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BOAVISTA BENFICA, O SUBBUTEO E OLISIPO
"Vou à missa na mesquita", expressão alentejana
O que se passou no passado jogo Boavista Benfica, da última
jornada da época 2016/17, foi uma autêntica vergonha. Uma medida digna de um
Lenine ou Le Pen, o passado e presente da realidade. Nem um nem outro
condenados pelas suas políticas ou ideias.
Lembro-me de uma expressão alentejana que ouvia: “vou à missa na mesquita”. Esta relata o
espírito aberto que os portugueses possuem relativamente a outros credos, a
outras gentes. Mas esta abertura não é de hoje, parece que sempre nos
acompanhou.
Levo-me assim aos tempos de Olisipo. Por altura que Lisboa
era Olisipo. Olisipo era cosmopolita. Viviam por lá cerca de 30 mil habitantes.
Atraia comerciantes e gentes de todo o mundo.
Descendentes de cartagineses, romanos, gregos, lusitanos, povos daqui a
dali passeavam e viviam em Lisboa. A harmonia religiosa entre os deuses gregos,
romanos e outros era mais uma das características desta nossa urbe. Igrejas
construídas sobre templos islâmicos, não impediam que os respectivos credos
fossem realizados. Esta dado parece ter sido a realidade da Sé de Lisboa.
Chegamos ao ano de 2017 e vemos que famílias ficam impedidas
de entrar num evento público, para o qual compraram bilhete, que não foi
barato, porque vão vestidos com as cores do seu clube do coração, neste caso o
Benfica
Lembro-me de ser catraio e ir a futebol sozinho ou com
amigos, catraios com eu, sem ter medo, sem os meus pais terem medo do que me
pudesse acontecer. Ia ver o meu Sporting.
Lamentável esta situação do Boavista / Benfica, lamentável o
que se passa no futebol.
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João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
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@joaodavespa