terça-feira, 25 de junho de 2024

Gestão de tempo – Barreiras Internas

 

Gestão de tempo – Barreiras Internas


Time Management - Barreiras Internas

Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado. (provérbio chinês)


A  Gestão de Tempo é afectda externa e internamente

Os obstáculos internos, aqueles que levanto nesta prosa, estão sob o nosso controlo.  Apresento alguns delas. Talvez a mais comum seja a Multitarefa. É por onde começo

I - Multitarefa – Tentar fazer demasiadas tarefas ao mesmo tempo. O risco que se pode correr é que podemos falhar em todas. Pessoalmente gosto pensar que sou multitarefa…será que sou?


II - Falta de autocontrolo. Uma pessoa com falta de autocontrolo é propensa a distracções. O resultado é que pode perder o foco e os objectivos a que se propôs…falham.


III - Ansiedade.  A velocidade com que a informação nos chega e o sentimento de urgência que cada vez mais parece ser a norma, leva muitos de nós a estar  num estado de ansiedade quase permanente.  Há quem lhe chame stress…pessoalmente acho que muitos de nós usam o estado de stress para justificar tudo…

Mas voltamos à ansiedade: o resultado pode traduzir-se numa dificuldade de concentração e medo em decidir.

IV - Falta de motivação ou orientação. Um profissional pode não ver (ou perceber) a razão para terminar uma tarefa. O que pode acontecer é esse profissional optar por fazer outra tarefa e /ou alterar os seus objectivos.

V - Procrastinação. Profissionais que adiam sucessivamente as tarefas a que se propõem (ou que lhes são atribuídas.

VI - Agradar aos outros. Há quem paute o seu comportamento por este objetivo. Um profissional que se preocupa em agradar a todos …mais tarde ou mais cedo vai fracassar.  Vamos, num futuro próximo, perder a nossa identidade e isso vai reflectir-se na qualidade (e confiança) do nosso trabalho.

VII – Envolver-se em tudo. Há também quem “tenha a facilidade ou desplante” de se querer envolver em tudo. Inclui conversas, eventos, problemas ou soluções. Este tipo de comportamento significa uma perda de tempo para o próprio e para terceiros. Um exemplo clássico é o não perder um café com os colegas.

Muitos de nós vivem com a sensação de que um dia de 24h está longe de ser suficiente para realizar todas as suas tarefas. Sejam elas profissionais, familiares ou de puro (e “preguiçante”)

Isso pode acontecer pelas razões apresentadas acima ou por muitas outras que podem estar na sua esfera.

The Circle Game – Joni Mitchell A discografia de Joni Mitchell é brilhante. Nesta música ela conta a história da viagem de uma criança até à idade adulta. Usa um “carrossel” como metáfora para os anos que passam, salientando que podemos olhar para trás, mas não podemos regressar ao nosso passado.

domingo, 9 de abril de 2023

Chamem o encarregado de educação (que não é Costa)

TAP
Será que vai voltar a levantar?



Estes dias na TAP estão, diga-se, continuam muito engraçados. A Cristina diz uma coisa (e fala em privado com o Cristino, o marido, de negócios); o Pedro, que agora não fala, dizia outra. O Hugo gosta de ter a sua opinião. Já o Medina está sempre acima de tudo. A Stéphanie acompanha-o. O Beja, descansa debaixo do sobreiro. O outro João parece passar ao lado.

O Costa, por sua vez, assobia a Carmina Burana.. parece estar sempre em crescendo.



domingo, 26 de março de 2023

Clero, Estado e Exército…quando as más notícias podem tornar-se ainda piores

 

Detritus, anda sempre um por ai


Clero, Estado e Exército…quando as más notícias podem tornar-se ainda piores


Diz a cultura popular que as más notícias espalham-se depressa. Verdade. Pior é se as suas más notícias se espalham sem você estar no controlo.

A situação actual da TAP é espelho do que eu vou tentar dizer. Como também é o caso da Igreja e da Marinha.

Quando algo corre mal, alguém irá contar essa história. A ser alguém, que seja você ou os seus. Se não o fizer, está a criar uma enorme oportunidade de se produzirem boatos, falsidades, rumores….em que todos os dias pode nascer uma ou mais versões.

