sábado, 3 de outubro de 2009



OS CHATOS

Este texto também é para a minha leitura e compreensão. Espero poder fazer uso dele e me defender também. Isto é, entender quando estou a ser chato…sem necessitar de fazer análise.

Ora aí vamos. Quero falar-vos de Chatos. Sobretudo de Clientes Chatos. Homessa como os há.

Como podemos lidar com eles?
É preciso primeiro perceber o porquê de serem Chatos. E há algumas razões. Arranjei já 5. Penso que chega.

Razões exógenas:
- Chatos porque algo correu mal no serviço que prestámos,
- Chatos porque tiveram um mau dia,

Razões endógenas
- Porque são mesmo chatos.
- Porque têm pé chato (mas esta não conta para aqui).

Outras
- São chatos mas pensam que não o são.
- Você é que é o chato.

Estes dois últimos casos levam-me a fazer logo um comentário. É bem difícil lidar com eles.


Algumas dicas para lidar com eles
- Deixe-o falar…até ao fim. Não o interrompa. Se o fizer, pode piorar bastante a situação. Ele ao falar acalma-se. Porque liberta toda a sua frustração. E poderá ficar a saber o que o Chateia.

- Mantenha um ar interessado. Pode ir pautando a sua escuta com acenos de cabeça ou interjeições. Mostra que vai seguindo a conversa. Faça-o, nem que apele à sua capacidade de pantomina.

- Nunca deixe de olhar para a pessoa com quem fala. Quem esconde o olhar, esconde algo. Muitas vezes, nos meus relacionamentos profissionais, encontro-me com interlocutores que não me encaram.

- Não deixe de concordar com o Cliente se ele realmente tiver razão. Há situações tão óbvias ou tão claras que não há como não concordar com elas.

- Agradeça as reclamações. Quem reclama, em princípio, quer resolver os problemas. Um Cliente mal atendido fala com 6 ou 7 interlocutores diferentes dizendo mal. Há casos em que pode falar mal toda a vida.
- Seja capaz de se colocar no lugar do Cliente. Quem sabe o seu ponto de vista pode alterar-se…e afinal o chato ser você. Acontece!

- Quando responder, faça-o com calma. Fale pausadamente. Escolha os argumentos. Fale concentradamente. Trate o Cliente pelo seu nome. Não tente ganhar uma afinidade que não tem.

- Caso perceba que o Cliente não percebe nada de nada, os chamados xico-espertos, e como há muitos, aproveite. Pode ser a altura de o conquistar para sempre. Explique-lhe, instrua-o.

Na vida tenho apanhado alguns Chatos. Há os amigos Chatos. Mas, como são amigos, tudo ou quase lhes perdoamos.

Espero não ter tornado o vosso tempo chato a lerem isto. Em caso afirmativo, o Calvin tornará mais alegre este vosso momento



João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques


Mudanças

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda". Luís Fernando Verissímo

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

UMA NOVA GRAMÁTICA SOCIAL


O PERIGO DE UMA NOVA “GRAMÁTICA SOCIAL”

Atraímos aquilo que somos; não aquilo que queremos!

Começo por dizer que a expressão Gramática Social não é minha. Foi retirada de um texto que apanhei da Rosa Montero, colunista do “!El País!”. Considero esta expressão bastante feliz. Eu e, com toda a certeza, muitos outros.

O que ela pretende dizer? Algo como os comportamentos sociais que vamos tendo, que vamos observando, com os quais vamos convivendo.

Sem dúvida parece que estamos passando pela implementação de um novo acordo (de uma nova gramática social). Acordo que, na minha opinião, me parece ser bastante prejudicial.
Ora vejamos alguns exemplos desta nova gramática. Infelizmente já usada e abusada por alguns (muitos).

- Há alguns anos atrás trabalhava num edifício de vários pisos. Uma das máquinas de café ficava entre o quarto e quinto piso. Era a que eu costumava usar. Um dos utilizadores dessa máquina era alguém que nada falava. Poucas vezes ouvi dele algo diferente que um silêncio longo. Sempre que nos encontrávamos, quer no elevador, quer no café, dizia ou dizíamos um bom dia ou boa tarde. Estranhávamos que nada saia da boca dele. Nem da boca, nem do olhar. Passou a ser um entretimento encontrarmos o tal sujeito. Estarmos nós perante ele parecia-lhe ser indiferente. Após repetidas insistências lá começámos, de vez em quando, a ouvir uns sussurros. Nunca percebi a razão por tal comportamento…

- Tenho reparado, das poucas vezes que ando de transportes públicos, que o velho hábito de dar o lugar aos mais velhos está a deixar de ser prática. Vemos nos transportes jovens cansados, que se despojam nos lugares e, muitas vezes, colocam as patas (pretendo mesmo qualificá-los) no assento em frente.

- Outro exemplo são as filas dos supermercados, dos bancos, as entradas (ou saídas) dos estabelecimentos. Reparo que o hábito que se tinha de dar “passagem” aos mais velhos começa a ficar fora de moda.

- Quero também apontar que em alguns serviços o tradicional cumprimento ajustado à hora do dia começa a ficar em desuso. Será que nessas empresas o manual de boas práticas não o refere? Que as acções de formação não fazem? Para além destes maus modos…acompanham-se, de vez em quando, de má cara.

- Não me posso esquecer das famosas beatas. Cada vez é mais comum verificar que à porta dos escritórios, cafés, restaurantes … um cemitério de beatas. Não falando também daquelas que são despejadas pelo vidrinho do carro.

Mais exemplos podia referir. Basta apenas ficar atento e olhar para o que nos rodeia.

Mas há algo que pode ser feito. Nos dias de hoje fala-se muito sobre o desajustamento do programa de ensino. Acredito que ele esteja desajustado. No entanto, devia consagrar-se nos programas educativos algo que transmitisse valores sociais e cívicos a quem está a dar os primeiros passos na sociedade. É sabido que as gerações das pessoas que têm agora 30, 40 ou mais anos foram educadas com uma forte presença da família. O que hoje em dia é quase impossível. Por isso, a escola, as actividades extra escolares podem ter um papel importantíssimo na transmissão dos valores da antiga Gramática Social.

Há uns anos atrás vivi uma experiência (educativa) com crianças. Ajudava nos treinos de uma modalidade desportiva. Infelizmente nem sempre pude estar presente. No entanto, acredito que a minha passagem por lá ajudou a incutir alguns valores. Imodéstia à parte, penso que passei valores como: pontualidade, respeito, organização, espírito de equipa. Ao mesmo tempo pretendia que desenvolvessem o seu processo de tomada de decisão e capacidade de comunicação. Tinham, sempre que era oportuno, de escolher o exercício que pretendiam efectuar e explicá-lo aos colegas. O que se ganhava daqui? Poder de decisão e capacidade de comunicação.

Não quero deixar de referir que cada vez mais noto uma ausência nos mais jovens (e menos jovens também) dos valores com os quais cresci. Serão os tempos modernos os responsáveis de tudo isto? O não ter tempo para nada? A ausência de espaços verdes? O viver agastado da família? O não ter o hábito e o à vontade de andar solto na rua? E como eu andava solto …

Lembro-me lá pelos anos 80 de ter ouvido uma notícia da Islândia que dizia algo como: todas as quartas-feiras não há emissão de televisão. Ainda não havia internet, tv por cabo ou satélite. Com esta medida (com toda a certeza, uma entre várias) o estado islandês promovia a Gramática Social.

Curiosamente este ano apanhei um artigo, antes da falência económica do estado islandês, que considerava o seu povo o mais feliz do mundo. Uma dos pilares deste sucesso passa pela aposta efectuada na educação e no intercâmbio bilateral de estudantes e “cientistas”. Desde o início do século passado que os islandeses não sabem o que é iliteracia. Algo semelhante ao que temos aqui, não é? Igualmente têm apostado no intercâmbio bilateral de massa cinzenta, quer sejam de cientistas ou intelectuais.

Talvez não concordem comigo…não tenho dúvidas que concordam com o Calvin.



João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques

domingo, 20 de setembro de 2009

PROBLEMAS. Pistas para os resolver?

Perguntas que podemos colocar a nós mesmos para podermos resolver problemas
Retirado de “Cracking Creativity” de Michael Mikalko

1. O que é necessário para solucionar o problema?
2. O que para nós é desconhecido nele? Quanto do desconhecido poderemos saber?
3. O que é que não conseguimos descobrir por enquanto?
4. Que informação temos? É suficiente? É redundante? É contraditória?
5. Podemos inferir algo da informação que possuímos?
6. Podemos construir um diagrama do problema? Representá-lo por uma figura?
7. Quais são as suas fronteiras? Qual o seu alcance?
8. Podemos separar as várias parte do problema? Elas estão interligadas? São completamente independentes? Podemos passá-las a escrito?
9. Já nos deparamos com este problema? Com um semelhante? Com algum relacionado?
10. Caso já tenhamos resolvido no passado um problema igual ou semelhante, poderemos usar a mesma solução? O mesmo método?
11. Podemos constituir cenários da solução que pretendemos utilizar?

Muitas vezes uma nova abordagem do problema, uma maior (ou nova) recolha de informação, uma pausa …pode-nos ajudar a resolver algo que pensamos ser insolúvel.

POESIAS




PEOSIAS

Andava eu recentemente na arrumação dos meus livros e no rasgar dos muitos papeis que sempre consigo acumular e deparei-me, nessa tarde, com um livro de poesia que dei à minha mãe lá pelo Natal de 2002. O livro questão é: 2001 Poemas para o Futuro (http://www.wook.pt/ficha/rosa-do-mundo-2001-poemas-para-o-futuro/a/id/82225).

Tinha uma dedicatória dela…como que uma promessa que iria ler um poema por dia caso a saúde a deixasse. Pouco tempo teve para o fazer. O livro tem essas evidências. Deu-me uma profunda saudade. Um choro mal contido de saudade. Saudade da boa.

Sempre foi meio avesso à poesia. Era uma literatura que apelava a estímulos e a emoções pouco imediatistas. Felizmente que mudei este meu comportamento.

Também por isso tenho vindo a partilhar alguns poemas que tenho apanhado por esta WWW e por alguns livros que tenho tido na mão com a mulher com que eu quero dividir toda a “poesia” que poder vir a usufruir.

sábado, 19 de setembro de 2009

Olimpíadas da sujeira


AS OLIMPÍADAS DA SUJEIRA


Andava eu um destes fins-de-semana pela praia de Monte Gordo quando, à saída, reparo que um sujeito, com idade para ter filhos da minha idade, arremessa uma garrafa pet de 1,5 l em direcção ao balde do lixo…tal qual um lançador de dardo.

Neste seu gesto olímpico até se fez acompanhar por um grunhido. Digo grunhido porque o senhorzinho mostrou mesmo alma de porco.

Naturalmente não acertou no balde. Isto passou-se à minha frente, num domingo, com a praia cheia. Mas ele deve fazer o mesmo da janela do seu quarto a fumar…deitando as beatas para a rua.

Como estava a passar ao lado dele, não me contive e, murmurei baixinho mas o suficientemente para que ouvisse: “quase acertou!”.

