Algumas contradições nestes dias.
Aqui vão:
» A Católiva viu o seu curso de Economia reconhecido como um dos 50 melhores da Europa
» Esta universidade e a Nova de Lisboa vão lançar um MBA para concorrer com os melhores da Europa. Não tenho dúvidas q o vão conseguir.
» Hoje, 3.12., greve geral dos professores.
Ministério e professores não se entendem...e nós sabemos como anda (mal) o ensino.
Apanhei recentemente uma frase que dizia algo assim:
Se acham que a educação é cara... pensem no custo da "não educação". Infinitamente mais cara (acrescentei eu agora).
Quando penso que os garotos de 10 anos hoje em dia pouca possibilidade têm de andar na rua a correr, de esfolar os joelhos, de jogar à bola... e de muitas mais travessuras que eu (e todos) fazíamos...fico meio assustado como será estas crianças daqui a 20 anos a terem de lidar com os problemas da vida que não aparecem nos livros
Gestão | Vendas | Marketing | Histórias | VESPAS | Coisas boas e um pouco de tudo O que penso, o que eu crítico, os meus textos, textos dos outros, informações interessantes de oitava coluna e outras que eu acho engraçadas (I hope). Junto algumas fotos e tudo o mais que me vier à mona. Content by myself and some other stuff. email:joaodavespa@gmail.com / joao@jpmconsultores.pt Quotes: - If you think education is expensive, try ignorance - What you know is worth more than you know
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Cães & Gatos
CÃES E GATOS (MINISTRA E PROFESSORES)
Ninguém consegue ler o rótulo quando este está dentro da garrafa.
É preciso que ele esteja fora para se ler (provérbio inglês).
Sempre vivi com este inegável dado: cães e gatos não se dão. Pronto! Não misturem cães e gatos… vai dar confusão…. vai dar feridos… vai dar sangue. E há até quem tenha medo deles.
Mas parece que esta minha afirmação é rapidamente contestada pelo seguinte “plenário” (em fotografia). Parece que os três estão num diálogo, sem qualquer tipo de conflito, ouvindo-se uns aos outros. Reina a sintonia e o respeito de opiniões. Algo parecido com as cegadas (quero dizer cagadas) que quase todos os dias nos aparecem pelos media.
Plenário da familia MB
Parece que os tempos que correm na nossa sociedade são tempos de “cães e gatos”. Temo-los no relacionamento dos professores com ministério, no nosso relacionamento inter-pares no seio da empresa, com os nossos superiores, entre adeptos de clubes diferentes de futebol, pasme-se, entre adeptos do mesmo clube e, infelizmente, dentro das nossas casas, para referir apenas alguns lugares. . Vide os dados estatísticos que têm vindo a ser publicados e que revelam que a violência doméstica e sobre as crianças tem vindo a aumentar. Será que o mundo foi tomado de assalto por cães e gatos?
Mas os conflitos nas organizações (e não só) podem ser benéficos. São eles que trazem sal, ou pelo menos algum dele, às nossas vidas. As diferenças entre os indivíduos existem. Não as podemos evitar…. elas estão lá. Felizmente!
Sabemos que os tempos são difíceis. Há uma enorme competitividade entre empresas, dentro das empresas, dentro e entre os vários departamentos.
Infelizmente, é que estes conflitos nem sempre são visíveis ou percebidos. Há algumas discussões à superfície … e o trabalho vai emperrando, vai sendo adiado,…
Muitas vezes os membros em conflito não entendem que não estão presentes apenas as duas partes, os dois, mas que há uma terceira parte; a Organização. Por isso, a defesa da nossa posição não deve ser vista como:” se eu perco, tu ganhas”. Não devemos incorporar o problema (real ou latente) como se fosse um problema apenas nosso. A parte mais interessada e que importa, em regra a defender, é a Organização.
É importante “ganharmos” um distanciamento do conflito e passar a observá-lo de fora. Assim, estamos no caminho correcto de o resolver.
Sabemos também que dificilmente alguém consegue fazer sobressair uma Organização pelo seu esforço e competência.