Acrescento: quando houver problemas, se perceber que a solução lhe pode escapar, diga aos seus Clientes. Nos casos referenciados, os Clientes somos NÓS.

Se pensa que pode esconder as más notícias debaixo do tapete, engana-se. As más notícias, quem no início estavam na sua mão, porque não fez nada , serão divulgadas na net, nos jornais,...…e vão ter um cunho pessoal….entenda-se vários cunhos, porque cada site, cada órgão de imprensa, cada comentador…vai abrilhantar a má notícia com o seu “esclarecido” ponto de vista

Para poder combater a proliferação de versões sobre o seu tema, talvez fosse bom fazer o seguinte:

· Peça desculpa sobre o sucedido,

· Mostre que está verdadeiramente preocupado com o que aconteceu e comporta-se de acordo com o que diz,

· A comunicação deve ser feita apenas por uma pessoa (veja-se o caso da Igreja) e, preferencialmente, a de maior posição hierárquica,

· Não se refugie no chavão “não comento”,

· Utilize os seus canais,

· Faça um press release.

quarta-feira, 22 de março de 2023

Tome o tempo que precisar para responder, mas avise, por favor

Tome o tempo que precisar para responder, mas avise, por favor


Gestão das respostas aos emails
Tempo..sempre a correr atrás de nós


 

Há emails e emails… há uns verdadeiramente importantes e outros nada importantes. Nos primeiros, os importantes, uns exigem uma resposta pensada e detalhada; outros, nem por isso. Nestes, mate logo o assunto. Responda. A resposta pode ser tão simples como um SIM ou um NÃO. O assunto passa logo para o outro lado e pode até ficar encerrado.

Uma outra razão para matar o assunto: o cérebro está sujeito a falhas de memória  (o cérebro, não nós que somos infalíveis).

Mas voltando aos emails. Há uns que sendo importantes, podem exigir uma resposta mais detalhada, pensada, diplomática, com dados que podemos não ter ainda… ou ainda, num impulso incontrolado da resposta usarmos modos menos polidos.

Em qualquer dos casos apresentados acima, proceda  da seguinte forma: avise que recebeu o email e que responderá em breve.

Vantagens:

- a resposta ríspida pode ser suavizada ou não ser necessária,

- pode pensar em estratégias que venham a favorecer o seu futuro, nomeadamente arranjar parcerias para se colocar  numa posição que pode vir a ser desfavorável caso não faça nada,

- ganha tempo para confirmar os dados que lhe são apresentados e que quer rebater,

- ganha tempo para arranjar argumentos para responder

- dá, obviamente, uma resposta mais pensada.



 

domingo, 19 de março de 2023

Na rota do contrabando do café em Marvão

 

Percurso do contrabando do Café
Galegos / Marvão - Contrabando do café

Na rota do contrabando do café em Marvão

O caminho fazia-se a pé, à noite, e durava até de manhã. Eram 10 km em direcção à fronteira com Espanha com sacos de café às costas, que nem sempre lá chegavam. Calçámos os ténis e seguimos o rasto da clandestinidade do Alto Alentejo.



Durante a ditadura, o café produzido em Portugal não podia sair para Espanha e, portanto, decretou o Estado Novo que qualquer tentativa de o vender por lá seria punida com pena de prisão. Ora isto para quem vivia da venda de café era um contratempo, mas nem por isso um impedimento. Lá encontraram maneira de contrabandeá-lo para o país vizinho, escapando (às vezes, outras nem por isso) às vigias apertadas de guardas e carabineiros que patrulhavam a raia.

De Marvão e das aldeias vizinhas, onde na altura havia meia dúzia de torrefacções em actividade, noite sim, noite sim partiam grupos de corajosos em direcção a La Fontañera com sacos de café cru às costas. O caminho fazia-se a pé, à noite, e durava até de manhã. Eram 10 km em direcção à fronteira com Espanha com sacos de café às costas, que nem sempre lá chegavam. Os homens com os mais pesados, de 60 kg, e as mulheres com os mais pequenos, de 20 kg. O percurso de 10 km fazia-se a pé pela Serra de São Mamede adentro, no breu total, levando geralmente a noite inteira a caminhar. De Espanha trazia-se dinheiro (muito) e todo o tipo de produtos que se pudesse vender nas aldeias – a bombazine, por exemplo, na altura, valia o risco.


