terça-feira, 28 de outubro de 2008

Patriotismo, o que isso tem a ver comigo?

Patriotismos, o que isso tem a ver comigo?

Tenho alguma dificuldade em compreender o uso que se faz da palavra Patriotismo (http://pt.wikipedia.org/wiki/Patriotismo). Por altura do europeu de 2004, apesar de me encontrar a viver fora de Portugal, ouvia, contavam-me e olhava na TV o histerismo que recaia sobre a nossa pátria, nomeadamente, na exposição da nossa bandeira. Não havia rua que não tivesse umas quantas, carro que não exibisse uma… quase parecia que o país inteiro andava em procissão… com as mantas expostas nas janelas e o andor a circular pelas ruas rodeado pelos devotos.

Lá de longe achava meio despropositado. Um país inteiro a amar aquela equipa de futebol. Muitos deles, acredito, nunca viram um jogo, nem dele gostam.
O exemplo do futebol é extrapolado para outros desportos, com outros heróis, para outros grandes portugueses que se notabilizam em outras áreas do saber e que, com isso, ganharam uma visibilidade extra.

Eu, confesso, não consegui vibrar com o Nobel do Saramago. Nem aprecio a sua prosa, muito menos os seus pontos de vista. Acredito que alguns de vós partilham desta minha opinião. E interrogo-me do porquê de muitos que exultaram com este Nobel… e eventualmente nunca o leram. O mesmo se passa com outras vitórias que querem partilhar conosoco (muitas vezes os políticos fazem isso, quererem colar-se às vitórias e feitos) … eu, não as vejo como minhas. O caso da Vanessa Fernandes…gostei que tivesse ganho, claro, mas… porque é que a vitória é considerada minha? A vitória da Vanessa é dela e daqueles que muito trabalharam com ela. Nós, a grande maioria, nada fez para que isso acontecesse. Alguns nem sabem que modalidades compõem o Triatlo (www.federacao-triatlo.com).

Mas também me interrogo sobre aquelas parangonas que se dizem … “Amo o meu país”... ou será que alguém tem a capacidade de amar tanta gente, mesmo aquele vizinho cujo cão começa a ladrar desde as 7h da manhã, hora em que o dono sai para o trabalho … e o pobre do bicho fica fechado mais de 12h seguidas e a ladrar e a chorar.
O que me incomoda verdadeiramente é ter que aceitar que fulano A ou B seja português. Como poderei ter orgulho que um violador seja português, que um político use fundos públicos para enriquecer pessoalmente, …, queria que eles fossem de Marte… acredito que por lá não exista vida… pelo menos como a conhecemos.

Mas nesta história do Patriotismo também me faz espécie o imobilismo que caracteriza as nossas gentes. Muitos de nós nascemos, vivemos e morremos no mesmo bairro. Claro que os afectos que vamos criando nos ligam a ele mas, …ficamos impossibilitados de perceber o mundo, de melhorar a nossa vida. Talvez o sistema de ensino que temos possa ser responsável por alguma desta inércia. E eu a lembrar-me que nós, os portugueses, demos novos mundos ao mundo.

Por mim falo. Vivi algum tempo fora… tenho tido a sorte de viajar, quer no país, quer para o estrangeiro…e este acumular de experiências, tenho a certeza, fizeram e fazem de mim um melhor cidadão.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Um conselho... uma última revisão

UM CONSELHO… UMA ÚLTIMA REVISÃO

Nunca deixe de ouvir um conselho. Quem sabe ele ser-lhe-á útil. É sabido que, quanto mais perto estamos do assunto, mais dificuldade temos em perceber as suas falhas. É assim que se passa com o que escrevemos. Na nossa “cabeça” pode fazer todo o sentido…porque conhecemos a história, dominamos o assunto, etc.

Seguem 5 passos que poderemos usar:

o Por isso, é aconselhável após termos redigido o nosso esboço final, que nos levantemos… nos afastemos mentalmente do texto e, que mais tarde, o voltemos a ler.

o Poderá ajudar-nos nesta tarefa tentarmos encarnar o leitor. Tarefa difícil, mas muito útil. Questionar-nos-emos se o texto tem toda a informação necessária? Se faz sentido? Se tem interesse? Se possível, peça que lhe leiam o texto…terá assim o ponto de vista do leitor.

o Eliminar frases longas, palavras desnecessárias, dúbias ou pouco correntes. Nem todos os leitores possuem o seu vocabulário.

o Elimine a voz passiva ou um estilo muito informal (este poderá ser, todavia, apropriado).

o Leia, releia, faça-o em voz alta. Quem sabe se o texto ainda precisará de mais um toque.


Se seguir estes conselhos talvez evite equívocos, situações comprometedoras ou uma explicação ao seu superior. Lembre-se: a Lei de Murphy existe: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Murphy). Ela está à sua porta

Lembre-se, o mundo não é perfeito, nem justo....invista tempo na qualidade do seu trabalho…salvaguarde-se.

Acreditem... sei do que falo.

PS: Experimente ler em voz alta um texto numa língua estrangeira e veja a dificuldade que pode ter.