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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

VER PELO MELHOR

          

Fábulas de La Fontaine - JPM Consultores


                    “A felicidade da sua vida depende da qualidade de seus pensamentos” Marco Aurélio


História inspirada na melhor tradição das maravilhosas Fábulas de La Fontaine. Um dos meus podcasts preferidos da minha infância. Os locutores eram dois: a minha mãe Josefa e o meu pai Manuel.


Dois amigos improváveis: uma gazela e um homem. A gazela Josefa e o jovem Pedro. Os dois conheciam-se desde sempre. Tinham por hábito passear juntos pela imensa safana africana. Faziam isto desde que eram pequenos. Parecia que a diferença de raça, homem e animal, não existia.

Um dia, num passeio, ambos apanham um susto. Apareceu um leão enorme, com uma juba a condizer e dourado encantador. Este aproxima-se feroz, olhando para os dois e mostrava uma forma insaciável.. Cada vez se aproxima mais. Eis que os dois resolvem fugir. Cada um vai para seu lado. A Josefa para o lago da esquerda. O João para o lago da direita. O Leão ficou confuso, sem conseguir qual escolher para caçar, e nada fez ..ficou imóvel. Nada aconteceu, felizmente

O tempo passou e os dois amigos continuavam a partilhar parte do seu tempo. Mas algo ficou diferente: a Josefa mantinha-se sempre tranquila e a usufruir calmamente o momento. Já o João andava sempre sobressaltado…com medo do que pudesse aparecer. Observava o horizonte com desconfiança, analisava cada som como uma possível ameaça …sempre preparado para reagir. 

Certo dia, Josefa percebendo a inquietação sistemática que permanecia no seu amigo João. parou, e na melhor tradição das fábulas de La Fontaine, olhou nos olhos do João e perguntou:

— Por que continuas com medo João? Ainda é o Leão?

João respondeu:

— Sim. Ele pode voltar. Não consigo afastar a ideia de que algo terrível pode acontecer. E se desta vez se ele nos apanhar? Eu tenho assim de estar sempre atento ….visto tu nunca estares. Aliás, nem percebo como podes andar assim…sem preocupações.

Josefa sorriu e recorreu da sabedoria que herdou e de quem quer viver o presente.

— João, estás a gastar energia com algo que talvez nunca mais venha a acontecer. O Leão é apenas uma possibilidade. Vê que cada momento que perdes a pensar nele é um momento que já foi roubado pela tua própria mente. Aprendi que não podemos controlar tudo, mas podemos e devemos preparar-nos para o que possa vir a acontecer. Já devias saber que nós, as gazelas, sobrevivemos porque nos focamos no agora. Não carregamos o que é habitual em vocês, o peso do “e se”.

João reflectiu. Naquele momento percebeu que o seu comportamento o esgotava e, sobretudo, esgotava todos que lhe eram próximos. É claro que a Josefa era um deles. 

João refletiu e percebeu que algo na sua vida precisava de mudar. Inspirado pela serenidade de Josefa, começou a observar como ela lidava com o meio ambiente.


O que João pôde aprender: 

Viva o Agora – ao desperdiçar energia com preocupações inexistentes, ficava menos atento às oportunidades que apareciam e não aproveitava o pressente

Administre os seus recursos - Josefa economizava energia para quando fosse realmente necessário fugir ou reagir…já o João estava sempre pronto a fugir.

Planeamento - inspirado por Josefa, o João estabeleceu um plano simples: viver o dia a dia, mas tendo sempre uma solução para eventuais situações críticas.

Emoção Vs Razão – Josefa demonstrou ao João que manter a calma permite melhores decisões. 

- João, que já confiava, e muto, na Josefa, compreendeu que o verdadeiro poder vinha da relação de confiança estabelecida entre ambos. Mesmo sendo amigos e aliados improváveis, a sua amizade provava que a colaboração entre diferentes perspectivas ajuda a criar soluções únicas e inovadoras.


Conclusão

Aos poucos, João reencontrou a sua tranquilidade. Josefa e ele continuaram os seus passeios. Estes passeios eram agora mais intensos e saborosos.

A gazela e o homem tornaram-se símbolos da perfeita gestão entre a intuição, a estratégia, a coragem e tranquilidade. Mostraram que, mesmo nas diferenças (ou sobretudo nelas), há sempre algo que podemos aprender.


