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quarta-feira, 22 de março de 2023

Tome o tempo que precisar para responder, mas avise, por favor

Tome o tempo que precisar para responder, mas avise, por favor


Gestão das respostas aos emails
Tempo..sempre a correr atrás de nós


 

Há emails e emails… há uns verdadeiramente importantes e outros nada importantes. Nos primeiros, os importantes, uns exigem uma resposta pensada e detalhada; outros, nem por isso. Nestes, mate logo o assunto. Responda. A resposta pode ser tão simples como um SIM ou um NÃO. O assunto passa logo para o outro lado e pode até ficar encerrado.

Uma outra razão para matar o assunto: o cérebro está sujeito a falhas de memória  (o cérebro, não nós que somos infalíveis).

Mas voltando aos emails. Há uns que sendo importantes, podem exigir uma resposta mais detalhada, pensada, diplomática, com dados que podemos não ter ainda… ou ainda, num impulso incontrolado da resposta usarmos modos menos polidos.

Em qualquer dos casos apresentados acima, proceda  da seguinte forma: avise que recebeu o email e que responderá em breve.

Vantagens:

- a resposta ríspida pode ser suavizada ou não ser necessária,

- pode pensar em estratégias que venham a favorecer o seu futuro, nomeadamente arranjar parcerias para se colocar  numa posição que pode vir a ser desfavorável caso não faça nada,

- ganha tempo para confirmar os dados que lhe são apresentados e que quer rebater,

- ganha tempo para arranjar argumentos para responder

- dá, obviamente, uma resposta mais pensada.



 

sexta-feira, 20 de março de 2020

#6 – Diminua os níveis (e as pessoas envolvidas) para aprovações

Gestão de equipas / JPM Consultores



#6 – Diminua os níveis (e as pessoas envolvidas) para aprovações

O que no passado seria uma boa medida, nos tempos de Covid19, ainda é mais importante.

Embora seja difícil de implementar, suavizar os processos burocráticos que nos tomam sucessivamente tempo, papelada  e outros recursos, é uma medida para se optimizar tempo.

Claro que toda a cadeia deve estar consciente da importância da medida. Claro que todos devem desenvolver as suas actividades com responsabilidade. Claro que as hierarquias devem tornar claras as suas medidas.


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
joaodavespa@gmail.com; joao@jpmconsultores.pt
@joaodavespa


sexta-feira, 13 de março de 2020

#1 - Coloque o seu telemóvel a viajar, não de distraia - Gestão de tempo

Modo Avião / Gestão de Tempo


Já não bastam as idas ao Instagram, Facebook e Linkedin para nos autointerrompermos , temos também de lidar com telemóveis, telefonemas e e-mails.

O telemóvel (bem como o seu e-mail) são dos maiores consumidores de tempo.

O modo avião limita as suas interrupções. Se se sentir confrangido ou ansioso, pode sempre libertar alguns números desta proibição.

Optimize o seu tempo.


João Paulo Marques



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Tips for life - #85

O prolongar um grande projecto é muitas vezes para arruiná-lo

Muitas vezes as evidências de que algo corre mal são vistas por terceiros, não por nós
Nas minhas aulas de Gestão de Pessoal tive um professor, Dr. Raúl Caldeira que falava-nos do distanciamento. Para exemplificar este conceito,  usava a seguinte metáfora: Visão Helicópteriana… ou seja, distanciarmo-nos .

No que diz respeito ao prolongar  dos negócios, dos projectos, penso que posso afirmar que no nosso futuro, mesmo que este seja já amanhã, poucas ou nenhumas certezas podemos ter. Uma das incertezas passa pela lealdade dos Clientes. Outra (des)assenta na superioridade da nossa solução, seja ela tecnológica ou mais terrena.

Outra razão que torna verdade a afirmação que dá título a esta minha  prosa é o querer manter algo por afinidade ou lucros passados.