Ao que ele voltou a grunhir algo em resposta. Quase imperceptível…mas o nítido suficiente para perceber que o tinha incomodado. Afinal, ele também me incomodou. A mim, e a todos que estavam (e frequentam a praia).

Extraordinário como há quem se divirta ou ache natural estes modalidades e demonstrações públicas de sujeira.

Se o mundo não para, não pare você também

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O MEU MOMENTO BOSSA NOVA

O (SEU / MEU) MOMENTO BOSSA NOVA

Nas águas desse rio indo para o mar;
Iremos navegando sempre sem parar
E vendo tantas nuvens brancas no azul
Esquece a madrugada triste que passou
(Roberto Menescal, Amanechendo)

Keywords: Gestão, Pessoas, Bossa Nova, Comportamento



A Bossa Nova sempre me atraiu. Mesmo antes de saber o que significava, antes de ter ido ao Brasil e ao Rio. Algo parecido com a atracção pelo sexo oposto. Algo nos diz que devemos vir gostar (com algumas excepções que eu respeito).

A palavra apareceu pela primeira vez na década de 1930, em Coisas Nossas, samba do popular cantor Noel Rosa. Mais tarde, no final dos anos 50, apareceu o movimento “A bossa nova” na música popular brasileira.

De início, o termo era apenas relativo a um novo modo de cantar e tocar samba naquela época. Anos depois, Bossa Nova se tornaria um dos géneros musicais brasileiros mais conhecidos em todo o mundo, especialmente associado a João Gilberto, Vinícius de Moraes, Antônio Carlos Jobim e Luiz Bonfá.

Eu gosto da Bossa Nova porque ela nos dá um embalo simpático, quase não precisamos de ter voz para a cantar, porque nos transmite uma tranquilidade que muitas vezes procuramos e não achamos no nosso dia-a-dia.

Estes sentimentos tornaram-se mais presentes e consistentes em mim com o meu melhor conhecimento de alguma realidade da brasileira, nomeadamente Carioca.

Mas o que eu pretendo passar-vos agora é que devemos incutir este momento no nosso dia-a-dia, sobretudo de trabalho. Encarar o nosso dia laboral com alegria e com pré-disposição para o tornar produtivo e interessante. Encará-lo de forma positiva. Sobretudo esta atitude POSITIVA deve ser ainda mais premente nos (complicados) dias de hoje.

Muitas vezes parte-se do pressuposto que “o sucesso leva à felicidade”. As modernas correntes do pensamento dizem-nos precisamente o contrário, isto é, “ a felicidade leva-nos ao sucesso”.
Uma atitude comportamental suportada nesta linha dá-nos energia, aumenta a nossa capacidade de resiliência, de influenciarmos positivamente quem nos rodeia. Todos estes predicados nos ajudam a atingir o Sucesso. Há quem teorize sobre estes aspectos e lhe dê o nome de “Positive Psychology” (ou pelo nome Study Hapiness).

Há alguns comportamentos que nos permitem “ser felizes” (ou pele menos não infelizes) nas nossas Organizações.

1 – Praticar o bem (sempre nos foi dito isto, desde os tempos da catequese, para aqueles que por lá andaram) e reconhecê-lo. Quem mantém este comportamento atrai para si bons fluidos. Um dos exercícios a efectuar pode passar por, todos os dias, relembrar em voz alta tudo o que de bom nos aconteceu (se possível, algo relacionado com o dia de trabalho). Tente depois que isso se repita nos dias seguintes. Consegue-se assim treinar o cérebro para o lado positivo da vida.

2 – Divirta-se. Divertimento e trabalho não são substantivos mutuamente exclusivos. Um sorriso trocado com um colega ou uma piada, um vídeo divertido do YouTube ou o envio de um email simpático ajuda a criar bom ambiente, a tornar o pensamento mais claro e criativo.
Também alguns estudos afirmam que quando estamos felizes os nossos neurónios são mais rápidos e eficazes. Se nos sentimos em baixo, uma rápida passagem de fotos de momentos felizes, a leitura de um blog ou algo que gostemos, pode modificar favoravelmente o nosso estado de espírito.

3 – Alegre o seu espaço de trabalho. Tudo o que nos rodeia afecta a informação que o nosso cérebro processa. Se decorarmos o nosso espaço de trabalho com imagens e objectos que nos transmitam algo de bom, o nosso cérebro agradece. E estes pequenos (auto) mimos estão perfeitamente ao nosso alcance.

4 - Mantenha o jornal “EU”. Se se sentir incomodado com algo, rumores, boatos, apertado com timmings, tire 5 minutos do seu trabalho e escreva “o que lhe vai na alma”, sobretudo o que o incomoda. A neurociência descobriu que a verbalização dos pensamentos negativos ajuda a eliminá-los. O simples facto de escrever o que nos incomoda diminui a magnitude desse (s) problema (s). Crie um documento no seu PC ou no seu livro de notas, revele-se a ele. Tenha o cuidado de o manter só para si. Verá que ficará mais aliviado.

5 – Invista nas PESSOAS. Todos nós cometemos erros. Sobretudo nos tempos mais difíceis. Deixamos de viver socialmente; entregamo-nos ao trabalho e apenas a ele. Estudos dizem que nos tempos difíceis e apertados a qualidade e quantidade na nossa network nos ajuda a ultrapassar os problemas.
Anos de estudos dizem-nos que relacionamentos próximos com a família e amigos são um dos motores fundamentais para a Felicidade e, ainda por cima, ajuda a que vivamos mais tempo. Se anda arredio das suas amizades não há como as recuperar. Recomece. Tente recuperar uma cada dia.

6 – O seu trabalho é composto por séries de sprints e não por uma maratona. Existe ainda a ideia de que o trabalho deve ser levado de forma contínua, ininterrupta e arrastada. Temos que nos manter por horas a fio em frente ao PC, agarrados ao telefone…até à hora do almoço. O facto de nos mantermos sentados por muto tempo esgota-nos fisicamente, cansa-nos a vista e o cérebro. Devemos, por isso, fazer intervalos curtos de 90 em 90 minutos (de 120 em 120 minutos). Nesse curto período podemos aproveitar para nos movermos, fazermos alguns exercícios de relaxamento, comer algo, ligar a um amigo, algo que nos leve a mudar de canal. O facto também de dividirmos o nosso trabalho em tarefas mais curtas faz com que rapidamente consigamos atingir os objectivos propostos (ou objectivos parcelares) e assim nos motivarmos para as tarefas subsequentes.

Porque a Bossa é para se levar conosco, segue um excerto de “Tempo de feliz” do mestre Vinícius de Moraes e de Baden Powell.

Feliz o tempo que passou, passou
Tempo tão cheio de recordações
Tantas canções ele deixou, deixou
Trazendo paz a tantos corações
Que sons mais lindos tinha pelo ar

De signo Gémeos, que procura procurando.

João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
joaodavespa@hotmail.com; Skype: joaomarques64
Http://www.linkedin.com/in/joaopmarques;
http://jpmarques.blogspot.com
@joaodavespa

domingo, 26 de julho de 2009

OBJECÇÕES

OBJECÇÕES (VÁRIAS) AO NOSSO TRABALHO
"Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não lêem.” ( Mário Quintana )
(Ao que eu acrescento ouvir)


Todos os dias deparo-me com Objecções na minha actividade profissional (e não só, claro!), nomeadamente na minha abordagem para apresentar e promover a Organização onde trabalho. Costumo proceder da seguinte forma (que eu faço por ser simples, rápida, explicita e concisa):
- Identifico-me a mim e à Empresa;
- Digo em que sector estamos e o que fazemos;
- Solicito o e-mail e nome da pessoa indicada. Que pode ser o director de marketing ou comercial, produtor ou gerente. Depende do tipo e dimensão da Empresa que eu abordo ou do conhecimento prévio que eu possa ter sobre ela. Muitas vezes sabendo antecipadamente um dos nomes “chave” é mais fácil conseguir o email desse contacto ou de outros. Para o sucesso na recolha desta informação muitas das medias sociais que hoje em dia proliferam podem ajudar-nos a ser mais eficazes nesta busca. Claro que a leitura de jornais e uma ida prévia aos sites das Empresas antes de os contactos serem efectuados são também regras a implementar. Quanto mais informação prévia recolhermos, mais sucesso poderemos ter nesta nossa abordagem.

A razão de eu recolher este apanhado de Objecções (que vos proponho em seguida) teve a ver com uma resposta que me deram recentemente na minha busca por novos Clientes, novos negócios. Ligo, apresento-me, digo o que faço…demoro 10 segundos a apresentar-me e a dizer ao que venho.
Pergunto a quem posso enviar a apresentação e dizem-me:
- À Gerência.
Volto a perguntar e oiço: “Já lhe disse, à Gerência”.
Pergunto se não me pode dar um nome e responde um seco “Não!” (várias vezes oiço esta resposta).
Tento finalizar com um “Estou a falar com?” e oiço “Não interessa, não é importante” (será que essa pessoa não é importante na Organização onde trabalha ou não se julga ela mesmo útil?).
Este tipo de objecções são difíceis de lidar, de ultrapassar e algumas vezes de aturar. Acrescento ainda que pelo site da Empresa esta deve ser bem pequena, por isso, no meu ponto de vista, que poderá ter alguma dificuldade em cativar potenciais fornecedores.

Considero que, imodéstia à parte, pelo facto de alguém entrar em contacto conosco reconhece, na nossa organização, algum prestígio, capacidade de gerar negócio futuro e, sobretudo, poupa-nos, eventualmente, algum tempo na procura de novos fornecedores, novas soluções. Alguns de vocês estão a pensar – Ingénuo. Posso ser…mas receber informação de potenciais fornecedores é sempre bom. Depois, é separar o trigo do joio.

Mas vamos então a algumas das objecções mais habituais. Não vos vou dar as respostas a estas apenas comentar. A cada uma há varias contestações possíveis. O facto de estas já estarem no nosso subconsciente ajuda-nos a argumentar melhor. Aqui vão algumas das mais vulgares:
o Não estou interessado (talvez a mais recorrente).
o Não precisamos.
o Deixámos de usar (uma boa oportunidade de perguntar porquê).
o Já temos um fornecedor (como se um único fornecedor desse garantias absolutas de sucesso presente e futuro).
o Estamos satisfeitos com o nosso fornecedor (resposta polida mas não salvaguarda roturas ou novos desenvolvimentos tecnológicos).
o Temos contrato de exclusividade com a sua concorrência.
o Não é da minha área (típica, em alguns casos, em que um NÂO é a resposta mais cómoda a dar).
o Esse departamento já não existe.
o Não temos tempo para marcar reunião. Ligue-me daqui a 6 meses (será que há agendas tão preenchidas).
o Temos outras prioridades / outras estratégias.
o Já tentámos e não funciona conosco (boa altura para perguntar porquê).
o Estamos a apostar (já) noutra tecnologia.
o Não acredito na vossa tecnologia. Nunca vi nada de significativo e diferenciador nela.
o Os vossos tempos de entrega são muito demorados (pode ser algo que tenhamos que melhorar).
o Precisamos de melhor qualidade (aqui podemos ter um alerta sobre a imagem que temos no mercado).
o Que garantias nos dão? Nunca ouvi falar de vocês
o Acho que não têm dimensão para nós (ou ajustada a nós).
o Não gosto de vocês, dos vossos valores, da vossa administração, de si (já me aconteceu, acho que as 4 hipóteses).
o O que me trazem novo? Nada!
o Sabe, faço negócio com esta Empresa há muitos anos. Tenho até lá um familiar (panelinhas).
o Não preenchem todos os quesitos que exigimos (será que estamos desajustados das novas tendências).
o Não sabemos como podemos implementar o vosso serviço.
o Tem muito risco.