Colo uma pequena prosa do   Pierre Schurmann

“Um dos maiores desafios para qualquer pessoa — especialmente para empreendedores — que busca expandir e evoluir, é que, ao alcançar o sucesso, a tendência natural é reduzir a disposição para assumir riscos.

Mas veja bem, isso é normal.

Ainda assim, os empreendedores mais bem-sucedidos que conheci fizeram o oposto. Eles se dedicaram ainda mais a cada nova fase de suas jornadas.

Isso exige uma boa dose de fé. E também resiliência e paciência.

Na verdade, empreender, por si só, é um ato de fé.

Se você está em um momento em que precisa decidir arriscar ou avançar para o próximo nível, lembre-se: a evolução só acontece fora da zona de conforto.”



The Triffids - Estuary Bed, uma das melhores bandas e músicas de sempre.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Meritocracia...hã?

Meritocracia ...hã? JPM Consultores

          



             “A experiência é um troféu composto por todas as armas que nos feriram.”, Marco Aurélio


“As academias coroam com igual zelo o talento e a ausência dele.” Gosto de revisitar os meus textos antigos. Esta frase apareceu em 2012 no meu blog e provém de um dos maiores escritores do nosso idioma, Carlos Drummond de Andrade. O contexto era outro…

O reconhecimento é essencial em tudo. No mundo dos negócios é uma ferramenta estratégica essencial para os gestores que desejam motivar as suas equipas, alinhavar tarefas e concertar objectivos. No entanto, quando aplicado sem qualquer tipo critério, pode gerar insatisfação, desmotivar quem tem talento e comprometer ou minar o desempenho colectivo. 

Premiar indiscriminadamente ou com base em critérios subjetivos ou pouco claros não apenas enfraquece a cultura organizacional, mas também estimula e perpetua a mediocridade.

Uma gestão eficaz requer a definição de métricas objectivas que diferenciem os desempenhos: do excelente, passando pelo mediano e acabando no mau. Esses critérios devem ser transparentes e amplamente comunicados. 

Além disso, o feedback contínuo e construtivo é indispensável para fortalecer a compreensão dos colaboradores sobre o que é valorizado na organização e como estes podem evoluir.

A escolha de líderes deve ser pautada, entre outras valências, no mérito e na competência. Líderes que alcançam os cargos por habilidades reais, e não por conveniência, nepotismo ou outro qualquer favoritismo, inspiram e transmitem confiança e, simultaneamente, aumentam o padrão de desempenho das equipas. 

Investir no desenvolvimento de talentos, sobretudo internos, é muito importante. Esta estratégia ajuda a criar uma base sólida para o crescimento sustentável e criativo da organização. (A criatividade é cada vez mais procurada. Ela é fundamental nas organizações por vários motivos, que vão desde a solução de problemas até a criação de valor e vantagem competitiva).

Cultivar uma cultura de excelência significa reconhecer o mérito verdadeiro de forma criteriosa, promovendo um ambiente de justiça e progresso. Além disso, é necessário considerar o impacto colectivo nas decisões de reconhecimento para evitar rivalidades prejudiciais e fomentar a colaboração.

Por fim, a gestão moderna deve ser proactiva, focada em estratégias de longo prazo, ao invés de reactiva, circunstancial e de curto prazo.

Quando bem aplicada, a meritocracia impulsiona a produtividade, a inovação e a retenção de talentos, transformando o reconhecimento numa alavanca poderosa para organizações resilientes e sustentáveis.

Reconhecer com critério e propósito transforma o reconhecimento em uma alavanca poderosa para construir uma organização resiliente, comprometida e sustentável.

Ramones - I wanna be sedated

Ramones - Ramones foram uma banda norte-americana de punk rock. Apareceram em 1974. São consideradas uma das bandas mais importantes do rock.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Belchior, Gaspar e Baltazar – Os 3 Reis Magos e a Gestão

 

Os 3 Reis Magos e a Gestão - JPM Consultores


Hoje é Dia de Reis. Trata-se de uma celebração religiosa realizada no dia 6 de Janeiro e que relembra a viagem dos 3 Reis Magos. Eles eram oriundos do Oriente e a sua história é narrada na Bíblia. Os Reis Magos são uma das heranças da minha e, talvez, da vossa meninice.

Há muito, muito tempo, estes eram os reis de um reino que já não existe mais. Belchior, Gaspar e Baltazar, reis e sábios, gostavam de observar o céu e de estudar o comportamento dos astros.

