quinta-feira, 29 de julho de 2010

SITES - O que devemos encontrar neles

SITES – O QUE DEVEMOS ENCONTRAR

Não se esqueça, o seu site não é para você ler. É sim para os outros.

No meu dia-a-dia de trabalho faço bastante pesquisa de empresas que podem, de algum modo, vir a precisar dos meus serviços. A ajuda da internet, via bases de dados, motores de pesquisa, sites, etc. permite que consigamos descobrir empresas e saber informações das mesmas.

Informações essas que algumas vezes não nos são facultadas quando ligamos para os seus escritórios.. estranho, não é? Muitas vezes, as secretárias não nos dizem quem é quem por lá, mas os seus próprios sites trazem as informações de que precisamos. Este exemplo mostra um pouco como os colaboradores são preparados pelas Organizações.

Claro que um "NÃO" é sempre uma resposta mais fácil e preguiçosa do que um "SIM". Mas é, sem dúvida alguma, muito menos rentável no médio e longo prazo; quando não o é logo no imediato.

Nesta minha tarefa diária de pesquisa deparo-me com algumas situações que, sem ser eu um expert na produção de sites ou web designer, levam-me a fazer alguns comentários.

Hoje em dia, pelo que percebo, a elaboração de um site não necessita de ser um investimento volumoso. Deparo-me com sites de pequenas empresas bem apelativos e criativos. Estas características, criatividade alicerçada à simplicidade de leitura, podem ser o que nos faz prender a atenção e prosseguir a consequente descoberta que o site nos pode oferecer.

Claro que um site de uma empresa de advocacia não deverá ter a irreverência de uma empresa de design. No entanto, algumas regras na sua concepção e apresentação deverão ser levadas em conta.

Um bom site deve contar uma história, descrever um percurso. Deve ter nomes, deve ter meios de contacto, de localização, etc..

Assim, um site deverá ter informação sobre:

1- QUEM SOMOS
Uma pequena biografia de quem somos, onde nascemos como organização e como profissionais, com que propósitos estamos no mercado, qual a nossa missão. A ausência ou impossibilidade de responder a estas perguntas pode denotar falta de pensamento estratégico.
Não se pretende uma novela, mas algo de fácil e rápida leitura.

2 - O QUE FAZEMOS
Há algumas empresas que têm nomes que não nos permitem, nem sequer adivinhar o que fazem. Pelo contrário, acabam por transmitir informação dúbia. Por isso, na home page, uma explicação sucinta do que fazemos é essencial.
A oferta de serviços / produtos iguais aos da nossa Empresa, em regra, é de tal maneira grande na Internet que, por falta de uma informação clara e concisa, podemos perder um potencial Cliente. E os tempos não estão para se perderem Cliente por simples equívocos.
Em Organizações industriais pode-se até sugerir como proceder para elaborar os pedidos de orçamento. Por exemplo, no caso de gráficas, uma sugestão passa por indicar a matéria prima a usar para determinados casos ou o tipo de impressão a usar.
Ajudamos o Cliente; ajudamo-nos a nós; formamos o Cliente.

3 - ONDE ESTAMOS. COMO NOS CONTACTAR
A existência de uma morada física, um telefone e , mesmo, uma fotografia das instalações e toda a pernafernália que a internet oferece nos dias de hoje para se localizar uma morada ajuda a credibilizar a Empresa. Mostra que somos localizáveis. Que existimos!!!

Existem empresas que omitem toda e qualquer referência da sua localização física. Entramos nos seus sites e o que vemos é uma extensa lista de contactos telefónicos, números sobre os quais não conseguimos perceber onde estão e nenhuma referência à sua existência física. O que nos leva a desconfiar da sua real existência.

Várias vezes também me deparo com informação ilegível, tal é a profusão de cores sobre a qual ela recai ou a utilização de cores pouco contrastadas. Também se "apanham" fontes e corpos de letra de difícil leitura.

4 - REFERÊNCIAS / TESTEMUNHOS
Todos nós(a todo o momento) estamos a tomar opções. Procuramos conciliar actividade e risco. Há quem seja mais avesso; há quem seja menos.

Um modo de reduzir o espectro do risco junto dos Clientes é a apresentação de testemunhos de Clientes, Case-studies, amostras de trabalhos produzidos, clippings, listagens de Clientes, etc.

