domingo, 30 de junho de 2024

WWWaV - Wonderful World With a Vespa

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Como conseguir agradar aos outros (se for mesmo este o seu interesse)

 

Agradar aos outros


                                                      “ Cuidado com todas as atividades que requeiram roupas                                                                                                         novas.” Henry David Thoreau

Começo por desconstruir a minha prosa.

Agradar aos outros pode parecer uma atitude positiva, mas é impossível agradar a todos. Há uns que não merecem. Há outros que veem a vida por outra lente…e a deles está correcta para eles.

Cada um de nós tem os seus gostos, teve as suas vivências e educação, tem a sua ambição e os seus desejos  …  a certeza que decorre é que quando estamos a agradar a uns…podemos estar a desagradar a outros ou a si mesmo.

Uma posição ainda mais radical...há personagens que nem vale a pena tentar agradar. Pura e simplesmente não vale a pena.

Vou apresentar alguns caminhos. Talvez sejam óbvios, mas se os usar simultaneamente, talvez o resultado seja “exponenciado”  a seu favor.

0 – Sorria

Quando se aproxima de alguém que não conhece, sorria. Tente criar empatia. Se não o fizer, pode dar origem a várias leituras…e nenhuma delas o defende. Pode passar por convencido, por ser indiferente, por estar enfadado, por achar que é uma perda de tempo.

Faça um sorriso leve, um que active as suas linhas de expressão…que para os mais maduros ou amantes do sol, podem significar rugas.

Uma vantagem inquestionável. Sorrir custa zero ao seu orçamento.

Tenho presente um evento em que fui num passado muito longínquo. Aqueles que se efectuavam às 7 da manhã. O mestre de cerimónias a essa hora apresentava um sorriso transbordante…duas horas depois o sorriso mantinha-se igual. É de desconfiar

1 - Vista-se equilibradamente

Começo talvez pelo dica mais sensível.  Mas vamos lá. O seu “traje” não deve entrar em conflito com imagem que pretende projectar. Sabemos também que o “pós covid” veio alterar os parâmetros de como as pessoas se vestem nas organizações. Mas esta mudança tem mais uns anos. Pense como se apresentava ao trabalho no início da sua carreia e como o faz agora. Excluo, obviamente, os que andaram e andam pela banca (onde eu comecei mais a sério).

Se, por exemplo, começar a trabalhar num local novo, pergunte como se deve apresentar. Este facto mostrará que pretende enquadrar-se na nova comunidade e que é uma pessoa flexível. Outro dado a ter em conta é ter de usar um traje que o faz sentir desconfortável.

Um momento  que recordo.

Lá pelo final dos anos 90 tinha como cliente um partido político que ainda existe.  Percebi que era aconselhável não aparecer de gravata…ninguém andava com ela…nem sequer casaco.

2 – Aperto de mão…vulgo bacalhau

Para os latinos é um meio tradicional de cumprimento. Mesmo sendo tradicional, convém que siga algumas regras.

- estabeleça contacto visual com seu interlocutor,

- use o seu sorriso pepsodent,

- agarre na mão do seu interlocutor e seja firme no “bacalhau”,

- assegure-se que tem a mão limpa,

- no bacalhau não seja intenso na força que aplica…mas também não seja esponjoso,

- mantenha distância social…a ideia não é fazer cócegas no umbigo do outro,

- mantenho o bacalhau por três ou quatro segundos (não use o método Marcelo Rebelo de Sousa, por favor).

Por timidez e por não saber bem o que escrevinhar, não me aventuro com o beijinho às senhoras. Dou dois, dou um…vá pelo clássico, use o bacalhau e tente mesmo não suar das mãos

3 – Palavreado, latim ou palavras certas

“As palavras grandes e complicadas raramente se refletem em boas acções”, um ditado nórdico, muito aplicável bem mais a sul.

As suas palavras comunicam a sua personalidade, as suas perpectivas e a sua atitude

- usar palavras simples,

- usa a voz activa,

- utilize analogias fáceis e claras,

- seja sucinto (penso que o fui).