Numa determinada noite, repararam numa nova estrela que brilhava como nenhuma outra: a Estrela de Belém. Como eram sábios e curiosos, perceberam logo que algo muito significativo  tinha acontecido. Escolheram presentes muito especiais e decidiram deixar-se guiar por ela. Foi assim que chegaram até ao Menino Jesus.

Os Reis Magos também podem ser vistos como mestres em estratégia. Uma analogia poderosa para explorar os elementos fundamentais do planeamento e da execução de objectivos na gestão. 

A jornada deles é um exemplo fascinante de como estratégia, visão e liderança se combinam para alcançar objectivos significativos.


1 - Eles tinham uma visão 

Os 3  Reis Magos seguiram uma estrela, um guia claro e simbólico que representava o seu objectivo. Isso reflete a importância de uma visão estratégica bem definida na gestão. Eles definiram objectivos claros e inspiradoras que lhes serviram como guias.


2 - Planeamento 

Antes de iniciar a sua jornada, os 3 Reis Magos estudaram os sinais. Basearam-se nos conhecimentos que possuíam de astronomia e nas profecias que conheciam. Assim, com estas informações, prepararam-se para a mais que provável longa caminhada.


3 – Equipa 

Os 3 Reis Magos vinham de lugares diferentes, possuíam habilidades diversas e tinham perspectivas variadas. Essa diversidade de personalidades enriqueceu a sua missão. Uma lição que se pode obter é que o trabalho em equipa e a diversidade são essenciais para soluções inovadoras e robustas.


4 - Resiliência 

Durante a longa viagem enfrentaram desafios imprevisíveis: terrenos difíceis, climas extremos e o célebre encontro com o rei Herodes. Este queria que os 3 Reis Magos lhe indicassem onde se encontrava o Menino Jesus para o ir adorar. Na verdade, Herodes queria matá-lo.


5 - O Presente Certo no Momento Certo ou o Serviço ao Novo Cliente 

Os presentes – ouro, incenso e mirra – tinham significado simbólico e prático. Eles representavam respeito e:

Ouro, que representava a realeza;

Incenso, que representava a divindade;

Mirra, que representava a humanidade.


Lição 

Os 3 Reis Magos mostraram que o serviço vai além de cumprir um objectivo – trata-se de dedicação, personalização e entrega de algo que genuinamente importa. Esta abordagem pode inspirar qualquer negócio e construir um atendimento ao cliente que seja extraordinário e inesquecível.


quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

A Vespa e a Gestão

A Vespa e a Gestão - JPM Consultores 

 


Uma Vespa50s não te permite avançar rapidamente. o que nem sempre é tentador. Mas se houver uma direcção clara, a energia e o trabalho da equipa não será desperdiçado.

gestão eficiente equilibra a necessidade de agilidade com a capacidade de ajustar a rota, claro que sempre que isso seja necessário.~


Procure ligar os processos da organização a um "GPS". Esta ligação ajuda a corrigir desvios quando eles ocorrem e a manter o foco, mesmo diante de mudanças externas ou adversidades

domingo, 26 de março de 2023

Clero, Estado e Exército…quando as más notícias podem tornar-se ainda piores

 

Detritus, anda sempre um por ai


Clero, Estado e Exército…quando as más notícias podem tornar-se ainda piores


Diz a cultura popular que as más notícias espalham-se depressa. Verdade. Pior é se as suas más notícias se espalham sem você estar no controlo.

A situação actual da TAP é espelho do que eu vou tentar dizer. Como também é o caso da Igreja e da Marinha.

Quando algo corre mal, alguém irá contar essa história. A ser alguém, que seja você ou os seus. Se não o fizer, está a criar uma enorme oportunidade de se produzirem boatos, falsidades, rumores….em que todos os dias pode nascer uma ou mais versões.

Acrescento: quando houver problemas, se perceber que a solução lhe pode escapar, diga aos seus Clientes. Nos casos referenciados, os Clientes somos NÓS.

