domingo, 10 de novembro de 2013

Lingua Portuguesa - Falar Português

Falar Português


Gosto de ouvir rádio. Ainda oiço. Oiço em casa e no carro. Pelo menos aqui não tenho que apanhar com os BB, Gouchas,  Malatos e outros comunicadores deste quilate. Eles têm o seu público, que não sou eu.

Este meu gosto só me prejudica num aspecto. Não consigo visualizar o Jorge Jesus. Mas a grande faceta e atributo dele é ser um comunicador nato e um produtor nato de palavras e de neologismos…já sei que masca pastilha e penteia-se a todo o momento, por isso...

Fiquei surpreso ao ouvir o relato dos preparativos para a entrada no estádio da Luz do último Benfica / SPORTING.  Falavam de uns “insaders”…o que é isto? Porque não lhe chamam intrusos, fura barreiras…ou lá o que queiram chamar…se é que eu sei do que eles falam.

Isto dos francesismos, inglesismos ou outros ismos quaisquer faz-me lembrar uma discussão que assisti algures. Estavam duas partes a falar num idioma que não me era familiar…palavras para lá, palavras para cá…entendi, suspeitei, que algo não ia bem.

A certeza das minhas suspeitas veio quando ambas as partes começam com: oh meu filho da…meu cabr…ai se eu te ponho as mãos em cima, pai, mãe, primas.. toda a família evocada.

 Vamos lá a falar português, o melhor possível, e deixarmo-nos destas mariquices.
PS: Sei que uso Kyewords...nos meus textos...mas é o Google que tem culpa
João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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@joaodavespa

Mentiras (por Seth Godin)

The first lie...

  is that you're going to need far more talent than you were born with.
The second lie is that the people who are leading in the new connection economy got there because they have something you don't.
The third lie is that you have to be chosen.
The fourth lie is that we're not afraid.
We're afraid.
Afraid to lead, to make a ruckus, to convene. Afraid to be vulnerable, to be called out, to be seen as a fraud.
The connection economy isn't based on steel or rails or buildings. It's built on trust and hope and passion.
The future belongs to those that care and those that believe.

O Riso, o sorriso...e os mais velhos


O Riso, o sorriso...e os mais velhos

Keywords: Sorrir, rir, viver

Excerto da carta que Madame Marie Curie escreveu à sua filha.  A Madame Curie raramente se lhe descubriu um sorriso...mas ficam as palavras que sábias dela. Esta excerto foi reblogado aqui após "roubo" a um texto de Rosa Montero.

Os deseo un ano de salud, de satisfacciones, de buen trabajo, un año durante el cual tengáis cada día el gusto de vivir, sin esperar que los días hayan tenido que pasar para encontar su satisfación y sin tener necesidad de poner esperanzas de felicidad en los días que hayan venir. Cuanto más se envejece, más se siente que saber gozar del presente es un don precioso, comparable a un estado de gracia.

AS MOTOS, AS CRIANÇAS e MUITO MAIS

AS MOTOS
 
Keywords: Motos, gosto de viver, crianças, descobertas
 
Há dias que me sinto portador deste amor invulgar que as crianças possuem pelas motos.

 Lembro-me, de um passado que já vai longe,  de uma criança do prédio dos meus pais, o Manel. Ele  tirou uma foto sentado na minha moto da altura e colocou-a no quarto e lá “viveu” durante uns anos. Recentemente, quando lhe comuniquei uma má notícia que me tinha acontecido, o Manel rapidamente associou a nossa amizade com a foto já com longos anos.

Vejo também a curiosidade que as motos despertam na putalhada.  Um dia, ao ver no pátio do recreio de uma escola umas crianças  que treinam comigo, o Pedro, O Diogo e o Tomás, estaciono a minha moto.  O facto de a parar em frente  à vedação despertou a curiosidade deles. Mal me viram, aproximam-se das grades da escola, e fazemos o nosso ritual…um carolo meu a cada um.

Mas esta experiência de cativar a atenção das crianças pelas duas rodas é algo que se repete no meu dia-a-dia.  São momentos felizes que me vão sendo proporcionados pela criançada,  quando esta olha para a minha moto. Retribuí-o comum sorriso, com uma careta, com uma palhaçada.

Mas isto de gostar de motos leva-me aos meus 15 anos. Nessa idade, com as poupanças conseguidas e o dinheiro desviado dos lanches e almoços da escola – um almoço era substituído  por duas sandes de rissol - , alugava uma sachonette ou uma mobilete no Campo Grande. Grandes aventuras, grandes passeios. Fazia-o sem carta de condução.  Agora já o posso admitir...

 

Mais perto no tempo, mas sem ser recente, lembro-me de estar a almoçar, com saudades de andar de moto (fazia uns 6 meses  que não andava) e, no meio de uma garfada, oiço um barulho que me era familiar. Eis que  passa uma mota igual à minha.  Quase lhe fui pedir para andar….sei que tinha argumentos convincentes para o convencer.

O que resulta disto….uma vontade de ter moto pelos anos fora, nem que seja com escadinha para subir nela.


João Paulo Marques
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