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sábado, 21 de setembro de 2013

Somos todos uns Peixinhos de Aquário ou não?

Somos todos uns Peixinhos de Aquário ou não?

“Amanhã não acontecerá nada se não mudarmos hoje”, José Saramago

Li algures que os peixes de aquário têm uma memória de 7segundos. De 7s em 7s fazem reset.  Sorte, azar…depende. Sorte, porque se esquecem das coisas más; azar, porque se esquecem das coisas boas. Enfim, nada é perfeito.

É um pouco o que se passa com a publicidade de hoje. Somos bombardeados com múltiplas mensagens. Muitas delas insignificantes, mal construídas, mal dirigidas, mal entregues, mal planificadas, mal..qualquer coisa. Mas claro, há muita coisa boa, que nos faz rir, que nos faz agir…

Acredito e suporto que os métodos tradicionais de comunicação funcionam.  Acrescento que os novos métodos de comunicação funcionam também. Cada um tem o seu lugar.  Veja-se os cartões de apresentação…têm ainda o seu lugar, apesar dos QR Codes e LinkedIn´s.

Ambas as técnicas  funcionam nos dois ambientes. Fnac loja física e virtual, por exemplo. Vemos então que a mensagem tem que ser, obviamente,  ajustada.

Digo-vos isto porque recebo muita papelada na caixa do correio.  E, quando a porta do prédio não é aberta, colocam-na  por debaixo da mesma, no chão.  Reforço esta ideia de forçar a entrega de publicidade com o facto de ter colado na minha caixa de correio um aviso a dizer: “Não colocar publicidade”, que não é respeitado. E não é que o aviso já foi arrancado umas 3 vezes.

Mais uma vez, quem o faz, está a forçar a transmissão da sua mensagem a quem não a quer. É, sem dúvida, um mau serviço à marca que está a representar. Não quero deixar de referir os vários conjuntos de flyers IGUAIS que são depositados na minha caixa.  O resultado disto: insatisfação, um caixote de lixo mais cheio e algumas queixas às respectivas empresas.

Reforço esta ideia com o facto de que nos dias de hoje sofremos  de um excesso de informação visual, bem maior do que no passado. A quantidade gigantesca de estímulos que recebemos  torna, bem mais  difícil, que a nossa atenção seja captada, que a nossa tomada de  decisão seja efectuada.

Este aumento dos estímulos é acompanhado com dois factos interessantes (segundo uma das obras de Martin Lindstrom):
- hoje em dia andamos mais depressa do que os nossos pais,
- hoje em dia falamos mais depressa que os nossos pais.

Hoje em dia tudo acontece mais depressa,  de um modo mais imprevisível, de forma mais espontânea.

Nota: Para não ser um peixinho na vida, faça algo de diferente, não seja mais um no cardume.

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.

domingo, 15 de setembro de 2013

O HOMEM PANQUECA

O HOMEM PANQUECA

O homem de palavra fácil e personalidade agradável raras vezes é homem de bem. (Confúcio)

Keywords: Comportamento, tips, gestão, panquecas, más práticas, 

A teoria
Quando falamos de uma atitude face a algo, estamos a referir-nos a um comportamento carregado de sentimentos face a uma coisa concreta, que nos vai condicionar e levar a actuar de uma determinada maneira perante uma situação específica.
Todas as atitudes possuem uma certa dose de intensidade, podendo fazer com que uma mesma situação para uma pessoa seja  positiva, enquanto que para outra será negativa e desfavorável. Isto porque as atitudes se formam nas nossas mentes graças a experiências pessoais vividas e/ou à influência de pessoas importantes ou grupos de pertença.

A prática
Não sou especial admirador (glutinador) de panquecas. Marcha uma de muito quando em quando, para não dizer que nunca comi uma.
Mas vamos lá. Quem sabe qual é o lado de cima de uma panqueca? Poucos ou nenhuns sabem.
O que me levou a esta metáfora é o comportamento que alguns colegas, pessoas, amigos, apresentam em algumas fases ou situações da vida, em  algumas promoções da vida. De repente ou quase, deixamos de as conhecer (ou eles de nos conhecer). Mas não serão eles panquecas…que vão bem com vários recheios?
Mostram o seu lado B...aquele dos velhos singles que ninguém ouvia (agora confesso, sou melómano).  E claro que todos nós já perdemos paciência para A, B ou C, para isto, aquilo ou aqueloutro. Mas sem ser em caso de roturas,  mantemos o convívio.

Note-se, o lado B muitas vezes é o melhor e aquele que se ouve durante mais tempo.


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
joaodavespa@hotmail.com; Skype: joaomarques64


quinta-feira, 14 de março de 2013

Jornais - talvez o que não deva ser feito


Jornais - talvez o que não deva ser feito

Costumo comprar regularmente o jornal em papel.

Um dia destes apanhei um artigo que interessava a um amigo que vive na Finlândia. Como não o encontrei na www, resolvo pedi-lo à fonte.  

Digo o que quero e porquê. Passo um email para um dos directores e para o email do jornal. Passou uma semana e nada de resposta.

Tive que scanear quatro ou cinco páginas. Resultado: quem recebeu os pdfs, quase não vai perceber qual a fonte. Não vai sequer promover o bom artigo que o dito jornal tinha feito. Vai ler que ler em método puzzle.

Claro que eles, jornais,  não têm de satisfazer todos os pedidos. Mas penso que devem dar resposta a todos eles.

Depois queixam-se que perdem leitores.

Recentemente apanhei uma notícia de uma empresa com a qual espero vir a colaborar. Era quase do tamanho de um A3. 

Pego no link da notícia e mando para o CEO dessa empresa. Qual o meu espanto quando recebo a resposta dele: “Não sabia nada”.