O caminho para a resolução dos problemas / conflitos passa por algumas regras:
• Evite-os » A primeira regra é fazer os possíveis para não os criar.
• Respeitar as opiniões dos outros » Aprenda a ouvir. Nem sempre estamos certos. Nem sempre o nosso ponto de vista é o mais ajustado ou apropriado.
• Vivemos em sociedade » Aprendemos sempre com os outros, Mais que não seja, aprendemos a não cometer os erros que outros já cometeram por nós.
• Trabalho é necessário, como conhaque também o é » As suas vitórias profissionais devem ser acompanhadas e partilhadas pelas suas vitórias sociais. Ninguém vive só de trabalho.
• Não se desgaste » Ele não concorda comigo; eu não concordo com ele. E daí?
• Crie o seu espaço » Não leve a insatisfação do trabalho para fora do escritório. Não leve também os problemas de casa para o escritório. Cada um deve ser resolvido no seu espaço próprio, isto é, onde ele acontece.
• Controle-se » Discussões, mesmo que apaixonadas , não resolvem os conflitos. Não lhe dão a razão.
Ninguém consegue ler o rótulo quando este está dentro da garrafa.
É preciso que ele esteja fora para se ler (provérbio inglês).
Sempre vivi com este inegável dado: cães e gatos não se dão. Pronto! Não misturem cães e gatos… vai dar confusão…. vai dar feridos… vai dar sangue. E há até quem tenha medo deles.
Mas parece que esta minha afirmação é rapidamente contestada pelo seguinte “plenário” (em fotografia). Parece que os três estão num diálogo, sem qualquer tipo de conflito, ouvindo-se uns aos outros. Reina a sintonia e o respeito de opiniões. Algo parecido com as cegadas (quero dizer cagadas) que quase todos os dias nos aparecem pelos media.
Plenário da familia MB
Parece que os tempos que correm na nossa sociedade são tempos de “cães e gatos”. Temo-los no relacionamento dos professores com ministério, no nosso relacionamento inter-pares no seio da empresa, com os nossos superiores, entre adeptos de clubes diferentes de futebol, pasme-se, entre adeptos do mesmo clube e, infelizmente, dentro das nossas casas, para referir apenas alguns lugares. . Vide os dados estatísticos que têm vindo a ser publicados e que revelam que a violência doméstica e sobre as crianças tem vindo a aumentar. Será que o mundo foi tomado de assalto por cães e gatos?
Mas os conflitos nas organizações (e não só) podem ser benéficos. São eles que trazem sal, ou pelo menos algum dele, às nossas vidas. As diferenças entre os indivíduos existem. Não as podemos evitar…. elas estão lá. Felizmente!
Sabemos que os tempos são difíceis. Há uma enorme competitividade entre empresas, dentro das empresas, dentro e entre os vários departamentos.
Infelizmente, é que estes conflitos nem sempre são visíveis ou percebidos. Há algumas discussões à superfície … e o trabalho vai emperrando, vai sendo adiado,…
Muitas vezes os membros em conflito não entendem que não estão presentes apenas as duas partes, os dois, mas que há uma terceira parte; a Organização. Por isso, a defesa da nossa posição não deve ser vista como:” se eu perco, tu ganhas”. Não devemos incorporar o problema (real ou latente) como se fosse um problema apenas nosso. A parte mais interessada e que importa, em regra a defender, é a Organização.
É importante “ganharmos” um distanciamento do conflito e passar a observá-lo de fora. Assim, estamos no caminho correcto de o resolver.
Sabemos também que dificilmente alguém consegue fazer sobressair uma Organização pelo seu esforço e competência.
O caminho para a resolução dos problemas / conflitos passa por algumas regras:
• Evite-os » A primeira regra é fazer os possíveis para não os criar.
• Respeitar as opiniões dos outros » Aprenda a ouvir. Nem sempre estamos certos. Nem sempre o nosso ponto de vista é o mais ajustado ou apropriado.
