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Nota falsa ...que pega fogo ao ser manuseada |
Vamos lá proteger as plantas do sol...o que norteia as novas políticas americanas
Estamos perante mais um novo e brilhante capítulo da economia americana.
Ah, falo, claro, das tarifas do presidente Trump — o remédio universal para todos os males económicos. Ninguém explica exatamente porquê, e ainda assim esperam que acreditemos numa América forte e pujante… Só esqueceram de contar aos Fellow Americans que são eles quem vai pagar mais pelos produtos que compram todos os dias.
É fascinante como, após séculos de desenvolvimento da teoria económica, chegámos finalmente à grande descoberta: o caminho para a prosperidade está em cobrar mais por tudo — e por nada. Como no caso dos pinguins consumidores das Ilha Heard e Ilhas McDonald, ávidos consumidores. Trump deve ter pensado que estavam a falsificar o Big Mac.
As empresas americanas que dependem de matérias-primas importadas estão certamente radiantes com a ideia de custos mais altos. E os consumidores? Bem, quem não adora pagar mais só porque sim? "Estas tarifas fazem-nos sentir Gourmet e ricos" ..dizem os americanos.
Por que aprender com a história, se podemos simplesmente repeti-la com entusiasmo renovado?
A verdadeira ironia é que, ao se "proteger" a indústria americana, cria-se um ambiente onde essa mesma indústria torna-se menos competitiva no cenário global.
É como proteger uma planta do sol — feito com as melhores intenções e com resultados totalmente previsíveis.
Vamos todos aplaudir esta gloriosa vitória do posicionamento político sobre o bom senso económico.
As nossas carteiras vão ficar mais leves — mas tudo bem. Podemos consolar-nos com a imagem de Adam Smith a revirar-se suavemente na sua campa.
Parabéns, América.
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Agora para nós, Fellow Europeans (E não digam nada àqueles idiotas americanos…)
Vamos apostar em:
Diversificação comercial acelerada: A UE deve intensificar esforços para concluir acordos comerciais com economias-chave — Mercosul, ASEAN e revigorar os laços com a muribunda CPLP. Menos dependência de mercados instáveis, mais resiliência económica.
Investimento em sectores estratégicos: A EU pode responder com um plano coordenado de investimento para as indústrias mais afectadas.
Diplomacia económica: Formar uma coalizão internacional com as outras economias afectadas. Falo de Canadá, México, Japão e India
Investir em R&D e Educação: Será uma das formas mais estratégicas de contrariar tarifas americanas, especialmente no contexto actual de guerra comercial e protecionismo crescente.
E estes caminhos, todos concomitantes:
• Substituição de Importações
• Aumento da Competitividade Global
• Migar para Sectores de Alto Acrescentado
• Estímulo Económico Interno
Se quisermos proteger as nossas "plantas", então que seja com ciência, sol e estratégia — não com sombras populistas.
ABBA - Waterloo - Talvez a música mas emblemática do Festival da Canção.