Tenho por hábito tomar o pequeno-almoço de domingo no Centro Comercial Roma. Apenas porque ganhei o hábito de lá comprar o jornal… e é por lá também que cometo um dos meus pecados da semana…como um caracol acompanhado por um galão. Gosto de “desfiar” este bolo e comer por último o seu “núcleo”. Mas o que é a vida sem alguns pecados…?
Muitas vezes tenho, por lá, a companhia de uma senhora com cerca de 70 anos. Quando lá vou procuro-a sempre com o olhar. Fico contente quando a vejo. Acho-a parecida com a minha mãe. Ontem fiz isso, procurei-a… não se encontrava.
Ah, ontem fez 5 anos que a minha mãe faleceu.
Gestão | Vendas | Marketing | Histórias | VESPAS | Coisas boas e um pouco de tudo O que penso, o que eu crítico, os meus textos, textos dos outros, informações interessantes de oitava coluna e outras que eu acho engraçadas (I hope). Junto algumas fotos e tudo o mais que me vier à mona. Content by myself and some other stuff. email:joaodavespa@gmail.com / joao@jpmconsultores.pt Quotes: - If you think education is expensive, try ignorance - What you know is worth more than you know
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
O Monstro das bolachas ou a Hidra de Lerna
Os vários nomes do Monstro das Bolachas ou a Hidra de Lerna
Dei comigo outro dia a olhar para um cartaz da Rua Sésamo. O espectáculo vai andar por Lisboa….e logo me lembrei do Monstro das Bolachas. Recaída mental para as bolachas de baunilha que tanto gosto ou para o célebre Monstro das Bolachas? Acho que para ambos.
Esta personagem da Rua Sésamo preencheu o imaginário de muitos de nós…em muitos lugares, em várias gerações. Era um monstrozinho inofensivo e simpático, que vociferava “Bolachasssssssss” … mas ele apenas devorava bolachas… ao contrário de outros que andam por aí, a parasitar e a devorar ou sonegar tudo o que apanham, vêm ou bem pior…
Como se sabe, hoje em dia aparecem-nos outros monstros. Falo do suprime e de outros primes e primos. Na verdade, há vários primes e primos que pululam e sugam a nossa sociedade… que aparecem metamorfoseados.
Alguns deles subsistem pelo facto de nós gostarmos pouco de protestar… de comermos e calarmos… de levarmos os nossos protestos apenas ao vizinho do lado ou para dentro de casa, ou seja, de fazermos muito pouco para mudarmos a situação. Também, por sermos uma sociedade onde tudo leva tempo, muito tempo, para se tomar alguma decisão, alimenta o nosso Monstro das Bolachas. Claro que a ausência de uma aposta séria em ensino de qualidade, alicerçada em valores cívicos e sociais, mais uma, vez faz vir à tona os primes, primos e herdeiros nefastos.
É indesmentível que o monstro de hoje tem várias cabeças. Umas delas pensantes, outras menos, mas todas a incomodar (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidra_de_Lerna). As suas cabeças podem ter vários nomes….porque não pegar nos nomes dos ministérios e baptizar essas cabeças. Ela pode ser a Saúde, Justiça, Obras Públicas, o Ensino, etc…mas também temos outras menos generalistas, mas presentes no dia-a-dia de todos, tais como: civismo, educação, bom senso, companheirismo… etc. No entanto, estas maléficas cabeças não podem fazer com que tracemos um caminho e tentemos, com mais ou menos desvios de percurso, chegar ao nosso objectivo.
Sabemos que é uma altura de crise. Esta emana de todos os lados…no entanto, convém não esquecer que há quem esteja em crise, entenda-se, desespero desde que nasce até que morre. Falo daqueles que nascem pobres, vivem pobres, morrem pobres… sem nunca conhecerem outro estado e isso passa-se, porventura, na nossa sociedade. Mas falo também do que se passa em África e em outros lugares do mundo… lugares esses onde os primos (ricos) parecem não se incomodar. Eles e nós.
