quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Todas as ideias ajudam a dar novas ideias

Homer in a creative process  // JPM Consultores


“Originality is the only thing that counts. But the originator uses material and                                          ideas that occur round him and pass through him. And out of his experience comes the original creation.” George Gershwin


O espírito do título deste artigo é especialmente relevante no contexto da gestão e do marketing. Este espírito enfatiza a importância do pensamento colaborativo e da abertura para a inovação, cada vez mais necessária.

Essa mentalidade pode ser aplicada para fomentar uma cultura dinâmica de criatividade. O limite, não sendo o céu, permite que as ideias mais simples ou aparentemente inviáveis possam servir como trampolim para soluções novas, mais sofisticadas ou completamente disruptivas.

Algumas ideias / fundamentos

1 - Gestão da Criatividade e Inovação: Numa empresa que adopta essa mentalidade, cada membro da equipa é encorajado a partilhar as suas ideias, sem julgamentos ou avaliações iniciais. O objectivo é gerar um ambiente onde as contribuições de todos possam ser exploradas, pois até uma simples sugestão inicial pode desencadear uma sequência de aprimoramentos, que pode lavar a uma solução inédita.

Na prática, isso pode ser implementado em sessões de brainstorming, onde qualquer ideia é bem-vinda, incentivando uma mentalidade de experimentação e aprendizado continuo.


2 - Marketing Criativo e Colaborativo: No marketing, a diversidade de ideias é ainda mais crucial, pois o objectivo é conectar-se com diferentes públicos e antecipar tendências.

A abordagem colaborativa promove a geração de campanhas que, ao serem construídas com base em múltiplas ideias, tendem a ser mais autênticas e inovadoras.

A partir de um conceito inicial, por exemplo, novas interpretações podem surgir, que moldam campanhas que dialogam melhor com o público e apresentam um maior potencial para o sucesso.


3 - Desenvolvimento de Produtos e Serviços: Cada ideia, mesmo as que possam parecer sem valor imediato, pode revelar oportunidades para desenvolvimento de produtos. Muitas inovações surgem da combinação de ideias menores, que sozinhas poderiam não ser viáveis.

Um gestor com visão incentiva o acúmulo e a experimentação dessas ideias "pequenas", que podem eventualmente ser as bases para soluções mais disruptivas.


4 - Adaptação ao Mercado e Feedback: No marketing e na gestão, o feedback do cliente é uma fonte poderosa, quase inesgotável, de novas ideias.

Uma mentalidade aberta valoriza todos os comentários como inputs de melhoria, mesmo aqueles que parecem banais ou repetitivos.

A abordagem de valorização permite não só ajustes finos, mas também a identificação de novas oportunidades que talvez passem despercebidas em análises convencionais.


5 - Criação de Laboratórios de Inovação: As empresas inovadoras investem muitas vezes em innovation labs, onde as equipas são incentivadas a experimentar e explorar novas ideias sem o receio (ou serem punidos) de falhar.

Essa prática ajuda a cultivar uma cultura de inovação contínua, na qual cada ideia tem potencial de se transformar num produto, serviço ou campanha de marketing.

Muitas vezes os laboratórios são ambientes mais descontraídos, o que facilita o brainstorming e o surgimento de ideias inovadoras.


6 - Estratégias de Cocriação com Clientes: Outra prática interessante é a cocriação, que envolve clientes directamente no processo de desenvolvimento de produtos ou campanhas.

Esta abordagem valoriza as ideias externas e integra-as no processo criativo da empresa, o que não só amplia a perspectiva, mas também garante que as soluções estejam mais alinhadas com as necessidades reais do mercado. Afinal, são os clientes que estão na rua, a conviver com o mercado.


7 - Análise de Ideias na Forma de Matriz: Na gestão de ideias, uma ferramenta prática é o uso de matrizes, como a matriz do esforço vs impacto.

Esta matriz permite classificar as ideias de acordo com o esforço necessário e o impacto potencial, ajudando a priorizar as iniciativas. Esta análise facilita a tomada de decisão e o aproveitamento das melhores sugestões, ao messo tempo não deixa de fora nenhuma das contribuições iniciais.


8 - Estudo e Aprendizado de Casos de Sucesso e de Insucesso: Em gestão é essencial analisar tanto os casos de sucesso quanto os de insucesso.

Estudar as outras campanhas de marketing bem-sucedidas e entender o porquê do seu sucesso (ou erros) traz insights valiosos.

Essa análise histórica serve como base para novas ideias e reforça a importância de uma abordagem flexível.


9 - Tecnologia e Ferramentas: Na óptica Gestão podemos fizer que a utilização de ferramentas de gestão de ideias, como plataformas de crowdsourcing, pode ajudar a colectar e organizar sugestões de forma eficaz.