As certezas para a manutenção de querer manter projectos são as que você, leitor, terá de incutir a si...a de querer aprender, ouvir, ensinar  e de crescer....pode assim AVALIAR.

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.

terça-feira, 10 de junho de 2014

A EMPRESA MISTÉRIO / O FORNECEDOR MISTERIOSO

A EMPRESA MISTÉRIO / O FORNECEDOR MISTERIOSO
Imagine que o seu chefe já não precisa de ler o seu CV porque já lê o
seu blog. Este é o espírito dos dias de hoje (BizRevolution).
 
Keywords: Cliente Mistério, Serviço, Vendas, Clientes, Tempo, Fornecedores
 
Começo por apontar alguns comportamentos /atitudes que os Serviços, sejam eles quais forem, devem ter em conta quando lidam com os Clientes (e que estes atribuem muito valor ou muito valor mesmo).
Num país em que as empresas, empregados…profissionais por conta própria, tratam o Cliente na base eu quero, posso e eu é que sei, relato uma história absurda vivenciada por mim. Um tal de dono de um restaurante em que eu ia semanalmente (chamo-lhe de NicoTolo; quem me conhece dos Olivais deve saber de quem falo) uma determinada vez,  por eu lhe ter tido que o frasco do picante tinha uma abertura exagerada, resolveu explicar-me, em voz alta, como eu devia utilizar o condimento. Resultado: só me lembro dele para escrever…mas sobre maus exemplos.
Não quero antes de deixar um ponto de vista, muito genérico e injusto, mas que se baseia pela máxima popular “paga o justo pelo pecador”.
·         Os Clientes querem que você faça quando diz que faz.
·         Os Clientes querem que você os surpreenda favoravelmente.
·         Os Clientes querem ter notícias boas de si para as poderem contar.
·         Os Clientes querem justificar para si mesmos a escolha / preferência que lhe dão.
·         Os Clientes querem confiar no seu serviço/ produto, ao fim ao cabo, em si.
·         Os Clientes gostam de ser bem tratados.
·         Os Clientes querem ser lembrados e identificados quando entram no seu estabelecimento.
·          Os Clientes gostam de ver os outros Clientes bem tratados.
Se tudo o que eu escrevi acima funcionasse bem, não devia ser (muito)  necessário a utilização do recurso Cliente Mistério no mundo dos Serviços. Copio uma das definições que apanhei “O serviço de cliente mistério dá-lhe uma fotografia momentânea do desempenho das suas equipas, da sua relação com o cliente, da sua orientação para o serviço e de como implementam ou não os standards operacionais.
Há casos em que os funcionários avaliados são despedidos, casos em que são promovidos, casos em que são alvo de formação extra…o que deve resultar, de certeza absoluta, é uma identificação de problemas e a sua posterior resolução, total ou parcial.
Parece haver uma relação directa entre a importância deste serviço e o crescimento das medias sociais. Também o público, entenda-se os Clientes, são e estão cada vez mais exigentes.  As Empresas devem assim estar cada vez mais atentas a todas as variáveis que existem no processo de compra / escolha dos Clientes, desde o despertar da atenção, ao manifestar da intenção, indo pelo desejo de compra e a acção final de compra.  As novas (não tão novas) teorias, focam-se ainda na qualidade de todo o processo  e no serviço  pós- venda (podem ver um dos processos ainda utilizados, mesmo que já incompleto para as exigências dos dias de hoje, a AIDA, o que eu apresentei acima). Se as empresas, leia-se prestação de serviços, errarem no serviço que prestam, rapidamente, esta avaliação pode aparecer nas medias sociais e arrasar a reputação dela. Perde não só o Cliente, como muitos outros (veja-se o caso do NicoTolo).  Por isso, o Cliente Mistério, pode ser uma variável importante na equação Serviço ao Cliente.
Importante também será na Empresa, sobretudo os que andam pelas secretárias, irem para a rua, colocar as mãos na massa, falar com Clientes, com a Concorrência, com quem não tenha nada a ver com o seu negócio…falar, ao fim ao cabo. Não digo para ser um fala-barato.
Em determinada altura passou pela minha vida profissional um DG que nos contava as suas aventuras de Sales Manager. No início pensámos todos que iriamos ter nele um verdadeiro “abre a porta fria”. No entanto, as histórias repetiam-se, sempre no interior do escritório…nada de sair conosco para a rua.  Estávamos perante um Vendedor Teórico, um Chefe Virtual, …um Pinóquio da Gestão e das Vendas?
É importante que o tempo que investe com os seus  interlocutores  não seja  percebido como um desperdício de  tempo. Apresente-lhes proactivamente propostas , seja um elemento diferenciador no meio da sua concorrência, mostre (o seu) valor.
Mas também encontro o caso das empresas que são um completo mistério para os seus Empregados e Clientes. Empresas que não comunicam as suas estratégias, que não dão ou fomentam qualquer tipo de formação, que não estimulam o crescimento pessoal e profissional dos seus colaboradores. Empresas que se preocupam mais em parecer do que ser. Claro que, mais dia, menos dia, o Mistério deixa de o ser,  estas organizações desaparecem.  
Empresas que não promovam a Cultura Organizacional, o espírito de grupo, que façam mais nós do que estimularem o NÓS
 