Algumas relacionadas especificamente com custos / investimentos:
Não temos orçamento. Ligue-me para o ano que vem (pode ser verdade,
mas…).
Estamos a reduzir custos, precisamente, nessa área.
Não cabe no nosso budget.
O nosso fornecedor habitual é mais barato.
O vosso preçoestá desajustado do mercado (temos algum argumento para justificar este diferencial).
Não podemos comprar (porquê: preço, política da empresa, valores…).
Ninguém (já) usa isso. (preocupante).
Tem que nos apresentar uma proposta melhor. (melhor em quê).
É caro! (tentar perceber o porquê).
Muitas e muitas mais Objecções eu podia acrescentar.
Há, todavia, sempre novas abordagens que a força de vendas pode utilizar. Cada interlocutor tem as suas reticências, as suas reservas, os seus pontos de vista e o tempo ajustado para poder ser contactado. Igualmente, todos os dias a Lei de Murphy se pode verificar.

Com este levantamento pode já ficar com algumas respostas em carteira. Prontas a serem usadas. Sobretudo, NÃO SE DEIXE VENCER PELA PORTA FRIA.

Gémeos, que gosta da porta fria no seu trabalho, que tenta ter sempre a sua porta aberta e que se esquece algumas vezes por porta-chaves dentro de casa.
João Paulo Marques
O tempo não pára, não pare você também.
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques






quarta-feira, 8 de julho de 2009

Estou Cansado

Estou Cansado

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

PS: Mandaram-se este poema. Acredito que o FP não se chateie com este plágio

terça-feira, 30 de junho de 2009

HISTÓRIAS E ALGUMAS IDEIAS

HISTÓRIAS E ALGUMAS IDEIAS


Estes são os meus princípios. Se não vos agrada, tenho outros. (Groucho Marx)

Faço vida profissional na área das vendas já faz uns anos. Mas nas compras e nas negociações já levo bem mais tempo. Negociações domésticas ao princípio, e por ai em diante.

Digo-vos que gosto na área comercial. É (devia ser) um aprendizado (ou um reaprendizado) permanente e muitas vezes gratuito. Ao mesmo tempo que se trata de um desafio interessante.

Conquistar um Cliente novo, ganhar uma adjudicação em virtude de um serviço superior que estejamos a prestar ou da confiança incutida aos nossos Clientes é sempre algo que nos motiva e nos enche de brio.

Também aprendemos com os nossos erros e com as trapaças que nos pregam e nas quais caímos (de forma mais ou menos ingénua) ou com a má vontade súbita e inexplicável de terceiros em quem confiávamos.

Tenho sabido recentemente de algumas histórias (aliás, elas sempre aparecem) que me deixaram confuso. Confuso com a desonestidade das pessoas e com a falta de sentido cívico e de liderança que demonstram. Seguem, em seguida, algumas:

1) A história envolve um bonequinho que andava a ser vendido em papelarias e em casas similares por uma Empresa portuguesa. O negócio prosperava. Já ia no terceiro ano em que ele era comercializado cá na terra.
Era normal o escritório, na altura do Natal, estar quase sempre fechado. As vendas, por essa altura, disparam e torna-se necessário a presença da equipe de vendas (e, como todos nessa empresa, são também vendedores, andam na rua) nos Clientes. O escritório anda vazio e permanece assim até início de Janeiro. Ora, um vendedor espertalhaço, curiosamente o que era mais solicito e prestável a todos os apertos e sabendo deste facto -encerramento no Natal - resolveu ir ao fornecedor internacional e dizer simplesmente isto:
- O vosso Cliente em Portugal faliu! Se quiserem comprovar tentem entrar em contacto com o escritório, mandem faxes, liguem, …verão que não terão resposta. Claro que mais “de mentiras” pode ter sido dito. Ao que o dito vendedor rematou: - “ Eu estou interessado em pegar no vosso negócio e sei como funciona e dou garantias de TUDO.” Ele sabia como tudo funcionava.
Os Fornecedores ligaram, ligaram, ligaram….para cá e nada. Um silêncio absoluto.
Felizmente que alguém foi ao escritório e viu por lá vários faxes e entrou em contacto com o dito fornecedor e, simultaneamente, este, achando mesmo assim estranho o súbito desaparecimento, protelou a assinatura do novo contrato. Caso contrário, uma bela falcatrua seria feita.

2) Passadas numa PME
2.1) A Empresa é gerida de uma forma muito,…, digamos que Musculada, pelo que me foi confessado. A sua gestão muitas vezes, para não dizer a maioria das vezes…ou todas mesmo, contratava, despedia os colaboradores sem dar o mínimo cavaco. Uso o plural por que não foram nem 5, nem 6 …foram algumas mais.
Alguns destes Eventos eram acompanhados por intervenções públicas e inflamadas por parte da Gerência (gerente). Lembrava, pelo que me descreveram, as muito interventivas discussões no Parlamento Coreano.
Estranho era que essa gerência (esse gerente) não entendia ou não queria entender o mal- estar que esta situação causava na assistência silenciosa. A mim confiaram-me esse mal estar. Acredito que o mesmo seja sentido por todos.

2.2) Vários dos investimentos efectuados não são transmitidos correctamente à equipa de vendas. Não existe uma newsletter, um e-mail, uma reunião sobre o assunto. Nenhuma explicação técnica é dada, nada é dito sobre os mesmos, sobre o que podem fazer para potenciar as vendas…será que se esquecem que o sucesso da Organização passa também pela motivação da sua equipa de vendas?

Após alguns casos curiosos que me foram confiados sobre posturas que envolvem a Força de Vendas e a Organização como um todo. Proponho-vos uma compilação de algumas ideias de como um Vendedor (e todos somos vendedores pelo menos da nossa imagem) pode estar no mercado.
· Apostar na formação constante. Fazer com que se esteja sempre preparado. Vendedores de chamada banha da cobra já não subsistem. Os vendedores são os actores da Organização. Eventualmente aqueles que têm mais exposição. Muitas vezes o uso de algumas regras e não utilização de certas palavras, como por exemplo, usar diminutivos ou menosprezar os trabalhos que nos são pedidos e adjudicados (é um trabalhinho para nós), podem transformar, de forma positiva, o discurso da equipe de vendas.
· Ter entusiasmo e motivação. Pelo menos, mesmo que seja menos verdade, demonstre-o. Caso necessite, tente auto-motivar-se. Ter uma atitude positiva perante os factos também ajuda bastante.
· Persistência é algo que quem trabalha na área comercial tem de ter. O NÃO, em regra, é a resposta mais fácil e imediata de ser ouvida. Muitas vezes é dada por falta de tempo dos nossos interlocutores (o que pode ser verdade), por insuficiente informação dada por nós, por estarmos a falar com a pessoa errada. Certifique-se que estes quesitos ou contingências foram cumpridas ou são verdadeiras. Repita a chamada. Não se deixe vencer por uma Porta Fria. Um NÃO quase sempre encerra menos responsabilidades que um SIM. Dá menos trabalho que um SIM.
· Capacidade de ouvir é algo que falta a muita gente. Ouvir e compreender é essencial para tudo. Deixe o Cliente falar. Enquanto ele fala, vai sabendo da vida dele. Do que ele pretende, de como ele pensa, dos seus receios, etc. Aproveite o tempo que tem com ele. Há Clientes de todo o tipo. Os que falam, os que falam muito, os que falam apenas o essencial, etc. Só se conhece bem o Cliente, profissional e não profissionalmente, se o deixarmos falar.
· Faça perguntas construtivas, curiosas. Não aproveite a conversa para falar mal da concorrência, da sua Empresa ou da sua vida. Não interrompa o seu Cliente, não o corrija. Se tiver que o fazer, há sempre maneiras polidas de o fazer. Essa correcção pode sempre ser feita à posteriori.
· Mostrar segurança e firmeza é essencial. Quem faz negócios com alguém inseguro? Muito pouca gente. Essa segurança transmite-se no seu discurso e na linguagem gestual usada. Faça destes predicados boas ferramentas para a sua actividade.
· A segurança também é demonstrada pelo conhecimento que detém do seu produto / serviço. Quando mais souber do que vende, de como é produzido, mais fácil se torna a venda. É necessário acreditar no que se vende. Torna assim mais consistente e verdadeiro o seu discurso. Não prometa o que não pode. Não fale do que não sabe. Um telefonema para esclarecer uma dúvida junto da Organização ou uma resposta posterior, mas rápida, mostra também eficácia e pro-actividade.
· Todas as Vendas são um desafio novo. Os Clientes novos são um desafio acrescido. É necessário sair da zona de conforto para ter sucesso nas Vendas. Gostar de desafios e ter uma atitude positiva são ingredientes fundamentais para se ter sucesso na área comercial.
· Ter boa aparência e vestir de maneira adequada é algo que muitas vezes é esquecido. Lembro-me de um “não Colega” (pessoa com quem trabalhei e da qual não guardo boas recordações) que trabalhava a conta de um Partido Político. Após algumas visitas / reuniões, passou a deixar no carro a gravata e, posteriormente, o casaco. De alguma maneira assemelhou-se ao seu Cliente.
· Um bom serviço pós-venda cada vez mais é um elemento diferenciador. A venda não se esgota com a entrega da mercadoria e respectivo pagamento. Incuta aos seus vendedores, ao seu trabalho, esta preocupação. Um bom serviço pós-venda é um óptimo sistema de fidelização de Clientes e um método excelente de melhoria de qualidade. Qualquer deles gratuito. Um bom serviço pós-venda também demonstra pro-actividade. E, nos tempos que correm, cada vez mais há que o ser.
· A pró-actividade também está intimamente ligada com a procura de new business. Também ajuda a que se diversifique o negócio junto das Empresas. Para este aumento do envolvimento é muito útil ouvir os Clientes. Deixá-los falar.
· Mostrar lealdade, compreensão e não tentar enganar o Cliente são o comportamento a ter. Se discordar, faça-o de um modo polido. Não fale mais alto do que ele. Não contradiga de forma brusca e seca o Cliente. Pode não confiar nele, mas há garantias que pode obter para que os negócios acordados sejam concretizados. Já o inverso é mais difícil de suceder. É sabido que um Cliente insatisfeito fala muito mais do que um Cliente satisfeito. Muitas vezes, os primeiros contactos que desenvolvemos com os nossos Clientes podem chegar a ser pouco amistosos, inconclusivos, improdutivos. Mas, se ele dispôs de algum tempo para nós, é por que teve interesse.
· Esteja comprometido com o sucesso do seu Cliente. A confiança que lhe transmite, é o que ele fala de si. Seja o seu Personal Trainer. Quanto mais bem preparado ele estiver, melhor é para a sua Organização.

