NÃO SOU DE DENTRO
Muitas vezes as empresas têm receio de partilhar as suas
ambições, entenda-se novos produtos, passos estratégicos, mudanças disto e
daquilo, com os Clientes, com os Fornecedores, com Stakeholders mais ou menos
próximos (falo mesmo de empregados; aqui com experiência própria).
Recentemente assisti à apresentação do livro do António
Lagarto (retratava uma exposição realizada no MUDE, De Matrix à Bela Adormecida). Gostei do entusiasmo
com que todos os palestrantes falaram do
livro. Curiosamente, após o lançamento, encontro o autor num restaurante
himaláio em Lisboa, o Everest
da Montanha.
Parece que ambos somos habitués de lá. Trocámos uma curta, mas
simpática conversa.
No decorrer da apresentação falou uma jornalista, de nome
Cristina (falta-me o apelido), que fez uma apresentação do livro e do autor.
Começa por dizer: “eu não sou de dentro”…. E
desenvolveu quase que uma aula de gestão e empreendedorismo.
E a jornalista tinha razão no que expôs. O facto de ela não ser de dentro, permitiu-lhe ter uma
visão distanciada, menos apaixonada, mais clara e lucida, mais aproximada do
que o mercado quer, do que o público viu na verdade ( e não o que a Empresa vê)
Um outro modo de aproveitar os que não são de dentro passa por olhar para o que as marcas /
organizações já estão fazendo, tentando descobrir o que fez com que seus
esforços tenham sido bem sucedidos. Ou
seja, falar e ver o que os que não são
de dentro (que são mesmo de fora) estão a fazer.
Um trabalho pensado e executado através das medias sociais
permite um vasto aprendizado, uma recolha grande de informação. Ao que
acrescento, um grande trabalho, um projecto vencedor, não vem do nada. Ele sai
de intercções com as pessoas que procuram o mudar, com as pessoas que pretendem
contribuir, mesmo que não sejam de
dentro.
Os que não são de
dentro, não deixam de ser do mundo, e é neste mundo, mais pequeno ou bem
grande, que pretendemos ter sucesso.
João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://jpmarques.blogspot.com
@joaodavespa