliás, a primeira nem sequer é exatamente
uma acção. Segundo o neurologista auditivo Seth S. Horowitz, a questão é
atenção. Ouvir algo, segundo ele explicou num artigo publicado no New York
Times, é uma acção passiva, consequência do nosso sistema auditivo, que capta
involuntariamente os sons à nossa volta numa reacção a estímulos externos que
acontece mais rapidamente do que qualquer outro sentido.
Já escutar é uma ação
activa, pois requer foco.
Segundo Seth, escutar é uma
habilidade, que pode ser melhorada ou perdida. Perder a capacidade de escutar,
no caso, não significa ficar surdo, mas sim ser dominado por aquilo que o autor
chama de “distracção digital” e “sobrecarga de informações”, que estariam “se tornando
uma epidemia em um mundo que está trocando conveniência por conteúdo,
velocidade por significado”.
O que eu pretendo reforçar, como
sugestão, interesse-se, pelo menos enquanto está com o seu interlocutor, pelo
que ele diz. Talvez ele diga as coisas
de forma diferente do que você está habituado; talvez ele pretenda avaliar o
seu grau de interesse e seriedade antes de contar tudo.
O seu interlocutor, pode não merecer uma segunda chance, mas uma
primeira, em regra sim. Claro, quando o assunto for alhos
e ele pretender falar de bugalhos…desculpe-se e saia.
Nota: Copy postado em parte da WWW
João Paulo Marques
João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você
também.
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