Já não é a primeira vez que recebo esta resposta.

Parece que esta media não se sabe promover.  

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

10 Mandamentos de um mau gestor

10 Mandamentos de um mau gestor (de André Acioli)

1.    Odeie pessoas – quanto mais você detestar pessoas, maior será a sua chance. Esta é a principal regra!
PS: Há pessoas que não gostam de Pessoas.  Não falo de calados e de bichos do mato. Há pessoas que só gostam delas.

2.    Não cumprimente seus funcionários – funcionários não merecem ser cumprimentados. Eles estão ali simplesmente para obedecer você. Pense neles como no cachorro do seu vizinho. Você sabe que existe, não gosta e não faz carinho na cabeça dele.
PS: Trabalhei com um assim. Entrava sempre ofegante. Dirigia um olhar para as costas da última pessoa que estava na sala quando entrava. Saia de fininho. Não me deixou saudades. 
3.    Jamais diga “por favor” ou “obrigado” – estes são temas proibidos no seu vocabulário organizacional. Todos devem fazer porque você manda; é uma ordem! Portanto, não há também motivos para que agradeça por uma tarefa que é obrigação!
PS: Faz-me lembrar as pessoas que entram dos elevadores, quando já vai alguém lá dentro, e nada dizem.
4.    Trabalhe de portas fechadas – não permita o ingresso de qualquer subordinado em sua sala sem agendamento prévio. Funcionário não tem problema! Eles têm que ser capazes de deixar todos os problemas que têm antes de bater o ponto. Se alguns insistirem em dizer que têm problemas, diga simplesmente: “não tenho nada a ver com isso!”.
PS: Eu gosto de trabalhar com silêncio. Mas gosto de saber que há vida lá fora. Pelo menos de quando em quando.
5.    Não divida o sucesso – todo e qualquer sucesso da área é fruto exclusivo da sua capacidade de gerenciar as pessoas que lhe servem! Elogios e reconhecimento cabem somente a gestores. Não os estenda aos funcionários.
PS: Difícil trabalhar em equipa, mas vale a pena. Há vários profissionais que usam e abusam do "eu".
6.    Aceite a sua onisciência – você não erra! Se houver equívocos de sua parte, atribua-os àqueles que lhe são subordinados. Funcionários erram o tempo todo; por isso, um erro a mais ou a menos, não fará qualquer diferença.
PS: Há políticos que afirmam: "Eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas.". Há pessoas assim e parecidas.
7.    Não pague almoços – limite-se a pagar, eventualmente, um cafezinho aos subordinados que lhe bajularem. Use-os para mandar recados aos demais funcionários e para saber quais as informações circulam no ambiente da sua área de gestão. Entenda a despesa do cafezinho como um investimento necessário. Se possível, peça reembolso à empresa.
PS: Eu acredito no "dar" ...sei também que um dia mais tarde posso "receber". Estas novas medias são muito dar....e receber.
8.    Não faça avaliações de desempenho ou contrate pesquisa de clima – tudo isso é besteira! O gestor é sempre capaz de falar sobre seus subordinados. Cabe ao gestor dizer se são bons ou maus executores das atividades que lhe são ordenadas e dos recursos de que precisam para tentar ser melhores. Não perca tempo contratando pesquisa para saber o que os funcionários acham de você, da empresa, uns dos outros e de como é o ambiente de trabalho: você já sabe todas as respostas e tem plena consciência de que funcionário reclama de tudo.
PS: A política do "eu sei, eu posso, eu mando"
9.    Mostre-se sempre preocupado – fisionomia tensa afasta pedidos. Quanto mais sério você se mostrar, menos solicitações de aumento, licenças, saídas mais cedo etc., terá. Sua fisionomia tensa deve ser amparada por deslocamentos rápidos e reclamações permanentes de que tem muito a fazer. Não deixe de mencionar isso em todas as oportunidades. Para comprovar, chegue antes de todos e saia pelo menos meia hora após término do expediente.
PS: Semblante de preocupação...
10.    Não perca oportunidades de falar mal da empresa e de todos os superiores, mas lembre-se, ante cada um deles, mostre-se a pessoa mais solícita e subserviente possível. Isso lhe assegurará uma excelente imagem junto à alta administração e eliminará quaisquer riscos de que fofocas de seus subordinados que contestem esta posição venham a ser ouvidas.
PS: Inveja, a galinha do outro é maior do que a minha...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Café e copo de água

Café e copo de água

Este tão tradicional cocktail de muita gente. Eu, sempre peço café e copo de água. Sei que assim vou bebendo água durante o dia. Bom hábito. Juntar os dois.

O que vos quero contar é uma situação insólita… ou melhor, de como fazer com que os Clientes não voltem a aparecer.

Encontrava-me no feriado de 25 de Abril numa esplanada simpática em Monte Gordo, vizinha de Vila Real de Santo António. Estava uma tarde muito agradável e bem tranquila. Calor, mas não muito, e aquele ar de quem tem o mar mesmo perto. Empregadas educadas e atenciosas. Não era a primeira vez que lá ia. Sempre que ando por aquelas paragens e se o tempo convida, abanco por lá. Eu, como sempre, pedi a minha bica e o respectivo copo de água. Pasme-se a resposta: copo de água não servimos. Terá que ir apanha-lo ao balcão. Pergunto porquê? Tenho como resposta “ordens da gerência”. Manifesto a minha surpresa e obtenho uma resposta educada.

O que resulta deste tipo de serviço é que perdi a vontade de voltar a passar por lá e bebericar o meu café e copo de água. Pelo que percebi, este comportamento inusitado tem vindo a ser praticado. Acredito com prejuízo do bar.

Já agora, o bar é o 42…. mesmo à entrada de Monte Gordo.

Adenda:Fechou