terça-feira, 24 de março de 2009

DIGA O QUE FAZ. NÃO DEIXE QUE SEU CLIENTE ADIVINHE

DIGA O QUE FAZ. NÃO DEIXE QUE O SEU PÚBLICO ADIVINHE

Se há no mundo alguma coisa mais irritante do que sermos alguém
de quem se fala, é ninguém falar de nós. (Oscar Wilde
).

Noto, na minha actividade diária de trabalho, um excessivo low profile das Organizações a mostrar o que fazem, sobretudo o que fazem bem. Poucas, quase nenhumas, informações recebo sobre o que estas instituições vão colocando no mercado. Não falo naturalmente de publicidade ou de artigos mais ou menos encomendados e que são publicados / exibidos na media. Refiro-me a trabalho puro e duro, o que aparece no mercado.

Poucas ou nenhumas informações recebo dos meus Clientes actualizando-me do que vão fazendo. Mea culpa, a Empresa onde desenvolvo a minha actividade profissional também tem esta postura. Pouco ou nada fazemos para nos mostrarmos de um modo mais regular, a não ser umas mono folhas que enviamos irregularmente para os Clientes reais e potenciais. Mas, nem todos os meus colegas o fazem.
Digo-vos que trabalho na área comercial de uma gráfica e que o nosso mercado potencial é muito vasto.
Esta mailing list (ou jornal) que podemos passar ao nosso mercado mostra o que fizemos recentemente, ajuda-nos a credibilizar a nossa posição nesse meio e que estamos vivos.
Igualmente, e no meu caso particular, ajuda a Empresa que recorreu aos nossos serviços a aparecer no mercado. Pode, no entanto, suceder em alguns casos que esse nosso Cliente queira passar despercebido.
Mas penso que, de uma maneira geral, pelo facto do nosso meio ser pequeno, tudo se sabe e, em alguns casos ou sectores, há uma enorme rotatividade de profissionais e torna-se difícil esconder o que quer que seja.
Uma vantagem que o uso das novas TI´s proporciona é que esta operação tem custos ínfimos e um alcance muito alargado sendo, por isso, uma estratégia de marketing muito económica. Pode também ser usada em suporte de papel, não tão económico mas, igualmente útil e eficaz. O que importa é que se comunique. Que se faça chegar o que fazemos, como fazemos.
Vou passar-vos algumas razões para que a sua Organização tenha um jornal / newsletter.
Naturalmente você, leitor, terá outras mais a acrescentar.
• Pode ser mais um canal veiculador de informações sobre a sua Organização junto do seu mercado.
• Pode ser um elemento complementar de informação e formação sobre os serviços / produtos que comercializa. Poderá ajudar a tornar a vida dos seus Clientes mais fácil, logo mais atraídos pela sua Organização.
• Pode ser um modo de manter um contacto oportuno (não maçador) com os seus Clientes reais e potenciais.
• Informa sobre o que faz, como faz, para quem faz, onde se está, para onde quer ir (acho que todos já ouvimos este percurso).
• Permite apresentar novos serviços, novas utilizações, novas contratações, novos investimentos. • Aumenta a sua credibilidade e visibilidade no mercado.

No caso específico da newsletter:
- poderá segmentar a informação ou dirigi-la formalmente aos seus Clientes,
- será um meio fácil e imediato dos seus Clientes entrarem em contacto consigo.

Pelo exposto pode acontecer que:
o as suas vendas aumentem e, por conseguinte, os seus lucros,
o os seus Clientes se tornem mais fies e que diversifiquem o consumo,
o recupere Clientes perdidos (sempre uma tarefa importante e difícil ),
o conquiste novos Clientes no sectores tradicionais,
o entre em novos mercados.
Há, no entanto, que ter cuidado na informação que lá coloca. Ela tem que ser útil e relevante. Tem que obrigar o seu Cliente a ter curiosidade sobre a mesma. A sua concorrência pode (ou poderá) já estar a usar este expediente e a sua Empresa seria apenas mais uma na infindável quantidade de informação com que todos somos bombardeados todos os dias.
Por isso, se o fizer, faça bem feito. É a imagem da sua Empresa que aparece. É o que fica registado.

Se o Tempo não pára, não pare você também

João Paulo Marques
http://jpmarques.blogspot.com
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques

6 comentários:

Anónimo disse...

Gostei da sua colocação. É um debate que levo há anos. A inteligência X força bruta.
A comunicação é a minha atividade principal e a sua colocação vem de encontro com a minha posição frente aos clientes e diante de um mercado cada vez mais competitivo. O que o cliente não entende que estas ações parecem ser mudas, porém é no silêncio delas que existe a extraordinária força do entendimento da comunicação que realmente interessa. A visão imediatista não os deixa superar a ansiedade do resultado "now".
E acaba o infeliz colhendo respostas muito aquém do real objetivo e com verbas maiores. É mais ou menos assim. UM tiro de canhão para acertar um mosquito, quando apenas uma tapa seria suficiente e muito mais em conta e a verba que sobrou teria outras aplicações.
Eles só entendem isto quando o cinto aperta e é preciso repensar as estratégias de comunicação e isto inclui a publicidade e propaganda, eventos entre outras ações.

João Paulo Marques disse...

Jorge, obrigado pelo seu comentário. Há muito canhão solto...muito estrago colateral
Um abraço
João

Anónimo disse...

Pois meu caro estou convencido dos benefícios de uma newletter mas acredito que as empresas tenham essencialmente receio de mostrar mais o que não estão a fazer do que o que estão a fazer. Vivemos no país dos doutores que quando ligamos estão sempre "muito ocupados, sem tempo disponível". Cria-se a expectativa de que competente é o que faz muito e que temos de preservar essa imagem a qq custo. Uma newsletter mensal pode ser fatídica num mês que não haja muito a dizer e o facto de não enviar pode ser um pronúncio de problemas. Independentemente da qualidade do trabalho de cada um, o português tem sempre este trauma de trabalhar com uma empresa tipo "quem são esses gajos?". Por isso a imagem de "estar bem" é mais importante do que "ser bom".
2º problema - a concorrência - "Não podemos dar informação a esses bandidos". Mais uma insegurança que apenas faz sentido se se tratar de uma inovação não divulgada. A comunicação parece servir mais para proteger imagem do que para a divulgar.

Anónimo disse...

Meu caro anónimo, dou-lhe toda a razão..

Há sempre, ou quase, um outro ponto de vista e esse você colocou aqui.

Em circunstâncias normais...talez a minha prosa seja a mais ajustada...

Mas como bem disse, somos portugueses...


Um abraço

Patricia Aragao disse...

João,
aqui no Brasil, os vendedores do meu segmento tem a máxima: quem não é visto, não é lembrado! A quantidade de oferta de produtos e serviços dobra, no mínimo, diariamente. Não podemos realmente nos dar ao luxo de esperarmos q o cliente venha bater a nossa porta! Qualquer veículo que leve dados atuais sobre suas atividades ao cliente é extremamente bem vindo.
Apenas uma sugestão: o meio virtual transformou nossa caixa de mensagens em um verdadeiro inferno. Procurem sempre ser o mais objetivos possível e usar o campo de assunto para garantir que sua mensagem realmente seja lida pelo destinatário. Outra preocupação importante é garantir que sua mensagem tenha um formato correto para que não fique presa no servidor de e-mail do cliente como "spam"!!!
Sucesso à todos
Patricia Aragão
Gerente de Vendas
Hotel Novo Mundo - Rio de Janeiro - Brasil

Joni disse...

Patrícia, obrigado pelo seu comentário oportuno.