quarta-feira, 12 de outubro de 2011

FIRST, MAKE RICE (SETG GODIN)


First, make rice

Fledgling sushi chefs spend months (sometimes years) doing nothing but making the rice for the head chef.
If the rice isn't right, it really doesn't matter what else you do, you're not going to be able to serve great sushi.
Most of the blogging and writing that goes on about marketing assumes that you already know how to make the rice. It assumes you understand copywriting and graphic design, that you've got experience in measuring direct response rates, that you've made hundreds of sales calls, have an innate empathy for what your customers want and think and that you know how to make a compelling case for what you believe.
Too often, we quickly jump ahead to the new thing, failing to get good enough at the important thing.
 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

MARKETING de HOJE vs MARKETING de ONTEM


MARKETING de HOJE  vs MARKETING de ONTEM

"O Facebook pode ser contagioso, infeccioso e viral. Mas para o bom sentido." (alguém do FB)
‎ "Uma empresa campeã é formada por seres humanos campeões" Steve Jobs (ele deve saber bem o que diz)

Keywords: Marketing, Vendas, Gestão, New Media, Relacionamentos.

Fala-se muito, e cada vez mais,  em Marketing, em Social Media, em 2.0, em novas ferramentas, novas abordagens,etc, etc, etc.

Porque hoje em dia todos podemos ter informação em tempo real e, em alguns casos, pouco manipulada e o exemplo passa pelas revoluções dos países árabes, as convocações de manifestações de protesto em Espanha e no Reino Unido, os Tsunamis e as catástrofes nucleares no Japão; todos acontecimentos  convocados e relatados por Twitters,  por Facebooks e outras medias que ajudaram a dar conhecimentos dos mesmos. E  o curioso é que ainda há quem não acredite nelas, quem não as queira usar.

Veja-se também a existência de alguns sites que são tudo menos sites. A informação que passam...é inexistente ou desactualiazda. Neste último caso ainda pior, pode transparecer que a Organização deixou de existir. Há quanto tempo é que não actualiza o seu site?
Em 2005 consegui uma entrevista de trabalho e o consequente emprego por, na minha candidatura, ter questionado o facto de uma empresa reconhecida, a  Silvex, ter apenas um site estático (aparecia apenas o logo e penso que mais nada). Mais do que sorte por a minha candidatura ter despertado curiosidade, foi o facto de ter sido curioso e crítico, ter sugerido, ter sido proactivo, etc.. Claro que nem sempre esta estratégia pode colher frutos, mas talvez seja melhor arriscar.

Hoje em dia o comportamento e atitude que devemos ter na envolvente 2.0 deve passar pelo que eu disse acima e no que em seguida vou tentar sistematizar (contrapondo o Marketing do passado).

MARKETING de HOJE (ONLINE and SOCIAL MEDIA)
«
MARKETING  TRADICIONAL
Ouvir, ouvir, ouvir e comunicar
«
Gritar, gritar e gritar
Nós, nós, nós ... e porque não nós
«
Eu, eu, eu....e porque não só eu
Contar histórias,
«
«
Debitar informação
Traga as Pessoas / Clientes para si
Seja um tipo PULL
«
Seja um tipo PUSH
WOM – Word of mouth
«
Publicidade em massa
Nichos
«
Mass media
Políticas baseadas em Permissão
«
Políticas baseadas em Controlo
Flexibilidade
«
Rigidez
Estimular relações
«
Impor relações

Naturalmente, há comportamentos e ferramentas que não podem ser descuradas, independentemente do "tempo do marketing " em que se está e nas regras que se aplicam. Falo de formação profissional, de estímulo à criatividade e à curiosidade.

Claro que a proactividade e simpatia de um profissional  é sempre uma ferramenta que faz a diferença. Recentemente, ao colocar o euro milhões numa tabacaria perto do meu novo trabalho, recebo um sonoro “boa sorte”. Digo que não costuma ser hábito receber tal desejo e dou os parabéns a quem me atende e é-me dito “eu quero mesmo que o senhor tenha sorte”. Contraponho com o comportamento da papelaria onde, durante cinco anos , coloquei o jogo. Apesar de alguma simpatia, muitas vezes esquecida, nunca me desejaram boa sorte. Já agora, esta nova tabacaria fica em Miraflores, na Av. José Gomes Ferreira, lá no final de quem desce.