• Vivemos em sociedade » Aprendemos sempre com os outros, Mais que não seja, aprendemos a não cometer os erros que outros já cometeram por nós.
• Trabalho é necessário, como conhaque também o é » As suas vitórias profissionais devem ser acompanhadas e partilhadas pelas suas vitórias sociais. Ninguém vive só de trabalho.
• Não se desgaste » Ele não concorda comigo; eu não concordo com ele. E daí?
• Crie o seu espaço » Não leve a insatisfação do trabalho para fora do escritório. Não leve também os problemas de casa para o escritório. Cada um deve ser resolvido no seu espaço próprio, isto é, onde ele acontece.
• Controle-se » Discussões, mesmo que apaixonadas , não resolvem os conflitos. Não lhe dão a razão.
sábado, 29 de novembro de 2008
A pior vontade de viver
A pior vontade de viver (De Martha Medeiros / Clarice Lispector)
Todos são tão comprensívos, aceitam tão bem as suas escolhas, torce por tudo o que você faz, não é mesmo? Desde que você faça o que está no script. Que siga o que foi determinado no roteiro, aquele que foi escrito sabe-se lá por quem e homologado no instante em que você nasceu. Mas e quem não quiser seguir esse script? Em dezembro próximo, serão completados 30 anos da morte da escritora Clarice Lispector, que entendia de subversões emocionais.
Fui convidada a participar de um evento que a homenageia, em Porto Alegre, e em função disso andei relendo algumas de suas obras, e encontrei no conto “Amor”, do livro “Laços de família”, uma de minhas frases prediletas. Assim ela descreve o sentimento da personagem Ana: “Seu coração enchera-se com a pior vontade de viver.” Ela é complexa, angustiante, subjetiva e intensa. Ela, “a pior vontade de viver”. A que não está disposta a negociar com a vontade dos outros.
No entanto, esta que foi chamada de a “pior” vontade pode ser também uma vontade genuína e inocente. É a vontade da criança que ainda levamos dentro, entranhada.
É o desejo de açúcar, de traquinagem, de fazer algo escondido, de quebrar algumas regras, de imitar os adultos. A “pior” vontade é curiosa, quer observar pelo buraco da fechadura e depois, mais ousadamente, abrir a porta e entrar no quarto proibido. A “pior” vontade é a de não se enraizar, não assinar contrato de exclusividade, não firmar compromisso, não se render às vontades fixas, apenas às vontades momentâneas, porque as fixas correm o risco de deixar de serem vontade para se transformarem em vaidade - como se sabe, há sempre aqueles que se envaidecem da própria persistência.
A “pior” vontade não quer ganhar medalha de honra ao mérito, não quer posar para fotografias, não quer completar bodas de ouro nem ser jubilada. A “pior” vontade não faz a menor questão de ser percebida, ela quer ser realizada. É quando você sabe que não deveria, mas vai. Sabe que não será fácil, mas enfrenta.
Sabe que tomarão como agressão, mas arrisca. Aqui, cabe lembrar: apenas se sentem agredidos aqueles que te invejam.
A vontade oficial, a vontade santinha, a que não causa incômodo, é a outra, a aprovada pela sociedade, a que não leva em conta o que vai no seu íntimo, e sim a opinião pública. É a vontade que todos nós, de certa forma, temos de mostrar para os outros que somos felizes, sem saber que para conseguir isso é preciso, antes, ter a”pior” vontade, aquela que faz você descobrir que ser feliz é ter consciência do efêmero, é saber-se capaz de agarrar o instante, é lidar bem com o que não é definitivo - ou seja, tudo.
É com esta “pior” vontade de viver que você atrai os outros, que seu magnetismo cresce, que seu rosto rejuvenesce e que você fica mais interessante. É uma pena que nem todos tenham a sorte de deixar vir à tona esta que Clarice Lispector chamou de “a pior vontade de viver”, e que, secretamente, é a melhor.
