sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

As ideias (as boas e as más) começam em bruto

 As ideias (as boas e as más) começam em bruto 

                                   “Se quiser ter uma boa ideia, tenha uma porção de ideias.”, Thomas Edison

Processo iterativo de criação de ideias
Processo iterativo de criação de ideias


As ideias só não aparecem em bruto quando são copiadas ou apresentadas por políticos. Admito, é um statement forte.

Mas agora a sério, muitas vezes, quando uma Organização decide concentrar-se na promoção da inovação interna, toda ela pode florescer em ideias e em projectos a poder implementar. Pode assim estar a criar o seu futuro.

Quase pergunto o porquê das Organizações não estimularem a existência de um processo criativo regular?  

Percebemos que o desafio que se pretende alcançar é desenvolver uma forma sistémica, aberta e muito abrangente de produção, análise e avaliação de ideias.

Ficam assim as Organizações numa posição de poder avaliar as ideias que surgem. Este pipeline irá produzir ideias que valem a pena avaliar e as que podem ser …arquivadas.  Uma ideia, por muito absurda que possa ser, não deve ser desprezada. Bem, talvez um novo ábaco possa ser desprezado como ideia inovadora, mas, mesmo este,  pode ser até vir a ser um objecto decorativo e muito criativo de pop art.

 Mas como desenvolver ideias em bruto?

As boas ideias têm valor intrínseco, mas são apenas o ponto de partida. O processo de produção e avaliação de ideias é iterativo. Neste processo, repito, iterativo, algumas perguntas carecem de ser respondidas. Eis algumas:

Clientes: Quem é o Cliente? Qual é a sua necessidade que não está satisfeita?

Oportunidade: A ideia tem potencial?

Solução: A solução apresentada tem viabilidade? Consegue ser produzida?  Há tecnologia para o fazer? O Cliente aceita a solução proposta?

Equipa: A equipa que existe tem de ser reforçada? Terá de ser alvo de acções de formação? São necessárias parcerias? As existentes instalações são ajustadas?

Vantagem: Qual é o factor crítico de sucesso da sua ideia e da solução a apresentar?

Resultados: Quais são os benefícios esperados para o Ciente? Os retornos para a organização são suficientes?

Stakeholders: Estão alinhados?

Enquadramento fiscal e legal: É possível? Não tem condicionamentos?


Espera então o quê?



quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Vespa Club Ukraine

Vespa Club Ukraine

 Vespa pelas estradas certas. Vespa on the right roads. Vespa на правильних дорогах

Como a memória é importante para os Serviços (e não só)

Memória - JPM
Memória nos serviços (e não só)

 


Como a memória é importante para os Serviços (e não só)

 

                                                “A verdadeira arte da memória é a arte da atenção.” Samuel Jonhson

Criar memórias é importante. Criar boas memórias é algo muito importante. Criar memórias no trabalho também tem de ser importante.  Memórias com Colegas, com Fornecedores e com Clientes. Todos eles são importantes. Memórias de frustrações e de vitórias. Todas elas são importantes.

Estas memórias fazem com que a rotina, que tende a ser a regra para o trabalho e do nosso dia-a-dia, não seja sempre a regra.

No que toca a estes últimos três anos podemos dizer que foram um período riquíssimo de vivenciar. Tivemos de nos superar, de nos conhecer, de conhecer o outro mais próximo, mas que poucas memórias intermédias produziram.

A ausência, quase total para muitos, do local habitual de trabalho, o reduzido número de reuniões presenciais, o aumento exponencial de vídeo chamadas, o não tropeçar em amigos na rua, a quase inexistência de novas experiências…tudo o que são os momentos que ficam entre o princípio e o fim,  veio retirar-nos ”o  escape” do nosso  dia-a-dia.

 É este “escape” que liga, mutas vezes, as pontas, os inícios e os finais, o começar e o acabar.  É no “escape” onde o trabalho é pensado, discutido, avaliado, reconfigurado… e levado, espera-se, a bom termo feito (ou não). É onde formamos e desformamos hábitos. Mas o “escape” é o que nos permite desligar do que acontece sempre todos os dias, do que nos é imposto … das regras do nosso quotidiano. É este “escape” que nos permite chegar a alguns momentos, inesperados ou nem tanto de EUREKA.

Entro agora na memória. Ela é inconstante, algumas vezes traiçoeira, nem sempre retrata a realidade como ela é, como os outros a vivenciaram, como a veem. A leitura de um evento cravado na nossa memória nem sempre é contado, mesmo por nós, do mesmo modo.

Mas há algo que convém reter e que reproduzo pelas palavras de Maya Angelou, “I’ve learned that people will forget what you said, people will forget what you did, but people will never forget the way you made them feel.”

Nota: Vou ver o que a pena me leva ainda a escrever sobre isto