sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Última hora



Última hora.

Corre nos corredores do PSD que PSL vai abandonar a corrida à Câmara de Lisboa e tentar ser aceite para as presidenciais americanas. Vamos torcer por ele.
Diz-se que vai acompanado por alguns notáveis "de coisa nenhuma" do nosso Parlamento.
Um grande bem aja a eles

domingo, 5 de outubro de 2008

Mas quer que eu pague?

Dou, de vez em quando, com a seguinte resposta nos locais onde faço as minhas compras: "Quer factura?"
Ao que eu respondo: "Claro", "Sim", etc.
Por regra, quando a compra ultrapassa um valor que não está bem definido na minha mente, peço sempre factura. Quando não gosto do serviço, peço sempre factura. Devia pedir sempre. Devíamos pedir sempre!

Muitos comerciantes perguntam-me pelo meu NC..querendo como que dificultar a sua emissão. Dizem que têm de o escrever... acredito que sim, que não podem passar a respectiva factura sem o mesmo, blá, blá, blá...
Alguns, nitidamente, a passam contra a sua vontade. Noto. Nota-se

Lembro-me lá pelos anos 90 de andar pelo Chile e que todas as minhas compras, café, jornal, etc, davam direito a boleto...isto é, factura. Uma campanha de sentido cívico do governo estipulava a emissão de factura em todas as compras. Não sei o resultado prático... acredito que tenha sido bom. Não será boa ideia?

Parece-me que todos nós devíamos alinhar por este diapasão. Pedir a dita factura quando, por iniciativa própria, o comerciante não a apresenta-se.

Recentemente, após o almoço, peço a conta e a respectiva factura, meio chateado pelo mau serviço prestado. Ao que o dono responde:
- Mas quer factura?
- Não pude deixar de contrapor: Mas quer que eu pague?

Ele respondeu algo indecifrável que remoí-a entre os dentes o qual achei melhor não tentar perceber e lá me deu a factura. Apeteceu-me rasgá-la à sua frente. Não o fiz... estaria a comportar-me como ele.

Gustavo Bécquer

Apanhei este poeta espanhol, Gustavo Adolfo Bécquer,
do séc XVIII...numa leitura ocasional de um jornal espanhol.. desfrutenlo

RIMA LVI

Hoy como ayer, mañana como hoy,
¡y siempre igual!
Un cielo gris, un horizonte eterno
y andar... andar.

Moviéndose a compás, como una estúpida
máquina, el corazón.
La torpe inteligencia del cerebro,
dormida en un rincón.

El alma, que ambiciona un paraíso,
buscándole sin fe,
fatiga sin objeto, ola que rueda
ignorando por qué.

Voz que, incesante, con el mismo tono,
canta el mismo cantar,
gota de agua monótona que cae
y cae, sin cesar.

Así van deslizándose los días,
unos de otros en pos;
hoy lo mismo que ayer...; y todos ellos,
sin gozo ni dolor.

¡Ay, a veces me acuerdo suspirando
del antiguo sufrir!
Amargo es el dolor, ¡pero siquiera
padecer es vivir!


Gustavo Adolfo Bécquer