No entanto, quando usar alguma desta informação (ou método), certifique-se que ela é autorizada pelos seus Clientes.

O facto de se usar referências de grandes Clientes credibiliza, sem dúvida, a sua Organização; todavia, pode, de algum modo, conotá-la como sendo “cara”, inacessível.

A presença da sua Empresa em Blogs , Sites sectroriais e outras medias sociais ajuda também a dissipar dúvidas sobre a sua credibilidade. Hoje em dia, o uso destas medias faz parte de uma estratégia incontornável.

Não posso deixar de referir que, muito recentemente, ficamos surpresos pelo facto de uma empresa de Merchandising usar algum do nosso portfólio de imagens no seu site de apresentação. Uma cópia decalcada, passe a redundância. Refiro que nunca fizeram nada conosco e os seus contactos comerciais eram quase inexistentes. Os poucos que foram mantidos ou conseguidos vieram a demonstrar a falta de profissionalismo que esses profissionais tinham.

Algumas reuniões marcadas, às quais não apareceram e nada disseram.

Tratou-se de um abuso sério de confiança. A resposta da parte deles foi simples: “Ah, iríamos em breve falar com vocês. Queríamos estabelecer uma parceria”. Como há gente que tem lata para tudo.

5 - USO /NAVEGABILIDADE / VISIBILIDADE
Cada vez mais as máquinas / pc´s são mais ágeis e os programas mais pesados.

Quem não teve já a experiência de perder a paciência ao navegar num site. É quase como passear num labirinto ou apelar a um exercício de extrema paciência, já para não falar que a criatividade que os autores dos sites colocam nos mesmos sobrepõem-se à funcionalidade e clareza que os utilizadores procuram.

Se os utilizadores não encontram o que querem…deixam de utilizá-lo; se se sentem baralhados ou confundidos....saem.

6 - PROCESSOS CLAROS
Nos sites em que se possa adquirir serviços / produtos (e-commerce) ,de ser -se ser claro e preciso na informação que se coloca e nos custos que os utilizadores terão de suportar. O apuramento dos custos de transporte, prazos estimados de entrega, tipo de embalamento para peças mais sensíveis são elementos importantes. O facto de disponibilizar apenas esta informação toda após o pagamento não é eticamente correcta e apreciada.

Igualmente, deve ser possível saber o “status” da encomenda em todo o seu processo de entrega.
Importante também será indicar / disponibilizar meios de reclamação de fácil uso (e, claro, que a resposta seja rápida e em tempo útil). Um Cliente que perceba que as suas reclamações nem sequer são ouvidas...deixa de o ser.

7 – INTERACTIVIDADE
Visto os sites serem um meio de interactividade entre a Empresa e o Mercado, estimule este contacto. Para empresas pequenas pode não ser ajustado pelos recursos financeiros e humanos que exige. Já para empresas grandes, onde o contacto é mais burocratizado, é uma excelente ferramenta. Acrescente-se ainda que é uma boa fonte para percebermos a nossa posição no mercado, de recolha de opiniões, etc.

Também se deve tornar claro e acessível funções / serviços como:
- registe-se para receber a nossa newsletter;
- compre já (no caso de haver esta função);
- ajuda;

E outras funções que normalmente estão nos sites.

8 – BRINDES, PERSONALIZAÇÃO OU OUTRAS AJUDAS
Tornar o que é mecânico e informatizado em mais pessoal e personalizado é um modo para captar, reter atenção e ser alvo de preferência. Por exemplo, ao encomendar Flores ou Livros para serem entregues, disponibilizar um cartão manuscrito com alguma mensagem. Essa frase pode ser da autoria do Cliente ou escolhida através de uma base fornecida pelo site. Talões de compras, cartões de fidelidade e ofertas cruzadas com outras empresas pode ser um meio de capitalizar o nosso serviço.

Num passado já com alguns anos ajudei na concepção de dois sites. Um deles era de uma empresa que vendia, entre outros produtos, material de cozinha. A minha sugestão, e que foi aceite, passou por transmitir dicas de como usar os nossos produtos na cozinha.

Simultaneamente, através da apresentação de receitas simples de culinária, estimulávamos o uso dos nossos produtos (pescadinha de rabo na boca).

Um pouco mais tarde colaborei na remodelação de um outro. Apenas consegui que fossem colocados os contactos telefónicos dos comerciais. Mais havia para sugerir, nomeadamente, fotos, mas acharam que não valia a pena. Esqueceram-se que a área comercial é relacional.