Se pensa que pode esconder as más notícias debaixo do tapete, engana-se. As más notícias, quem no início estavam na sua mão, porque não fez nada , serão divulgadas na net, nos jornais,...…e vão ter um cunho pessoal….entenda-se vários cunhos, porque cada site, cada órgão de imprensa, cada comentador…vai abrilhantar a má notícia com o seu “esclarecido” ponto de vista

Para poder combater a proliferação de versões sobre o seu tema, talvez fosse bom fazer o seguinte:

· Peça desculpa sobre o sucedido,

· Mostre que está verdadeiramente preocupado com o que aconteceu e comporta-se de acordo com o que diz,

· A comunicação deve ser feita apenas por uma pessoa (veja-se o caso da Igreja) e, preferencialmente, a de maior posição hierárquica,

· Não se refugie no chavão “não comento”,

· Utilize os seus canais,

· Faça um press release.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

ASSOBIAR

ASSOBIAR

Assobiar
Vamos assobiar - JPM

 

Mais uma dica para usar em 2023.

O poder do assobio é tremendo. Quer libertar-se de alguma pressão de uma qualquer reunião mais quente, assobie. Se não for um assobiador nato, tem aqui um link que o pode ajudar .

Mas assobiar pode ser também uma forma de pedir atenção, chamar alguém, que até pode ser o seu cão…de mostrar a alegria que lhe vai na alma.

Temos também o assobiar para o lado. É uma expressão usada para aconselhar alguém a não se preocupar com algo ou que não “vê o que está à sua frente”. É também uma música do Carlão.

Não quero deixar de vos mostrar / relembrar um dos assobios mais famosos da história do cinema, Trinitá, um cowboy insolente




Nota: Se não sair bem o assobio, não se preocupe.... o bom é que começou o seu movimento de libertação pelo do assobio.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Não abuse do tempo dos outros

Simplicidade / Less
Simplicidade
 

 

Pego num texto pequeníssimo de Seth Godin, “BE SHORTER" (que reproduzo no final). Pego também numa quote de Leonardo da Vinci que coloco na foto acima. Entre os dois autores distam 500 anos.

O texto de Seth  faz a apologia do Less, do pouco. Eu, abusadamente, vou escrever mais a explicar a ideia, com a qual concordo,  do que ele escreveu a expô-la. Ele que me perdoe e os leitores também.

Hoje em dia não é estranho encontrar Clientes que podem saber tanto ou mais do que nós sobre os assuntos em que devíamos ser experts.

A Internet e os infinitos cursos de formação que existem por lá  e o off line permitem que o saber seja democratizado. Quem não ouviu já falar e se aconselhou (ou aconselhou) com o Dr Google.

Os antigos vendedores, classe maldita, que eram conhecidos e reconhecidos de fazerem de um assunto vazio um quase Nobel da ficção, já não são apreciados (alguns deles ainda não se aperceberam desta realidade).

Na óptica do consultor / vendedor, fale o necessário e escute o máximo do outro. Deixe que fale; deixe o seu interlocutor brilhar, expor-se… e saque toda a informação profissional e pessoal que conseguir.

Algumas pistas para identificar os mal preparados:

- muitas vezes, para disfarçar a falta de competência técnica,  usam-se, mal,  discursos longos e cheios de jargões técnicos ;

- várias vezes a impreparação ou falta de confiança de quem expõe é confirmada com o clássico “quese dizer”…e repetem o mesmo com outras palavras (ou quase outras palavras).

Por fim, quase como uma saída filosófica, infelizmente ou não, as actuais 24 horas não são, nem de longe, nem de perto, iguais às 24horas do início deste século. Não desaproveite o tempo dos outros.


Uma última nota que são duas:

-  A pessoa mais barulhenta numa reunião não deve ser a mais velha ou necessariamente a mais brilhante. 

- O que arruína os negócios são as pessoas que não ouvem. Eles acham que conhecem e dominam o negócio e o mercado mas, na verdade, não sabem nada.  

Be Shorter

 

 

 

sábado, 17 de dezembro de 2022

Construa memórias – para si e para os outros.

Construa memórias - para si e para os outros.


 Construa memórias – para si e para os outros.

                                            “Os momentos especiais de hoje são as memórias de amanhã” Aladin


O mote desta prosa estava decidido quando escrevi “Como a memória é importante para os Serviços (e não só)”…foi apressada quando apanhei a seguinte campanha ; “Construa Memórias” em Arcos de Valdevez - Turisver. Sem dúvida, construir memórias com os nossos sentidos é uma aposta sólida desta campanha de Arcos de Valdevez..

Entro agora no meu texto.

Um líder, formal ou informal, deve pensar em maneiras de quebrar as rotinas das equipas. Ao fazer estas roturas estamos a criar memórias (para além de nos retirar do conforto da preguiça)

O mesmo podemos dizer quando um superior ou outra hierarquia qualquer nos felicita sobre o nosso desempenho. Outro tipo de memória feliz é quando alguém da nossa equipa pergunta-nos, de forma sincera, se precisamos de ajuda (e a disponibiliza…se possível).