Martha Medeiros -
Apanhei este texto no Globo de domingo a regressar do Rio de Janeiro. Ainda o guardo
Todos são tão comprensívos, aceitam tão bem as suas escolhas, torce por tudo o que você faz, não é mesmo? Desde que você faça o que está no script. Que siga o que foi determinado no roteiro, aquele que foi escrito sabe-se lá por quem e homologado no instante em que você nasceu. Mas e quem não quiser seguir esse script? Em dezembro próximo, serão completados 30 anos da morte da escritora Clarice Lispector, que entendia de subversões emocionais.
Fui convidada a participar de um evento que a homenageia, em Porto Alegre, e em função disso andei relendo algumas de suas obras, e encontrei no conto “Amor”, do livro “Laços de família”, uma de minhas frases prediletas. Assim ela descreve o sentimento da personagem Ana: “Seu coração enchera-se com a pior vontade de viver.” Ela é complexa, angustiante, subjetiva e intensa. Ela, “a pior vontade de viver”. A que não está disposta a negociar com a vontade dos outros.
No entanto, esta que foi chamada de a “pior” vontade pode ser também uma vontade genuína e inocente. É a vontade da criança que ainda levamos dentro, entranhada.
É o desejo de açúcar, de traquinagem, de fazer algo escondido, de quebrar algumas regras, de imitar os adultos. A “pior” vontade é curiosa, quer observar pelo buraco da fechadura e depois, mais ousadamente, abrir a porta e entrar no quarto proibido. A “pior” vontade é a de não se enraizar, não assinar contrato de exclusividade, não firmar compromisso, não se render às vontades fixas, apenas às vontades momentâneas, porque as fixas correm o risco de deixar de serem vontade para se transformarem em vaidade - como se sabe, há sempre aqueles que se envaidecem da própria persistência.
A “pior” vontade não quer ganhar medalha de honra ao mérito, não quer posar para fotografias, não quer completar bodas de ouro nem ser jubilada. A “pior” vontade não faz a menor questão de ser percebida, ela quer ser realizada. É quando você sabe que não deveria, mas vai. Sabe que não será fácil, mas enfrenta.
Sabe que tomarão como agressão, mas arrisca. Aqui, cabe lembrar: apenas se sentem agredidos aqueles que te invejam.
A vontade oficial, a vontade santinha, a que não causa incômodo, é a outra, a aprovada pela sociedade, a que não leva em conta o que vai no seu íntimo, e sim a opinião pública. É a vontade que todos nós, de certa forma, temos de mostrar para os outros que somos felizes, sem saber que para conseguir isso é preciso, antes, ter a”pior” vontade, aquela que faz você descobrir que ser feliz é ter consciência do efêmero, é saber-se capaz de agarrar o instante, é lidar bem com o que não é definitivo - ou seja, tudo.
É com esta “pior” vontade de viver que você atrai os outros, que seu magnetismo cresce, que seu rosto rejuvenesce e que você fica mais interessante. É uma pena que nem todos tenham a sorte de deixar vir à tona esta que Clarice Lispector chamou de “a pior vontade de viver”, e que, secretamente, é a melhor.
Martha Medeiros -
Apanhei este texto no Globo de domingo a regressar do Rio de Janeiro. Ainda o guardo
domingo, 23 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Como é bom ser criança
TÃO BOM QUE É SER (E CONSEGUIR SER) CRIANÇA
Recentemente, em mais um encontro dos meus antigos colegas da minha equipa de rugby (Clube de Rugby São Miguel - http://crsmiguel.blogspot.com) soube que dos meus amigos, daqueles que ainda me tratam por um dos meus nomes de imberbe, Ló, tinha adoptado duas crianças (um casal).
Ele, o mais velho de 8 irmãos, estava habituado a ter a casa cheia e, pelo facto de não ter filhos, resolveu adoptar dois. No meio da conversa ele liberta uma expressão de pura emoção e satisfação (dele e de todos os que o ouviam). Diz-nos: “Sabem, foi a melhor coisa que fiz na vida”. Não tenho dúvidas. Deve ser uma sensação única de entrega adoptar crianças… sobretudo, quando vivenciamos toda a violência que é praticada sobre as crianças. O caso da menina que se divorciou aos 10 anos é só mais um caso. Infelizmente, estas práticas não são apenas praticadas “sobre” os mais novos. Parece que os mais velhos, os nossos pais e avós, também têm vindo a sofrer desta falta de moral. E essa violência é praticada por nós, aqueles que pertencem à minha geração e não só.