Uma característica que os mercados hoje em dia têm é que a Oferta tende a ser muito superior à Procura. Olhe para a sua Empresa, enquadre-a no seu mercado e chegará, com muita certeza, a esta conclusão.

Esteja ciente que hoje em dia a Formação concedida aos seus trabalhadores e a que pretende obter para si pode ser conseguida com um baixo custo ou mesmo de forma gratuita. A Internet está cheia de informação.

Igualmente, poucos segredos se podem guardar. Segredos que possam ter a ver com os equipamentos que se possuem ou sobre os nomes de quem está à frente de alguma Organização ou Departamento. Mais uma vez a WEB pode dar essa informação ou a multiplicidade de medias socais ou profissionais que existem ou mesmo o próprio site da Empresa. Sei de uma Organização que não deixa fotografar os equipamentos, nem é muito amiga de visitas às suas instalações; no entanto, expõe tudo no seu site. Descuido? Não sei. Má imagem? Sim!

O tempo não pára, não pare você também.

João Paulo Marqueshttp://jpmarques.blogspot.com; http://www.linkedin.com/in/joaopmarques

Gémeos, com vontade de estar em muito lado ao mesmo tempo e sem o conseguir. Por enquanto!?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

QUANDO ACORDA PARA QUE LADO DA CAMA SE VIRA?

Quando acorda para que lado da cama se vira? 
                                                                                                 
O tempo é uma excelente cura (provérbio inglês do séc. XIV)
Keywords; Atitude, Gestão, Motivação

Começo por dizer que este texto é plagiado. Assumo! É plagiado de onde?...do LinkedIN.
Procurei recolher frases curtas, comportamentos, atitudes (ou factos) do que nos cria MOTIVAÇÃO. Assim, mais do que procurar teorias e transcrevê-las, procurei apanhar frases curtas. Frases que nos relatem experiências de Motivação. Sei que os seus autores não se vão incomodar por este Plágio assumido e descarado.

Porquê da escolha deste tema? Por tudo o que estamos a viver nos últimos tempos e sabendo que os próximos não se vislumbram fáceis.

Penso (e pensamos) que a MOTIVAÇÃO no trabalho é sobejamente importante. Importante porque interfere em todas as facetas do nosso dia a dia. Afinal, para muitos de nós, o trabalho ocupa grande parte do nosso dia. Muitos (eu inclusive) temos, ainda por cima, alguma dificuldade em desligar. No meu caso posso dizer que estou sempre ou quase sempre antenado, isto é, observado, mesmo que inconscientemente tudo o que pode ter a ver com o meu trabalho. Digo-vos que trabalho na área comercial, numa empresa vocacionada para a área do ponto de venda.

Por isso, isto da MOTIVAÇÃO me é tão cara.

Igualmente, porque no meu caso específico, não tenho tido aquela dose de MOTIVAÇÃO que gostaria.

Há, com toda a certeza, dezenas de Teorias de Motivação. Teorias de Maslow (pirâmide de Maslow) , McGregor (Teoria X e Y), Alderfer (Teoria ERG) , Vroom (Teoria das Expectativas), etc. Não pretendo aqui fazer um tratado de motivação, nem me pretendo substituir a Psicólogos, Coachers e afins.

Proponho-me então a deixar-vos alguns testemunhos que, com toda a certeza, se identificam com as vossas ideias ou podem ajudar a confirmá-las.
1. Encare um projecto durante 10m; ao fim deste tempo se não descobrir entusiasmo nele talvez seja melhor procurar outro, se isso for possível.
2. Sorria, mesmo que seja forçado.
3. Quando estou cabisbaixo e com falta de motivação lembro-me: tudo começa com um primeiro passo.
4. Mantenha foco nos seus objectivos. Eles podem não ser concretizados logo no Curto Prazo
5. Quando eu Sonho sozinho, é apenas um sonho. Quando eu Sonho acompanhado é o princípio de uma realidade.
6. Ajude aqueles mais desafortunados que você. Experimente fazer trabalho social…percebe que a sua vida lhe trouxe coisas boas.
7. Self-development – oiça e leia repetidamente material motivacional e educacional sobre Sucesso…vai ver que ajuda.
8. Muitas pessoas chateiam-se por “coisas” insignificantes…mantêm-nas ocupadas…mas não as levam a nenhum lado.
9. Conviva com pessoas de sucesso e alegres…vai ver que se vai tornar como eles.
10. Vencedores nunca desistem; perdedores desistem sempre.
11. Aprenda sempre e todos os dias “coisas” novas.
12. Seja curioso e aberto para explorar novas “coisas”.
13. Olho para o rosto dos meus filhos todos os dias.
14. Escolha projectos maiores do que aqueles que já realizou.
15. Permita que receba mais do que aquilo que pagou.
16. Permita que trata bem os outros independentemente da situação.
17. O que me motiva é a necessidade de descobrir novas tendências, novos mercados, novos produtos, novas formas de vida…tudo o que me seja devolvido em conhecimento.
18. Primeiro, retire do seu pensamento maus pensamentos ou registos. Defina depois um objectivo e pense nele todos os dias.
19. Para aqueles que gostam de quantificar tudo » S = F2 » Sucesso = Falhanço x Falhanço
20. No meu caso, pretendo aprender e transmitir aprendizado todos os dias e, independentemente para o lado da cama que me vire quando acordar, saber que irei experimentar um bom dia.

Espero que esta recolha avulsa vos tenha dado um pouco mais de motivação. Não pretendo fazer um juízo de valor…apenas quero estar motivado e aprender a motivar-me.

Última hora: O que terá acontecido para que cerca de 65% dos portugueses não terem ido votar. Falta de Motivação?

O tempo não pára, não pare você também.
João Paulo Marques
http://jpmarques.blogspot.com;
 http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
@joaodavespa

Signo Gémeos, mas não crente no Zodíaco, insatisfeito com o aprendizado que está a conseguir obter no seu dia-a-dia, bem como com aquele que consegue partilhar.

terça-feira, 21 de abril de 2009

DÊ VIDA ÀS SUAS IDEIAS. DÊ VIDA À SUA VIDA


DÊ VIDA ÀS SUAS IDEIAS. DÊ VIDA À SUA VIDA.



As boas ideias não têm idade, apenas têm futuro (Robert Mallet)

Todos nós temos ideias. Muitas vezes aparecem nos locais mais inusitados ou nas alturas menos apropriadas. Mas temos! Ao processo de geração de ideias não se podem impor horários e locais, regras; ele é avulso, quase selvagem.
 
Mas essas ideias só começam a ganhar corpo quando as registamos, quando as guardamos. Quando o fazemos é porque queremos que elas ganhem vida. Ao procedermos desta forma estamos também a interiorizar que elas, as ideias, são importantes. Separamo-las das inúmeras mensagens e sinais com que somos bombardeados a todo o instante e escolhemo-las. Esse ínfimo tempo que usamos para as escrever e que estamos apenas nós e elas.
 
Há inúmeras formas de guardar ideias. Podem ser escritas em cadernos ou em blocos que nos acompanham, nas margens dos livros que lemos, em folhas de jornal, em toalhetes de mesa ou em guardanapos de papel, etc. Nestes “suportes” podemos colocar frases, símbolos, palavras soltas, códigos, algo que, por associação, nos faça recordar ou associar algo.
 
A recomendação, se se poder entender assim, é: se tiver alguma ideia, ESCREVA-A. Não confie na sua memória; não faça juízo sobre a mesma, argumentando consigo próprio que ela não está madura, que não é válida ou que não tem utilização. ESCREVA-A.
 
Ao formalizar as suas ideias pode, quem sabe, associá-la a outras, recuperá-las mais tarde. Elas não são óbvias muitas das vezes. Podem necessitar de um período de maturação ou só tomam corpo quando associadas a outras ou lidas por outros.
 
O processo de anotar as ideias é apenas mais uma etapa e, como todas as etapas, não pode (não deve) ser “ultrapassada”.
 
O processo de geração de ideias pode ser visto num continuum. Há quem as tente escalonar como as antigas brincadeiras de criança (aqueles que eu fazia também), o esconde esconde. Brincadeira em que se escondia algo do nosso parceiro e à medida que ele ia chegando perto do “tesouro” íamos passando do frio, para o morno e acabando no quente. Temos então o frio, morno e quente. Assim também se passa com as ideias. À medida que elas vão ganhando corpo, vão aquecendo.
 
As ideias frias são palavras soltas, conceitos. O output de um brainstorming é rico nestas ideias. Deixe que elas brotem.
As ideias mornas já encerram algo. Podem provir de outras ideias; podem complementar ideias frias. Já mostram um caminho.
As ideias quentes já provocam acção e como acção que são podem fazer uso de alguns verbos de acção como: agregar, incorporar, colocar, investir.
 
Ao ter estas ideias e associá-las a perguntas abertas, provocativas pode evoluir na construção das suas ideias. Perguntas como:
O que fazer para entrar no mercado externo? Como posso fazer? Que países escolher? Porque esses países? Com que produtos? Com que embalagem?
Como podemos utilizar a internet para aumentar o nosso negócio? Como faremos a apresentação?
 
Como apresentaremos o nosso produto? Que informação disponibilizaremos?
 
A estas perguntas seguem-se outras e mais outras. Envolva todas as áreas de negócio da empresa, todos os departamentos, mesmo pessoas estranhas à organização. Estas, com toda a certeza, terão uma óptica diferente daquela que é prática na sua empresa e podem ser muito úteis.
 
É claro que todos os lugares, situações, contextos são bons para termos ideias. Mas se conseguirmos que o ambiente que nele se respira seja positivo, acolhedor e simultaneamente crítico, melhor ainda.
 
Que os participantes, independentemente de serem chefes, pares, subordinados, outsiders ou amigos, estiverem imbuídos de espírito crítico, mas construtivo, se forem proactivos e abertos, então esse lugar é adequado.
 
Tenha a certeza que ao pensar sobre uma ideia, sobre um problema começa a trilhar o caminho para a desenvolver, para o resolver.
 
Por fim, não há como não mencionar: nem todos os lugares ou pessoas são ajustados ou adequados para expressarmos as nossas ideias. Não falo apenas de sermos plagiados. Falo do esforço e energia que perdemos e desperdiçamos a querer fazer ou transmitir algo e os nossos interlocutores não estão nada interessados ou até nos ridicularizam do que queremos transmitir.
 
João Paulo Marques
A vida não pára, não pare você também
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
@joaodavespa
O tempo não pára, não pare você também.
Gemeniano, não muito crente nos astros mas que se revê no seu signo e que consegue atolar muito e muito papel.

domingo, 19 de abril de 2009

Uma boa ideia

Trecho retirado da obra “Nova Inteligência”’, de Daniel. H. Pink (pág 119, 1 edição)

Seja Selectivo

“Escolha sempre coisas que durem ou que lhe dê prazer usar. As roupas clássicas nunca passam de moda. A boa mobília fica melhor com o passar do tempo. Escolha as coisas porque lhe dão prazer, não para impressionar os outros. E, sobretudo, nunca permita que as coisas se tornem mais importantes do que a sua família, os seus amigos e o seu próprio lado espiritual.”.