9 - SEGURANÇA
Em sites de e-commerce é necessário transmitir aos Clientes que o fornecimento dos seus dados na utilização da plataforma é segura. Dê uma olhadela em SSL - Security Socket Layer
( http://en.wikipedia.org/wiki/SSL)


Nesta altura em que as redes sociais parecem ser um ponto obrigatório de presença para todas as Empresas faz-me alguma confusão algumas organizações que vendem serviços / produtos (e não falo de mercearias ou cafés) não queiram estar na WWW. Que não tenham ao menos um Blog. Querem guardar segredo do quê?

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques

domingo, 6 de junho de 2010

Cartões de apresentação / negócios

DÊ VIDA AOS SEUS CARTÕES-DE-VISITA!

O passar do tempo pode ser uma excelente cura para a
vida, não é necessariamente bom para os negócios.



Keywords: Cartões, Gestão, Novos Clientes, Fornecedores; Contactos, Personal Branding  


Estes Cartões não são uma invenção do Marketing, muito menos das modernas técnicas de Relações Públicas. Os chineses, inventores do papel com fibras (105 d.C.) foram os primeiros utilizadores desta poderosa ferramenta de relacionamento. Utilizam-nos desde o séc. XV, dois séculos antes de serem postos em uso na Europa. Em ambos os casos, em primeiro lugar, na vertente de Cartões de Apresentação que, com o tempo, passaram a ser indispensáveis nas cortes e na aristocracia; posteriormente, os homens de negócios perceberam o seu potencial e deram-lhe uma nova funcionalidade, Cartões de Negócios. Como podem ver, estes pequenos gadgets do passado tiveram e têm (e atrevo-me a dizer, terão) uma grande importância no mundo dos negócios e na socialização do Homem nos tempos de hoje.

Na minha actividade profissional várias vezes me deparo com uma certa relutância por parte dos meus interlocutores em que me deixem os seus cartões. Sempre os peço quando não os recebo e algumas vezes não os recebo mesmo, dizendo-me, “Ah, já tem os meus contactos! Sabe como me apanhar”, como me foi dito numa reputada agência de comunicação de Lisboa por uma das suas directoras. Será que em outras situações não os têm mesmo? Será que desconhecem todo o seu potencial?

Para quem, como eu, circula na área das vendas e do relacionamento, estes cartões são um dos nossos melhores activos. Através deles podemos recuperar mais facilmente os nossos contactos quando mudamos de emprego ou sermos recuperados / redescobertos facilmente através do nosso nome profissional. A Internet e, é claro, todas as redes sociais por onde se navega, são poderosas ferramentas para a concretização desta busca.

Percebemos assim que estamos perante uma importantíssima ferramenta do Marketing e das Relações Públicas da Empresa (e de nós mesmos). E o que o torna mais apelativo é que se trata de um meio de comunicação bastante barato, em que podemos personalizar a sua entrega, explicar o que pretendemos ou quem somos. Eventualmente é um dos meios mais económicos ao nosso dispor (apresenta um custo por contacto muito baixo).

Um Cartão pode contar muito a nosso respeito e da nossa Empresa. Ele é parte integrante da Imagem Corporativa. Então, por que é tão descurado por parte das organizações e por quem os usa? Não seria uma boa ideia todos os colaboradores de uma organização terem o seu próprio Cartão?

Chegou então a hora de apresentarmos algumas das vantagens da sua utilização. As desvantagens, sinceramente, não as encontro, desde que as regras de bom senso sejam observadas.

É inegável todo o seu potencial, mesmo num mundo globalizado como o de hoje em que empresas e consumidores encontram cada vez mais plataformas de entendimento (B2B, B2C, terceirização, etc.) e os avanços que a tecnologia nos proporciona. Passe a publicidade, dêem uma olhadela em www.cardscan.org e aí têm mais um avanço que nos facilitará a vida.

Este tipo de ferramenta, Cartões, para profissionais que estejam a começar a sua actividade profissional é indispensável. O seu custo é ínfimo; o seu alcance enorme. Mesmo que o escritório não esteja nem sequer aberto, poderá começar imediatamente a dar-se a conhecer. Se a estes conseguir juntar alguns meios escritos (flyers, brochuras, cartas, envelopes, papel timbrado), melhor. Começa-se logo a credibilizar e a dar visibilidade ao seu negócio, a si! E os negócios vivem e sobrevivem de pessoas credíveis.