Mas a história continua. Para uma criança adoptada deve ser-lhe difícil o vazio que tem sobre o seu nascimento, do porquê da sua adopção…e muito mais “coisas” que eu não sei sequer imaginar ou colocar-me no lugar deles…
Contava também esse meu amigo que uma vez, a mais nova, interpelou o mais velho de como eles tinham aparecido lá em casa. Resposta pronta: “Não te incomodes com isso. Diz que vieste de táxi”.
Parece que continuamos a ter muito que aprender com as crianças. Quer na sua ingenuidade, quer nas respostas prontas e sem malícia.
É sabido que um dos modos de estimular a nossa criatividade é fazer uma regressão à nossa idade de criança. A idade que nos permitia sonhar e divagar … e isso cada dia se tem menos na nossa vida!
Adenda:
Recentemente, em mais um encontro dos meus antigos colegas da minha equipa de rugby (Clube de Rugby São Miguel - http://crsmiguel.blogspot.com) soube que dos meus amigos, daqueles que ainda me tratam por um dos meus nomes de imberbe, Ló, tinha adoptado duas crianças (um casal).
Ele, o mais velho de 8 irmãos, estava habituado a ter a casa cheia e, pelo facto de não ter filhos, resolveu adoptar dois. No meio da conversa ele liberta uma expressão de pura emoção e satisfação (dele e de todos os que o ouviam). Diz-nos: “Sabem, foi a melhor coisa que fiz na vida”. Não tenho dúvidas. Deve ser uma sensação única de entrega adoptar crianças… sobretudo, quando vivenciamos toda a violência que é praticada sobre as crianças. O caso da menina que se divorciou aos 10 anos é só mais um caso. Infelizmente, estas práticas não são apenas praticadas “sobre” os mais novos. Parece que os mais velhos, os nossos pais e avós, também têm vindo a sofrer desta falta de moral. E essa violência é praticada por nós, aqueles que pertencem à minha geração e não só.
Mas a história continua. Para uma criança adoptada deve ser-lhe difícil o vazio que tem sobre o seu nascimento, do porquê da sua adopção…e muito mais “coisas” que eu não sei sequer imaginar ou colocar-me no lugar deles…
Contava também esse meu amigo que uma vez, a mais nova, interpelou o mais velho de como eles tinham aparecido lá em casa. Resposta pronta: “Não te incomodes com isso. Diz que vieste de táxi”.
Parece que continuamos a ter muito que aprender com as crianças. Quer na sua ingenuidade, quer nas respostas prontas e sem malícia.
É sabido que um dos modos de estimular a nossa criatividade é fazer uma regressão à nossa idade de criança. A idade que nos permitia sonhar e divagar … e isso cada dia se tem menos na nossa vida!
Adenda:
Sou um privilegiado. Entre vários outros aspectos, tenha a
sorte de conviver e ensinar a umas duas
dezenas de pequenos e valentes jogadores de rugby, meus amigos, os fundamentos do jogo,
mas não é só isto.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Pequeno-almoço
Tenho por hábito tomar o pequeno-almoço de domingo no Centro Comercial Roma. Apenas porque ganhei o hábito de lá comprar o jornal… e é por lá também que cometo um dos meus pecados da semana…como um caracol acompanhado por um galão. Gosto de “desfiar” este bolo e comer por último o seu “núcleo”. Mas o que é a vida sem alguns pecados…?
Muitas vezes tenho, por lá, a companhia de uma senhora com cerca de 70 anos. Quando lá vou procuro-a sempre com o olhar. Fico contente quando a vejo. Acho-a parecida com a minha mãe. Ontem fiz isso, procurei-a… não se encontrava.