João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
@joaodavespa @joaobeasii

sábado, 7 de setembro de 2013

VENDER sem iPhone - Identificar a pessoa certa

VENDER sem iPhone

Vender, mesmo com todas as evoluções tecnológicas que aparecem todos os dias, tem muito de nós.

Tornar a venda prática, simples, com linguagem correcta e não cheia de adjectivos,  com um discurso articulado , límpido e claro…ajuda a ganhar o SIM da parte do Cliente para que a sua proposta seja concretizada

Proponho-me a apresentar algumas dicas. Vamos ver quantas saem.

1 -  Não perder tempo

O facto de termos reuniões com quem não decide, como muitas vezes nos é proporcionado, só nos faz perder tempo. Várias vezes, infelizmente,  tive reuniões com profissionais que mal conheciam as suas funções. Falo de estagiários, pós estagiários e, pasme-se, com secretárias…

Estas reuniões, muitas vezes, só nos fazem perder tempo, eventualmente, e podemos assim hipotecar uma próxima visita. Isto porque já lá estivemos.

Lembro-me de algumas reuniões em que estive. A conversa com os interlocutores era pautada por várias interjeições  e exclamações de surpresa.  Na verdade tudo o que eu fazia parecia ser novidade para eles. O que acontecia, pura e simplesmente, era a extrema juventude e / ou inexperiência de quem estava na outra cadeira.




João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CARTA A UM VENDEDOR

CARTA A UM VENDEDOR


Carta a um vendedor 



                           Welcome to Hollywood. What´s your dream? (Happy man on Sunset Boulevard in Pretty Woman)


Keywords: Vendas, Serviço, Fornecedores, Clientes, Tempo, Gestão

Eu tenho experiência dos dois lados da barricada. Felizmente!

Lembro-me de quando, de ambos os lados, as tarefas eram corridas. Mas não havia net, nem telemóveis, nem softwares sofisticadíssimos. Felizmente, já cheguei ao mundo dos crescidos com o Word Process e o Lotus 123.

Ao longo da minha experiência profissional já estive em reuniões em que o "vendedor" nada ou pouco sabia da minha Empresa ou do que eu lá fazia. Mas também já estive com Clientes que também nada sabiam sobre o vendedor e a empresa que ele representava. Qualquer das situações é inadmissível. Mais que não seja, uma perda de tempo.

Todos nós já fomos juniores e tivemos um começo profissional. Mas há alguns pontos que não convém descurar, nomeadamente: pontualidade, curiosidade em saber com quem vamos estar, independentemente do lado em que estamos na mesa.