Por sua vez no Marketing podemos dizer que a utilização de ferramentas de análise de dados podem revelar padrões e tendências que inspiram novas estratégias de marketing. A tecnologia permite que as equipas sejam mais ágeis e responsivas.


A cultura baseada na multiplicidade e diversidade de ideias alimenta uma mentalidade de aprendizado contínuo e inovação. Estes estados são diferenciais poderosos no mercado actual.

Portanto, a frase destaca o valor das ideias como sementes de inovação. No ambiente corporativo, isso traduz-se em práticas de gestão que valorizam a escuta activa, o partilhar livre de sugestões e a experimentação, elementos essenciais para desenvolver uma empresa competitiva, inovadora e atraente para captar e reter talento. Afinal é o talento que nos a crescer.

Porgy and Bess – George Gershwin- Porgy and Bess with Ella end Louis - A true masterpiece

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

O conhecimento invisível (II) - A Experiência Invisível como Aliada nas Vendas

                                          “Nada é impossível para aquele que persiste”, Alexandre o Grande

Conhecimento invisível (II) - JPM

No complexo, exigente e estranho mundo das vendas, a sua experiência é um dos activos mais poderosos que um vendedor / líder equipa comercial pode ter — mas, muitas vezes, essa experiência é subestimada ou até ignorada.

Ao longo da carreira os vendedores (e compradores) acumulam um conhecimento extremamente valioso. Esse conhecimento é conseguido através dos sucessos e dos falhanços, pelo relacionamento com clientes difíceis, de negociações complexas, objectivos ambiciosos, metas desafiadoras, contratempos inesperados, etc.

Esse “capital de experiência” frequentemente opera no subconsciente e raramente é totalmente valorizado, pelos próprios ou por terceiros.

A experiência não percebida manifesta-se em várias habilidades que facilitam, inconscientemente, o processo de vendas.

São aqueles momentos em que o vendedor antecipa uma objecção ou sabe quando ajustar o tom da conversa com um cliente específico e limita a “liberdade” ou abuso deste.

Esse tipo de “intuição” é, na verdade, a experiência a falar, convertida numa espécie de sabedoria prática que permite ao vendedor responder com agilidade, adaptar-se a diferentes perfis de clientes e contornar objecções de forma mais eficaz e despercebida.

Para tornar essa experiência um recurso activo nas vendas, é essencial que os profissionais de vendas dediquem tempo para reflectir sobre as seus reuniões, interações e objecções que lhes são colocadas. Também como ele se "safa" em situações de apuro.,

Isso pode ser feito através de práticas bem simples: 1) um breve registo após cada venda ou reunião, anotando o que funcionou bem, o que poderia ser melhorado…claro, a acrescer ao que o Cliente ou Prospect pretende;

2) outra prática simples e que evitará mal entendidos é enviar o resumo da conversa por email, indicando as tarefas de cada um e preparar próximos passos.

Além disso, os líderes podem ...melhor dizendo, devem incentivar a partilha de histórias, respostas e aprendizados com a equipa, criando um ambiente onde a troca de experiências seja prática normal e regular.

Refira-se que os problemas que um vendedor pode ter em determinado evento podem ser os mesmos que outro vendedor já vivenciou ou preparar para eventos futuros onde problemas semelhantes sejam colocados. Essas práticas (eu quero chamar de boas práticas) não ajudam apenas a consolidar o que cada vendedor aprendeu, mas também enriquecem o grupo como um todo, ampliando o manancial de abordagens, técnicas e respostas.

Quando valorizamos a experiência invisível, transformamos cada contacto com o Cliente numa lição potencial.

Em vez de apenas vender, o profissional de vendas passa a construir um relacionamentos de longo prazo, baseados na compreensão das necessidades e comportamentos do Cliente.

Essa prática é uma vantagem competitiva única que não se encontra nos manuais e que se vai aprimorando com o tempo.

Pretendi demonstrar nestes dois últimos textos (o anterior é o Conhecimento Invisível ) como a experiência acumulada pode fortalecer o processo de vendas, sugerindo práticas para reflectir e compartilhar esse aprendizado, que, quando reconhecido e aplicado, torna-se uma vantagem estratégica no atendimento e na fidelização de clientes.


I wasn´t born to follow – The Byrds

As letras são rurais, simples e graciosas, e falam da nossa necessidade de independência.


segunda-feira, 4 de novembro de 2024

O conhecimento invisível

O conhecimento invisível - JPM

                                           “A experiência é o nome que damos aos nossos erros.” Oscar Wilde

À medida que vamos colecionando experiências de carácter mais profissional ou pessoal / social, vamos aumentando, quer se perceba ou não, o nosso acervo de experiência e conhecimento.

Muitas vezes, acumulamos experiências e aprendizados ao longo da vida que não reconhecemos (e não nos reconhecem) como habilidades ou conhecimentos concretos.