Muitas vezes, esta pequena ferramenta é a primeira e única forma de se conseguir chegar aos potencias Clientes. Assim, é imprescindível que os guarde e tome conta deles. Evite que andem soltos pelos seus bolsos, mala ou gavetas. Para além de se estragarem, podem passar uma imagem de um profissional descuidado e desleixado. Dê-lhes a importância que o seu trabalho tem para si. Acredito que seja grande. Um porta cartões de qualidade pode revelar a terceiros o seu estilo profissional e capitalizar a sua imagem de profissional exigente e cuidadoso.

Quando entregar ou receber um cartão, olhe nos olhos o seu interlocutor. Assim, terá um rosto associado ao cartão. Ser-lhe-á muito útil no futuro, para além de mostrar respeito e interesse com quem efectuou esta troca. Um cartão ajuda a que os nomes e outros elementos identificadores sejam bem entendidos e escritos no futuro. Leia o nome de quem lhe deu o cartão e aprenderá a pronunciá-lo. Lembre-se que, ao entregar um Cartão, está a convidar implicitamente alguém a manter contacto consigo e é raro eles não serem aceites.

Em reuniões entregue cartões a todos os participantes. Uma maneira de não trocar o nome dos mesmos é dispor os diversos cartões que recebe pela mesma sequência que os contactos dispõem à sua frente. No final da reunião, e nos cartões recebidos, pode ser útil tomar algumas notas no seu verso. Falo de características pessoais tais como: se é teimoso, se é convencido, se é do Sporting, se lhe parece um fala-barato, etc. Algo que não aparece nas notícias mas que só se percebe ou sabe após o contacto pessoal.

No caso de ser orador em palestras ou conferências é uma boa ideia produzir um Cartão especial para esse evento em que aparecerá também o logótipo do evento. Assim, quem os receber, associará facilmente, o seu nome ao lugar onde se encontraram.

Outra oportunidade de fazer chegar o seu cartão é colocá-lo nas correspondências que saem da empresa em seu nome. Pode-se também incluir uma pequena mensagem de agradecimento ou chamada de atenção para algo que vai suceder ou já sucedeu. Bem como para o objecto / produto que está a ser entregue.

Visto não haver hora nem local para distribuir os seus cartões, será conveniente tê-los sempre disponíveis. Na sua carteira, no seu carro, na sua casa e onde mais pensar que os pode utilizar. Eu, pessoalmente, acho que os cartões devem ser distribuídos quase massivamente, dentro de critérios de razoabilidade. Pelo seu custo quase insignificante deve ser o meio de comunicação mais económico que está à sua mão.

Os cartões ajudam a criar a noção de grupo, de pertença a algo e este sentimento é independente da idade. Lembro-me de ter produzido uma vez uma série de cartões de apresentação para um grupo de crianças que eu ajudava a treinar. Nesses cartões constava o nome, a actividade que as crianças tinham, no caso, todos estudantes e que eram jogadores do clube. No local onde se coloca habitualmente o telefone aparecia, ao invés, o site do clube

Não sei se eles se vão lembrar deste cartão, talvez o seu primeiro cartão, mas que todos ficaram orgulhosos e contentes, lá isso ficaram. O que eu ajudei a criar neles? Sentimento de grupo, de pertença. Passaram a ser embaixadores do seu clube.

Não posso deixa de referir também a reduzida agilidade das Empresas em atribuir cartões de apresentação aos seus colaboradores. Algumas vezes demoram duas a três semanas a chegar. São duas a três semanas que os funcionários ficam com o seu trabalho amputado.

Lembre-se que os cartões aproximam as pessoas. Mas não se esqueça, eles não funcionam sozinhos. Precisam de si.



João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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@joaodavespa

quinta-feira, 27 de maio de 2010

STAND UP MEETINGS

STAND UP MEETINGS

Tentativa e erro são mais eficientes que o planeamento. (David Kelley / IDEO)
Em todas as reuniões de trabalho e em todos os diálogos presenciais que temos, existe pelo menos, a partilha de informações e emoções.