Um evento cria memórias colectivas recordáveis é quando comemoramos as vitórias dos outros, sem nos apropriar das mesmas , ou quando tentamos perceber e resolver os resultados menos positivos, mas sem atribuir culpas a terceiros.

Mas as memórias, boas e más, também são construídas através da interacção com Clientes, Prospects e Fornecedores. A nossa vida é longa e caminha por vários percursos. Nunca se sabe se A ou B, mais tarde, vai voltar a cruzar-se connosco. E esse encontro pode ser para comemorar-nos, continuarmos indiferentes, ficarmos de pé atrás ou para nos assombrar.

Criar memórias positivas para aqueles que nos rodeiam (e para nós) é, sem dúvida, um elemento que permite que a rotina, algumas vezes insuportável, seja ultrapassada.

O que se deve procurar é que o registo que os outros têm de nós seja o mais agradável possível. Nenhum de nós é perfeito (apesar de alguns seres acham que são), mas ao provocar nos outros um sentimento de confiabilidade, segurança, competência …faz com que eles se lembrem de nós de uma forma afável.

E eu acredito na reciprocidade.


Nota:

Volta e meia lembro-me do Dr Batista da Silva, antigo director do Observatório Astronómico de Lisboa. Era eu criança e ele, com idade para ser meu avô, passeava comigo pelos terrenos do observatório. Eramos três: ele, eu e o seu cão (uma lassie) Dizia-se por lá: lá vai o velho (de forma muito respeitosa), o menino e o cão.

Não que não tivesse avô. Tinha, o avô Vicente, mas a distância entre Lisboa e Marvão fez com que não fossemos companhia diária.

Coisas de Natal.

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Small continua a ser beautiful (2)

 

Small também continua
a  beautiful 

Na sequência do “Small continua a ser Beautiful”, pego nas tarefas hercúleas que muitas vezes nos propomos a fazer e a tomar.

O dia começa com algumas limitações e certezas:   dia tem apenas 24horas (para nós, Clientes, Fornecedores…), agora há que gerir este dado

Uma lista preenchida de tarefas, algo que acontece a muitos, sobretudo aqueles que se dedicam a New Business, pode resultar numa angústia sufocante.

Podemos começar o dia muito bem, a riscar tarefa atrás de tarefa, mas vai chegar a altura que o ritmo abranda e a ansiedade dispara. Começamos a deixar tarefas para trás, a riscar tarefas que passamos a não considerar necessárias ou prioritárias.

Uma técnica de automotivação para podermos encarar as listas de tarefas é começar a não ter um lençol delas. Em vez de 4 folhas, encare a primeira parte do seu dia com uma folha. Verá que a primeira parte do trabalho é concretizada.  Nesse momento você ganha ânimo por mais uma folha de tarefas concluída e encara a próxima (folha) com energia.

O explorador Ben Saunders, durante uma exploração em 2013 ao Polo Norte, dividiu a sua aventura em 31 maratonas 1 tarefas. Assim, vencia uma etapa e começava outra. Levou 68 dias a chegar ao Polo Norte a partir de um ponto sem ninguém, perto de uma povoação russa de nome Khatanga.

Claro que há diferentes formas de encararmos as tarefes do dia-a-dia. Cada um tem o seu método. Este é só mais um. O importante é que se possa chegar ao final da jornada com a sensação de missão cumprida.

Uma curiosidade sobre Ben Saunders.  Durante o seu período escolar, a avaliação da escola disse que o miúdo Ben teria dificuldade em concretizar as múltiplas tarefas que a vida lhe iria colocar.

 

Pode ler o anterior post

terça-feira, 23 de agosto de 2022

DECIDIR? SIM!!!

 DECIDIR? SIM!!!



“Deixe para trás tudo o que não te leva para a frente.”

 

Uma decisão adiada é um problema não resolvido. É mais uma tarefa que fica por fazer. Pode dar-se o caso que a pilha de não decisões pode começar a tomar proporções difíceis de gerir e, quando chegar a de decidir, decidimos à presa ou não decidimos mesmo.

Sempre que lhe for possível, decide, não faça procrastinação. Não justifique a sua NÃO DECISÃO com o argumento simples de “ainda não está bom “, “ainda não é a altura”…ou outra qualquer que a imaginação ou o hábito produza. .

