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quarta-feira, 27 de julho de 2022

DEVO OU NÃO ENTREGAR PROJECTOS DE CONSULTADORIA DE INCENTIVOS A TERCEIROS?

 

DEVO OU NÃO ENTREGAR PROJECTOS DE CONSULTADORIA DE INCENTIVOS A TERCEIROS?

“Bem feito é melhor do que bem explicado.” Benjamin Franklin

 

A mudança constante não é para as consultoras apenas uma variável a ser tomada em linha de conta. Por exemplo, a transição digital, uma das apostas fortes do PRR, é um desafio “velho” que se renova todos os dias.

Acrescentamos também que o panorama entre as empresas de consultadoria de Incentivos é cada vez mais exigente e concorrencial. E se esta afirmação é válida para estas, é também uma verdade para as empresas de todos os sectores.  Existe assim a necessidade, cada vez mais premente, das empresas focarem-se no seu core business.

As empresas e os empresários portugueses têm ao seu dispor nos próximos 6 anos um conjunto de apoios, PT2030 e PRR (entre outros), que visam apoiar e fomentar o investimento através da atribuição de fundos comunitários e nacionais.

A atribuição destes fundos carece da apresentação prévia de uma candidatura que deve ser cuidadosamente planeada, de forma a ser possível atingir o sucesso da mesma.

A programação do PT2030, por exemplo,  é feita em torno de cinco objetivos estratégicos da União Europeia: uma Europa mais inteligente, mais verde, mais conectada, mais social e mais próxima dos cidadãos.

Os Incentivos são aliciantes para as empresas, mas, como tudo, não chega só apresentar uma boa ideia de negócio. É imprescindível apresentar uma candidatura de incentivos cuidadosamente planeada.

Desta forma, sugerimos caminhos e apontamos alguns erros a não cometer durante o processo de planeamento e preparação da sua candidatura de incentivos:

 

NÃO PLANEAR

A existência de um planeamento cuidado da candidatura de incentivos a apresentar.

Para ter sucesso em qualquer área ou projecto em que esteja envolvido, a organização e a criação de um plano de trabalhos é fundamental.

O promotor deve olhar com atenção para o seu negócio, analisar e reflectir sobre o que é necessário melhorar e de que forma pode a Empresa evoluir e, até mesmo, expandir-se. A definição de objectivos que sejam claros, precisos, mensuráveis e ambiciosos é fundamental nesta fase.

 

NÃO PROCURAR AJUDA ESPECIALIZADA

A contratação de um consultor especializado na preparação e realização de uma candidatura de incentivos irá revelar-se como uma mais-valia. Os consultores externos ajudam na análise de impacto das ideias de investimento, na identificação correcta dos recursos a alocar, na explicação das regras e no cumprimento das exigentes obrigações que são requeridas.

Os consultores especializados além de ajudarem a identificar as oportunidades de mercado, inovação e crescimento realizam uma pré-análise de viabilidade aos eu projecto, identificam as linhas de apoio mais adequadas e definem uma estratégia que permita maximizar os resultados.

Experiência em candidaturas para os programas alvo, senioridade das equipas, confiança induzida no primeiro contacto, são naturalmente factores importantes para a selecção dos Consultores.

 

RISCO REDUZIDO

Ao entregar o projecto a uma equipa externa, será possível reduzir os riscos associados à mesma. Em caso de insucesso da candidatura e inviabilização do projecto, a subcontratação possibilita à empresa não ter de manter uma equipa que pode ter sido contratada especificamente para esta candidatura.

 

COMPETÊNCIA E EXPERIÊNCIA DOS CONSULTORES E PARCERIA COM A EMPRESA

O nível de experiência dos consultores externos com o tipo de projecto a realizar permite o seu desenvolvimento de uma forma mais objectiva e aproximada aos resultados que se pretende alcançar.  As equipas internas têm todo o know-how do negócio como um todo e, eventualmente, do investimento estratégico que se pretende efectuar, mas devem estar focadas no dia-a-dia da  Empresa.

Apesar do nível de especialização da equipa de consultores contratar, estes não conhecem a fundo a Empresa.

Assim, exige-se um trabalho de equipa entre os consultores externos e a Empresa. Esta simbiose é um dos pontos fulcrais para o sucesso de cada projecto

Devo ou não contratar um consultor?
 

NÃO DEFINIR CORRECTAMENTE OS INVESTIMENTOS A REALIZAR

Um dos primeiros passos, talvez o mais importante, reside na definição dos investimentos a realizar (levantamento de necessidades) bem como na definição do espaço temporal em que os mesmos serão realizados.

Comece por definir bem em que consiste o seu projecto e que despesas são requeridas para desenvolver o mesmo, criando o seu quadro de investimentos, ainda que no início possa apenas ser um rascunho.

Porque é que a parte do projecto vem primeiro? Porque se esta não estiver bem definida e não tiver uma ideia clara do que se quer, não faz sentido avançar para uma candidatura de incentivos.