Isso ocorre porque, em geral, estamos (e estão os outros) mais atentos aos desafios e aos problemas do momento do que ao quanto já evoluímos para enfrentá-los ou nos estamos a preparar para os enfrentar no futuro.

A experiência acumulada é como um stock invisível de recursos internos — só percebemos o quanto temos quando realmente precisamos de usar esse recurso. Por isso, reflectir sobre as nossas vivências e conquistas ajuda a perceber e valorizar esse acervo. O resultado é que aumentamos assim a nossa confiança para lidar com o que vem ai pela frente.

Uma reflexão oportuna sobre as nossas experiências pode revelar essa “sabedoria oculta", mostrando, a nós e aos outros, que temos mais recursos e ferramentas para lidar com o que vem ai pela frente


Entremos agora pela lente da Gestão.

Numa equipa ou empresa, a experiência acumulada pelos líderes é um dos activos mais valiosos, embora, muitas vezes, passe despercebida até pelos próprios gestores. Esse tipo de experiência invisível não é adquirida por meio de cursos ou certificações; é construída nas decisões do dia-a-dia, nas crises enfrentadas, nas negociações realizadas, nas decisões mal ou bem tomadas ...nos acasos quando temos olhar crítico. O aprendizado resultante, de qualquer dos cenários anteriormente descritos, é muito maior do que aquele que é percebido.

O gestor que compreende o valor dessa experiência acumulada tem uma vantagem estratégica.

Reconhecer as lições que cada projecto executado confere — desde pequenos fracassos até medianos ou grandes sucessos — permite enfrentar os novos desafios com mais confiança e clareza.

Esse capital de conhecimento intuitivo evita retrabalho, melhora a capacidade de previsão e, sobretudo, acelera a tão difícil tomada de decisões.

Para transformar essa sua experiência invisível num recurso activo, o gestor (ou você) pode adoptar práticas simples, como sessões regulares de compartilhamento de conhecimento com terceiros.

Além disso, registar as experiências significativas, criando um “diário de gestão”, ajuda a tornar consciente o que poderia passar despercebido. Esses registos tornam-se referências para decisões futuras, aumentando a eficiência e fortalecendo a confiança da sua equipa na liderança.

Por fim, os gestores que exploram o potencial da sua experiência não apenas melhoram a sua própria actuação, mas também inspiram as suas equipas.

Ao compartilhar histórias e aprendizados, eles criam um ambiente onde o erro é valorizado como uma oportunidade de crescimento, fomentando uma cultura de aprendizado contínuo.

Essa abordagem não só valoriza a trajectória da equipa, mas também solidifica a cultura organizacional em torno de uma sabedoria que se aplica, do aumento do respeito e do incremento do desenvolvimento.


Quincy Jones – Soul Bossa Nova Quincy Jones morreu hoje. Ele deixa-nos um legado incomparável, não apenas como o produtor de álbuns históricos (Thriller é um deles), mas também como pioneiro em abrir portas para artistas e sons afro-americanos. Que a sua obra continue a inspirar gerações futuras.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O Pescador, a Gestão e as Startups

O Pescador, a  gestão e as startups


                                       “Paciência é uma virtude de pessoas inteligentes” Internet

A metáfora da paciência do pescador é uma analogia poderosa quando aplicada à gestão, especialmente no contexto de não ter pressa para que os resultados apareçam de imediato. Tem de se esperar pelos resultados de médio e longo prazo.

No caso do pescador, ele prepara-se meticulosamente (ou nem tanto). Identifica o local, escolhe as iscas certas e lança isco à água. Uma vez feito, espera, com muita paciência e sem garantias de sucesso.

O peixe pode demorar a morder, e nesse tempo, o pescador precisa  de confiar na preparação que fez,  manter a calma e resistir à tentação de puxar a linha cedo demais e / ou mudar de lugar sistematicamente

Na gestão, a metáfora traduz-se na ideia de que os resultados desejados — seja  lançamento de um novo  produto, entrada em mais um mercado,  crescimento,  mudança cultural dentro da equipa ou a tão em voga transformação digital  — nem sempre aparecem imediatamente.

Assim, como o pescador, o gestor precisa investir tempo e esforço na preparação: montar um plano, treinar a equipa, identificar e atribuir os recursos corretos e definir metas e responsabilidades.  E, depois disso, é crucial saber esperar e dar tempo para que as estratégias floresçam.

A impaciência e a pressão de terceiros (e shareholders)  pode levar a acções precipitadas, como mudar a direcção da empresa ou abandonar iniciativas antes de ver os seus verdadeiros impactos e resultados.

Tal como o pescador que puxa a linha cedo demais, a alteração da parte do gestor pode resultar na perda de oportunidades.

