DÊ VIDA ÀS SUAS IDEIAS. DÊ VIDA À SUA VIDA.
As boas ideias não têm idade, apenas têm futuro (Robert Mallet)
Todos nós temos ideias. Muitas vezes aparecem nos locais mais inusitados ou nas alturas menos apropriadas. Mas temos! Ao processo de geração de ideias não se podem impor horários e locais, regras; ele é avulso, quase selvagem.
Mas essas ideias só começam a ganhar corpo quando as registamos, quando as guardamos. Quando o fazemos é porque queremos que elas ganhem vida. Ao procedermos desta forma estamos também a interiorizar que elas, as ideias, são importantes. Separamo-las das inúmeras mensagens e sinais com que somos bombardeados a todo o instante e escolhemo-las. Esse ínfimo tempo que usamos para as escrever e que estamos apenas nós e elas.
Há inúmeras formas de guardar ideias. Podem ser escritas em cadernos ou em blocos que nos acompanham, nas margens dos livros que lemos, em folhas de jornal, em toalhetes de mesa ou em guardanapos de papel, etc. Nestes “suportes” podemos colocar frases, símbolos, palavras soltas, códigos, algo que, por associação, nos faça recordar ou associar algo.
A recomendação, se se poder entender assim, é: se tiver alguma ideia, ESCREVA-A. Não confie na sua memória; não faça juízo sobre a mesma, argumentando consigo próprio que ela não está madura, que não é válida ou que não tem utilização. ESCREVA-A.
Ao formalizar as suas ideias pode, quem sabe, associá-la a outras, recuperá-las mais tarde. Elas não são óbvias muitas das vezes. Podem necessitar de um período de maturação ou só tomam corpo quando associadas a outras ou lidas por outros.
O processo de anotar as ideias é apenas mais uma etapa e, como todas as etapas, não pode (não deve) ser “ultrapassada”.
O processo de geração de ideias pode ser visto num continuum. Há quem as tente escalonar como as antigas brincadeiras de criança (aqueles que eu fazia também), o esconde esconde. Brincadeira em que se escondia algo do nosso parceiro e à medida que ele ia chegando perto do “tesouro” íamos passando do frio, para o morno e acabando no quente. Temos então o frio, morno e quente. Assim também se passa com as ideias. À medida que elas vão ganhando corpo, vão aquecendo.
As ideias frias são palavras soltas, conceitos. O output de um brainstorming é rico nestas ideias. Deixe que elas brotem.
As ideias mornas já encerram algo. Podem provir de outras ideias; podem complementar ideias frias. Já mostram um caminho.
As ideias quentes já provocam acção e como acção que são podem fazer uso de alguns verbos de acção como: agregar, incorporar, colocar, investir.
Ao ter estas ideias e associá-las a perguntas abertas, provocativas pode evoluir na construção das suas ideias. Perguntas como:
O que fazer para entrar no mercado externo? Como posso fazer? Que países escolher? Porque esses países? Com que produtos? Com que embalagem?
O que fazer para entrar no mercado externo? Como posso fazer? Que países escolher? Porque esses países? Com que produtos? Com que embalagem?
Como podemos utilizar a internet para aumentar o nosso negócio? Como faremos a apresentação?
Como apresentaremos o nosso produto? Que informação disponibilizaremos?
A estas perguntas seguem-se outras e mais outras. Envolva todas as áreas de negócio da empresa, todos os departamentos, mesmo pessoas estranhas à organização. Estas, com toda a certeza, terão uma óptica diferente daquela que é prática na sua empresa e podem ser muito úteis.
É claro que todos os lugares, situações, contextos são bons para termos ideias. Mas se conseguirmos que o ambiente que nele se respira seja positivo, acolhedor e simultaneamente crítico, melhor ainda.
Que os participantes, independentemente de serem chefes, pares, subordinados, outsiders ou amigos, estiverem imbuídos de espírito crítico, mas construtivo, se forem proactivos e abertos, então esse lugar é adequado.
Tenha a certeza que ao pensar sobre uma ideia, sobre um problema começa a trilhar o caminho para a desenvolver, para o resolver.
Por fim, não há como não mencionar: nem todos os lugares ou pessoas são ajustados ou adequados para expressarmos as nossas ideias. Não falo apenas de sermos plagiados. Falo do esforço e energia que perdemos e desperdiçamos a querer fazer ou transmitir algo e os nossos interlocutores não estão nada interessados ou até nos ridicularizam do que queremos transmitir.
João Paulo Marques
A vida não pára, não pare você também
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
@joaodavespa
O tempo não pára, não pare você também.
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Gemeniano, não muito crente nos astros mas que se revê no seu signo e que consegue atolar muito e muito papel.