Outro aspecto importante destas novas medias é que o facto, se se pode dizer, que a mentira tem perna curta, isto é, devido à capilaridade que existe nas redes  com alguma facilidade se percebe e apercebe da falsidade de alguns perfis. Isso pode ser verificado pelo modo como escrevem ou como participam nas redes com que interagem.  Recentemente apanhei num artigo que um CEO de uma grande multinacional entrava em discussões abertas no Facebook omitindo quem era.  Com alguma facilidade foi desmascarado pela comunidade facebokiana e posteriormente  demitido das suas funções na organização. A credibilidade dessa organização ficou seriamente prejudicada. 
Reforçando os pontos comuns entre as duas épocas...dedicação, empenho, curiosidade, proactividade, bom serviço, boa entrega, honestidade...são predicados que sempre devem ser utilizados, estimulados e melhorados.

Mas há algo que cada vez mais parece estar ausente dos nossos comportamentos. Pessoas gostam de Pessoas; Pessoas procuram Pessoas.  Esta premissa, através das redes sociais, faz com que as Pessoas se aproximem (se reaproximem) e se revelem.
No meu caso, posso dizer que as Redes Sociais, que estão integradas no Marketing de Hoje,  trouxeram-me das mais enriquecedoras,  válidas e gratificantes experiências que já tive.  Dando um pequeno e actualizado exemplo, o facto de você ler este meu texto até ao fim é a prova disso.

PS: Excepcionalmente hoje, dia da morte do Steve Jobs, tenho dois subtítulos. Menciono uma frase dele. Acredito bem nela.  

PS2: Cada vez mais as Medias Sociais e tudo o que envolve novas e distintas formas de entrar em contacto com os Prospects e Clientes ganha importância. Mas não descure completamente a antiga forma de estar no terreno dos negócios.
João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
joaodavespa@hotmail.com; Skype: joaomarques64Http://www.linkedin.com/in/joaopmarques; http://jpmarques.blogspot.com/

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

BOM SERVIÇO

Recentemente mudei de casa de Euromilhões. Após mais de 5 anos a entregar as minhas apostas naquela casa, mudei de emprego, mudei de máquina.
Nestes mais de 5 anos,  apesar de uma leve (ou pouco mais) simpatia por parte das pessoas daquela tabacaria, tive que ir parar a outra casa.
Logo na primeira vez que fui lá levo um sonoro “boa sorte”. Digo-lhe que não costuma ser hábito ao que oiço...”eu quero que o senhor tenha boa sorte”.
Há algumas meneiras de conquistar novos Clientes. Esta, é sem dúvida, uma delas.

PS: Já agora, fica no final da  Av. José Gomes Ferreira, de quem desce, do lado direito.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

POIS É – Ou o poder do Pois (ou um verdadeiro Poiscionário)

POIS É – Ou o poder do Pois (ou um verdadeiro Poiscionário)

Quando se vê, já são seis horas; quando se vê, é sexta-feira;
quando se vê, acabou o ano. (M. Quintana)
Keywords: Cultura, Serviço, Hábitos, Pois

Uma das palavras / expressões mais abrangentes que existem na expressão oral e escrita portuguesa (lusa) é a utilização do “POIS”. É fabuloso o seu uso, os seus múltiplos significados e democraticidade no seu uso. Não há quase nada a que não se possa responder com um “Pois”.
O Pois é usado em todos os estratos sociais e camadas etárias, não escolhe género ou idade. Ele é um poço inesgotável de respostas, não respostas, comportamentos e caracterizador de algumas personagens (profissionais) que convivem directamente (ou não) conosco, no nosso dia-a-dia.
Começo por apresentá-los como vem na gramática portuguesa

Pois conjunção coordenativa conclusiva/explicativa
1. logo, pelo que, portanto, por consequência, por conseguinte:
o Encontraste outro amor, pois segue o teu coração.
2. porquanto, porque:
o Calas a raiva pois tens medo do poder.

