sexta-feira, 11 de abril de 2025

A Vespa 50s e a Agência Imobiliária: Primos Inesperadamente Semelhantes

BRED - Real Estate

 


A Vespa 50s e a Agência Imobiliária: Primos Inesperadamente Semelhantes

Pense na Vespa 50s como aquela boutique imobiliária que consegue infiltrar-se em qualquer bairro da cidade.
Assim como a Vespa 50s consegue deslizar por ruelas estreitas onde os automóveis ficam encravados, a BRED quer conhecer cada cantinho do mercado que outros nem sabem que existe.
"Ah, pretende uma moradia com vista para o mar, garagem para três carros a um preço espectacular”…a BRED vai tentar encontrar...
A Vespa tem aquela bagageira minúscula sob o assento. Lá podem acontecer milagres. Cabe uma mala, um capacete e talvez as esperanças de não apanhar chuva.
A BRED não quer prometer milagres, …mas esforça-se para os criar.
Quando a Vespa 50s fica sem gasolina, basta abanar o veículo e aquelas últimas gotas no depósito fazem-no chegar à bomba. É assim que a BRED funciona…vamos até à última para conseguir o que nos pedem.
E assim como a Vespa que parece frágil mas atravessa décadas mantendo o seu encanto, a BRED, apesar de ser bem mais nova, carrega consigo muita experiência e seriedade.
No final, ambas vendem a mesma coisa: liberdade e sonhos, embora uma venha com espelho retrovisor e a outra com taxas não mencionadas na publicidade.
Venha conversar connosco.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Vamos lá proteger as plantas do sol.

 

Nota falsa ...que pega fogo ao ser manuseada


Vamos lá proteger as plantas do sol...o que norteia as novas políticas americanas

Estamos perante mais um novo e brilhante capítulo da economia americana.

Ah, falo, claro, das tarifas do presidente Trump — o remédio universal para todos os males económicos. Ninguém explica exatamente porquê, e ainda assim esperam que acreditemos numa América forte e pujante… Só esqueceram de contar aos Fellow Americans que são eles quem vai pagar mais pelos produtos que compram todos os dias.

É fascinante como, após séculos de desenvolvimento da teoria económica, chegámos finalmente à grande descoberta: o caminho para a prosperidade está em cobrar mais por tudo — e por nada. Como no caso dos pinguins consumidores das Ilha Heard e Ilhas McDonald, ávidos consumidores. Trump deve ter pensado que estavam a falsificar o Big Mac.

As empresas americanas que dependem de matérias-primas importadas estão certamente radiantes com a ideia de custos mais altos. E os consumidores? Bem, quem não adora pagar mais só porque sim? "Estas tarifas fazem-nos sentir Gourmet e ricos" ..dizem os americanos.

Há algo de nostálgico — quase comovente — neste regresso às políticas comerciais do século XIX. Enquanto o mundo caminha rumo à integração económica, a grande América, bastião do comércio livre, dá passos firmes e decididos… para trás.

Por que aprender com a história, se podemos simplesmente repeti-la com entusiasmo renovado?

A verdadeira ironia é que, ao se "proteger" a indústria americana, cria-se um ambiente onde essa mesma indústria torna-se  menos competitiva no cenário global.

É como proteger uma planta do sol — feito com as melhores intenções e com resultados totalmente previsíveis.

Vamos todos aplaudir esta gloriosa vitória do posicionamento político sobre o bom senso económico.

As nossas carteiras vão ficar mais leves — mas tudo bem. Podemos consolar-nos com a imagem de Adam Smith a revirar-se suavemente na sua campa.

Parabéns, América.

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Agora para nós, Fellow Europeans (E não digam nada àqueles idiotas americanos…)

Vamos apostar em: 

Diversificação comercial acelerada: A UE deve intensificar esforços para concluir acordos comerciais com economias-chave — Mercosul, ASEAN e revigorar os laços com a muribunda CPLP. Menos dependência de mercados instáveis, mais resiliência económica.

Investimento em sectores estratégicos: A EU pode responder com um plano coordenado de investimento para as indústrias mais afectadas.

 Diplomacia económica: Formar uma coalizão internacional com as outras economias afectadas. Falo de Canadá, México, Japão e India 

Investir em R&D e Educação: Será uma das formas mais estratégicas de contrariar tarifas americanas, especialmente no contexto actual de guerra comercial e protecionismo crescente. 