Desconfie de quem fala muito e por cima dos outros.

4 – Dê oportunidade aos outros

Para que as pessoas venham a gostar de si ou, pelo menos, a não desgostar, tem de lhes dar oportunidade.

Mas tenha em mento o chamado The  Error. Basicamente ele diz-nos que a primeira impressão que temos sobre uma pessoa, em regra a aparência, vai modelar o nosso comportamento em relação a ela.

5 – Não imponha à força os seus valores

O mundo não é branco ou preto….o espectro de cinzento é imenso e predominante. Muitas vezes não são as situações que mudam…apenas nós é que mudamos.

Por vezes somos conduzidos a situações onde fazemos concessões que mais tarde nos levam a arrependimento.

Não abdique dos seus valores. Pode, todavia, ter que os questionar.

6 – Resmungue

O resmungar chama a atenção. Pode até chegar a gerar um movimento de solidariedade consigo. Mas não o faça por tudo e por nada-

Skin Deep , by The Stranglers , "skin deep" refere-se a pessoas que são superficiais. São indivíduos que parecem ser confiáveis à superfície, mas na realidade não o são.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Gestão de tempo – Barreiras Internas

 

Gestão de tempo – Barreiras Internas


Time Management - Barreiras Internas

Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado. (provérbio chinês)


A  Gestão de Tempo é afectda externa e internamente

Os obstáculos internos, aqueles que levanto nesta prosa, estão sob o nosso controlo.  Apresento alguns delas. Talvez a mais comum seja a Multitarefa. É por onde começo

I - Multitarefa – Tentar fazer demasiadas tarefas ao mesmo tempo. O risco que se pode correr é que podemos falhar em todas. Pessoalmente gosto pensar que sou multitarefa…será que sou?


II - Falta de autocontrolo. Uma pessoa com falta de autocontrolo é propensa a distracções. O resultado é que pode perder o foco e os objectivos a que se propôs…falham.


III - Ansiedade.  A velocidade com que a informação nos chega e o sentimento de urgência que cada vez mais parece ser a norma, leva muitos de nós a estar  num estado de ansiedade quase permanente.  Há quem lhe chame stress…pessoalmente acho que muitos de nós usam o estado de stress para justificar tudo…

Mas voltamos à ansiedade: o resultado pode traduzir-se numa dificuldade de concentração e medo em decidir.

IV - Falta de motivação ou orientação. Um profissional pode não ver (ou perceber) a razão para terminar uma tarefa. O que pode acontecer é esse profissional optar por fazer outra tarefa e /ou alterar os seus objectivos.

V - Procrastinação. Profissionais que adiam sucessivamente as tarefas a que se propõem (ou que lhes são atribuídas.

VI - Agradar aos outros. Há quem paute o seu comportamento por este objetivo. Um profissional que se preocupa em agradar a todos …mais tarde ou mais cedo vai fracassar.  Vamos, num futuro próximo, perder a nossa identidade e isso vai reflectir-se na qualidade (e confiança) do nosso trabalho.

VII – Envolver-se em tudo. Há também quem “tenha a facilidade ou desplante” de se querer envolver em tudo. Inclui conversas, eventos, problemas ou soluções. Este tipo de comportamento significa uma perda de tempo para o próprio e para terceiros. Um exemplo clássico é o não perder um café com os colegas.

Muitos de nós vivem com a sensação de que um dia de 24h está longe de ser suficiente para realizar todas as suas tarefas. Sejam elas profissionais, familiares ou de puro (e “preguiçante”)

Isso pode acontecer pelas razões apresentadas acima ou por muitas outras que podem estar na sua esfera.

The Circle Game – Joni Mitchell A discografia de Joni Mitchell é brilhante. Nesta música ela conta a história da viagem de uma criança até à idade adulta. Usa um “carrossel” como metáfora para os anos que passam, salientando que podemos olhar para trás, mas não podemos regressar ao nosso passado.

domingo, 9 de abril de 2023

Chamem o encarregado de educação (que não é Costa)

TAP
Será que vai voltar a levantar?