Mas o seu uso extrapola, em muito, a definição acima apresentada.
Alguém que use e domine o “Pois” não ficará sem resposta a dar a nada. O seu correcto domínio, alicerçado por uma linguagem não verbal adequada, será de grande utilidade. Ora vejamos.
Podemos usar “Pois” isoladamente em respostas afirmativas, negativas, inconclusivas, relaxadas ou vazias.
1) Está muito calor.
Pois (afirmativa).

2) Não devias ter feito isso (fez cagada).
Pois (não devia mesmo).

3) Ao ouvir alguém que fala e fala e fala…e que continua a falar.
Pois (pontuamos as pausas do orador com um pois. Podemos nem estar a prestar atenção… mas não passamos por mal educados).

4) Quando alguém nos pede para comentar algo que acabámos de ouvir.
Pois (não sabemos bem o que dizer ou o que opinar e sai um pois,.. um pois surdo… é politicamente correcto o seu uso e de extrema habilidade dialéctica).

5) Pois (relaxado)» há quem o use sem imaginação/ preocupação.

Mas este vocábulo pode ainda aparecer conjugado com outros (palavras compostas).

Pois claro » que pode significar concordância. No entanto, os mais hábeis fazem do seu uso algo parecido com um ioga mental. Usam-no para descasarem a mente. Parecem atentos… mas o que estão é completamente desligados.

Pois sim » o mesmo uso acima referido.

Pois não » quanto alguém nos interpela, quer ao bater à porta, quer na rua … educadamente podemos responder assim.

Pois é » quando queremos confirmar algo. Podemos ir do simples “pois é”, quando confirmamos o óbvio, sem emoção, ao “pois éééééé”… quase como o balir de um cordeiro…expressamos sentimentos de surpresa, admiração, de concordância.

Pois, pois» quando concordamos, sem reservas, com algo. O curioso é que esta expressão é utilizada para caracterizar os portugueses (de uma maneira algo brincalhona) em terras de Vera Cruz.

Pois talvez» que pode não querer dizer algo, pode querer ou não saber de todo o que quer dizer. Comportamento típico de alguns.

Pois então » mais uma vez concorda com o facto apresentado ou pode pretender reforçar algo que já disse. Muitas vezes, este reforço, demonstra o quanto o orador não está convencido do que pretende demonstrar.
Mas ainda se arranjava mais "Pois"

A utilização do “pois” tem ainda outros caminhos.

Depois » que tanto caracteriza a tomada de decisão de políticos, gestores, patrões, estudantes… como se vê, de todos, ou quase todos, nós.
Temos ainda Poiso, Poisada (ou pousada), Poisar. Todas elas a marcar algum imobilismo, inoperância ou descanso intelectual. Não que ele não seja necessário… mas caracteriza e ajuda a definir alguma inoperância.
Mas o “ Pois” também de internacionalizou.
Interessante será ver como a nossa velha aliança introduziu o “Pois” nos seus vocábulos.
Poison » o que ao princípio poderia ser um simples Pois Filho (pois son) mas, devido aos jogos de poder dos corredores dos palácios passou a significar veneno. Logo os franceses, não querendo ficar para trás, resolveram usá-la (e, eventualmente, usá-lo). Este idioma também o utiliza para significar peixe (Poisson)

Pois também é usado em Italiano. Comeram-lhe o “s”. Ficaram com Poi. Não conseguiram dar-lhe, penso eu, o uso imaginativo do Pois luso. Significa apenas “pois”. Mas já no mundo da moda temos a colecção Pois, há até uma Miss Pois (ou várias) , uma linha Pois (
http://www.pois.it/), um glamour Pois. Sem dúvida, uma rotura no universo linguístico Pois.

Já os espanhóis, talvez por não gramarem nada do que vem daqui, para além de colocarem por cá Bancos e de muito do nosso tecido empresarial, que vão comprando, não o usam como nós. Dizem um Pues sem força. Talvez possa ser por terem alguma dificuldade em “sonorizar ou ditongar” duas vogais seguidas sem terem de recorrer à tecnologia dos acentos.

Deixo-vos por fim com a caracterização, um pouco limitada (não minha, mas dos intérpretes), de alguns tipos de HOMENS POIS. Infelizmente “eles andem por aí”.