Ah, ontem fez 5 anos que a minha mãe faleceu.
Muitas vezes tenho, por lá, a companhia de uma senhora com cerca de 70 anos. Quando lá vou procuro-a sempre com o olhar. Fico contente quando a vejo. Acho-a parecida com a minha mãe. Ontem fiz isso, procurei-a… não se encontrava.
Ah, ontem fez 5 anos que a minha mãe faleceu.
domingo, 9 de novembro de 2008
O Monstro das bolachas ou a Hidra de Lerna
Os vários nomes do Monstro das Bolachas ou a Hidra de Lerna
Dei comigo outro dia a olhar para um cartaz da Rua Sésamo. O espectáculo vai andar por Lisboa….e logo me lembrei do Monstro das Bolachas. Recaída mental para as bolachas de baunilha que tanto gosto ou para o célebre Monstro das Bolachas? Acho que para ambos.
Esta personagem da Rua Sésamo preencheu o imaginário de muitos de nós…em muitos lugares, em várias gerações. Era um monstrozinho inofensivo e simpático, que vociferava “Bolachasssssssss” … mas ele apenas devorava bolachas… ao contrário de outros que andam por aí, a parasitar e a devorar ou sonegar tudo o que apanham, vêm ou bem pior…
Como se sabe, hoje em dia aparecem-nos outros monstros. Falo do suprime e de outros primes e primos. Na verdade, há vários primes e primos que pululam e sugam a nossa sociedade… que aparecem metamorfoseados.
Alguns deles subsistem pelo facto de nós gostarmos pouco de protestar… de comermos e calarmos… de levarmos os nossos protestos apenas ao vizinho do lado ou para dentro de casa, ou seja, de fazermos muito pouco para mudarmos a situação. Também, por sermos uma sociedade onde tudo leva tempo, muito tempo, para se tomar alguma decisão, alimenta o nosso Monstro das Bolachas. Claro que a ausência de uma aposta séria em ensino de qualidade, alicerçada em valores cívicos e sociais, mais uma, vez faz vir à tona os primes, primos e herdeiros nefastos.
É indesmentível que o monstro de hoje tem várias cabeças. Umas delas pensantes, outras menos, mas todas a incomodar (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidra_de_Lerna). As suas cabeças podem ter vários nomes….porque não pegar nos nomes dos ministérios e baptizar essas cabeças. Ela pode ser a Saúde, Justiça, Obras Públicas, o Ensino, etc…mas também temos outras menos generalistas, mas presentes no dia-a-dia de todos, tais como: civismo, educação, bom senso, companheirismo… etc. No entanto, estas maléficas cabeças não podem fazer com que tracemos um caminho e tentemos, com mais ou menos desvios de percurso, chegar ao nosso objectivo.
Sabemos que é uma altura de crise. Esta emana de todos os lados…no entanto, convém não esquecer que há quem esteja em crise, entenda-se, desespero desde que nasce até que morre. Falo daqueles que nascem pobres, vivem pobres, morrem pobres… sem nunca conhecerem outro estado e isso passa-se, porventura, na nossa sociedade. Mas falo também do que se passa em África e em outros lugares do mundo… lugares esses onde os primos (ricos) parecem não se incomodar. Eles e nós.
PS: A) Por estes dias saiu a sentença da nossa Senhora “ Fátima de Felgueiras”. Três anos e tal de pena suspensa…Não sei ao certo todos os contornos do caso…mas quero acreditar no velho adágio popular: “não há fumo sem fogo” (http://www.ciberduvidas.com/idioma.php?rid=1499). E aqui parece que o fogo foi extinto indevidamente.
B) Ontem assistimos a uma manifestação de cerca de 120.000 professores. Eles queixam-se de várias coisas. Uma delas é o método de avaliação de carreira. A Ministra diz que não se assusta, que já viveu dias piores. Não sei quem tem mais razão… se este tipo de mensuração faz sentido… uma balança com dois pratos… sei de certeza que quem sai a perder, neste momento, são os alunos.
Subscrever:
Mensagens (Atom)