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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Lisboa em palavras e imagens - 9


Brandas águas do Tejo que, passando

Por estes verdes campos que regais,

Plantas, ervas, e flores, e animais,

Pastores, ninfas, ides alegrando;

 

Não sei (ah, doces águas!), não sei quando

Vos tornarei a ver; que mágoas tais,

Vendo como vos deixo, me causais

Que de tornar já vou desconfiando.

 

Ordenou o destino, desejoso

De converter meus gostos em pesares,

Partida que me vai custando tanto.

 

Saudoso de vós, dele queixoso,

Encherei de suspiros outros ares,

Turbarei outras águas com meu pranto.