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quarta-feira, 30 de julho de 2025

A Mesa de Chá: Onde as Melhores Ideias Acontecem

Tarsila do Amaral e a Mesa de Chá

 



A Mesa de Chá: Onde as Melhores Ideias Acontecem

 “Um líder é um vendedor de esperança.” Napoleão Bonaparte

Recentemente assisti na Universidade Nova a parte do encontro - OUI Conference 2025. Várias ideias retirei de lá, uma delas foi a mesa de chá. Foi apresentada por David Li do Shenzhen Innovation Lab. Não vou reproduzir epsis verbis o que ouvi…mas vou escrevinhar umas ideias.  Digotambém que esta Mesa de Chá é um pouco como a nossa mesa de café…mas bem mais assertiva.

Todos sabemos e vivenciamos a velocidade com que as coisas acontecem. Não é assim difícil ficar preso na nossa própria bolha profissional.  Reuniões agendadas, e-mails que nunca acabam e que ficam por responder, mesmo recorrendo à tecla fundamental [DELETE], a constante pressão por resultados e a inovação que não para de acontecer. Esta dinâmica pode fazer com que nos afastemos das oportunidades que o mercado oferece, das oportunidades de inovação que florescem

E se eu vos dissesse que, talvez, as melhores ideias, os insights mais valiosos e as conexões mais fortes podem nascer num local inesperado? A Mesa de Chá.

Pensem nisto: não é uma sala de reuniões formal. Também não é uma sessão de brainstorming estruturada.  Trata-se de um espaço. Pretende-se real,  onde as hierarquias não existem e a curiosidade (e desbocamento sério e profissional)  prevalece.  Peço desculpa, gosto de inventar umas palavras. Um pouco por falta de léxico e por ter vivido no estrangeiro.

Imaginem: engenheiros a conversar com designers; profissionais de marketing a trocar ideias com especialistas em produto; empreendedores a ouvir atentamente as experiências dos clientes. E, se possível, eles todos juntos a trocar ideias.

 O que pode acontecer  à volta desta "Mesa de Chá" (para além dos scones)?

  • A criatividade floresce: Longe da pressão e do controlo, as ideias mais "loucas"  ou antigas podem ganhar espaço para serem exploradas. Uma frase casual pode ser a acendalha para um novo produto revolucionário.
  • O mercado revela-se: Conversas genuínas expõem frustrações e necessidades reais. É aqui que sentimos o "pulso" do mercado, permitindo-nos identificar oportunidades inexploradas e validar direcções estratégicas.
  • A colaboração constrói pontes: Profissionais de diferentes áreas partilham perspectivas únicas. Ajudam a construir soluções mais robustas e abrangentes. Deixamos de estar isolados para estarmos conectados ao "que se está a fazer" e ao "que o mercado realmente precisa".(uma das minhas próximas prosas)
  • Produtos e serviços que ganham alma: As soluções desenvolvidas a partir destas interacções não são apenas funcionais, são concebidas com uma compreensão mais profunda e uma paixão colectiva.

Na nossa jornada profissional tendemos a valorizar a eficiência e a estrutura. Mas,  por vezes, é na informalidade, na conversa despretensiosa e na conexão humana que encontramos as chaves para a verdadeira inovação, para a relevância no mercado e para continuarmos na senda do Alive and Kicking.

 

A Mesa de Chá é  um convite permanente

A Mesa de Chá não tem de ser um local físico. Idealmente não deve ser. Deve ser sim um estado de espírito. A Mesa de Chá é estar disponível para a conversa genuína. Ter a coragem de partilhar ideias ainda que imperfeitas. Ter a sabedoria, sempre difícil, de escutar antes de falar. A paciência de deixar que as melhores soluções fermentem no seu próprio tempo. Ou de não ter medo

Em cada escritório, em cada café, em cada encontro casual, pode existir uma mesa de chá em potencial.

 Basta alguém ter a coragem de sentar-se, servir o primeiro copo e fazer a primeira pergunta verdadeiramente curiosa.

É então esperar que outros se juntem. Porque todos nós, no fundo, ansiamos por conversas que nos aproximem. Não apenas uns dos outros, mas do trabalho que realmente importa e do impacto que genuinamente desejamos criar no mundo.

 Eventualmente relacionado com a Mesa de Chá – Vagabundeie, o dinheiro anda na rua

 Onde está a sua  "Mesa de Chá “? Como estão a criar espaços como a “Mesa de Chá” para que a criatividade flua e as ligações valiosas se estabeleçam?

 

PULP – DISCO 2000, Pulp, uma das melhores bandas do chamado BritPop.  Essa letra expressa de forma agridoce a expectativa e desilusão do crescimento, típica de uma geração que amadureceu nos anos 80/90 olhando para o futuro com esperança, mas também com dúvidas. A ideia de se encontrarem no ano 2000 — uma data que, em 1995, ainda parecia futurista — funciona como símbolo de expectativas que não se realizam.

