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INOVAÇÃO PARA QUÊ? PARA QUE SERVE?
Inovação é um palavrão que já faz do nosso léxico. Até
os políticos mais conservadores já o usam.
A dinâmica que a Inovação proporciona é chave para
que as empresas sobrevivam e, em alguns casos, prosperem. Porque as empresas
que não inovam podem estar condenadas a sair do mercado.
Os últimos anos disseminaram o “mundo digital”. Recentemente
chegaram novas tecnologias como a AI, a Impressão 3D, o blockchain… a
utilização e compreensão dos dados começa a ser prática não só nas grandes
corporações, como também nas mais pequenas, o que está a tornar o mundo bem
mais rápido e a acelerar a Inovação.
Mas enganam-se aqueles que pensam que Inovação é só
suportada em Tecnologia. Um tipo de Inovação recorrente nas empresas, e
que não precisa ter tecnologia envolvida, são aquelas em que são feitas
continuamente, como se tratasse de um processo de melhoria continua num serviço
ou num método de trabalho. O cross-selling ou o up-selling também é uma Inovação.
O mesmo acontece ao pensar em estratégias de Internacionalização.
Mas convém ter
presente que o desenvolvimento de uma qualquer Inovação só faz sentido
se ela vier a resolver um problema do seu Cliente / Prospect.
Apresento três dos pilares que podemos ter quando se fala de
Inovação e que têm de estar em harmonia: Clientes, Utilidade e
Resultado.
Mas, se me permitem este jogo de palavras: o Resultado obtido pela criação de serviços/
produtos que criamos para os Clientes só tem sucesso se tiverem Utilidade.
Parece-vos bem?
CLIENTES
Ao focar-se nas necessidades dos seus Clientes (e
colaboradores), as empresas, através de feedback, podem desenvolver
melhorias nos seus produtos / serviços. O que satisfazia o seu Cliente no passado
pode já não ser o que o faz feliz no presente e que o mantém seu Cliente. Se se
distrair, ele, Cliente muda mesa, talvez para sempre.
Veja, por exemplo, a quantidade de cervejas artesanais que o
mercado lançou nos últimos anos. Junto o número de novas marcas de gin e a
quantidade de scooters, sim, motos, que neste momento existem.
As Empresas têm de criar produtos / serviços que o seu
Cliente quer (ou perceber que possa vir a querer).
Quando estamos próximos dos Clientes percebemos o que eles
querem ou vão querer, assim a Inovação torna-se mais fácil e simples.
TEM UTILIDADE
O resultado da sua Inovação só funcionará se criar algum
tipo de satisfação / mais-valia nos seus Clientes / Prospetcs, caso contrário,
nem precisa de sair da mesa de projecto.
Juntamos assim Utilidade e Cliente; esta
simbiose tem de funcionar.
Relembro três invenções que foram um fracasso: Kinect, Google Glass e Segway. Tiverem
utilidade, mas os Clientes desinteressaram-se passado algum tempo.
O produto / serviço pode ter utilidade na prancha de estudo
e, até mesmo, no momento de lançamento, mas pode ser rapidamente ultrapassado
por uma nova tecnologia que faz mais com os mesmos recursos ou o mesmo de forma
muito mais económica.
Claro, não posso deixar de referir a Legislação que pode
condicionar, em muito, a utilidade ou os resultados líquidos.
Por isso, quando Inovar, não a faça só para o seu umbigo.
RESULTADOS
Resultados é o que todos procuramos. As Inovações,
para poderem ter continuidade, têm de se pagar. Têm de gerar cash flow.
Um exemplo que era dado nas minhas aulas de marketing
referia a necessidade ou não de desenvolver um cofre que aguentasse cair do
décimo andar. Sim, seria possível desenvolver, mas a que custo? Alguém
compraria? Tinha mercado?
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