Stand up meeting é uma breve reunião realizada de pé, com grande regularidade ou mesmo diariamente. Normalmente o horário escolhido passa por ser o da manhã cedo, ao abrir do escritório. Estas podem ser realizadas na sala do café ou em algum lugar em que não se possam levar os portáteis ou ser interrompidos por telefones.

Algumas questões devem ser auto-colocadas pelos intervenientes nas reuniões, sejam elas de que tipo forem:
- O que fez desde a última reunião?
- O que vai ainda fazer até à próxima reunião?
- O que o tem impedido de ser mais produtivo?

Ao conseguir ter respostas a estas perguntas verá que as reuniões, muitas vezes consideradas uma perda de tempo, serão mais produtivas. Estamos todos cientes que existem custos em convocar reuniões (tempo que demoram, preparação prévia, alterações de rotina, deslocações, etc.) Estes custos são ainda mais empolados se forem improdutivas.

Há um custo psicológico que é considerado para todas as reuniões. Elas são, muitas vezes, consideradas uma perda de tempo. Também, pelo facto de serem extremamente hierarquizadas e haver alguns participantes que as usam para se pavonearem, acabam por ser inconclusivas.

Apresento-vos 12 Razões para termos / fazermos reuniões de pé
1. Criam massa crítica » Ao partilharmos problemas que temos a resolver com os nossos colegas conseguimos ter todos eles a pensarem para nós. Os nossos Clientes ganham assim uma equipa de consultores mais alargada.
2. Criam unidade da equipa » Quando existem muitos grupos de trabalho, torna-se difícil saber o que todos andam a fazer. Estas reuniões permitem que todos saibam o que se anda a fazer. Este conhecimento do histórico dos casos resolvidos e a resolver pela Organização oferece aos colaboradores guias mentais de referência para a resolução de problemas futuros.
3. Plano de trabalhos » Pelo facto das reuniões serem diárias ou quase poder-se-á colocar temas / problemas para poderem ser resolvidos no dia seguinte. Ao serem anotadas, se possível, num quadro, ficaremos com um plano de trabalhos e poderemos priorizar a ordem de trabalhos. São assim extremamente focadas.
4. São económicas » pelo facto de serem rápidas (não mais de 15m; muitas vezes não chegam a 5m), e não necessitarem de condições especiais, tornam-as extremamente económicas. No entanto, para que isto aconteça é necessário que quaisquer elementos perturbadores da reunião sejam deixados de fora (telemóveis, portáteis, etc.).
5. Facilitam o aprendizado » A troca de experiências que se proporciona, onde todos participam, é uma forma de aprendizado. São expostas as novas soluções, os erros cometidos, as questões e objecções colocadas pelos Clientes. É também uma ocasião para podermos conhecer o que a concorrência anda a "aprontar".
6. Horários adequados » Convém que sejam marcadas ao início do dia de trabalho. É uma maneira de colocar os "motores a aquecer" de um modo muito informal. Obviamente, pela sua curta duração, é imprescindível que comece a horas, com todos presentes. Sempre que existam colaboradores que trabalhem remotamente ou, por qualquer razão, não possam estar presentes fisicamente, podem participar nelas usando o manancial de tecnologias que temos hoje à nossa disposição. Outra solução é fazê-las perto da hora de almoço. A fome pode apelar que os intervenientes tenham capacidade de síntese.
7. Reúnem diferentes participantes » Devem participar todos que, directa ou indirectamente, trabalham para a criação de valor para a Empresa. É um excelente meio de apresentar os novos elementos da equipa, por se tratar de encontros muito informais. Igualmente, Clientes que procurem soluções dentro da nossa Organização, podem participar. Com esta medida tornaremos os nossos Clientes mais próximos da nossa Empresa e estes perceberão que colocamos toda a nossa estrutura a solucionar os seus problemas. Ficaremos todos com a ideia que somos Parceiros.
8. Estimulam a colaboração » Pela sua informalidade e todos perceberem que é um "palco" onde podem buscar soluções, são todos os intervenientes.
9. Promovem a rapidez na implementação de medidas » Pelo facto de diariamente haver esta troca de informações "just in time", as Organizações ganham velocidade de resposta para se ajustarem e implementarem novas soluções, a redefinirem as suas medidas tácticas.
10. Favorecem a criatividade » Estas curtas reuniões, pela sua informalidade, são um espaço natural para se criarem alicerces para a Organização inovar.
11. Criam novas formas de diálogo / espontaneidade » Pelo facto de serem informais, os colaboradores mais reservados adquirem prática a se dirigirem a terceiros. Preparam-se assim a terem uma actividade comercial directa ou indirecta mais presente e profícua.
12. Deixo esta para pensarem em mais vantagens.