Encontramo-lo nas bancadas do nosso Parlamento….aqueles que dizem pois (nas suas mais variadas vertentes, mas sobretudo um pois relaxado ) a tudo que é emanado pelas suas cúpulas, dos quais nem sequer sabemos o nome, porque muitas vezes nem sequer aprecem regularmente no parlamento. Apenas os serviços da Segurança Social os conhecem pelo registos dos chorudos salários e regalias que usufruem.

Há aqueles que partilham as assessorias das empresas / organizações. Usam um Pois agradável… concordam com tudo, mesmo não sabendo (ou não querendo saber) do que se está a passar.

Já o Chico Buarque, poeta incontornável da língua portuguesa, prosou (e musicou) sobre o Pois é (
http://letras.terra.com.br/chico-buarque/86033/).

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
joaodavespa@hotmail.com; Skype: joaomarques64
Http://www.linkedin.com/in/joaopmarques;
http://jpmarques.blogspot.com/
@joaodavespa

PS: A ideia deste texto nasceu da observação quotidiana do POIS e de querer explica-lo, a quem não o domina. Talvez após esta leitura o possam entender melhor.
Última hora:  Dado o (des) ânimo que parece estar a contagiar os portugueses e não só, fica mais uma contribuição no nosso idioma.  "Pois, isto não pode continuar assim."  Pode também ler-se
"Pois, esta merda não pode continuar assim." A diferença entre as duas poderá ser apenas espacial.

sábado, 10 de setembro de 2011

As saudades de um "Foda-se"

As saudades de um "Foda-se"


Um amigo meu, Miguel, a viver fora de Portugal, sem ouvir uma palavra de português durante uns 4 meses, encontrava-se numa estação dos correios.

Entra um senhor com uma pilha de cartas seguras entre as mãos e o queixo. De repente uma delas parece querer sair...o senhor força com o queixo...não sai uma, mas todas elas ...a pilha desmoronou-se...e sai um sonoro FODA-SE.

O Miguel ajuda na recolha das cartas e diz ao senhor: "Que saudades que eu tinha de ouvir português. Sabe, faz uns 4 meses não oiço português (só nos meus sonhos -esta inventei eu). "

Estabeleceu-se uma conversa agradável e remata o senhor: "Não quer vir hoje a nossa casa jantar? Vamos fazer bacalhau."

Coisas de portugueses...onde quer que seja e se esteja.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

How to leverage social media to accomplish your goals

How to leverage social media to accomplish your goals


• Committed to marketing or promoting your service / product / blog / organization in an ethical and anassuming manner

• Willing to listen, communicate, and share (the building blocks of social media marketing)

• Okay with doing things the easy way and don´t insist on going against the grain



Social Media marketing does not have to be a struggle.

(The Zen of Social Media Marketing)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

VAGABUNDEIE - O DINHEIRO ANDA NA RUA

VAGABUNDEIE - O DINHEIRO ANDA NA RUA


"A maioria das pessoas olha sem ver, ouve sem escutar e fala sem pensar. (Da Vinci)"

Keywords: Vendas, Gestão, Relacionamentos, Comunicação

Ande na rua, nem que seja para entregar o seu serviço aos seus melhores Clientes.





Por muitas definições que possamos arranjar para "Gestão", todas elas comportam a palavra"Comunicação"; a mesma dinâmica usamos para as "Vendas".

Normalmente conhecemos algumas dezenas, centenas ou milhares de pessoas. Há gente que conhece muita gente; há aqueles que vão a qualquer lado e lá conhecem alguém. Mas ainda sobram muitos aos quais podemos chamar de "aquela outra gente", que dependendo do filtro utilizado, podem chegar até aos 7 mil milhões.

Uma pequeníssima parte destes cruzam-se conosco no nosso dia-a-dia e muitas vezes não fazemos nada para os conhecer ou, pelo menos, para sermos simpáticos ou não sermos despercebidos.

Lembro-me de duas histórias vividas quase diariamente por mim (durante um certo período). Uma passava-se junto a uma máquina de café que ficava entre dois pisos e usada por quase uma meia centena de pessoas, colegas de trabalho. Havia um "colega" que quase nunca respondia aos bons dias ou a qualquer cumprimento afável que lhe era dirigido, por nós e penso que por muitos. Passou a ser alvo do efeito Coca-Cola: primeiro estranha-se, depois entranha-se, isto é, ao princípio incomodava-nos esta falta de educação. Posteriormente passou a ser um dos momentos de alegria do dia, dirigíamos-lhe sonoros cumprimentos que só faziam eco.

