segunda-feira, 31 de março de 2025

A bola é quadrada

 

A bola é quadrada - JPM 

A recente disputa entre Fernando Gomes, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), e Pedro Proença, actual líder da mesma entidade, tem agitado os bastidores do nosso futebol.

O conflito intensificou-se quando Proença afirmou, em carta enviada às federações europeias, que contava com o apoio de Gomes na sua candidatura ao Comité Executivo da UEFA. Gomes, por sua vez, desmentiu publicamente esse apoio e acusou Proença de destruir o seu legado construído ao longo de 13 vitoriosos anos.

Isto já não é uma guerra, parece ser uma novela mexicana dobrada em português do Brasil.

A “coisa”, à falta de um nome, ganhou uma dimensão de abertura de todos os telejornais. 

Estranho ainda o Presidente Marcelo não se ter prenunciado ou tentado fazer uma acareação 

Os clubes também entraram na conversa. Não sabem ficar calados. O Sporting e o FC Porto disseram estar “seriamente preocupados”, o que é basicamente futebolês para "o que é que estes dois andam a fazer?".

Entretanto, a APAF decidiu dar "total apoio" a Proença. Agora, a FPF já pediu uma reunião urgente com o Governo, porque quando o futebol português entra em crise, nada como chamar políticos para resolver (ou piorar) a situação. 

Também vão recorrer ao Conselho de Ética do Comité Olímpico, porque, claramente, o que esta novela precisa é de mais burocracia!

Em suma, este "clássico" nos bastidores do futebol português tem todos os ingredientes de um verdadeiro dérbi: acusações mútuas, desmentidos públicos e uma plateia de clubes e instituições a assistir com apreensão.

 Resta saber se este "jogo" terminará com um apito final conciliador ou se prolongará para "tempo extra" nos corredores da UEFA.

Por favor, chamem o VAR! E , já agora, despeçam o Martinez.


terça-feira, 25 de março de 2025

Here comes the sun


 


A primavera traz dias mais longos, temperaturas mais amenas e aquela vontade de aproveitar o ar livre. Um prato de caracóis com umas imperiais numa esplanada ao sol soa como um óptimo plano, não?

Se fores à praia, não te esqueças do chapéu de sol. Este parece perfeito para gerires o sol que apanhas...
Here comes the sun

quarta-feira, 19 de março de 2025

A essência de se ser pai




Trata-se de um texto a 4 mãos. As do meu pai, que já não anda por cá, e as minhas. Eu que não sou pai

Ser pai não é apenas uma questão de biologia, mas sim de presença, de entrega e de amor incondicional. É estar lá nos momentos de alegria e nos desafios, nas pequenas vitórias do quotidiano e nas grandes decisões da vida. É dar a mão sem prender, ensinar sem impor, guiar sem sufocar.

O verdadeiro pai não é aquele que tem todas as respostas, mas aquele que está disposto a procurar, junto dos seus filhos, as melhores perguntas. É aquele que ensina que errar faz parte do caminho e que o carácter constrói-se, sobretudo, nos momentos difíceis.

Ser pai é, muitas vezes, aprender enquanto se ensina. É redescobrir o mundo através dos olhos curiosos de uma criança, é reencontrar a magia das pequenas coisas e perceber que o maior legado não está nos bens materiais, mas nos valores transmitidos e nos laços criados.

Neste Dia do Pai, celebremos aqueles que, com amor e dedicação, fazem da paternidade um verdadeiro acto de presença e compromisso. Porque ser pai é, acima de tudo, um privilégio e uma missão nunca acabada de carinho e amor.

Seria algo parecido que ele escreveria. É o que me saiu.

Feliz Dia do Pai!


sexta-feira, 14 de março de 2025

ANDA TUDO A PARTIR-SE

Anda tudo a partir-se 




A inconstância na aplicação das taxas aduaneiras por parte da política americana reflete uma abordagem volátil e frequentemente impulsiva, em vez de reativa, em relação ao comércio internacional.
Sob diferentes administrações, os Estados Unidos têm alternado entre políticas proteccionistas e acordos comerciais mais (ou bem mais) flexíveis, ajustando as tarifas de acordo com interesses económicos e políticos momentâneos.
Esta falta de consistência gera incertezas nos mercados globais, afecta tanto os países parceiros como as próprias empresas americanas, que enfrentam custos inesperados e dificuldades para planear no médio e longo prazo.

Além disso, a aplicação desigual de tarifas pode enfraquecer as relações diplomáticas e comerciais, criando tensões que influenciam a estabilidade económica global.

Já nesta curta presidência, Donald Trump lançou taxas aduaneiras elevadíssimas sobre as bebidas alcoólicas, uma característica da sua instabilidade e imprevisibilidade. Impôs tarifas sobre importações de diversos produtos, incluindo vinhos e outras bebidas, muitas vezes como parte de disputas comerciais, como a guerra comercial com a União Europeia e a China.

Essas mudanças frequentes e inesperadas nas tarifas geram incerteza no sector (e nos sectores correlacionados), afectando tanto os produtores estrangeiros como os consumidores americanos. Estes vêem os preços subirem devido aos custos adicionais. A falta de consistência nas políticas comerciais prejudica a previsibilidade do mercado de bebidas alcoólicas, criando desafios para importadores e produtores que dependem de uma política mais estável.

Este exemplo no nicho das bebidas alcoólicas reflete-se na queda do governo em Portugal. A instabilidade política gerada por essa queda pode afectar a confiança dos investidores e a continuidade das políticas públicas. A incerteza quanto à formação de um novo executivo pode atrasar decisões importantes e comprometer a execução de reformas e investimentos.

Além disso, essa instabilidade pode enfraquecer a posição de Portugal nas negociações internacionais e dificultar a cooperação entre os diferentes partidos.

Num cenário económico já desafiante, a incerteza de não ter governo pode agravar a situação, criando um ambiente de apreensão entre os cidadãos e os agentes económicos.

Não sei quem saiu a ganhar da queda deste governo...sei quem saiu a perder, NÓS.
Walking in broken glass , a grande Annie Lennox