Dá cá uma saudade quando vamos a casa de amigos e descobrimos
que a mãe deles assinava os quadros com o nome da minha mãe
Gestão | Vendas | Marketing | Histórias | VESPAS | Coisas boas e um pouco de tudo O que penso, o que eu crítico, os meus textos, textos dos outros, informações interessantes de oitava coluna e outras que eu acho engraçadas (I hope). Junto algumas fotos e tudo o mais que me vier à mona. Content by myself and some other stuff. email:joaodavespa@gmail.com / joao@jpmconsultores.pt Quotes: - If you think education is expensive, try ignorance - What you know is worth more than you know
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segunda-feira, 14 de abril de 2014
sábado, 8 de março de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Palavras para a Minha Mãe (José Luís Peixoto)
Palavras para a Minha Mãe
mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
Hoje faria 79...há 10 anos que não anda por cá
mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
Hoje faria 79...há 10 anos que não anda por cá
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Os "meus" milagres de Santiago
Os “meus” milagres de Santiago
Em 2001 mudei-me para Santiago de Compostela. Antes da
mudança, que pensava eu vir a ser duradoura, apenas tinha ido lá arrendar um
apartamento. Rapidamente habituei-me à cidade. A vista de minha casa quase
chegava a Portugal; matava assim as saudades de Lisboa.
Todos os dias cruza-me pela Catedral. É inegável o peso que
este edifício tem na cidade. Mais, o café que escolhi para me receber por lá, o
Literários, é paredes meias com a
Catedral. Lá sentado, a bebericar o café ou a beber uma cerveja, sentia-me o
guardião a Catedral… Todos que queriam circundar o edifício, passavam por lá
Os dias corriam; o objectivo que me levou a Santiago não
arrancava e eu que cada vez mais gostava
da cidade. Andava muito a pé por lá. Lembro-me hoje dos comes, dos bebes, do
que se passava, de algumas manifestações, dos cafés, de algumas pessoas com as
quais perdi o contacto…
Lá para Novembro disseram-me que o que me tinha levado a
Santiago já não ia acontecer. Disse várias asneiras em português e em castelhano
e voltei para casa.
O que eu pensava que tinha sido um azar tremendo, veio a
revelar-se uma premonição..chamo de Santiago.
2002 e 2003 vieram a revelar-se anos em que a minha presença
em Lisboa se tornaria indispensável. Felizmente andei por cá.
2004 veio a revelar-se mais uma consequência da, digo agora, boa sorte do final de 2001.
Mudei-me outra vez para o estrangeiro. Voltei em Maio de 2005. Voltei diferente…melhor.
Após 2001 voltei apenas duas vezes a Santiago. Mas quero
voltar lá.
Mas Santiago voltou. Desta vez só para mim. Em Julho de
2013.
No meio de arrumações em casa dos meus pais…separando coisas
para doar, coisas para guardar, coisas que contam a minha história, a história
da casa e deles, a nossa história, diz-me a D. Rosa, a senhora que anda cá por
casa faz muito tempo…não com o tempo de me chamar menino…
Meio aflita porque pensava que eu já tinha limpo um Santiago
que anda pela sala, preso à parede.
Conta-me ela que está lá um papel deixado pela minha mãe. Eu
desconhecia…pego na estatueta, levanto-a e vejo um papel dobrado que se
encontra por baixo. Abro-o e vejo o meu nome, já escrito com uma caligrafia
muito tremida….eventualmente das últimas coisas que ela escreveu.
Quase 10 anos após o falecimento da minha mãe recebo mais um
presente dela…
Amanhã faz 10 anos que ela morreu…tenho saudades.
http://jpmarques.blogspot.com;
joaodavespa@hotmail.com
@joaodavespa
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joaodavespa@hotmail.com
@joaodavespa
quarta-feira, 19 de junho de 2013
A minha família - A minha mãe e o meu pai
Pai, faz hoje dois
meses que foste ter com a mãe.
Quero dizer-vos que as coisas por aqui estão a caminhar bem.
Que não se preocupem. Que nunca
mais perdi ou esqueci-me das chaves. Que
tento não acumular jornais. Que há uns
projectos que parecem querer arrancar. Que continuo a acordar cedo. Que tenho
cuidado quando ando de moto.
Outro dia estive em VRSA.
Pena que a mãe nunca tivesse conseguido ir à nossa casa. Mas vais agora contar-lhe mais
pormenores da VRSA e da nossa casa.. Como está mudada VRSA, comparando
com os tempos em que íamos lá os três.
Lembro-me bem como gostavas de lá
Estive em alguns restaurantes em íamos os dois. O Baixa Mar,
em Santa Luzia, foi um deles. Mantive aquela conversa longa com o Paulo. Aquela
que ele sempre dedicava a nós. Ele ficou
surpreso com a notícia. Aliás, todos ficaram….viam-te sempre animado com a
vida. Aliás, tu e a mãe sempre estiveram bem com a vida. Mesmo quando tudo
indicava que ela parecia não estar do nosso lado.
Para além das saudades que vou tendo dos dois, vou
lembrando-me do bolo de carne da mãe. Nunca mais comi um assim. Ela não
desconfiava. Mas era tão bom que eu fazia sandes com ele. Mas também as sopas
que tu fazias. Esta também é uma das novidades…pôr em prática o que está nos
vários livros de culinária que temos.
Há mais coias boas…coisas boas que vão acontecer aqui, por
cá, comigo.
Um beijo aos dois. Saudades cá de baixo.
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