A segunda passou-se com um superior hierárquico que quando entrava no escritório, ao passar pela sala dos comerciais em direcção ao seu gabinete, raramente dirigia bom dia ou outro qualquer cumprimento. E a sua saída do escritório ainda era mais rápida. Em regra, entrava meio ofegante, algumas vezes dirigia um olhar helicopteriano sobre a sala, mas nada saía.

No nosso dia- a- dia cruzamo-nos com diversas pessoas que nada significam reciprocamente uma à outra. Mas, na verdade, não queremos, em regra, ultrapassar esta ignorância recíproca até que, quando necessitamos, por exemplo de querer vender algo (e eu sou vendedor, não o somos todos?), não o conseguimos fazer com espontaneidade e / ou a solução para a nossa venda pode estar na anónima "gente" que se cruza conosco. Num passado recente, ao almoço, dois sujeitos falavam sobre cartazes. Eu vendia cartazes e almoçava ao lado. Esperei pelo fim do almoço dos meus vizinhos e apresentei-me. Não consegui negócio, mas como tudo, ora se vende, ora não, o que interessa é aproveitar as oportunidades. Oportunidades de falar com as pessoas.

E como vendas se trata de interagir, o melhor é irmos praticando com a matéria-prima que temos à mão, as pessoas que se cruzam conosco (salvo seja claro). Ninguém nada sem se atirar à água. No caso das pessoas, para as conhecer, temos que ouvi-las, observá-las, ter a capacidade de vestir a pele dos outros e fazer um exercício, muitas vezes difícil, de pensar como eles (um dos exercícios académicos mais curioso com o qual fui confrontado foi a divisão aleatória de uma turma de alunos em dois grupos, opostos, em que se tinha de defender uma posição; as respostas eram binárias, sim ou não. Eu fiquei num grupo em que tinha que defender uma resposta com a qual não concordava. Foi difícil e era apenas um exercício académico). Claro que uma atitude com alguma humildade diante dos outros e perante a "gente" é algo que também deve ser posta em prática e, ao mesmo tempo, demonstrar a nós mesmos e aos outros que temos valor.

A nível pessoal, muitas vezes para estabelecer contacto com alguém, mesmo que nos seja conhecido, tentamos arranjar informações sobre essa pessoa junto dos nossos relacionamentos ou das várias medias sociais. Tudo para facilitar o encontro.

A nível de trabalho profissional o mesmo se passa. Recolhemos informações em estudos de mercado, inquéritos, entrevistas, etc. Tudo métodos que custam muito ou mesmo muito dinheiro e o resultado, nem sempre, é completamente fiável (mas sobre este aspecto não me adianto muito). Tratam-se de radiografias, muitas vezes produzidas por quem não tem sensibilidade para as fazer. Quantas vezes somos alvo de inquéritos telefónicos em que os entrevistadores se atrapalham quando as nossas respostas estão fora dos parâmetros dados (e nos dizem que a resposta só pode ser A ou B).

O que muitas vezes falta aos nossos gestores é a pouca percepção que eles têm do que se passa fora do gabinete.

Trabalhei, se se pode dizer assim, com dois gestores de topo que durante a sua permanência na Organização nunca manifestaram interesse em conhecer o mercado pelos nossos olhos, através de visitas aos Clientes que acompanhávamos, em visitas de apresentação da Empresa. Acrescento ainda que o mercado de onde vinham não tinha nada a ver com o mercado onde eu desenvolvia actividade. Aliás, acrescento que nunca tiveram conversas conosco sobre o que achávamos ou pensávamos.

Se posso acabar com uma recomendação, digo-vos. O trabalho de secretária é importante. Muitas vezes é lá (e apenas lá) que solucionamos os problemas. Mas estes também são solucionados perante os Clientes (ou mesmo evitados) e o dinheiro está com eles, não na nossa secretária.



João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
joaodavespa@hotmail.com; Skype: joaomarques64
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