Segue uma carta para um Vendedor imaginário. Espero que não seja você.

"Caro Vendedor,
Eu apenas tenho alguns minutos livres e sei que você quer estar muito comigo.
Você não imagina como é a minha vida. Pensa que sabe, mas não sabe.

Eu chego habitualmente bem cedo ao escritório. Este tempo, muitas vezes sozinho, permite-me desenvolver um projecto que me foi entregue, faz tempo. Normalmente, para não dizer sempre, não o consigo desenvolver durante o dia normal de trabalho.
Pelas 9 / 9 e 30 lá se vai o meu sossego. Entram os meus colegas, o telefone começa a tocar e o meu chefe começa a pedir que faça outras tarefas. Não tarda, a minha equipa de instaladores liga-me a dizer que os estabelecimentos onde íamos fazer as aplicações estão ainda fechados, quando já deviam estar abertos ou as paredes não estão niveladas, o que não nos permite começar a executar o trabalho.

Problemas que, infelizmente, são mais habituais do que deviam. E quando se tenta encontrar o nosso contacto do outro lado da linha, parece, muitas vezes, que se eclipsaram. Pura e simplesmente a ligação cai na caixa de chamadas.

Eis que olho, finalmente, para a estante que se encontra mesmo atrás na minha cadeira e, mais uma vez, deparo com uma pilha de relatórios, isto é, umas 10 h de trabalho ininterruptas. Recolho o que pretendo da estante, ainda não a dita pilha, e começo a despachar folhas de obra que estão na minha secretária, sempre do lado esquerdo, o mais protegido de terceiros. Estas tenho já que fazer. É para faturarmos. Money, como vês.

Ainda não cheguei aos e-mails, mas estes já estão descarregados na minha caixa de correio.

Opto por vir de transportes públicos porque, para além de outras razões, dá-me uns bons 30 minutos de trabalho extra, isto é, consigo dar algumas respostas por e-mail e apagar outros tantos. Mas, quando olho finalmente para a minha caixa, deparo-me com umas boas dezenas de e-mails para ver.

Para além da tecla D(elete), tenho sempre algumas respostas que não posso deixar de dar: problemas finalmente solucionados, propostas a apresentar e algumas respostas a Clientes e superiores que não temos como deixar de responder.

Acrescento ainda a preparação para as reuniões externas que tenho hoje e amanhã, pela manhã, e que são sempre uma das prioridades. Outra prioridade é falar com os Clientes. Preparo as reuniões o melhor que posso para que o meu discurso não seja o de uma k7 gasta e, finalmente, dedico-me um pouco ao apoio que tenho que dar aos comerciais juniores. Não posso esquecer-me deles, entre outras razões, porque tem que ser.

Como percebe, o tempo é escasso e muito precioso, e no meu caso, parece ser mais ainda.

Volto a você, ao que me quer vender, à sua Empresa. Leio, meio mentalmente, meio na tela, os seus e-mails e não consigo ver qualquer aderência com o meu negócio. Será que você envia para todos a mesma apresentação e não se preocupa a ver o que fazemos e o que eu faço? Quem sou eu? Fiquei com essa ideia. Desculpe-me se me enganei...

O que lhe peço, encarecidamente, é que na nossa reunião, para além de chegar a horas, não fale sobre as maravilhas do que faz, mas mostre-me o que pode fazer por mim. Como pode ajudar-me a melhorar o meu serviço, a ganhar tempo.

E não me venha com tecnologias difíceis de implementar.

Este tempo que lhe dediquei exclusivamente a si só foi possível porque deixei o telefone fixo fora do descanso e o meu telemóvel ficou sem bateria.
Rapidamente tenho que despachar as Ordens de Compra e seguir para uma reunião interna.

Aguardo-o na próxima sexta-feira, 13, os meus cumprimentos. Espero que não seja o dia do azar para ambos".