Ideias de Marney Morris. (www.animatrix.com)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Aventino Teixeira

Aventino Teixeira, MEU AMIGO, faleceu hoje, sexta-feira santa.

Saudades das tuas histórias e falta da tua amizade.

Joni

terça-feira, 24 de março de 2009

DIGA O QUE FAZ. NÃO DEIXE QUE SEU CLIENTE ADIVINHE

DIGA O QUE FAZ. NÃO DEIXE QUE O SEU PÚBLICO ADIVINHE

Se há no mundo alguma coisa mais irritante do que sermos alguém
de quem se fala, é ninguém falar de nós. (Oscar Wilde
).

Noto, na minha actividade diária de trabalho, um excessivo low profile das Organizações a mostrar o que fazem, sobretudo o que fazem bem. Poucas, quase nenhumas, informações recebo sobre o que estas instituições vão colocando no mercado. Não falo naturalmente de publicidade ou de artigos mais ou menos encomendados e que são publicados / exibidos na media. Refiro-me a trabalho puro e duro, o que aparece no mercado.

Poucas ou nenhumas informações recebo dos meus Clientes actualizando-me do que vão fazendo. Mea culpa, a Empresa onde desenvolvo a minha actividade profissional também tem esta postura. Pouco ou nada fazemos para nos mostrarmos de um modo mais regular, a não ser umas mono folhas que enviamos irregularmente para os Clientes reais e potenciais. Mas, nem todos os meus colegas o fazem.
Digo-vos que trabalho na área comercial de uma gráfica e que o nosso mercado potencial é muito vasto.
Esta mailing list (ou jornal) que podemos passar ao nosso mercado mostra o que fizemos recentemente, ajuda-nos a credibilizar a nossa posição nesse meio e que estamos vivos.
Igualmente, e no meu caso particular, ajuda a Empresa que recorreu aos nossos serviços a aparecer no mercado. Pode, no entanto, suceder em alguns casos que esse nosso Cliente queira passar despercebido.
Mas penso que, de uma maneira geral, pelo facto do nosso meio ser pequeno, tudo se sabe e, em alguns casos ou sectores, há uma enorme rotatividade de profissionais e torna-se difícil esconder o que quer que seja.
Uma vantagem que o uso das novas TI´s proporciona é que esta operação tem custos ínfimos e um alcance muito alargado sendo, por isso, uma estratégia de marketing muito económica. Pode também ser usada em suporte de papel, não tão económico mas, igualmente útil e eficaz. O que importa é que se comunique. Que se faça chegar o que fazemos, como fazemos.
Vou passar-vos algumas razões para que a sua Organização tenha um jornal / newsletter.
Naturalmente você, leitor, terá outras mais a acrescentar.
• Pode ser mais um canal veiculador de informações sobre a sua Organização junto do seu mercado.
• Pode ser um elemento complementar de informação e formação sobre os serviços / produtos que comercializa. Poderá ajudar a tornar a vida dos seus Clientes mais fácil, logo mais atraídos pela sua Organização.
• Pode ser um modo de manter um contacto oportuno (não maçador) com os seus Clientes reais e potenciais.
• Informa sobre o que faz, como faz, para quem faz, onde se está, para onde quer ir (acho que todos já ouvimos este percurso).
• Permite apresentar novos serviços, novas utilizações, novas contratações, novos investimentos. • Aumenta a sua credibilidade e visibilidade no mercado.

No caso específico da newsletter:
- poderá segmentar a informação ou dirigi-la formalmente aos seus Clientes,
- será um meio fácil e imediato dos seus Clientes entrarem em contacto consigo.

Pelo exposto pode acontecer que:
o as suas vendas aumentem e, por conseguinte, os seus lucros,
o os seus Clientes se tornem mais fies e que diversifiquem o consumo,
o recupere Clientes perdidos (sempre uma tarefa importante e difícil ),
o conquiste novos Clientes no sectores tradicionais,
o entre em novos mercados.
Há, no entanto, que ter cuidado na informação que lá coloca. Ela tem que ser útil e relevante. Tem que obrigar o seu Cliente a ter curiosidade sobre a mesma. A sua concorrência pode (ou poderá) já estar a usar este expediente e a sua Empresa seria apenas mais uma na infindável quantidade de informação com que todos somos bombardeados todos os dias.
Por isso, se o fizer, faça bem feito. É a imagem da sua Empresa que aparece. É o que fica registado.

Se o Tempo não pára, não pare você também

João Paulo Marques
http://jpmarques.blogspot.com
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques

domingo, 22 de março de 2009

Sporting / Benfica e o comentário de um jogador

Entrevista para o Jogo

Reyes: "O importante é ganhar"

O espanhol José António Reyes, autor do golo do empate, foi designado o melhor jogador da final da Taça da Liga, conquistada pelo Benfica, afirmando que não sabe se foi grande penalidade.

"A verdade é que dá igual como ganhamos. De penálti, de canto, de falta, o importante é ganhar. Se foi (grande penalidade), se não foi, sinceramente não sei. Mas o importante é que ganhámos e há alegria no balneário", afirmou.

Para o espanhol, com esta vitória "o moral vai estar como nunca", porque "é como ganhar um campeonato".

"Esta Taça terminou e agora temos de pensar na Liga. Até que acabe vamos lutar", afirmou Reyes, que espera que "este seja o primeiro de muitos títulos no Benfica", reafirmando a vontade de ficar "muitos anos" na Luz.



Jogadores destes não têm cá lugar...

sábado, 21 de março de 2009

reduza o colesterol

"oi Joáo, a beringela tem por funçáo retirar o colesterol da corrente sanguinea e deixar -lo no fígado, portanto vc náo elimina totalmente o colesterol do corpo, somente muda de lugar, e se o fígado está cheio de colesterol, daí vc precisa de detoxificar o fígado eliminando toda gordura que trapalha a funóa deste orgáo, mesmo assim comer beringela é bom" from Heidi Lampe



Reduza o colesterol


Para além de um óptimo ingrediente para as refeições diárias, a beringela é há muito tempo usada para reduzir os níveis de colesterol no sangue.

Ingredientes:

1 Jarro de vidro de 1,5 litros

1 Beringela

1 litro de água potável



Preparação:

Encha o jarro com o litro de água,

Lave bem e corte a beringela em bocados

Cologue ps pedaços de beringela no jarro com água

Deixe repousar durante a noite

Há quem adicione sumo de limão, porque diz a povo que ajuda a perder peso.




Depois de deixar repousar durante uma noite, escorra a água para um outro jarro ou garrafa (sempre de vidro) e beba o líquido durante o dia.


Deve repetir este processo durante 3 dias e repousar outros 3.
Deve fazer isto por um período de 3 semanas

Finalmente uma voz avisada na Igreja

Pessoas que aconselham o papa deviam ser mais cultas, adverte o bispo das Forças Armadas
D. Januário Torgal Ferreira: proibir preservativo é consentir em muitas mortes

domingo, 15 de março de 2009

Ai como é bom saber idiomas

Encontrava-me esplaneando em Monte Gordo. Dia xôxo ..mal o menos... uma cadeira para colocar os pés..calção de banho e tronco nu.

Tinha com vizinhos de esplanada uns casais do norte da Europa. Dinamarqueses, suecos...vinham lá das terras onde faz frio...e onde tudo que se fala soa arranhado.

Dou com eles, de mapa de Portugal sobre a mesa, a sorrirem. Um deles apontava para o mapa...seria para os lados de Setúbal.... Percebia que algo o satisfez por aqueles lados. Entendi apenas algumas palavras... "barbeceu", "vinho verde" e "aguardente"...mas deu para perceber que o repasto tinha sido bom... e que eles estavam recomendando o manjar e o destino aos seus amigos.

Quando me levanto para ir esparrachar-me na areia... vejo que um deles vai fotografar o resto de grupo...ofereco-me para tirar a foto... como é tão fácil arrancar sorrisos às pessoas.

sábado, 7 de março de 2009

Açordas

Andei hoje por Portel... o festival das açordas... recomendaram-me uma com "silarcas"...não sabia o que eram... cogumelos disseram-me... no meio de umas qiase 20 diferentes... escolhi uma "silarcada"...não me enganei..
volto para o ano...se não for antes.

Rematei com uma sericaia com uma ameixa de Elvas...tudo bom...a começar por uma bela tarde de inverno com sol.

Extraordinário como, fazendo apenas uns 150km, estamos noutra terra... somos mesmo um país englobalozado.

Ver se aprendo a fazer açorda de favas...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Um olhar diferente sobre a crise

Este parágrafo veio de um copypast de Cláudio Luraschi...o resto ele retirou de textos de Albert Einstein.

No caso deste último... eles mostram-se extremamente actuais. Faz-me lembrar alguém, de quem não me lembro .. nem nome, nem cara... que dizia que o que levaria para uma ilha deserta seriam livros de história...de história económica...e nós fazemos tudo para esquecer a nossa, as nossas...

Flexibilidade é uma questão de desenvolvimento pessoal, amadurecimento e alfabetização emocional. A pessoa flexível é uma pessoa que sabe muito bem identificar objetivos relevantes e manter o foco, independentemente de crise ou de situações contrárias. (Cláudio Luraschi)



“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo”. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias.

Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".



"Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência.

O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo.

Em vez disso, trabalhemos duro.

Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"

(Albert Einstein)

terça-feira, 3 de março de 2009

Já sorriu hoje???

Já sorriu hoje? Eu já! (se necessário,  dê-lhe um nome)



A distância mais curta entre dois desconhecidos é uma gargalhada. (anónimo)

Keywords: Gestão, socialização

Não quero confundir humor com sorriso. Mas ambos andam ligados… e quase se pode dizer que são siameses.
Vejamos esta pequena sequência do nosso dia-a-dia. Há dias em que tudo parece correr contra nós. Há dias assim! Vejam se não se revêem neste drama dos tempos modernos. E começo logo ao acordar pela manhã.

A porra do despertador não tocou. Ando feito uma barata tonta porque não encontro o telemóvel. O velho truque de ligar pelo fixo para o móvel não resulta…este está sem bateria? Ficou no carro? Aposto no carro. O elevador parece que nunca mais chega ao meu piso. Resolvo descer a pé, lá desde o 10º andar e já chego suado e cansado. Os carros mal estacionados na rua, que não tem saída, dificultam-me apanhar a avenida. E não é que agora entrou a “camineta” do colégio na rua… já me atrasei 20 minutos com esta brincadeira e nem sequer consegui fazer 100 metros de carro. Já vou apanhar mais trânsito e quando chegar ao emprego vou levar com o meu chefe que sempre anda entre o mal humorado e o sem paciência (e eu já vou sem ela) e ainda nem me sentei na cadeira. Mais, deixo de ter lugar e vou ter que pagar o estacionamento. Durante o trajecto ainda tenho que gramar com aqueles condutores que abrandam para ver o acidente que ocorreu no sentido contrário. Ahhhhhhhhhhh!!!!!!!! Que raivaaaaaaaaaa!!!!!!!!