 

Por outro lado, o facto de decidir, de ter que fazer escolha, capacita-o para que, quando chegarem estes momentos, os de decisão, decida com confiança e que a transmita.

Por muitas certezas que tenha, planos que faça, há sempre algo que não vai correr de acordo com o estipulado. Não piore a sua situação com várias decisões a terem que ser tomadas (por terem sido adiadas), com estudos ou reuniões infindáveis, com todos os cenários imaginados ou não, para suportar a decisão que vai tomar (e que acaba por não ser).

Tenha presente que, para si e para todos os outros, o tempo é um recurso finito e a oportunidade pode não voltar a aparecer.

Também não decida para ficar tudo na mesma.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

DICAS DE GESTÃO - #10 – Os melhores Clientes

 

Os melhores Clientes 

#10 – Os melhores Clientes

 

Os Melhores Clientes são aqueles que são mais exigentes, que exigem prazos mais rigorosos, , que exigem, muitas vezes, trabalhos extra, mas que nos respeitam e pagam mais caro.

 

Os Melhores Clientes muitas vezes têm orgulho em mostrar o trabalho que acabaram de mandar fazer e, simultaneamente, gostam de mostrar e identificar que trabalham com os melhores fornecedores.

 

Os Melhores Clientes não se conquistam todos os dias; não se conseguem os Melhores Clientes a trabalhar para os piores clientes.  Os piores clientes podem ficar contentes em ter o serviço mais barato, não costumam querer algo diferenciado ou personalizado.

 

Para conquistar os Melhores Clientes tem que se mostrar como sendo o Fornecedor que eles querem ter. É um trabalho difícil, exige tempo, paciência, alguns nãos (deles e seus), mas compensará.

 

Comece esta jornada, de conquistar os Melhores Clientes,  com um atendimento de excelência e termine com uma pós-venda de acordo com todo o processo anterior, de excelência.

 

Toda a sua equipa deve estar imbuída do seguinte: fazemos um trabalho de excelência para os Melhores Clientes, que são os nossos.


terça-feira, 2 de agosto de 2022

Erre depressa para poder corrigir o problema rapidamente

 

Erre depressa


Erre depressa para poder corrigir o problema rapidamente

 

A cultura empresarial costuma dar mais valor a relatórios, procedimentos e reuniões do que a criação de valor palpável que possa ser medido pelos utilizadores em curtos intervalos de tempo.

Trabalho que não produza valor real não faz sentido

Um modo de podermos aferir se o que estamos a fazer, está bem feito, tem utilidade e é apreciado pelo Cliente …é ter feedback do mesmo. O Cliente pode ser exterior ou interno…tenha isto presente

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

O Porco e a galinha - Uma parceria de negócio

 


Uma galinha e um porco vão a andar na estrada . De repente a galinha diz:

G : E que tal abrirmos um restaurante?

P: Sim, vamos. Qual será o nome?

G: Que tal “Presunto e Ovos”?

P: O porco pensa e responde,”Não, obrigado” Eu tenha que me empenhar, mas tu só tinhas que te envolver.



Um pouco do que pode acontecer quando as equipas são mal formadas, desequilibradas relativamente a objectivos e compromissos.

Claramente o Porto sacrifica-se mais do que a Galinha. Uma parceria de negócio mal feita



segunda-feira, 25 de julho de 2022

DICAS DE GESTÃO - #9 - O que não é networking

 

O que não é networking


 

Já que falámos do que é networking, convém deixar claro o que não é.

Aproveitar estes eventos (ou valer-se de uma situação familiar) para no momento ou posteriormente:

 

-  dizer mal dos outros, dos concorrentes, dos colegas… ou dizer mal só por dizer mal. Devem haver grupos de networking só com este objectivo…dizer mal,

 

 - queixar-se, queixar-se e..queixar-se,

 - ser catastrofista ou pessimista.