Há dias e dias. Nem sempre tudo é assim. Mas os compromissos e a atenção ao que se passa "na rua" e que se pede a quem anda na área comercial, parece ser infinita. Porque quando olhamos para as revistas ou jornais que folheamos de modo despreocupado, não deixamos de ter um scanner a procurar qualquer notícia que se possa ligar à nossa actividade. Para terem uma ideia da complexidade do mundo nos dias de hoje dizem os livros que nos anos 70 havia apenas 13 variedades no McDonalds; hoje devem haver umas 50. Num dia normal, um cidadão americano é bombardeado com 40.000 palavras dia. A quantidade de estímulos que nos atacam. Impressionante!

O que eu pretendo com esta carta é evitar que os nossos Clientes e Prospects usem conosco

Frases (ou atitudes) Assassinas como as seguintes:
- que nos peçam para acelerar a apresentação;
- que nos peçam para indicar o que é realmente importante;
- que nos digam que só pensar nas nossas soluções lhes dá cá uma dor de cabeça;
- será mesmo que a vossa Empresa sabe e tem competência para desenvolver esse projecto;
- que peçam para terminar a reunião;
- que nos digam que essa tecnologia não se ajusta muito bem ao nosso negócio. Que são diferentes;
- já estão a trabalhar com a concorrência num projecto semelhante.

ou a polida: "Obrigado por partilhar. Entraremos em contacto quando e se for caso disso".
Outro sinal do nosso insucesso é a saída dos decisores ou a reunião efectuar-se apenas com juniores. Outro sinal clássico do desinteresse é o uso repetido do pois ou de hum, hum.

Faça por ajudar o seu Cliente no seu dia de trabalho, apresentando-lhe soluções que se possam enquadrar e facilitar o seu trabalho e não lhe tome muito tempo. Se perceber que as respostas dele são pouco mais do que interjeições, talvez seja um candidato a entrar da D-List, o Cliente Deletado.

PS: Inspirada nas cartas dirigidas ao Comendador do jornal Expresso e no dia-a-dia que levamos.

Adenda: The people who came before you (by Seth Godin)

Maybe I'm not listening to your pitch because the 100 people who came before you abused my trust, stole my time and disrespected my attention.

Perhaps I'm not buying from you because the last time someone like you earned my trust, he broke my heart.

People are never irrational. They often act on memories and pressures that you're unaware of, though.


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
joaodavespa@hotmail.com; Skype: joaomarques64
Http://www.linkedin.com/in/joaopmarques;
http://jpmarques.blogspot.com
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domingo, 21 de agosto de 2011

PRODUTIVIDADE – Formas de a aumentar

PRODUTIVIDADE – Formas de a aumentar



                                 "Não estimo muito o homem que não é mais sábio hoje do que foi ontem. " Abraham Lincoln


Key words: Produtividade, Gestão, Tempo, Recursos, Optimização


A Produtividade é basicamente definida como a relação entre a produção e os factores de produção utilizados. A produção é definida como os bens produzidos (quantidade de produtos produzidos). Os factores de produção são definidos como sejam pessoas, máquinas, materiais e outros. Quanto maior for a relação entre a quantidade produzida por factores utilizados maior é a produtividade.” Comecei, para não haver dúvidas, com a definição da Wikipédia.

É reconhecida alguma da nossa falta de produtividade. Não que a mesma seja devido à falta de esforço ou ausência de dedicação, mas sim ao resultado de não saber como fazer e de algum relaxamento que existe no que diz respeito ao cumprimento de prazos e de assumir responsabilidades. Alguns destes problemas, atitudes, seriam resolvidos com uma melhor Direcção e / ou com um ensino mais qualificado. Claro que estas soluções são duas, entre muitas a poderem ser tomadas.

Há casos clássicos de perca de produtividade. Claro que não se pretende impedir que colegas de trabalho convivam, mas:

• - há sempre uns que estão dispostos a tomar mais um café,
• - a ir fumar mais um cigarro,
• - a ler e reler os jornais,
• - a distrair-se (e a puxar) com a conversa dos outros,
• - para não falar de tempo excessivo investido na internet.