 

 

 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Um lago de leite

Um lago de leite
Um lago de leite

 

Uma história que me foi contada

 

Num país imaginário, em que a definição do ano não é importante, um Rei que amava o seu povo e talvez fosse amado por este, decidiu ciar um lago diferente. Seria um enorme lago branco, seria cheio por leite e obra de todos.

Decidida a execução desta maravilha, começaram a fazer o grande buraco. O lago seria cheio por todos os habitantes desse reino. Cada habitante contribuiria com um simples copo de leite. Com a ajuda de todos, esta maravilha tomaria forma.

Tudo decidido e acordado, é escolhido o dia. Chegada a data há festa, arraial…todos estão felizes, iam contribuir para a execução desta maravilha, um lago branco.

No dia seguinte, o Rei acorda entusiasmado. Vai passear no lago branco; era de todos, seu também. Mas qual foi o seu espanto que ao dar os primeiros passos no lago verificou que, ao invés de leite, o que encontrou foi água.

Sai rapidamente do “seu” lago e convoca imediatamente o conselho. Após uma rápida análise a conclusão foi simples. Os habitantes devem ter pensado, cada um por si, não sabendo que todos tinham o mesmo pensamento: como somos tantos, vou levar um copo de água. Ninguém vai notar e fico com o leite para mim.

Deixo as conclusões para os leitores.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

NÃO SOU DE DENTRO

NÃO SOU DE DENTRO


Muitas vezes as empresas têm receio de partilhar as suas ambições, entenda-se novos produtos, passos estratégicos, mudanças disto e daquilo, com os Clientes, com os Fornecedores, com Stakeholders mais ou menos próximos (falo mesmo de empregados; aqui com experiência própria).
Recentemente assisti à apresentação do livro do António Lagarto (retratava uma exposição realizada no MUDE, De Matrix à Bela Adormecida). Gostei do entusiasmo com que todos os palestrantes  falaram do livro. Curiosamente, após o lançamento, encontro o autor num restaurante himaláio em Lisboa, o Everest da Montanha
Parece que ambos somos habitués de lá. Trocámos uma curta, mas simpática conversa.

No decorrer da apresentação falou uma jornalista, de nome Cristina (falta-me o apelido), que fez uma apresentação do livro e do autor. Começa por dizer: “eu não sou de dentro”….  E desenvolveu quase que uma aula de gestão e empreendedorismo.

E a jornalista tinha  razão no que expôs. O facto de ela não ser de dentro, permitiu-lhe ter uma visão distanciada, menos apaixonada, mais clara e lucida, mais aproximada do que o mercado quer, do que o público viu na verdade ( e não o que a Empresa vê)

Um outro modo de aproveitar os que não são de dentro passa por olhar para o que as marcas / organizações já estão fazendo, tentando descobrir o que fez com que seus esforços tenham sido  bem sucedidos. Ou seja, falar e ver o que os que não são de dentro (que são mesmo de fora) estão a fazer.

Um trabalho pensado e executado através das medias sociais permite um vasto aprendizado, uma recolha grande de informação. Ao que acrescento, um grande trabalho, um projecto vencedor, não vem do nada. Ele sai de intercções com as pessoas que procuram o mudar, com as pessoas que pretendem contribuir, mesmo que não sejam de dentro.


Os que não são de dentro, não deixam de ser do mundo, e é neste mundo, mais pequeno ou bem grande, que pretendemos ter sucesso. 


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://jpmarques.blogspot.com
@joaodavespa 


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Colaborações inter e extra empresa


Colaborações inter e extra empresa

Basicamente, a Gestão significa influenciar a acção. Gestão é sobre ajudar as organizações e
                                                                                      as unidades fazerem o que tem que ser feito, o que significa acção (Henry Mintzberg)

Keywords: Gestão, Colaboração, Cultura Organizacional

Pergunto: É mais fácil que colaboradores da mesma empresa entre si ou é mais fácil que funcionários de empresas diferentes, mesmo concorrentes, o façam?

A resposta pode levar a que consideremos a primeira parte da pergunta a certa. Nem sempre é assim.

Muitas vezes a cultura organizacional parece não estimular colaborações….muitas vezes os funcionários parecem não apreciar e acreditar em colaborações…tantas vezes a pressão que existe nas empresas não abre espaço para estes comportamentos….algumas vezes não existe empowerment para que este comportamento apareça ou continue a desenrolar-se.

É uma pena que assim seja. Mas o facto de este tipo de parcerias, colaborações, entreajuda ou lá o que lhe queiram chamar nasça fora da Empresa, pode ser um meio e um caminho para que se potencie o poder da colaboração.

A constituição de Centrais de Compras, de cursos de formação específicos, a troca de experiências, o networking, branding sectorial e regional, optimizar recursos escassos como tempo, dinheiro…são factores que devem ser sempre pensados para trabalharmos com a nossa concorrência.

Nesta altura em que os mercados são gigantes, as inovações aparecem com muita frequência, etc…há que estimular as colaborações.

Um bom exemplo disso, no nosso mercado, é a Associação do Calçado,  a Associação da Maçã de Alcobaça…e muitas outras. Mas muitas mais deveriam existir.

 

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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