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domingo, 6 de abril de 2025

A Honda e a Arte de Encontrar o Sucesso no Inesperado

Honda 50


“If plan “A” fails — remember you have 25 letters left” - Chris Guillebeau

Podemos não acertar à primeira, o que acontece a maior parte das vezes. Mas podemos acertar lá mais à frente. Há um fine tuning permanente que pode e deve ser feito.

Lembro-me de ler sobre o lançamento da Honda (motos) nos Estados Unidos nos anos 60 do século passado. Eles quiseram entrar com motos de grande cilindrada, pois o mercado americano era assim. Apenas big bikes. Reinava a Harley Davidson e, mais afastada, a Triumph.

Os japoneses tinham motas grandes e mais baratas. Mas, na altura, estas eram menos ajustadas ao tipo de utilização feito na América. Os americanos faziam grandes viagens nas suas motas. As motas japonesas tinham dificuldades em responder a este desafio: pingavam óleo e tinham que ser arranjadas no Japão. Toda a margem conseguida na venda esbatia-se no serviço de reparação.

A operação nipónica tinha, apenas para serviço interno da empresa, umas motos mais pequenas. Enquanto isso, a estratégia das motos de grande cilindrada corria mal. Um dia, para combater a frustração com os resultados, um dos gestores foi fazer um cross com uma das suas motas mais pequenas.

Gostou tanto da experiência que resolveu convidar os seus colegas para uma aventura semelhante. Todos apreciaram o passeio. Mas, o mais importante foi que, sem terem planeado, atraíram público. Quando terminaram o passeio, foram interpelados pelos espectadores que perguntaram onde se vendiam aquelas motas.

A resposta inicial foi surpreendente: "Não estão à venda; não temos para vender." Estavam tão presos à sua estratégia original das motas de grande cilindrada que resistiam à nova oportunidade.

Somente após muita insistência por parte de inúmeros americanos interessados, a Honda começou finalmente a vender nos States estas motas de mais baixa cilindrada. O resultado? Uma revolução no mercado americano de motociclos.

A Honda não apenas percorreu várias letras do abecedário na sua trajectória de crescimento, como também teve de alterar completamente a sua estratégia inicial.

Muitas vezes a solução para o sucesso está na embalagem, num subproduto ou numa abordagem diferente. Neste caso, estava num produto secundário - as motas que eles nem sequer comercializavam nos Estados Unidos.

Esta história demonstra que vale a pena tentar, adaptar-se e, acima de tudo, nunca deixar de observar atentamente o que nos rodeia. As maiores oportunidades frequentemente surgem onde menos esperamos.

Alguns dados

Em 1959 começa a exportação para os EUA.

Campanha publicitária "You meet the nicest people on a Honda" muda a imagem das motas no Ocidente.

Tratou-se de uma revolução silenciosa. Enquanto o mundo ainda via as motas como coisas de homens ou rebeldes, a Honda 50 colocava donas de casa e trabalhadores a andar pelas cidades. 

Em pouco tempo, começou a dominar a Ásia, depois a Europa e, em força, os Estados Unidos, onde o famoso slogan "You meet the nicest people on a Honda" quebrou o estigma das motas associadas a gangues.


Mais de 100 milhões de unidades vendidas


Uma conclusão

Como me dizem e como digo, o "fine tuning" permanente é essencial. Às vezes o sucesso está num subproduto, numa abordagem diferente ou simplesmente em estar atento ao que acontece ao nosso redor e disposto a ajustar o rumo quando necessário.

Uma nota: Obrigado América...quando voltarei a dizer o mesmo...não sei


Jet  Air lainer  - Steve Miller canta sobre o prazer de viver o dia de hoje porque nunca se sabe o que o amanhã trará. Encoraja os ouvintes a “cavalgarem no seu vento favorito” e a desfrutarem da diversão do mundo que os rodeia. É um hino perfeito para os  que querem viver a sua vida sem arrependimentos.

 



https://youtu.be/JHa1hiFYbFQ?si=3Mn-s5pZGRx1XoiM

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Tips for Life #131


The secret to our enduring brand lies in delivering an experience rather than just a collection of products and services. Harley-Davidson Annual Report





A HARLEY é dos melhores exemplos de marca / brand que existem no mundo. Não é, de todo, a melhor máquina, não  é, aos olhos de muitos, a mais bonita, é longe de ser a mais barata, a mais económica. No entanto, como muito poucas, consegue transmitir uma sensação de Harlista. O que quer dizer? Eu não sei explicar. Não me identifico…. Mas esta sensação de grupo, de ser Harlista, é muito apreciada, muito admirada, …desejada, perseguida.


Conseguiram isto tudo, uma legião imensa de fans, com um produto que não é top, mas tem uma história mega top. Uma história que os corajosos, os não corajosos, os motoqueiros, os não motoqueiros….perseguem (um pouco como o Ferrari, muitas fans, muitos menos Ferraris).


Uma marca, HOJE, pode combater pelo preço, ou pela qualidade de serviço ou pela aspiração…a HARLEY combate pelo mais intangível…A ASPIRAÇÃO.


Para um pouco mais sobre a história das motos, Quotes - #15 Marketing and sales


Não quero deixar de lembrar que a HARLEY permite uma customização infinita…o que leva ainda mais longe o sonho do Harlista.




terça-feira, 4 de junho de 2013

Quotes - #15 Marketing and sales

If plan “A” fails — remember you have 25 letters left - Chris Guillebeau



Podemos não acertar à primeira, o que acontece a mior parte das vezes. Mas podemos acertar lá mais a frente. Há um fine tunning permanente que pode e deve ser feito.

Lembro-me de ler sobre o  lançamento / entrada da Honda (motos) nos Estados Unidos. Anos 60 do século passado. Eles quiseram entrar com motos de grande cilindrada. O mercado americano era assim. Apenas big bikes. Reinava a Harley Davison   e a Triumph, mas afastada.

Os japoneses tinham motas grandes e  mais  baratos. Mas, na altura, eram menos ajustados ao tipo de uso feito na américa. Os americanos faziam grandes viagens. As motas japoneses tinham alguns problemas a responder a este desafio. Pingavam óleo. Tinham que ser arranjadas no Japão. Toda a margem conseguida na venda esbatia-se no serviço de reparação

Mas a operação nipónica tinha, apenas para serviço da empresa, umas motos mais pequenas.
A operação das motos de grande cilindrada corria mal.  Um dos gestores, um dia, para combater a frustração com os resultados, foi fazer um cross com uma das suas motos mais pequenas.

Gostou da experiência e resolveu convidar os seus colegas para uma nova experiência. Todos gostaram. Mas, o mais importante, foi que, sem terem nada planeado, tiveram público. Quando acabou o “passeio” foram interpelados pela assistência. Esta  perguntou-lhes onde se vendiam as motas.

A resposta foi: não estão a venda; não temos para vender. Tinham uma estratégia e não a queriam abandonar. As motas de grande cilindrada

Só com muita insistência por parte de muitos americanos que queriam comprar as motos mais pequenas , a Honda começou a vender nos states estas motas de mais baixa cilindrada.

Não só a Honda percorreu algumas letras do abecedário, como também teve de alterar a sua estratégia.

Muitas vezes a solução do sucesso está na embalagem, num subproduto ou numa abordagem diferente. Neste caso estava, digamos,  num subproduto, as motos que eles não comercializavam nos states.

Mostra-se que vale a pena tentar e nunca deixar de olhar para o que nos envolve.


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques

@joaodavespa



PS: Não era este modelo, mas não interessa.
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