Revêem-se? Eu, um pouco!

Mas vamos lá. Isto não tem que ser assim. Não dever ser assim. Não pode ser assim.

Há vários estudos e leituras esparsas na NET que nos dizem o quão importante é o bom
humor.

Eu por mim apresento-me já um pouco…não me consigo ter bem humurado todos os dias, todas as horas… e tenho um tipo de humor, eu acho, que vai muito ao encontro dos Monty Python (http://pythonline.com/) e o All in the Family (http://en.wikipedia.org/wiki/All_in_the_Family) . Pelo menos é o que eu aprecio…o que não me faz necessariamente um representante deles e um humorista popular.
Mas também não é de mim que pretendo falar…

Falo do humor que nós levamos para o trabalho e que nos torna mais produtivos, mais assertivos, melhores empregados, bons colaboradores e chefes excepcionais… ou seja lá o que for… e, como tudo, também temos que voltar a casa de bom humor. Porque os que lá habitam merecem isso.

Este problema de mau humor torna-se mais difícil de lidar em Organizações com poucos níveis hierárquicos…o mal-humorado pode tornar-se o caos para estes grupos. Aqui todos convivem com todos, todos têm acesso a todos.

Há informações na WWW que dizem que o bom ou mau humor que conseguimos obter até chegar ao trabalho tem um efeito mais forte do que as variações de ânimo que vamos tendo ao longo do dia (Nancy Rothbard). Assim, e passe a redundância, tudo começa no início do dia. Isto é, temos mais chances de ter um dia animado quando saímos de casa animados ou bem-dispostos (e todos os subterfúgios são possíveis e passíveis).
Há casos em que a valentia ou “machismo” assexuado (digo de homens e mulheres) apenas pode ser praticado no local de emprego. Falo daqueles (e aquelas) que sendo ou não chefias reclamam de tudo, a toda a hora e dizem mal de todos. Muitas vezes, porque algo lhe corre mal durante o período doméstico e o local de trabalho é o único em que conseguem extravasar…entenda-se criar mau ambiente para todos.
Pretendo agora resumir algumas consequências ou sintomas que este mau humor traz consigo:
1. Trabalhar de mau humor prejudica a produtividade individual e isso tem consequências para a Organização. Pode até provocar, para além do seu absentismo, o dos outros.
2. Quem vive em mau humor permanente contamina o ambiente laboral.
3. Há também aqueles que responsabilizam e projectam tudo o que de mal passam ou pensam passar num único indivíduo ou organização.
4. No trabalho, o estabelecer relações de amizade e empatia, ameniza os problemas que a convivência sempre gera. Os problemas do mau humor podem ser de tal ordem que até a sua progressão na carreira ou mesmo a sua empregabilidade na Organização pode ficar em perigo.
5. Antes de dizer “Não”, Não consigo”, “Não posso”… tente pensar mais um tempo na pergunta e na resposta que vai dar. Não é sempre uma resposta fácil de dar (e não muito agradável de ouvir).
6. Pode provocar perda de libido, alterar os seus hábitos de higiene, de alimentação e sono. Pode fazer de nós uns “bichos”.
7. Pode entrar em uma espiral de pessimismo ou de ansiedade. Igualmente pode também desenvolver sintomas psicossomáticos.
8. Não é por trazer consigo e manifestar visivelmente o seu mau humor que o problema se resolve. Muito pelo contrário, tem tendência em agudizar-se. Já o inverso parece funcionar: o bom humor atrai o bom humor. Lembre-se.

Todavia não se pretende criar “graça” e humor a quem não tem estas características. Mas, como tudo, há atributos que podem ser trabalhados, melhorados; a e simpatia e gentileza, sobretudo esta,são mais fáceis de atingir.

Todos sabemos que é muito difícil mudar comportamentos, atitudes e valores. Mas tudo pode ser trabalhado, melhorado.

Mas também há que ter cuidado com o excesso de bom humor no trabalho ou humor despropositado ou inadequado. E este comportamento é muito fácil de ser observado. É necessário então:
1. Analisar o nível de intimidade que se tem com o interlocutor. Esta não é função apenas do tempo em que conhecemos a outra parte. Depende de afinidades e do tipo de convívio que formos tendo e conseguindo.
2. Não conte piadas racistas, de opções sexuais, de religião, de diferenças culturais. A maior parte das vezes não conhecemos completamente a outra parte do nosso interlocutor.
3. Nem todos os momentos são ideais para uma graça. Certifique-se que é o apropriado. Em caso de dúvida, cale-se.
4. Tente evitar contar piadas pelo telefone. Poderá ter dificuldade em ter e entender o feedback. Também pode mostrar alguma falta de educação.
5. Tenha cuidado com os e-mails (mensagens, assuntos e apresentação) e com os forwards.
6. Nem todos nós sabemos ser engraçados e agradarmos a todos os públicos e a toda a hora. Se acha que não é o seu público ou que não está nos seus dias…talvez seja melhor estar mais calados e esperar o momento para colocar em prática a sua gentileza e mostrar o seu sorriso franco que não tem hora.

“A ideia de que o humor é um agente aglutinador (desde que não resvale para a chacota) e propiciador de um ambiente organizacional parece geralmente consensual e bem aceite. O humor é considerado um lubrificante que permite que as pessoas interajam e se acertem melhor nas suas tarefas, muitas vezes conflituosas.”, explica Marbino Resende.

Se o Tempo não pára, não pare você também.
João Paulo Marques
http://www.linkedin.com/in/joaopmarques
@joaodavespa

sábado, 28 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Salomão - O elefante diplomata

O Cão e o Elefante Salomão

A diplomacia portuguesa aprontou mais um golpe de génio.

Entrámos pela Casa Branca... quase de gatas ou mesmo de gatas.... vai haver um português residente... sem necessitar de visto ou outras burocracias. VAMOS TER UM CÃO. Um cão de água. Nada mau... Infelizmente os nossos políticos nada conseguirão aprender com aquele cão... e a culpa não será do canídeo

Esta manobra estratégica, já usada na diplomacia portuguesa, fez-me lembrar um livro que recentemente li cujo nome é: Salomão, o elefante diplomata.

Mostra como João III conseguiu ter um golpe de génio e passar a perna a todos os estadistas europeus seus contemporâneos.

Aqui vai o nome da obra:
SALOMÃO
O Elefante Diplomata
A história da última jóia do Império.


Leiam... vai valer a pena.

Dos Autores de
Portugal − O Pioneiro da Globalização e
1509 − A Batalha que Mudou o Domínio do Comércio Global

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CONTE COM OS MAIS EXPERIÊNTES

CONTRATAR EMPREGADOS MAIS VELHOS É UM MOVIMENTO ESTRATÉGICO IMPORTANTE
Faça da sua Organização uma Tribo (Seth Godin in “Tribos”)

Este texto, eu acho, não se ajusta ainda para mim. Talvez pretenda ser uma antecipação do meu futuro… a ver vamos.
Pretendo, com o mesmo, desmistificar um pouco o problema da idade no recrutamento de quadros e colaboradores de hierarquias mais baixas. Claro que, como tudo, há excepções, há situações, há pessoas… que em tudo são diferentes.
Lembro-me, num passado distante, em umas acções de formação em que fui monitor do jurássico Lotus 123 de ter uma plateia composta de várias idades, sobretudo imbuída de diversos, distintos e antagónicos interesses. Tinha alunos que pouco passavam dos 18… até a senhores que rondavam os 60´s. O acesso aos computadores na altura era muito difícil…poucos haviam e portáteis só nos filmes do James Bond. O caso mais extremo de interesse era de um senhor que reproduzia as folhas de cálculo num caderno de folhas quadriculadas… também o caso mais difícil era de outro, mais ou menos da mesma idade, que usava a velha máxima de burro velho não aprende línguas. Não lhe dei razão.
Pretendo então passar-vos 12 razões (para 12 meses) porque devemos contratar e contar com colaboradores mais velhos, mais experientes e, provavelmente, mais sábios.

1 – Pontualidade. Começo por esta. Infelizmente é algo que não consegue ser enraizado na nossa cultura e valores. Acredito que a tendência seja para piorar…pelo menos é o que eu percebo pelo dia a dia, o que se traduz numa falta de respeito pelo trabalho dos outros.
Já as estatísticas e alguns textos (e informação da internet) dizem que os trabalhadores mais velhos são mais pontuais … porque, entre outras razões, gostam e dão valor ao trabalho. Igualmente as suas faltas justificadas ou injustificadas tendem a ser menores.
Tive uma passagem, por dois anos, a ajudar a treinar equipas de rugby. Para além de todos os ensinamentos técnicos que transmitíamos fazíamos por passar às crianças a importância de serem pontuais.

2 – Honestidade. É corrente entre os colaboradores mais experientes haver um espírito de lealdade, entrega e de procura em ajudar o grupo. Ao contrário, profissionais mais novos, em regra, não têm esta dedicação ao grupo.

3 – Foco, atenção e detalhe. Os mais experientes são, em regra, mais atentos, mais concentrados em determinados aspectos e conhecedores (e reconhecedores) de informações correctas e incorrectas. Lembro-me de um colega, bem mais velho, o Sr. Marques (nada a ver com a família) que, em virtude de ter sido polícia de trânsito, organizava as rotas de entrega dos materiais… ele sabia onde ficavam as ruas e como chegar lá… bem como lembrava-se dos códigos postais e dos nomes. Todas estas associações, que só ele sabia fazer, facilitava em muito a organização desta tarefa logística.

4 – Maturidade. Esta é um atributo que só se atinge com a idade e com a experiência. O colaborador mais inexperiente poderá ter dificuldade em resolver certas situações em que a experiência / maturidade seja essencial. Lembro-me de muitas perguntas que me fazem (e que fazem a alguns dos meus colegas mais experientes) …e, para as quais, já tenho (e já têm) as respostas preparadas. É uma resposta de cartilha… mas funciona.

5 – Exemplo a seguir. Um trabalhador mais experiente é uma mais-valia inquestionável para a Empresa. Ele pode encarnar a Cultura da Organização. Ser a referência da mesma. Ser aquele que transmite os valores da Organização aos que chegam . Há exemplos claros nas organizações desportivas em que antigos jogadores continuam ligados aos clubes… sendo os embaixadores do mesmo.
Acredito que a existência de uma figura com este perfil no seio das organizações seja um elemento provocador de tranquilidade e segurança para todos. Os que chegam e para os que por lá já andam.

