quarta-feira, 2 de abril de 2025

MEGA - Make Europe Great Again: A Versão Gourmet e não só a contrapor ao MAGA


MEGA - Make Europe Great Again 

Hoje. 2 de Abril, é o dia em que um ser alaranjado, proveniente de um planeta que dá pelo nome Mar-a-lago vai monologizar e nos vai deixar expectantes.

Mas vamos lá. Nos últimos anos, temos sido bombardeados com a frase "Make America Great Again". Está quase transformada num chavão político de proporções quase mitológicas ou trumpológicas seja lá o que isso queira dizer.
E se pegássemos na ideia e a aplicássemos aqui deste lado do Atlântico? "Make Europe Great Again" soa bem, não? Parece um convite para um regresso à grandiosidade, mas com um toque de sofisticação, como um croissant bem folhado e um queijo da serra , tudo na mesa com uma bela garrafa de tinto e umas belas tapas.
Isto, os "magenses", não conseguem. Mas conseguem os MEGANSES.
Se o MAGA original evoca imagens de chapéus vermelhos e fast food, a versão europeia tem de ser diferente. Tem de ser mega
Aqui, não se faz grandeza com hambúrgueres duplos, mas sim com um expresso curto, um pastel de nata e uma discussão acalorada sobre filosofia ou futebol num qualquer café europeu
Enquanto uns orgulham-se da sua independência e muros, nós preferimos um espaço Schengen onde se pode atravessar fronteiras sem sequer tirar as mãos dos bolsos do sobretudo …uma via verde de turismo e cultural
Claro que "Make Europe Great Again" pode levar a debates filosóficos intermináveis. Quando é que a Europa foi verdadeiramente grande? No tempo dos romanos? Nos descobrimentos? Durante o Renascimento? No Euro 2016 quando Portugal limpou a França em casa deles? Nessa altura já havia americanos...
A verdade é que a Europa nunca foi uma coisa só. Enquanto uns estavam a construir catedrais, outros estavam a cortar cabeças com guilhotinas ou a inventar a sauna.
Mas se há algo que sempre fez a Europa ser grande, foi a sua capacidade de ser um caldeirão de ideias, culturas e perspectivas.
Aqui, cada país tem o seu tempero. Temos a fleuma britânica, à paixão italiana, o pragmatismo alemão, o fervor espanhol e o talento inato dos portugueses para improvisar soluções de última hora.
Porém, nos últimos tempos, a Europa tem-se tornado perigosamente dependente dos Estados Unidos e da China, tanto em tecnologia como em produção industrial.
"Make Europe Great Again" também significa reindustrializar o continente, investir em produção própria e reduzir a nossa dependência de importações baratas que muitas vezes chegam com um preço oculto: a perda de empregos locais e o enfraquecimento da nossa capacidade de decisão. Precisamos de recuperar a nossa indústria, apostar em inovação e garantir que, quando falamos em produtos de qualidade, "Made in Europe" volte a ser sinónimo de excelência.
Portanto, se quisermos mesmo tornar a Europa grande outra vez, talvez não precisemos de slogans ou bandeiras. Basta voltarmos ao essencial: boa comida, boas conversas e a certeza de que, apesar das nossas diferenças, há sempre um avião a apanhar para um qualquer país europeu.
Deixem os americanos enviar para cá as Levis, as Harley Davidson (para quem gosta) , os Beach Boys, os filmes do John Ford e do Clint Eastwood …e mais algumas cenas...

segunda-feira, 31 de março de 2025

A bola é quadrada

 

A bola é quadrada - JPM 

A recente disputa entre Fernando Gomes, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), e Pedro Proença, actual líder da mesma entidade, tem agitado os bastidores do nosso futebol.

O conflito intensificou-se quando Proença afirmou, em carta enviada às federações europeias, que contava com o apoio de Gomes na sua candidatura ao Comité Executivo da UEFA. Gomes, por sua vez, desmentiu publicamente esse apoio e acusou Proença de destruir o seu legado construído ao longo de 13 vitoriosos anos.

Isto já não é uma guerra, parece ser uma novela mexicana dobrada em português do Brasil.

A “coisa”, à falta de um nome, ganhou uma dimensão de abertura de todos os telejornais. 

Estranho ainda o Presidente Marcelo não se ter prenunciado ou tentado fazer uma acareação 

Os clubes também entraram na conversa. Não sabem ficar calados. O Sporting e o FC Porto disseram estar “seriamente preocupados”, o que é basicamente futebolês para "o que é que estes dois andam a fazer?".

Entretanto, a APAF decidiu dar "total apoio" a Proença. Agora, a FPF já pediu uma reunião urgente com o Governo, porque quando o futebol português entra em crise, nada como chamar políticos para resolver (ou piorar) a situação. 

Também vão recorrer ao Conselho de Ética do Comité Olímpico, porque, claramente, o que esta novela precisa é de mais burocracia!

Em suma, este "clássico" nos bastidores do futebol português tem todos os ingredientes de um verdadeiro dérbi: acusações mútuas, desmentidos públicos e uma plateia de clubes e instituições a assistir com apreensão.

 Resta saber se este "jogo" terminará com um apito final conciliador ou se prolongará para "tempo extra" nos corredores da UEFA.

Por favor, chamem o VAR! E , já agora, despeçam o Martinez.