 - pedir ajuda constantemente e nunca retribuir,

 - utilizar o factor C,

 - utilizar o seu grau de parentesco e valer-se só e apenas disso,

 - roubar ideias,

 - tocar em assuntos polémicos quando estiver no início de um relacionamento profissional,

 -  não misture o pessoal com o profissional,

 - não tente ganhar um à-vontade social com a sua rede quando os assuntos que lá são tratados são estritamente profissionais (ou vice-versa)

 - falar muito,

- falar sempre por cima dos outros,

 - passar e-mails com banalidades, piadas, fotografias ou outros conteúdos mais duvidosos,

 -tentar começar um relacionamento como se já fosse íntimo da pessoa,

- ter paciência e bom senso. Caso não tenha estes dois predicados, pode passar a ser visto como uma pessoa incómoda,

 - não crie uma imagem falsa de você.  Depressa os outros vão perceber que não é o que diz. Há outros grupos e outras pessoas que partilham os mesmos gostos, objectivos e ambições.

 - procurar parcerias que beneficiem apenas a sua empresa e não trazem nenhum benefício para o outro.

 

 

quinta-feira, 7 de julho de 2022

DICAS DE GESTÃO #3 - Conheça os Clientes

 

Conheça os Clientes

#3 – Conheça os Clientes

Conheça os Clientes. É uma verdade absoluta. São os Clientes que são a razão da sua Empresa, do seu trabalho.

Nos primeiros 5 meses de 2022 foram registadas mais 20% de novas empresas em relação ao mesmo período de 2021. Muitos empreendedores têm aparecido. Mas, se o único motivo para a abertura do seu negócio próprio é o facto de ter um chefe chato, quando abre a sua empresa você terá inúmeros chefes…estes são os seus Clientes.

São eles que vão determinar o seu sucesso ou insucesso. Assim, alguns conselhos que deixamos:

 - deve criar empatia com ele

- tente colocar-se na posição dele

- pense como Cliente

- fomente o feedback

- oiça as críticas

- visite a concorrência

- percorra os estabelecimentos, mesmo de negócios diferentes, onde se vai instalar.

 

Vá percebendo regularmente se o seu serviço / produto é relevante para os Clientes, se é uma mais-valia.

terça-feira, 5 de julho de 2022

DICAS DE GESTÃO #2 – Para você / Para ti / Para o outro

Venda aos outros, não a si

 

#2 – Para você / Para ti / Para o outro

Quando vendemos produtos, serviços, imagens, sonhos… fazemo-lo para os outros, não para nós.

As nossas vendas são para os nossos prospects. Talvez não seja má ideia tratarmos os Clientes, mesmo aqueles que já nos são fiéis, com o entusiasmo e dedicação que colocamos quando temos um prospects pela frente.

Lembre-se dos tempos em que era criança. Centrávamos muito o nosso discurso no EU. Não use a mesma estratégia em crescido.  Fale mais e mais vezes o nome do Cliente: utilize o nome da Empresa do seu interlocutor.

Ele, o outro,  vai gostar.

domingo, 3 de julho de 2022

DICAS DE GESTÃO - #1 NOME

 


 

#1 - Nome

Parece óbvio, mas a utilização do nome numa comunicação com um prospect faz com que ele sinta que a mensagem  é apenas para ele. Nós, quando lemos ou ouvimos o nosso nome, prestamos mais atenção.

Tente, sempre que possível, nos emails, saber a quem dirigir a informação que quer passar. Muitas vezes temos acesso a base de dados de empresas e só aparece o email geral. Entre no site, no LinkedIn no Facebook, ligue…descubra a quem quer enviar o email.

Vai ajudar nos resultados que quer alcançar.

Nota: Uma coisa que não tem nome...pode não ter nada.


domingo, 8 de agosto de 2021

7 + 1 Razões para abrir o seu próprio negócio

7 + 1 Razões para ab
rir o seu próprio negócio

“Você é mais corajoso do que pensa, mais forte do que parece e mais esperto do que acredita”

                                                                                           Christopher Robin (filme)

 

Tenha ideias...mas talvez 
seja bom não exagerar

Infelizmente os últimos meses fizerem com que muitos de nós tenham que colocar este tema em cima da mesa. A erosão do emprego, o fecho de muitas empresas, as “novas regras” que o mercado de trabalho dita e as razões que em seguida apresento.

Ao que acrescento a possibilidade de no seu trabalho actual a motivação, o reconhecimento pessoal e financeiro estarem longe daquele que espera.