6 – Custos com a contratação. Muitas vezes estes trabalhadores estão dispostos a trabalhar por um salário mais baixo. Eles não procuram apenas compensações monetárias…muitas vezes estão em busca de desafios profissionais e assim aceitam salários mais baixos. Também os custos referentes a seguros de saúde ou outros não são necessários porque já os têm. Igualmente conseguem mais rapidamente entrar na engrenagem de trabalho da organização. Muitas vezes a partir de uma determinada idade, estes colaboradores tendem a se fixar numa Empresa. Atingem, quase se poderá dizer, satisfação no que fazem.
Estes profissionais (menos novos) muitas vezes pretendem apenas trabalhar uma parte do dia ou alguns dias por semana… o que se pode tornar uma vantagem importante para a sua contratação. Imagine alguém que só pretende trabalhar aos fins- de- semana porque durante os outros dias tem os netos para cuidar.

7 – Bons ouvintes. A sua experiência permite que saibam ouvir. Por este facto as acções de formação são muito mais conseguidas. O seu background… ajuda também. Podem e costumam ser um elemento enriquecedor das acções de formação. Existe um falso preconceito de que um trabalhador menos novo tem menos capacidade de aprender. Porventura será verdade, mas existem estudos que dizem que a capacidade de aprendizagem é menos afectada pela idade do que outras performances físicas, como vigor físico ou atenção. Demonstram sim um enorme empenho em aprender e em passar conhecimento.

8 – Capacidades (e senso de oportunidade) de comunicação – Por serem profissionais mais experientes entendem as politiquices da Empresa… e sabem, por isso, usar a diplomacia no seu relacionamento com os superiores, pares e subordinados.

9 - Dedicação / Qualidade no trabalho. Pelo facto de terem mais experiência, de possuírem mais argumentos para responderem a problemas rotineiros, costumam produzir um trabalho de qualidade superior. Também o seu olho treinado permite descobrir e/ou solucionar erros de processo , de identificação de produtos, de pricing, entre outros.
Fazer mal feito quase sempre demora mais tempo e é mais dispendioso do que fazer bem feito. E isto, os mais experientes sabem bem da sua importância.

10 – Orgulho.
Têm orgulho em fazer o que fazem… nos resultados que apresentam…de serem válidos para a Organização. Muitas vezes não se importam de prolongar o seu horário de modo a acabar o que tem que ser finalizado.
Há trabalhos que não podem ser retomados ou que a sua interrupção poderá ser extremamente difícil e com custos elevados. Na indústria em que tenho desenvolvido a minha actividade (sector gráfico) a interrupção de um trabalho pode fazer com que o mesmo seja completamente inutilizado.

11 - Organização, método e rotina no trabalho. Sabem o que fazer, como fazer e que atitudes tomar quando algo não corre como o estabelecido. Em muitas organizações quando algo ocorre fora do planeado, do previsto, este facto pode tornar-se um problema sério…….um colaborador com experiência sabe e não tem medo, em princípio, de tomar uma decisão. Senão a correcta… pelo menos uma que minore a turbulência.
Muitas vezes a não decisão é pior do que decidir erradamente.

12. Confiança. São consultados e as suas opiniões são levadas em linha de conta. Não se importam de partilhar a sua experiência com os mais novos. Sentem prazer nisso.

Ao andar a vaguear pela WWW apanhei os seguintes dados:
- Trabalhadores com idade superior a 65 anos faltam, em média, 4,2 dias. Já os de idade compreendida entre 46 e 64 o fazem por 5,7 dias (média/ ano).
- Trabalhadores com mais de 55 anos são responsáveis por menos de 10% dos acidentes de trabalho (sendo estes mais de 14% da população activa). No entanto, a sua recuperação destes acidentes tende a ser por um prazo superior.
- Outros dados dizem-nos que 14% de trabalhadores mais velhos preferem continuar a trabalhar a tempo inteiro; 10% preferem continuar a trabalhar, mas com alguma flexibilidade de horários; 17% pretendem novas funções ou um novo desafio profissional. Sobretudo este último dado demonstra que eles querem que contemos com eles.
- Também há dados que nos transmitem que trabalhadores que se reformam mais cedo ou quando se aposentam na altura prevista pela lei inscrevem-se em cursos da mais variada índole ou inscrevem-se na Universidade para continuarem a sua formação. Muitas vezes em áreas de saber completamente distintas daquelas em que sempre exerceram a sua actividade. Eu espero a vir a fazer parte deste grupo.
- Finalmente, muitos profissionais preferem fazer longas jornadas diárias do que optar por tempos parciais.
O que pretendo a partir deste texto é, de alguma maneira, reforçar a qualidade que os mais experientes, mesmo em final de carreira profissional, podem trazer às Organizações e, sobretudo, a quem está no início da sua actividade.
Há, em algumas Empresas, um défice de senioridade que se traduz por inconsistência nas respostas, na incapacidade de resolução de alguns tipos de problemas, na falta de cultura empresarial, etc.
O melhor dos mundos, para grande parte das Organizações, será uma mescla de senioridade transmitida pelos mais experientes e uma dose de irreverência conseguida através dos mais novos.
Pretendo dedicar este texto ao Sr. Dr. Mateus Moreira, meu director no BPSM / DGES , que sempre me ajudou e ensinou. A mim e a todos os elementos da DGES. Sabia, muito bem, separar horário de trabalho e tempo de lazer.

Se o Tempo não pára, não pare você também.
João Paulo Marques

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Beatles

Excerto de uma música dos "The Beatles" - All you need is love

There's nothing you can do that can't be done.
Nothing you can sing that can't be sung.
Nothing you can say but you can learn how to play the game
It's easy.
There's nothing you can make that can't be made.
No one you can save that can't be saved.
Nothing you can do but you can learn how to be you
in time - It's easy.

sábado, 17 de janeiro de 2009

D. José Policarpo

O que D. José Policarpo achará de eu nos últimos dia ter comido:
Moamba, Cachupa e uma Feijoada à Brasileira.
Acho que lhe vou perguntar.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Tribos

Excerto de um livro do Seth Godin
O que é uma tribo?
Para Seth Godin as tribos são grupos de pessoas reunidas em torno de uma ideia, em constante ligação com um líder e em cosntante ligação entre elas. As trobos pões o mundo a funcionar. Sempre foi assim. Sempre será assim.

Sem líderes, não há seguidores.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

D. José Policarpo

Digamos que inqualificável a sua posição sobre o casamento inter-religioso. Sobretudo porque o tenho como um homem inteligente. É por estas posições que a Igreja está como está

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Jaime » fados e guitarradas

McDonalização… parece que é o que temos de levar todos os dias.

Falo de muita coisa. Dos prazeres da comida (parece que o bacalhau com natas é igual em todo o lado… e que tudo sabe a bacalhau com natas), dos prazeres da bebida, dos filmes melodramáticos que passam na TV (também sabem a bacalhau com natas), dos garotinhos que já usam fato e ainda andam no primeiro ano da faculdade, dos restaurantes à hora do almoço cheios de camisas brancas ou azuis, casacos cinzentos ou azuis, de gravatas invariavelmente iguais… sorte têm as mulheres que têm muito por onde escolher… . Podem ser multiple task… mas o multiple choice parace que não as ajuda. Passemos à frente

Com isto tudo o que eu vos quero dizer é que lá para os lados da Graça há um tasco castiço. Aos domingos e sábados (troquei a ordem das coisas » porque gosto mais dos sábados do que dos domingos) toca fado mesmo vadio. Começa pelas 16h e acaba lá pelas 20h. è de tal maneira vadio que já apanhei uma japonesa a cantar o “Povo que lavas no rio”.

A tasca chama-se “O Jaime”. E vale a pena ir lá bebericar um Porto.

By the way... eu gosto mesmo de Bacalhau com Natas

PRETO E BRANCO NEM SEMPRE DÁ EM CINZENTO

PRETO e BRANCO NEM SEMPRE DÁ EM CINZENTO (ou como simpatizar com alguém à primeira)

"Viver é um exercício de degustação."


Keywords: primeira impressão, elevator talk, vendas


Muitas vezes formamos a nossa opinião sobre alguém apenas com um pestanear de olhos. Assim, rápido, com apenas um olhar.

Há uma parte do nosso cérebro que chega rapidamente a conclusões. Esta é chamada inconsciente adaptável. Este conceito é visto como uma espécie de computador gigante que, de forma rápida e silenciosa processa os dados que necessitamos para nos mantermos como seres humanos. Permite-nos avaliar o mundo, alertar-nos em caso de perigo, definir metas e iniciar novas acções.

O poder de avaliar uma dada situação em questão de segundos não é um dom divino apenas reservado a alguns eleitos. Tudo pode ser trabalhado, melhorado. No entanto alguns estudos dizem-nos que a percepção do processo de comunicação tem as seguintes características (aproximadas):
· 55% é obtido pela linguagem corporal (gestos, postura, olhar, respiração…);
· 38% é obtida pela voz e da maneira como a utilizamos;
· 7% é obtida pelo vocabulário (espantoso este último dado, não é?)

Há o chamado The Warren Harding Error. Basicamente ele diz-nos que a primeira impressão que temos sobre uma pessoa, em regra a aparência, vão modelar o nosso comportamento em relação a ela. Coloque-se na posição de um vendedor de automóveis de luxo. Um miúdo de jeans esfarrapados entra pelo seu stand e interroga-o sobre aquele BMW Cabrio. Você não lhe dá importância… quer é que ele saia e não roube nada. No dia seguinte ele entra com o pai… dirige-se ao seu colega e compra um carro de topo de gama. O que se passou? Você cometeu um erro de julgamento. Tirou um primeiro retrato, emoldurou-o e deu-lhe um nome… nome do miúdo que entrou na véspera.

Todos nós pré-julgamos, tiramos conclusões precipitadas e enganamos-nos.

Pretendo passar-vos 30 conselhos do que fazer e não fazer para vencer o embate dos primeiros segundos. Muitas vezes temos apenas um tempo reduzido para cativar alguém. Imagine uma viagem de elevador. Do piso térreo até ao 12º andar. É esse tempo que se pode ter para sair do elevador vitorioso ou voltar para o piso de entrada.
Vamos então a eles.