E estes caminhos, todos concomitantes: 

• Substituição de Importações

• Aumento da Competitividade Global

• Migar para Sectores de Alto Acrescentado

• Estímulo Económico Interno

Se quisermos proteger as nossas "plantas", então que seja com ciência, sol e estratégia — não com sombras populistas.


ABBA - Waterloo - Talvez a música mas emblemática do Festival da Canção.


domingo, 6 de abril de 2025

A Honda e a Arte de Encontrar o Sucesso no Inesperado

Honda 50


“If plan “A” fails — remember you have 25 letters left” - Chris Guillebeau

Podemos não acertar à primeira, o que acontece a maior parte das vezes. Mas podemos acertar lá mais à frente. Há um fine tuning permanente que pode e deve ser feito.

Lembro-me de ler sobre o lançamento da Honda (motos) nos Estados Unidos nos anos 60 do século passado. Eles quiseram entrar com motos de grande cilindrada, pois o mercado americano era assim. Apenas big bikes. Reinava a Harley Davidson e, mais afastada, a Triumph.

Os japoneses tinham motas grandes e mais baratas. Mas, na altura, estas eram menos ajustadas ao tipo de utilização feito na América. Os americanos faziam grandes viagens nas suas motas. As motas japonesas tinham dificuldades em responder a este desafio: pingavam óleo e tinham que ser arranjadas no Japão. Toda a margem conseguida na venda esbatia-se no serviço de reparação.

A operação nipónica tinha, apenas para serviço interno da empresa, umas motos mais pequenas. Enquanto isso, a estratégia das motos de grande cilindrada corria mal. Um dia, para combater a frustração com os resultados, um dos gestores foi fazer um cross com uma das suas motas mais pequenas.

Gostou tanto da experiência que resolveu convidar os seus colegas para uma aventura semelhante. Todos apreciaram o passeio. Mas, o mais importante foi que, sem terem planeado, atraíram público. Quando terminaram o passeio, foram interpelados pelos espectadores que perguntaram onde se vendiam aquelas motas.

A resposta inicial foi surpreendente: "Não estão à venda; não temos para vender." Estavam tão presos à sua estratégia original das motas de grande cilindrada que resistiam à nova oportunidade.

Somente após muita insistência por parte de inúmeros americanos interessados, a Honda começou finalmente a vender nos States estas motas de mais baixa cilindrada. O resultado? Uma revolução no mercado americano de motociclos.

A Honda não apenas percorreu várias letras do abecedário na sua trajectória de crescimento, como também teve de alterar completamente a sua estratégia inicial.

Muitas vezes a solução para o sucesso está na embalagem, num subproduto ou numa abordagem diferente. Neste caso, estava num produto secundário - as motas que eles nem sequer comercializavam nos Estados Unidos.

Esta história demonstra que vale a pena tentar, adaptar-se e, acima de tudo, nunca deixar de observar atentamente o que nos rodeia. As maiores oportunidades frequentemente surgem onde menos esperamos.

Alguns dados

Em 1959 começa a exportação para os EUA.

Campanha publicitária "You meet the nicest people on a Honda" muda a imagem das motas no Ocidente.

Tratou-se de uma revolução silenciosa. Enquanto o mundo ainda via as motas como coisas de homens ou rebeldes, a Honda 50 colocava donas de casa e trabalhadores a andar pelas cidades. 

Em pouco tempo, começou a dominar a Ásia, depois a Europa e, em força, os Estados Unidos, onde o famoso slogan "You meet the nicest people on a Honda" quebrou o estigma das motas associadas a gangues.


Mais de 100 milhões de unidades vendidas


Uma conclusão

Como me dizem e como digo, o "fine tuning" permanente é essencial. Às vezes o sucesso está num subproduto, numa abordagem diferente ou simplesmente em estar atento ao que acontece ao nosso redor e disposto a ajustar o rumo quando necessário.

Uma nota: Obrigado América...quando voltarei a dizer o mesmo...não sei


Jet  Air lainer  - Steve Miller canta sobre o prazer de viver o dia de hoje porque nunca se sabe o que o amanhã trará. Encoraja os ouvintes a “cavalgarem no seu vento favorito” e a desfrutarem da diversão do mundo que os rodeia. É um hino perfeito para os  que querem viver a sua vida sem arrependimentos.

 



https://youtu.be/JHa1hiFYbFQ?si=3Mn-s5pZGRx1XoiM