PS: A) Por estes dias saiu a sentença da nossa Senhora “ Fátima de Felgueiras”. Três anos e tal de pena suspensa…Não sei ao certo todos os contornos do caso…mas quero acreditar no velho adágio popular: “não há fumo sem fogo” (http://www.ciberduvidas.com/idioma.php?rid=1499). E aqui parece que o fogo foi extinto indevidamente.
B) Ontem assistimos a uma manifestação de cerca de 120.000 professores. Eles queixam-se de várias coisas. Uma delas é o método de avaliação de carreira. A Ministra diz que não se assusta, que já viveu dias piores. Não sei quem tem mais razão… se este tipo de mensuração faz sentido… uma balança com dois pratos… sei de certeza que quem sai a perder, neste momento, são os alunos.
sábado, 8 de novembro de 2008
Manifestação dos professores
Andam 120.000 professores pela rua... numa manifestação gigantesca...e a ministra diz que "nã passa nada"... que já teve dias mais difíceis....
Na verdade não sei bem o problema que contrapõe os professores e a Ministra...sei que todos os anos temos contestações.
Algo que mal de passou quando disseram aos docentes que o emprego era para toda a vida... vivi também um pouco com a ideia que nos passavam... não arranjas emprego, vais para o ensino... mas uma Ministra não pode ser cega a este ponto. andarem 120.000 prof´s pela rua...a protestarem
Na verdade não sei bem o problema que contrapõe os professores e a Ministra...sei que todos os anos temos contestações.
Algo que mal de passou quando disseram aos docentes que o emprego era para toda a vida... vivi também um pouco com a ideia que nos passavam... não arranjas emprego, vais para o ensino... mas uma Ministra não pode ser cega a este ponto. andarem 120.000 prof´s pela rua...a protestarem
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Quentes e boas
Quentes e boas... já andaram pelas minhas mãos esta temporada. Para já, apenas uma dúzia ....aproveito para vos lembrar que lá para Marvão vai a haver este fim de semana "XXV Festa do Castanheiro-Feira da Castanha".
Vejam: www.cm-marvao.pt
Acho que vou lá este ano
Acho que vou lá
Vejam: www.cm-marvao.pt
Acho que vou lá este ano
Acho que vou lá
domingo, 2 de novembro de 2008
Aprendizagens
O que a aprendizagem e a curiosidade pode fazer e faz por nós.
Texto "roubado" à net.... não sei muito bem a quem... mas muito interessante.
I
Ando pela rua.
Há um buraco ao fundo da rua.
Caio nele.
Estou perdido, … impotente.
Não é culpa minha.
Demoro muito para encontrar a saída.
II
Caminho pela mesma rua.
Há um buraco ao fundo da rua.
Finjo que não vejo.
Caio nele novamente.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Demoro ainda muito para encontrar a saída.
III
Caminho pela mesma rua.
Há um buraco ao fundo da rua.
Vejo que ele está lá.
Caio nele… é um hábito… mas os meus olhos estão abertos.
Sei onde estou.
A culpa é minha.
Saio imediatamente.
IV
Caminho pela mesma rua.
Há um buraco ao fundo da rua.
Contorno-o.
V
Caminho por uma rua diferente.
Texto "roubado" à net.... não sei muito bem a quem... mas muito interessante.
I
Ando pela rua.
Há um buraco ao fundo da rua.
Caio nele.
Estou perdido, … impotente.
Não é culpa minha.
Demoro muito para encontrar a saída.
II
Caminho pela mesma rua.
Há um buraco ao fundo da rua.
Finjo que não vejo.
Caio nele novamente.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Demoro ainda muito para encontrar a saída.
III
Caminho pela mesma rua.
Há um buraco ao fundo da rua.
Vejo que ele está lá.
Caio nele… é um hábito… mas os meus olhos estão abertos.
Sei onde estou.
A culpa é minha.
Saio imediatamente.
IV
Caminho pela mesma rua.
Há um buraco ao fundo da rua.
