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MEGA - Make Europe Great Again |
Hoje. 2 de Abril, é o dia em que um ser alaranjado, proveniente de um planeta que dá pelo nome Mar-a-lago vai monologizar e nos vai deixar expectantes.
E se pegássemos na ideia e a aplicássemos aqui deste lado do Atlântico? "Make Europe Great Again" soa bem, não? Parece um convite para um regresso à grandiosidade, mas com um toque de sofisticação, como um croissant bem folhado e um queijo da serra , tudo na mesa com uma bela garrafa de tinto e umas belas tapas.
Isto, os "magenses", não conseguem. Mas conseguem os MEGANSES.
Se o MAGA original evoca imagens de chapéus vermelhos e fast food, a versão europeia tem de ser diferente. Tem de ser mega
Aqui, não se faz grandeza com hambúrgueres duplos, mas sim com um expresso curto, um pastel de nata e uma discussão acalorada sobre filosofia ou futebol num qualquer café europeu
Enquanto uns orgulham-se da sua independência e muros, nós preferimos um espaço Schengen onde se pode atravessar fronteiras sem sequer tirar as mãos dos bolsos do sobretudo …uma via verde de turismo e cultural
Claro que "Make Europe Great Again" pode levar a debates filosóficos intermináveis. Quando é que a Europa foi verdadeiramente grande? No tempo dos romanos? Nos descobrimentos? Durante o Renascimento? No Euro 2016 quando Portugal limpou a França em casa deles? Nessa altura já havia americanos...
A verdade é que a Europa nunca foi uma coisa só. Enquanto uns estavam a construir catedrais, outros estavam a cortar cabeças com guilhotinas ou a inventar a sauna.
Mas se há algo que sempre fez a Europa ser grande, foi a sua capacidade de ser um caldeirão de ideias, culturas e perspectivas.
Aqui, cada país tem o seu tempero. Temos a fleuma britânica, à paixão italiana, o pragmatismo alemão, o fervor espanhol e o talento inato dos portugueses para improvisar soluções de última hora.
Porém, nos últimos tempos, a Europa tem-se tornado perigosamente dependente dos Estados Unidos e da China, tanto em tecnologia como em produção industrial.
"Make Europe Great Again" também significa reindustrializar o continente, investir em produção própria e reduzir a nossa dependência de importações baratas que muitas vezes chegam com um preço oculto: a perda de empregos locais e o enfraquecimento da nossa capacidade de decisão. Precisamos de recuperar a nossa indústria, apostar em inovação e garantir que, quando falamos em produtos de qualidade, "Made in Europe" volte a ser sinónimo de excelência.
Portanto, se quisermos mesmo tornar a Europa grande outra vez, talvez não precisemos de slogans ou bandeiras. Basta voltarmos ao essencial: boa comida, boas conversas e a certeza de que, apesar das nossas diferenças, há sempre um avião a apanhar para um qualquer país europeu.
Deixem os americanos enviar para cá as Levis, as Harley Davidson (para quem gosta) , os Beach Boys, os filmes do John Ford e do Clint Eastwood …e mais algumas cenas...
Portugal na CEE - GNR -// https://youtu.be/KjCxdfk-kUM?si=ukZam5iNHjtRX9gP
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