O tempo passou e hoje aquele que é conhecido como o “Percurso do Contrabando do Café” no Alto Alentejo virou passeio turístico, apadrinhado pela Câmara Municipal de Marvão, que anualmente organiza uma caminhada comentada na primeira pessoa por quem sobreviveu à clandestinidade. Integrado na Rede de Percursos de Natureza da região, reduziu-se ligeiramente a rota para 6 km, num trajecto fácil que se estima que seja cumprido em cerca de 2h30.

A partida dá-se junto ao cemitério da pequena aldeia de Galegos, segue pelo Monte de Baixo, e já na chegada a Pitaranha é possível avistar a povoação espanhola La Fontañera, onde se fazia a venda e troca de mercadoria. Pelo caminho, há uma subida de 206 metros e uma passagem sinuosa por um conjunto de escarpas que exigem alguma resistência de pernas, mas que valem bem o esforço pela vista desafogada para o castelo de Marvão. Como companhia de viagem, apenas o bosque cerrado de sobreiros, meia dúzia de terrenos agrícolas e um pequeno curso de água. Se fugir ligeiramente da rota, ainda encontra alguns vestígios de uma calçada medieval que chegou a ser usada como trajecto oficial do contrabando mas que entretanto passou a estar nos radares da polícia e obrigou a um desvio pelo meio do mato.

O objectivo desta rota é desbravar terreno, respirar o ar puro, viver um pedaço da História que poucos conhecem e, naturalmente, aproveitar o estar na região para ir conhecer a vila de Marvão (a 12 km de distância de Galegos) e Castelo de Vide, a pouco mais de 15 minutos de carro.

Escrito por 
Nelma Viana

domingo, 12 de março de 2023

Não responda aos emails … Pardon my French

Pardon my French - JPM



Não responda aos emails  … Pardon my French

A quantidade de “informação” que nos chega or email parece ser um filão inesgotável. A dica pode parecer pouco polida, mas é um modo simples de responder aos emails…não respondendo.

Algumas situações exigem uma resposta rápida, mas nem todas são assim.  Não se trata de ignorar as mensagens, mas sim optimizar o seu tempo, em regra escasso.  Pode começar por responder mais tarde.

Mas há uma série de situações em que não é necessário responder. Eis algumas:

- responder a estranhos que nada lhe dizem e em que o assunto também nada lhe diz

- responder a correntes

- responder a ofensas ou provocações

- o último email de uma conversa não te que ser seu; se a conversa está terminada, pode não  enviar  mais nenhum email

- responder em grupos quando a resposta já foi dada

 

Mas ainda há uma técnica mais poderosa, o [DELETE]. Se o assunto não lhe diz mesmo respeito e / ou não lhe interessa, use o [DELETE].

Mas este poder, o do [DELETE], pode também ser usado pelo seu cérebro.  Um dos modos de libertar o seu cérebro de pensamentos nefastos ou de o colocar a descansar  é a IOGA IBÉRICA

 

sexta-feira, 10 de março de 2023

Para responder a um email…use o telefone


Para responder a um email…use o telefone




Muitos de nós recebem carradas de emails. São as newsletter que assinamos, as propostas de compra de um qualquer magnífico produto / serviço que vai resolver parte da nossa vida, são os colegas ou clientes que enviam emails para todos…independentemente do assunto dizer-lhe ou não respeito, eram as piadas que agora são enviadas pelo whatapp, etc...

Em alguns casos recebemos emails para solicitar uma reunião ou para respondermos a algum assunto. Este pode não ser do nosso conhecimento, como também o problema que está a ser descrito pode não nos parecer claro,,,,podemos também não entender bem o que nos querem dizer .

Em vez de estarmos com cuidado a (re)ler e a tentar dar uma resposta que, em alguns casos, tem que ser polida, pegue no telefone e “mate” logo o assunto.

Ganha (e não faz perder ) tempo.