A definição dos investimentos a realizar e a obtenção dos respectivos orçamentos irá evitar derrapagens no que diz respeito à execução do plano apresentado em sede de candidatura de incentivos.

Convém reter que não chega só apresentar um bom projecto. Mais do que ter uma candidatura aprovada, o sucesso pode estar na sua execução e o investimento tem que ser estratégico desde o primeiro momento.

É fundamental efectuar a validação dos investimentos, recolher toda a documentação necessária e que seja assegurado um apoio permanente no que diz respeito à gestão técnica, administrativa e financeira do
investimento a realizar.

 

NÃO ELABORAR UM BUSINESS PLAN PRÉVIO

Precedente à elaboração de uma candidatura de incentivos deve apresentar-se um Business Plan.

Antes de iniciar qualquer acção concreta, o promotor deverá realizar uma reflexão teórica acerca de diversos aspectos de concepção, implementação e operacionalização dos trabalhos a realizar, bem como é fundamental que a estratégia a implementar resulte de um planeamento e análise rigoroso das áreas de oportunidade, pontos fortes e pontos fracos específicos do mercado e da oferta de soluções e serviços existente, definindo de forma coerente e realista os objectivos e métricas a atingir para garantir o sucesso do projecto.

Os planos de negócios são, assim, essenciais para a estruturação da estratégia da empresa de forma a sustentar e optimizar os investimentos a realizar.

 

NÃO REALIZAR UMA ANÁLISE DE MERCADO

A realização de uma análise exaustiva ao mercado onde se irá inserir a operação a realizar na Empresa é fundamental.

Esta é a base que dará segurança na hora de definir os fornecedores, clientes-alvo, mercados a actuar bem como munir-se de vantagens competitivas face à concorrência instalada.

Uma análise rigorosa do meio social, económico, político, legal e tecnológico é a base para a implementação de uma estratégia de sucesso.

Através da realização de uma cuidada análise de mercado a empresa promotora poderá verificar se a implementação da sua candidatura de incentivos terá a aceitação deseja por parte do mercado (seja ele nacional ou internacional).

 

Uma possível conclusão: a contratação de uma empresa de consultadoria de incentivos para os seus projectos pode parecer não necessária, mas vale a pena correr o risco de ver os seus projectos estratégicos não aprovados?

Se pretender ter mais info, fale connosco

jmarques@followus.pt

www.followus.pt


domingo, 9 de fevereiro de 2020

#1 – Preparação de uma visita a um Cliente

Visita a um Cliente 


A actividade comercial, com mais net ou menos net, com mais AI ou menos AI, por enquanto, ainda carece das boas práticas do passado.
Desenvolvo esta actividade há 55 anos, a minha idade. Comecei a negociar com a minha mãe, juntei o meu pai após uns meses…e tenho vindo a acrescentar interlocutores ao longo dos anos.  Tenho também deixado cair uns poucos (claro que também eu fui retirado em alguns casos).

Ser vendedor, não tomador de pedidos, é uma profissão exigente. As situações, por muito que pareçam iguais, não o são. Cada interlocutor é e reage de modo diferente. E nós nem sempre somos iguais ao dia anterior.
Muitos de nós trabalham numa verdadeira equipa. Ajudam-se, trocam experiências, somam em vez de se dividirem. Outros, com colegas ou sozinhos, trabalham por si, aprendem por si, falham e acertam por si.
Pretendo, com estas prosas, gizar um manual para comportamentos simples.


#1 – Preparação de uma visita a um Cliente

Por muito básico que pareça este ponto, ele é essencial e, muitas vezes, não é cumprido.
Quando marcar uma reunião verifique a existência dos seguintes 4 itens
1 – Participantes
2 – Local
3 – Horário
4 - Assunto

1 – Participantes » Será que os seus interlocutores são as pessoas indicadas para o propósito da reunião? Se não o são, tente alterar a reunião.

2 – Local »  Está bem definido o local da mesma? Se for em sua “casa”, marcou sala? Se for em casa alheia, eles sabem quantos vocês são, o que precisam?
Quanto ao local onde se deve realizar, como tudo, depende.
Em casa do Cliente…ficará com uma ideia do seu porte, da sua organização. Quiçá encontrará algum conhecido.
Em sua casa não perderá tempo e, pode sempre recorrer a uma resposta mais técnica que poderá não saber dar.

3 – Horário » Será melhor depois ou antes do seu concorrente? Melhor de manhã ou a seguir ao almoço? Há Clientes que gostam de almoçar. Há Clientes que gostam de despachar tudo pela manhã… Conheça o seu Cliente e veja qual é o melhor horário para fechar negócio.

4 – Assunto » Está bem definido? Será uma mera apresentação ou quer fechar algo? O assunto que preparou para a reunião é o que se ajusta aos seus interlocutores?

Se algum  destes 4 itens estiver por clarificar….talvez seja melhor remarcar a reunião.


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
joaodavespa@gmail.com; joao@jpmconsultores.pt
@joaodavespa