Se se revê no parágrafo anterior ou no ponto 0, o seguinte, pode estar na altura de empreender

0 – Perdeu o emprego

É uma realidade que pode estar sempre presente. Esta e a falta de perpectivas ou segurança que o emprego actual lhe transmite

1 - Decidir o seu destino

No seu próprio negócio é você que decide. Decide o que fazer, como fazer, com quem fazer, para quem fazer, em que formato, que nível de risco…

É você o responsável.  O enfadonho ou o chefe memorável é você

2­­ - Regras e rotinas

Para além do que é referido no ponto anterior, acrescento: onde   quer que queira trabalhar, pode fazê-lo. É você o autor das suas rotinas e regras. Obviamente o mesmo se pode dizer para aqueles que consigo trabalham

3 - Escolher os seus sócios e funcionários

Ao poder escolher os seus sócios e funcionários, você molda a sua equipa à sua imagem e os objectivos que persegue são os mesmos que os seus funcionários e sócios devem perseguir.

Assim as hipóteses de ter dissabores com contratações ou mudança brusca e inesperada de objectivos é substancialmente reduzida.

4 - Aprendizado

Quando você muda de funções ou de empresa há sempre um aprendizado que acontece.

Quando você monta um negócio esse aprendizado irá aparecer naturalmente. De um momento para o outro terá de se desdobrar pelos vários “departamentos”.  Irá consumir muito tempo para funções em que você não está talhado ou que considera um desperdício de tempo. Aqui chega a altura em que tem que pensar em contratar ou subcontratar.

É também uma oportunidade que tem para desenvolver projectos, aproveitar a sua criatividade, estudar e implementar novas soluções.

5 - Criatividade

Aqui a criatividade pode passar a ter o seu nome e é complementada com a sua equipa e sócios.

Mais uma vez, a criatividade que procura e pretende implementar são uma fonte excelente de aprendizado. Para si e para aqueles que tem consigo.

6 – Criação de riqueza

Uma Empresa, por mais pequena que seja, é sempre um contributo para a sociedade. Gera riqueza, dá emprego directo e / ou indirecto. Pelo facto de criar algo novo, a sua Empresa, é possível que esteja a criar algo diferente.

Pode, igualmente, estar a incentivar outros a criar o seu próprio negócio ou a querer juntar-se ao seu e assim criar um projecto mais sólido.

7 – Criação de riqueza para si

A criação de um próprio negócio tem, em regra, dois outputs esperados.

Um foi mencionado no ponto anterior. O segundo é a criação riqueza para o empreendedor

Todo o seu empenho, esforço, know-how, energia e trabalho está voltado para o seu projecto.

A dimensões do resultado atingido têm aderência na sua ambição, no seu esforço e na capacidade de colocar estas suas duas características em campo.


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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joaodavespa@gmail.com; joao@jpmconsultores.pt
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sexta-feira, 20 de março de 2020

#6 – Diminua os níveis (e as pessoas envolvidas) para aprovações

Gestão de equipas / JPM Consultores



#6 – Diminua os níveis (e as pessoas envolvidas) para aprovações

O que no passado seria uma boa medida, nos tempos de Covid19, ainda é mais importante.

Embora seja difícil de implementar, suavizar os processos burocráticos que nos tomam sucessivamente tempo, papelada  e outros recursos, é uma medida para se optimizar tempo.

Claro que toda a cadeia deve estar consciente da importância da medida. Claro que todos devem desenvolver as suas actividades com responsabilidade. Claro que as hierarquias devem tornar claras as suas medidas.


João Paulo Marques
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quarta-feira, 18 de março de 2020

#5 – Reuniões conclusivas

JPM Consultores / Reuniões conclusivas



#5 – Reuniões conclusivas

Por cá há o hábito das reuniões por tudo e por nada; das comissões de estudo e mais o diabo a 4.
Tenha, por regra, tornar as suas reuniões conclusivas.

Um pequeno guia para o efeito:

a)       Vá com objectivos claros a serem discutidos na reunião
b)      Comunique de forma clara, sem ambiguidades
c)       Estabeleça alturas de avaliação para medir o progresso das tarefas
d)      Esteja disponível para que o processo não pare
e)      Esteja em cima do assunto. O facto de haver tarefas atribuídas não quer dizer que estejam a ser feitas
f)        Prepare e divulgue previamente documentação para a reunião seguinte


Num passado passado, o director de uma grande agência de publicidade na nossa praça marcou-me uma reunião para as 8 e 30. A essa hora a agência nem sequer tinha aberto. Lá tive que esperar mais de 30m para que a porta abrisse e falasse com ele. Não sai do hall de entrada e nem me sentei.
Fala-se pouco. Fala-se o necessário.

 Escrever sobre reuniões é um never ending story


João Paulo Marques
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