Nestes casos não são só eles que diminuem a produtividade. São também os participantes do “encontro” que reduzem a sua produtividade.

Sugiro agora alguns comportamentos a ter (ou a seguir) para melhorar a sua produtividade (e a dos outros):


1 - Cumpra horários

Não só nas reuniões, mas chegue um pouco mais cedo, e aproveite o facto de nos inícios da manhã, muitas vezes, consegue-se despachar assuntos pendentes da véspera ou organizar a agenda do dia.

Oiço frequentemente: “Para quê chegar às 9h, quando ninguém está ainda a trabalhar”. Como se a preparação do trabalho que temos que desenvolver dependesse da presença de terceiros. Como se não houvesse assuntos pendentes da véspera.

Os 5 minutos que podemos usar para chegar mais cedo às reuniões permitir-nos-á recapitular o que pretende da reunião e não ficar nervoso por um eventual atraso.

Infelizmente, existe alguma (lusa) incapacidade inata de cumprir horários profissionais.


2 – Divida um projecto grande em diversos pequenos e com deadlines

Um grande projecto pode parecer-lhe impossível de ser concretizado. Mas a sua divisão em alguns pequenos projectos permite-lhe priorizar etapas, alocar melhor os recursos, gerir adequadamente o tempo e entusiasmar-se com cada etapa vencida.

Ninguém começa por querer correr a maratona. Eu, após vários anos de inactividade física, interrompida por períodos de inactividade forçada, mas com algumas idas esporádicas à piscina ou passeios de bike, recomecei a fazer desporto regularmente em Janeiro. Não me vou propor a correr uma maratona, mas, quem sabe, em Dezembro, entro numa São Silvestre (e no estrangeiro).


3 – Escrever uma “To Do List”

É sabida a dificuldade de priorizar mais de 7 hipóteses (5 +/- duas hipóteses). O facto de as passarmos a escrito ajuda-nos a hierarquizá-las, a organizarmo-nos, a limpar as listas antigas de tarefas a desenvolver. Evitamos assim de arrastar tarefas de lista em lista.

Quando escrevemos o que queremos fazer, temos que pensar nas tarefas. O facto de as reduzir a escrito faz com que estabeleçamos um compromisso com as mesmas (e conosco).

Quantas listas já fez? Quantas listas já desfez por incumprimento?


4 - Delegue

Delegue internamente tarefas que outros, eventualmente menos qualificados ou preparados para o efeito, podem executar.

Porque perder tempo a “carregar” valores de um balanço para uma folha de cálculo quando um júnior o pode fazer por si, eventualmente de forma mais rápida, e ficar contente de o fazer?

Delegue / subcontrate externamente tarefas que não lhe tragam valor acrescentado, nomeadamente, contabilidades, estafetas e outras actividades em que não se sinta vocacionado para executar.


5 – Emails e telefonemas

Não se sinta na obrigação de estar sempre a ver a caixa de emails. Pode também parametrizar a mesma e só receber correio quando carregar numa tecla específica. Assim não se distrai com as sucessivas entradas de correio.

Se você tiver algo muito, muito, muito urgente vai mandar um email ou liga pelo telefone? Há também mensagens de determinados emissores que aparecem sempre com o sinal de urgente. Dê-lhes a atenção que a sua experiência no contacto com eles lhe indica que deve dar.

No caso dos telefonemas, pode resguardar-se durante algum tempo e não receber telefonemas.

Imagine o tempo de concentração que consegue obter se se desligar do email e do telefone durante algum tempo.


6 – Shortcuts / Macros

Muitos de nós não gostam de ler os manuais de instrução. Mas o tempo que se pode ganhar e a melhoria de performance que se pode obter na utilização dos aparelhos após a leitura dos mesmos?