Contorno-o.
V
Caminho por uma rua diferente.
Felicidades
Felicidade
Montanhas azuis com neve e água azul, fria e turbulenta –
Um céu selvagem repleto de estrelas que nascem
E Vénus e a lua quase cheia quando o sol nasce.
Gaivotas que seguem um barco a motor contra o vento,
Árvores com ramos e raízes no ar;
Sentado ao sol ao meio-dia
Com um furioso fumo da nuvem que sai da chaminé da cabana,
Águias ao vento como se fossem uma,
Andorinhas do mar que vão e vêm
Uma nova espécie de tabaco às onze,
E o meu amor que regressa no autocarro das quatro –
Meu Deus, por que é que nos deste tudo isto?
Malcolm Lowry,
In Outros Poemas do Álcool e do Mar
Montanhas azuis com neve e água azul, fria e turbulenta –
Um céu selvagem repleto de estrelas que nascem
E Vénus e a lua quase cheia quando o sol nasce.
Gaivotas que seguem um barco a motor contra o vento,
Árvores com ramos e raízes no ar;
Sentado ao sol ao meio-dia
Com um furioso fumo da nuvem que sai da chaminé da cabana,
Águias ao vento como se fossem uma,
Andorinhas do mar que vão e vêm
Uma nova espécie de tabaco às onze,
E o meu amor que regressa no autocarro das quatro –
Meu Deus, por que é que nos deste tudo isto?
Malcolm Lowry,
In Outros Poemas do Álcool e do Mar
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Patriotismo, o que isso tem a ver comigo?
Patriotismos, o que isso tem a ver comigo?
Tenho alguma dificuldade em compreender o uso que se faz da palavra Patriotismo (http://pt.wikipedia.org/wiki/Patriotismo). Por altura do europeu de 2004, apesar de me encontrar a viver fora de Portugal, ouvia, contavam-me e olhava na TV o histerismo que recaia sobre a nossa pátria, nomeadamente, na exposição da nossa bandeira. Não havia rua que não tivesse umas quantas, carro que não exibisse uma… quase parecia que o país inteiro andava em procissão… com as mantas expostas nas janelas e o andor a circular pelas ruas rodeado pelos devotos.
Lá de longe achava meio despropositado. Um país inteiro a amar aquela equipa de futebol. Muitos deles, acredito, nunca viram um jogo, nem dele gostam.
O exemplo do futebol é extrapolado para outros desportos, com outros heróis, para outros grandes portugueses que se notabilizam em outras áreas do saber e que, com isso, ganharam uma visibilidade extra.
Eu, confesso, não consegui vibrar com o Nobel do Saramago. Nem aprecio a sua prosa, muito menos os seus pontos de vista. Acredito que alguns de vós partilham desta minha opinião. E interrogo-me do porquê de muitos que exultaram com este Nobel… e eventualmente nunca o leram. O mesmo se passa com outras vitórias que querem partilhar conosoco (muitas vezes os políticos fazem isso, quererem colar-se às vitórias e feitos) … eu, não as vejo como minhas. O caso da Vanessa Fernandes…gostei que tivesse ganho, claro, mas… porque é que a vitória é considerada minha? A vitória da Vanessa é dela e daqueles que muito trabalharam com ela. Nós, a grande maioria, nada fez para que isso acontecesse. Alguns nem sabem que modalidades compõem o Triatlo (www.federacao-triatlo.com).
Mas também me interrogo sobre aquelas parangonas que se dizem … “Amo o meu país”... ou será que alguém tem a capacidade de amar tanta gente, mesmo aquele vizinho cujo cão começa a ladrar desde as 7h da manhã, hora em que o dono sai para o trabalho … e o pobre do bicho fica fechado mais de 12h seguidas e a ladrar e a chorar.
O que me incomoda verdadeiramente é ter que aceitar que fulano A ou B seja português. Como poderei ter orgulho que um violador seja português, que um político use fundos públicos para enriquecer pessoalmente, …, queria que eles fossem de Marte… acredito que por lá não exista vida… pelo menos como a conhecemos.