A verdadeira arte está em equilibrar a observação atenta dos sinais do ambiente com a capacidade de permanecer firme e paciente diante da incerteza….um pouco como a metáfora do Tigre…espera, espera…até atacar.

Assim, como a pesca, que é uma actividade que requer habilidade, observação e paciência, a gestão também exige que se confie no processo , nas pessoas e dedicar o tempo necessário para que as acções produzam resultados.

Nem todos os dias o peixe morde, mas a consistência e a resiliência do pescador acabam sendo recompensadas – e o mesmo vale para o gestor.

Southern Cross, CSN…

A canção fala de novos começos…sejam eles quais forem

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Aprendizado e Aprendizagens

“Antes a reprovação por um génio do que um louvor de um qualquer idiota.”, Marco Aurélio

Homer, o cientista - JPM


O que a aprendizagem e a curiosidade podem fazer e faz por nós. Texto "roubado" à net em 2008.... não sei muito bem a quem... mas muito interessante.

 Este texto foi utilizado, à data, para ilustrar o aprendizado numa acção de formação que me pediram para colaborar.

 Uma das vantagens que as várias boas práticas do passado possuem é que, em pleno mundo querer girar pelo eixo das TIC , da AI,  …elas continuam a ter aplicação.

 Mas vamos ao texto 

I Ando pela rua. 

Há um buraco ao fundo da rua. 

Caio nele. Estou perdido, … impotente. 

Não é culpa minha. 

Demoro muito para encontrar a saída. 


II Caminho pela mesma rua. 

Há um buraco ao fundo da rua. 

Finjo que não vejo. 

Caio nele novamente. 

Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. 

Mas não é culpa minha. 

Demoro ainda muito para encontrar a saída. 


III Caminho pela mesma rua. 

Há um buraco ao fundo da rua. 

Vejo que ele está lá

. Caio nele… é um hábito… mas os meus olhos estão abertos. 

Sei onde estou. 

A culpa é minha. 

Saio imediatamente. 


IV Caminho pela mesma rua. 

Há um buraco ao fundo da rua. 

Contorno-o. 


V Caminho por uma rua diferente.

 

Infelizmente há muitos que recorrentemente “caem” nos passos I, II e III

 

Mas vamos agora aos vários tipos de aprendizagem. Eis alguns:

 

1.     Aprendizagem proveniente da experiência: Aprender através da experiência directa, como estágios, voluntariado ou viagens, conversas permite uma compreensão e aplicação mais profunda e prática dos conceitos, do aprendizado.

2.     Aprendizagem Colaborativa: Trabalhar em grupo, mesmo de dois,  pode enriquecer o processo de aprendizagem. Permite a troca de ideias e de perspectivas  que, muitas vezes, são diferentes.  O que um não sabe, pode o outro saber. O que não sabem ambos, aprendem ambos. Vão assim cimentando o conhecimento

3.     Aprendizagem Baseada em Problemas: Resolver problemas reais ou hipotéticos pode ajudar a desenvolver habilidades críticas e analíticas, além de aplicar o conhecimento de maneira prática. O dito ensino suportado no “Método do Caso”.

4.     Aprendizagem Autodirigida: Encorajar a autonomia e a responsabilidade pelo próprio aprendizado, permitindo que os indivíduos escolham o que aprender, como querem aprender e ajustem o ritmo a que conseguem aprender. O que não faltam são plataformas que oferecem este tipo de ensino.

5.     Aprendizagem Contextual: Relacionar o conteúdo aprendido ao contexto da vida real ou ao ambiente do aluno pode tornar o aprendizado mais relevante e significativo.

6.     Aprendizagem Reflexiva: Reflectir sobre o que foi aprendido, como foi aprendido e como pode ser aplicado ajuda a consolidar o conhecimento e a desenvolver novas habilidades. 

 

My Generation – The Who, play it loud, please

 

 Nota: Sempre há esperança...se o Homer Simpson conseguiu tornar-se cientista.

Reflexão: O Aprendizado ao Longo da Vida (Lifelong Learning) oferece várias vantagens. Coloco três:

  1. Adaptabilidade: Num mundo em constante mudança, aprender continuamente permite que as pessoas se adaptem às novas tecnologias, tendências e às exigências do mercado de trabalho. Os profissionais que investem no aprendizado continuo ficam mais capazes de enfrentar desafios e de se reinventarem profissionalmente.
  2. Desenvolvimento pessoal: O aprendizado contínuo enriquece o conhecimento, amplia perspectivas e estimula a curiosidade. Promove assim o crescimento pessoal, contribuindo para uma vida mais rica, interessante e gratificante.
  3. Competitividade profissional: Profissionais que procuram a aprendizagem permanente mantêm-se mais actualizados, quer na sua área, quer nas outras...o conhecimento, cada vez mais, é transversal.