Muitos dos Softwares informáticos, para não dizer todos, têm múltiplos shortcuts que nos ajudam a ganhar tempo e a melhorar o nosso trabalho. Infelizmente, os manuais raramente são lidos ou são vistos pelos produtores como material importante.

Lembra-se dos F´s do seu teclado? Há muitos mais...


7 – Aposte na formação / Despenda tempo a formar pessoas

Todos nós já fomos juniores, estagiários, novatos. Todos nós já tivemos de aprender. Espero que assim se mantenha (falo por mim e por muitos), ir aprendendo e aqui o gerúndio parece-me bem apropriado.

Dedique tempo (seu e dos mais velhos) a receber os que começam. Este tempo vai ser precioso para perceber as capacidades dos mais novos (e as suas lacunas). Conseguirá assim também passar-lhe a Cultura Organizacional, essencial para o sucesso da sua integração.

Se verificar que os estagiários (e não só) fazem sistematicamente as mesmas perguntas (interrompendo o seu dia-a-dia), talvez não os tenha treinado bem ou não lhes tenha dado os materiais de consulta adequados.

Muitas vezes estas questões podem ser facilmente respondidas com um bom manual e instruções (escritas) bem claras.

Igualmente, quando um número razoável de Clientes ligam para a Empresa colocando a mesma pergunta ou semelhante, porque não a responder pelo SAC (Serviço de Apoio ao Cliente). Poupa o seu tempo e torna mais confortável a vida ao Cliente.

Quantas empresas conhece que fazem um uso desajustado (ou mesmo inexistente) do seu site ou descuram a formação dos seus juniores?


8 - 60 segundos / Copo de água

Qualquer resposta que tenha que dar comporta, pelo menos, 60 segundos para poder pensar. Se tem dúvidas, analise novamente os dados. Será que está a esquecer-se de algo? Dar respostas emotivas não costuma ser o modo de conseguir os melhores resultados. Se quer ganhar algum tempo para si, nas reuniões tenha sempre uma garrafa de água e um copo. O tempo que a demora a abrir e a beber água....permite-lhe pensar e observar o seu "opositor".

9 - Procrastinação

Acabe com ela. Se tem dificuldade em desenvolver um tipo de tarefa, ataque-a logo de manhã. Se a deixar para o final do dia, talvez a leve para o dia seguinte. O adiar da resolução de problemas só vai dar-lhe mais uma tarefa para o dia seguinte.


10 - Atitude / Comportamento

O ser pro-activo, o antecipar os problemas, o falar menos (não perdendo a clareza), o ouvir mais, o escrever em vez de memorizar ...vai melhorar a sua produtividade.


11 - Metas

Comprometa-se com as metas. O trabalho feito em equipa trará sinergias e espírito de grupo e estes dois factores são essenciais para o sucesso. Se achar que tem que dividir essas metas em submetas, faça-o.

Recentemente li uma história de um escritor espanhol de cujo nome não me recordo. Ele tinha sido sempre um "não desportista praticante". Eis que lhe foi recomendado a prática regular de desporto. Começou a querer correr, não conseguiu. Tentou novamente e acabava logo ali. Propôs-se a correr todos os dias. Começava por um minuto dia. Quando viu que conseguia correr esse minuto por dia sem desfalecer, delineou um plano. Todos os dias correria e incrementaria 30 segundos à corrida da véspera. Rapidamente chegou aos 20 minutos diários por espanto dos seus amigos.


12 - Hora do fala sozinho

Não fale sozinho; não faça as coisas sozinho; não queira decidir tudo sozinho; você não está sozinho.

(nome retirado do programa do Hora do Brasil, obrigatório ainda na rádio brasileira. Nos anos 60 relatava, em laia de propaganda, as medidas do governo de Estado Novo implementava).




Para aumentar / melhorar a sua produtividade não precisa de o fazer apenas amanhã. Comece hoje. Acredito que estas dicas podem-lhe trazer alguma ajuda ou algumas ideias novas.


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