Mas nesta história do Patriotismo também me faz espécie o imobilismo que caracteriza as nossas gentes. Muitos de nós nascemos, vivemos e morremos no mesmo bairro. Claro que os afectos que vamos criando nos ligam a ele mas, …ficamos impossibilitados de perceber o mundo, de melhorar a nossa vida. Talvez o sistema de ensino que temos possa ser responsável por alguma desta inércia. E eu a lembrar-me que nós, os portugueses, demos novos mundos ao mundo.
Por mim falo. Vivi algum tempo fora… tenho tido a sorte de viajar, quer no país, quer para o estrangeiro…e este acumular de experiências, tenho a certeza, fizeram e fazem de mim um melhor cidadão.
Tenho alguma dificuldade em compreender o uso que se faz da palavra Patriotismo (http://pt.wikipedia.org/wiki/Patriotismo). Por altura do europeu de 2004, apesar de me encontrar a viver fora de Portugal, ouvia, contavam-me e olhava na TV o histerismo que recaia sobre a nossa pátria, nomeadamente, na exposição da nossa bandeira. Não havia rua que não tivesse umas quantas, carro que não exibisse uma… quase parecia que o país inteiro andava em procissão… com as mantas expostas nas janelas e o andor a circular pelas ruas rodeado pelos devotos.
Lá de longe achava meio despropositado. Um país inteiro a amar aquela equipa de futebol. Muitos deles, acredito, nunca viram um jogo, nem dele gostam.
O exemplo do futebol é extrapolado para outros desportos, com outros heróis, para outros grandes portugueses que se notabilizam em outras áreas do saber e que, com isso, ganharam uma visibilidade extra.
Eu, confesso, não consegui vibrar com o Nobel do Saramago. Nem aprecio a sua prosa, muito menos os seus pontos de vista. Acredito que alguns de vós partilham desta minha opinião. E interrogo-me do porquê de muitos que exultaram com este Nobel… e eventualmente nunca o leram. O mesmo se passa com outras vitórias que querem partilhar conosoco (muitas vezes os políticos fazem isso, quererem colar-se às vitórias e feitos) … eu, não as vejo como minhas. O caso da Vanessa Fernandes…gostei que tivesse ganho, claro, mas… porque é que a vitória é considerada minha? A vitória da Vanessa é dela e daqueles que muito trabalharam com ela. Nós, a grande maioria, nada fez para que isso acontecesse. Alguns nem sabem que modalidades compõem o Triatlo (www.federacao-triatlo.com).
Mas também me interrogo sobre aquelas parangonas que se dizem … “Amo o meu país”... ou será que alguém tem a capacidade de amar tanta gente, mesmo aquele vizinho cujo cão começa a ladrar desde as 7h da manhã, hora em que o dono sai para o trabalho … e o pobre do bicho fica fechado mais de 12h seguidas e a ladrar e a chorar.
O que me incomoda verdadeiramente é ter que aceitar que fulano A ou B seja português. Como poderei ter orgulho que um violador seja português, que um político use fundos públicos para enriquecer pessoalmente, …, queria que eles fossem de Marte… acredito que por lá não exista vida… pelo menos como a conhecemos.
Mas nesta história do Patriotismo também me faz espécie o imobilismo que caracteriza as nossas gentes. Muitos de nós nascemos, vivemos e morremos no mesmo bairro. Claro que os afectos que vamos criando nos ligam a ele mas, …ficamos impossibilitados de perceber o mundo, de melhorar a nossa vida. Talvez o sistema de ensino que temos possa ser responsável por alguma desta inércia. E eu a lembrar-me que nós, os portugueses, demos novos mundos ao mundo.
Por mim falo. Vivi algum tempo fora… tenho tido a sorte de viajar, quer no país, quer para o estrangeiro…e este acumular de experiências, tenho a certeza, fizeram e fazem de mim um melhor cidadão.
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