Para que tudo acima referido funcione, há alguns pressupostos que devem ser cumpridos:
1. Faça gestão das pessoas faladoras; interpele as que falam menos;
2. Encoraje a brevidade;
3. Não deixe que se fuja dos temas propostos. Caso seja apresentado um tema interessante, agende-o para uma próxima vez ou marque uma conversa posterior;
4. Proíba telemóveis, telefones, pc´s;
5. Seja rigoroso no horário de começo;
6. Não faça uma ata exagerada. Deixe apenas escrito as decisões tomadas e quem faz o quê.

Estas stand up meetings fazem-me lembrar, pelo mau sentido, duas pessoas que passaram pelo meu percurso profissional. Tudo o que faziam era stand up, sobretudo, reprimendas com ou sem razão. Usavam o open space de trabalho para criticar qualquer um (e ao ouvido de todos). A diferença entre as duas (personagens) centrava-se no vocabulário usado. Talvez a razão estivesse no facto de serem de géneros opostos. Claro que, em ambos os casos, a partilha de informações e emoções, o corrigir em vez do agredir, era algo que não praticavam, que desconheciam. Os reflexos para o ambiente criado era visível ou desvisível (se assim se pode dizer).

Acabo com a história de uma stand up meeting muito pouco ortodoxa que eu provoquei. Encontrava-me no Largo do Rato, no meu carro, e pára ao meu lado uma viatura, bem identificada, de uma agência de publicidade. Com os semáforos em vermelho saio do meu carro e entrego-lhe uma brochura com o meu cartão e pergunto-lhe o nome. No dia seguinte ligo para essa Empresa, pergunto pelo meu contacto da véspera, e explico melhor o que fazemos. A porta abriu-se. Os trabalhos vão chegar.

O que pretendo deixar aqui escrito, é que todos (ou quase todos) os locais são propícios para estabelecermos contactos comerciais. Basta haver vontade, um pouco de coragem e ousadia.

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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quarta-feira, 12 de maio de 2010

ENTREVISTAS DE PÉ. COMO EVITÁ-LAS.

ENTREVISTAS DE PÉ. COMO EVITÁ-LAS.

TUDO MUDA, TUDO FLUI, NADA PERSISTE (WWW)

Uma entrevista combinada previamente dificilmente será efectuada no hall de entrada ou efectuada de pé. Mas nem sempre é assim.

Lembro-me particularmente de uma. A Empresa onde eu desenvolvia a minha actividade profissional, uma gráfica, andava atrás, fazia tempo, de conseguir começar a trabalhar com uma agência de publicidade multinacional da praça. Reconhecíamos em nós capacidade de poder dar resposta, em quantidade e em qualidade, às exigências desse exigente interlocutor,

Após muita insistência lá sacámos a reunião. Foi a ferros, mas foi. O nosso difícil interlocutor lá marcou a reunião pelas 8 e 30 da manhã. Não deixou de avisar que fossemos pontuais. Acho que tinha a esperança que fossemos desistir. Mas enganou-se.

Lá cheguei pelas 8 e 20 e nada do senhor. 8 e 35, nada do senhor. Perto das 9 chega e muito atarefado.

Nada de desculpas por se ter atrasado. Um cumprimento frio e, pasme-se, vamo-nos reunir aqui, no hall de entrada.

Durou menos de 2 minutos. Troca de cartões (vá lá), deixo a nossa brochura e já está. Muito bom dia é o que oiço e um (des)sorriso. Fiquei sem resposta. Sem argumentação.

O resultado da reunião é irrelevante para o caso. Na verdade ele não queria trabalhar conosco e não trabalhou mesmo.

Na verdade, esse interlocutor não sabia que uma reunião marcada, para além do respeito que tem que ter pelos seus fornecedores (e por ele). Todas as reuniões envolvem uma troca de informações e uma partilha, quem sabe, de emoções. Ele acabou por perder o seu tempo e eu o meu. Também não considerou que as relações de poder fornecedor / cliente não são estáticas, definitivas e duradouras.