Estes dias na TAP estão, diga-se, continuam muito engraçados. A Cristina diz uma coisa (e fala em privado com o Cristino, o marido, de negócios); o Pedro, que agora não fala, dizia outra. O Hugo gosta de ter a sua opinião. Já o Medina está sempre acima de tudo. A Stéphanie acompanha-o. O Beja, descansa debaixo do sobreiro. O outro João parece passar ao lado.

O Costa, por sua vez, assobia a Carmina Burana.. parece estar sempre em crescendo.



domingo, 26 de março de 2023

Clero, Estado e Exército…quando as más notícias podem tornar-se ainda piores

 

Detritus, anda sempre um por ai


Clero, Estado e Exército…quando as más notícias podem tornar-se ainda piores


Diz a cultura popular que as más notícias espalham-se depressa. Verdade. Pior é se as suas más notícias se espalham sem você estar no controlo.

A situação actual da TAP é espelho do que eu vou tentar dizer. Como também é o caso da Igreja e da Marinha.

Quando algo corre mal, alguém irá contar essa história. A ser alguém, que seja você ou os seus. Se não o fizer, está a criar uma enorme oportunidade de se produzirem boatos, falsidades, rumores….em que todos os dias pode nascer uma ou mais versões.

Acrescento: quando houver problemas, se perceber que a solução lhe pode escapar, diga aos seus Clientes. Nos casos referenciados, os Clientes somos NÓS.

Se pensa que pode esconder as más notícias debaixo do tapete, engana-se. As más notícias, quem no início estavam na sua mão, porque não fez nada , serão divulgadas na net, nos jornais,...…e vão ter um cunho pessoal….entenda-se vários cunhos, porque cada site, cada órgão de imprensa, cada comentador…vai abrilhantar a má notícia com o seu “esclarecido” ponto de vista

Para poder combater a proliferação de versões sobre o seu tema, talvez fosse bom fazer o seguinte:

· Peça desculpa sobre o sucedido,

· Mostre que está verdadeiramente preocupado com o que aconteceu e comporta-se de acordo com o que diz,

· A comunicação deve ser feita apenas por uma pessoa (veja-se o caso da Igreja) e, preferencialmente, a de maior posição hierárquica,

· Não se refugie no chavão “não comento”,

· Utilize os seus canais,

· Faça um press release.

quarta-feira, 22 de março de 2023

Tome o tempo que precisar para responder, mas avise, por favor

Tome o tempo que precisar para responder, mas avise, por favor


Gestão das respostas aos emails
Tempo..sempre a correr atrás de nós


 

Há emails e emails… há uns verdadeiramente importantes e outros nada importantes. Nos primeiros, os importantes, uns exigem uma resposta pensada e detalhada; outros, nem por isso. Nestes, mate logo o assunto. Responda. A resposta pode ser tão simples como um SIM ou um NÃO. O assunto passa logo para o outro lado e pode até ficar encerrado.

Uma outra razão para matar o assunto: o cérebro está sujeito a falhas de memória  (o cérebro, não nós que somos infalíveis).

Mas voltando aos emails. Há uns que sendo importantes, podem exigir uma resposta mais detalhada, pensada, diplomática, com dados que podemos não ter ainda… ou ainda, num impulso incontrolado da resposta usarmos modos menos polidos.

Em qualquer dos casos apresentados acima, proceda  da seguinte forma: avise que recebeu o email e que responderá em breve.

Vantagens:

- a resposta ríspida pode ser suavizada ou não ser necessária,

- pode pensar em estratégias que venham a favorecer o seu futuro, nomeadamente arranjar parcerias para se colocar  numa posição que pode vir a ser desfavorável caso não faça nada,

- ganha tempo para confirmar os dados que lhe são apresentados e que quer rebater,

- ganha tempo para arranjar argumentos para responder

- dá, obviamente, uma resposta mais pensada.