Uns anos mais tarde a situação inverteu-se. Ele, como free lancer (enrascado), veio bater-nos à porta. Não foi pelo seu passado para conosco que esse senhor teve a porta fechada. Mas que merecia, merecia.

Mas vamos a algumas dicas que podem ajudar a que não sejamos recebidos à porta.

Como é subentendido, o bom resultado de uma reunião carece, em princípio, de condições ajustadas para que a mesma se possa desenrolar.

Para podermos ultrapassar o problema de quererem ter conosco reuniões de pé:
- Não chegue atrasado;
- Ir vestido de modo apropriado;
- Tratar o Cliente pelo seu nome. As pessoas gostam de ouvir o seu nome. Muitos gostam também de ouvir o título da sua formação;
- Pedir ao Cliente uma zona mais espaçosa porque tem algo que queremos mostrar;
- Se tiver que fazer uma proposta sobre algum equipamento que possa vir a instalar, solicitar previamente uma visita às instalações;
- Nos casos de instalações poderá ser útil pedir uma planta. Caso ele tenha que se descolar oferecer-se para o acompanhar para que ele não tenha que andar num vai vem;
- Sempre que visitamos uma empresa pela primeira vez, pedir que sejamos apresentados ao gerente / superior hierárquico. Saber quem trabalha no departamento é uma informação que devemos recolher;
- Se percebermos que ele trabalha com várias pessoas (ex. gestores de produto), pedir que a reunião seja feita com os seus outros colegas… assim, o nosso nome chegará a mais gente;
- Muitas vezes um "passeio" pelo open space pode permitir que reconheçamos alguém. Óptima oportunidade para capitalizar o nosso nome e abrir as portas.

Acrescento ainda nas reuniões tente que o seu interlocutor fique virado para o local em que ele não se possa distrair ou, caso já exista algum envolvimento / relacionamento, se pode ficar mesmo lado a lado.

No meu caso (eu que trabalho com material de Ponto de Venda), muitas das reuniões que tenho na minha Empresa, são de pé. Temos um show-room nas nossas instalações e, sempre que não é necessário tomar nota de algum dado, percorremos a sala de exposições explicando os trabalhos. Existe a necessidade dos Clientes verem os trabalhos, mexerem nos mesmos.

Quero também deixar referido que as reuniões de pé (stand-up meetings), quando a informalidade o permite, são um excelente método de partilha de informações e de optimização do escasso tempo que muitos de nós temos no nosso dia de trabalho.



João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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sábado, 24 de abril de 2010

GOOD MORNING (ou o Bom Dia)

GOOD MORNING (para amenizar a vossa leitura lembrem-se do polícia françês do Allô, Allô)
 
 As emoções saltam de uma mente para outra; os sentimentos são contagiosoas, mais do que as ideias (internet).                                                                                                                                                                                           são


Keywords: Comunicação; Primeira Impressão, Gestão




Allô, allô
Começo por dizer que não sou um especialista em Comunicação. Que não sou um orador excepcional. Tenho na minha função profissional que comunicar. Comunicar com vários interlocutores. Internos e externos. E tenho também a minha vida para ser vivida fora do horário de trabalho comunicando com os outros.

Recentemente ao ler uns artigos sobre alguma falta de comunicação que cada vez mais existe entre todos nós (leia-se também falta de educação, lembrei-me de situações quotidianas com as quais, de vez em quando, convivo e de dois momentos engraçados que vivenciei. Este tipo de comportamento, que indica ausência de comunicação, é sobretudo visível nas grandes cidades e é transversal a todas as gerações. Todavia, penso que nas mais novas é mais evidente.

As pressas, as rotinas, o stress quotidiano , etc, ...tudo nos leva a descurar a comunicação diária. O "bom dia" ao entrar no escritório já começa a ser um artigo em desuso. No entanto, sabemos como arranjar tempo para o que nos mais interessa. Por isso algo se passa com a nossa gestão do tempo.

Expressões de afecto, por mais pequenas que sejam, pelos outros que nos rodeiam estão a ficar esquecidas. Elas são uma boa fonte de motivação e ajudam a estreitar a comunicação entre todos nós, independentemente da posição hierárquica em que nos encontramos na organização.

O facto de alguém ao entrar (e sair) mudo numa sala pela manhã parece que para ele os outros não existem e todos sabemos que para conseguir a atenção, confiança, amizade de alguém temos que investir o nosso tempo, temos que nos empenhar. O facto de não se comunicar diariamente não parece ser devido à falta de tempo mas a falta de hábito.

Muitas vezes basta um sorriso, um olhar, uma palmada nas costas para se ganhar motivação e estabelecer comunicação. A comunicação não verbal é uma poderosa ferramenta para estabelecer empatia, confiança e para motivar.

Claro que andamos todos numa roda viva; claro que há gente (vizinhos) que querem saber tudo, que são cuscas, intrometidos. Mas temos que ter tempo para estabelecer a nossa comunicação diária com quem nos rodeia, com quem divide os mesmos espaços que nós.

Aqui vão três histórias.
A primeira passou-se no antigo BPSM. As máquinas de cafés ficavam nas escadas, entre dois pisos. Era habitual marcar cafés com alguns colegas de outros pisos. Eu costumava deslocar-me a pé, neste percurso muita vezes cruzávamos com outros colegas. De todos os que se cruzavam conosco havia um personagem que nunca lhe ouvíamos nada. Quando muito sussurrava um bom dia e lá vai lá vai.
Claro que após verificarmos esse comportamento um dos divertimentos do dia era, sempre que o encontrávamos, debitar um sonoro "Bom dia". Quase nunca fomos muito correspondidos...mas que nos ríamos, lá isso riamos.

A segunda é bem recente. Andei durante algum tempo de muletas. De vez em quando janto num restaurante perto de casa. A comida não é má. A conta cabe bem no bolso. Já os empregados...meu deus. Numa das minhas idas a esse restaurante encontro a sala vazia. O empregado de mesa ao ver-me entrar nada disse do meu estado. Parecia que tinha estado lá ontem. Serviu-me, paguei-lhe, nada de comentários pela situação (bem dito em português será ", Não tugiu, nem mugiu"). Se eu tivesse que lhe ensinar alguma coisa dir-lhe-ia que não sabe cativar e prender os seus Clientes. Será que ele percebe que os Clientes do restaurante são a razão do seu posto de trabalho? Não percebe...mas parece que também ninguém lá de dentro lhe sabe explicar isso.

A terceira tem uns meses. Passou-se num elevador desses edifícios de escritórios em Lisboa.
Não se tratou de uma "elevator talk"; mas deixem-me descrever a situação. Entro no elevador e está por lá um caramelo, todo engravatado e a falar ao telemóvel . Lembro-me que eu estava particularmente mal disposto. Digo o meu "bom dia" (como digo sempre). Nada de resposta. No meio da viagem de elevador resolvo sonorizar um Good Morning (quem sabe ele fosse estrangeiro) ao qual o caramelo só olhou para mim meio fud...e eu esbocei um... sorrisinho.
Resultado: não sei o que se passou com o dia dele. Eu alegrei-me e fiquei com uma boa história para contar.

Aproveito para falar do "Elevator Talk". Estes breves 20 ou 30 segundos que temos de viagem podem ser ocasiões estupendas para nos apresentarmos a alguém, para fazermos um comentário pertinente ao nosso administrador ou para situações mais particulares. Se ele aparecer na sua vida, APROVEITE-O.

Seguem algumas sugestões para melhorar a sua comunicação diária:
· Sabe o nome dos empregados do quiosque onde compra os jornais?
· Sabe qual o clube dos empregados de mesa dos cafés/ restaurantes que frequenta habitualmente?
· Sabe o que os pais, conjugues dos seus colegas de trabalho fazem?
· Oferece ou leva café aos seus colegas de trabalho?
· Sabe as datas de aniversário dos seus colegas?
· Reconhece as pessoas que partilham os transportes públicos consigo diariamente? Os que partilham os restaurantes ou cafés?

Se respondeu negativamente a uma ou mais das perguntas acima colocadas sabe que pode já começar a melhorar a sua comunicação? Torne-as positivas.

Não pretendo com isto dizer que se deve tornar íntimo dos seus colegas de trabalho ou daquelas pessoas que dividem momentos do seu dia consigo. Mas se elas não forem completamente estranhas ao seu dia a dia...todos ficam a ganhar.


João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
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@joaodavespa
Think before you print. Think before you replay.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Life is

"Life is a lot like jazz... It's best when you improvise." - George Gershwin

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Dialoque?

Dialogue for the Greeks means: Don´t argue, don´t interrupt and listen carefully. What means for you?