1 - Começo por coisa uma óbvia. Sorria. O sorriso é contagioso. Felizmente que é!
2 - Fale em frente ao espelho. Pode parecer uma tolice… mas talvez revela algum tique. Melhor ainda, grave uma apresentação sua. Quem sabe, descobre também vícios de linguagem.
3 - Observe os outros. Quer aqueles que são os seus superiores, quer aqueles que não pretende imitar.
4 - Apertos de mão longos podem ser considerados desapropriados. Faça um aperto de mão firme, sincero. Não aperte as mãos do seu interlocutor com as suas duas mãos. Passa um ar de político, e nós sabemos o que pensar da maioria.
5 - Não coloque as mãos nos bolsos quando falar com alguém. Pode parecer que está e esconder algo. Coloque-as ao lado das ancas ou aperte-as atrás das costas. Neste último caso fica com uma postura hirta e confiante.
6 - Não fale de braços cruzados. Pode passar uma imagem agressiva e/ou defensiva
7 - Não se recline sobre a mesa. Pode passar um ar de pessoa preguiçosa e cansada. Sente-se encostado às costas da cadeira.
8 - Não mexa muito os pés . Evite fazer meios círculos com eles. Dá ideia que está desinteressado.
9 - Olhe directamente para a pessoa com que está a falar. Transmite-lhe assim confiança e demonstra interesse. No entanto, não fixe muito esse olhar.
10 – Não olhe para o lado ou para outras pessoas. Pode demonstrar falta de confiança ou que está a esconder qualquer coisa.
11 – Se tiver que usar óculos, não olhe por cima dos aros. Pode passar que está a ser condescendente. Evite usar óculos escuros para falar com as pessoas.
12 – Tente não pestanejar em demasia.
13 – Evite olhar para a porta. Dá a entender que se quer ir embora. O mesmo se diz quando olha para o seu relógio.
14 – Não coce os olhos com as mãos. Pode passar a ideia que não está a acreditar na situação.
15 – Evite gestos bruscos. Podem parecer ameaçadores.
16 – Quando sentado, descanse as mãos nos braços da cadeira ou sobre os joelhos. Evite colocá-las sobre a mesa, sobretudo se estiver nervoso. Não toque piano sobre a mesa. Não se sente com as mãos sobre o queixo, pode passar a ideia de que tem a mente a vaguear sobre outros assuntos.
17 – Se sentado, não cruze as pernas. Pode passar uma imagem de excesso de à vontade. Também não as estique. Pode parecer que está a invadir o espaço do seu interlocutor. Sente-se com os dois pés juntos.
18 – Não respire profundamente. Faça antes  respirações regulares.
19 - Vá dando sinais de ir seguindo a conversa. Isso pode ser feito com leves movimentos da sua cabeça. Se se mover muito transmite impaciência.
20 – Não vá mordendo os lábios ou engolindo. Transmite a imagem que está desconfortável ou pior, ser considerado uma agressão sexual.
21 – Mantenha o rosto com expressão.
22 – Quando se dirigir em direcção a alguém, ande, não corra. Olhe para essa pessoa, não para o chão. Não ande aos ziguezagues.
23 – Para transmitir sinceridade e confiança, pode bater com a palma da mão sobre a zona do coração.
24 – Para transmitir a ideia de vamos ao trabalho, pode tirar o casaco, desapertar o gravata e subir as mangas da camisa.
25 – Não aponte ou feche as mãos. Não coce a cabeça, não mexa no nariz, não esfregue os olhos. Não passe os dedos pelo cabelo, pode demonstrar que está a sentir-se frustrado. Não bata palmas para chamar a atenção de alguém.
26 – Em casos em que já existe intimidade, um abraço, uma palmada no ombro ou nas costas, pode ser aplicado.
27 – Abra a porta e deixe que as visitas entrem primeiro.
28 – Use sapatos que lhe sejam confortáveis. Que lhe deem um bom andar. Este bem estar é percebido. Sobretudo, o mal estar é imediatamente reconhecido.
29 – Não mexa insistentemente no laptop ou no telemóvel. Pode dar a imagem que está desinteressado.
30 – Por fim, use um timbre de voz seguro, firme e decidido. Pode assim auto motivar-se.Afinal, o principal beneficiado é você.

A estes 30 pontos podem ser acrescentados outros 30. Trabalhe estes elementos. Verá que se vai sentir  melhor. Claro que há dicas que se ajustam a determinadas culturas e que não fazem sentido em outras. Em caso de dúvida, google.

Nota: Este texto foi baseado, em parte, na leitura de BLINK de Malcolm Gladwell e na observação de comportamentos de outros e dos meus, bem como na pesquisa de várias leituras efectuadas por muito lado.

Se o Tempo não pára, não pre você também.

sábado, 10 de janeiro de 2009

UM CONSELHO… UMA ÚLTIMA REVISÃO

UM CONSELHO… UMA ÚLTIMA REVISÃO

Nunca deixe de ouvir um conselho. Quem sabe ele ser-lhe-á útil. É sabido que, quanto mais perto estamos do assunto, mais dificuldade temos em perceber as suas falhas. É assim que se passa com o que escrevemos. Na nossa “cabeça” pode fazer todo o sentido…porque conhecemos a história, dominamos o assunto, estamosdentro dele,etc.

Mas... porque há sempre um mas...

  • Seguem 6 passos que poderemos usar:

    Por isso, é aconselhável após termos redigido o nosso esboço final, que nos levantemos… nos afastemos mentalmente do texto e, que mais tarde, o voltemos a ler.

    Poderá ajudar-nos nesta tarefa tentarmos encarnar o leitor. Tarefa difícil, mas muito útil. Questionar-nos-emos se o texto tem toda a informação necessária? Se faz sentido? Se tem interesse? Se possível, peça que lhe leiam o texto…terá assim o ponto de vista do leitor.

    Eliminar frases longas, palavras desnecessárias, dúbias ou pouco correntes. Nem todos os leitores possuem o seu vocabulário.

    Elimine a voz passiva ou um estilo muito informal (este poderá ser, todavia, apropriado).

    Leia, releia, faça-o em voz alta. Quem sabe se o texto ainda precisará de um útimo retoque.

Peça ajuda. Há quem a lhe queira dar, de certeza.


Se seguir estes conselhos talvez evite equívocos, situações comprometedoras ou uma explicação ao seu superior. Lembre-se: a Lei de Murphy existe: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Murphy). Ela está à sua porta

Lembre-se, o mundo não é perfeito, nem justo....invista tempo na qualidade do seu trabalho…salvaguarde-se.


PS: Experimente ler em voz alta um texto numa língua estrangeira e veja a dificuldade que pode ter.


Se o tempo não pára, não pare você também.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Novidades

Resolvi mudar o aspecto... quase uma plástica digital...fica, contudo, uma homenagem ao meu Clube, Sporting Clube de Portugal.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

IDEIAS BARATAS PARA USAR E NÃO ESQUECER

IDEIAS BARATAS PARA USAR E NÃO ESQUECER

"...quando se vê, já são seis horas; quando se vê já é sexta-feira;
quando se vê, terminou o ano.”(Mário Quintana)

Todas ou quase todas as empresas, pelo menos durante uma fase do seu Ciclo de Vida, pretendem crescer. Crescer em receitas totais, crescer em margens, crescer em volume de vendas por Clientes, crescer na base de Clientes, crescer no número de produtos lançados…enfim… crescer por todos os lados.

Para isso recorrem a diversas estratégias. Muitas vezes estas passam pela contratação de Consultores que, em regra, são caros. Muitas vezes estes profissionais estão fora do ramo de negócio, não entendem como ele se desenrola, e chegam até a recorrer a uma cartilha que pretendem implantar a todos os negócios para os quais são contratados para o desenvolverem. A isto acresce a proposta de soluções que chegam a ser mais dispendiosas (ou inacessíveis) que a sua própria contratação.

Algumas das soluções que apresento em seguida são relativamente económicas. Os seus bons resultados são confirmados pela maioria das Organizações. A sua preparação e execução é relativamente rápida ou quase imediata. Vamos a elas.

Press Releases » Muitas vezes estes documentos ou são esquecidos ou tratados com leveniedade. É claro que a informação que consta neles tem que ser valiosa e útil. Envie este documento para as rádios, jornais, televisões, revistas. Caso estas entidades o usem… pode chegar a um público imenso, variado e de forma gratuita. Redija um documento curto e de forma simples e concisa. Arranje um título sugestivo.

Esta informação pode também ser veiculada para os seus Clientes. Conte-lhe o que anda a fazer, como o anda a fazer…. Faça-lhe ver que a sua Organização está viva e bem dinâmica.

Cartões » Na sua ficha de Clientes coloque, quando souber, elementos pessoais dos mesmos. Falo de data de nascimento, filiação clubista e partidária, religião, nome dos filhos, hobbies, etc. Quando algo relacionado com essa informação particular suceder, dê-lhe os parabéns.
Feiras / Certames » A presença nestes certames é dispendiosa. Mas se esta actividade for bem planeada, pode trazer um elevado retorno. Conseguirá estabelecer contacto com milhares de potenciais Clientes, estreitar o relacionamento com os Clientes presentes eventualmente, recuperar alguns dos Clientes perdidos. Nestes eventos não há espaço para a Porta Fria. Não se esqueça das brochuras, dos cartões de apresentação, de brindes, de material promocional. Quando o evento terminar, num espaço de tempo relativamente breve, não se esqueça de:
» Responder a todos os visitantes que lhe solicitaram mais informação ou visitas;
» Agradecer a todos os que o visitaram.

Não faça destes encontros um frete.

Internet» Esta ferramenta, por incrível que pareça, é ainda insuficientemente explorada. Quantas vezes encontramos páginas de internet desactualizadas, para já não falar de algumas empresas que nem sequer a têm. Trata-se de um investimento muito económico

Hoje em dia a informação é quase pública, encontra-se disseminada pela WWW. Associe-se a newsgroups que tenham uma área semelhante à sua. Não se esqueça de colocar, pelo menos, informação de como entrar em contacto com a sua empresa, de como lá chegar.

Não quero deixar de contar uma situação que se repete comigo vezes sem conta. No meu trabalho (actuo na área comercial) faço bastante prospecção de mercado. Gosto de o fazer. Pretendo sempre ir ao encontro da categoria profissional que está mais ajustada ao tipo de produto / serviço que vendo (material de PdV). Muitas vezes, quem nos atente (falo por todos) o telefone, tem instruções de apenas deixar passar o e-mail geral e mais nada! Nem nomes, nem nada! Um modo fácil de ludibriar esta ausência de colaboração é entrar na Net e fazer uma pesquisa com o nome da Empresa e /ou entrar em sites de relacionamento profissional e fazer o mesmo. Essa informação aparece muitas vezes..

Algumas vezes também só nos dão o nome e e-mail das secretárias ou dos colaboradores juniores mas, sabendo o nome dos seniores, em regra, os endereços electrónicos têm a mesma matriz.

Lembre-se, os seniores já foram juniores e o email mantém-se.


Direct mail» É uma ferramenta que tem que ser bem trabalhada. A sua produção representa um investimento significativo. Não se trata apenas de produzir uma carta e despachá-la. Se este for o seu objectivo, trata-se de um puro dispêndio de tempo e dinheiro. O seu efeito junto dos Clientes pode até ser prejudicial. Há várias empresas no mercado especializadas nesta ferramenta. Consulte-as. Veja o que elas têm a oferecer.

Quantos de nós não somos violentados com informação completamente irrelevante que nos é dirigida. Muitas vezes nem o nosso nome aparece bem escrito ou o cargo que detemos está correcto. Quando é assim qual o uso que lhe dá? Deixe-me adivinhar.

Lembre-se, há profissionais sensíveis aos cargos que ocupam e não toleram que o seu nome seja mal escrito.


Respostas » Não deixe de responder às solicitações que lhe fazem. Mesmo que os pedidos de orçamento não sejam ajustados ao tipo de trabalho que faz, não deixe de o fazer. Pode aproveitar o momento e enviar uma apresentação da sua Empresa. Quem sabe se outros negócios podem aparecer no imediato ou num futuro próximo.

Com esta atitude passará a imagem de um profissional responsável, atencioso e proactivo. Não é isto que os Clientes querem?


Apresentações » A sua Força Comercial não é apenas constituída pelos seus colegas de trabalho, independentemente de qual a posição que ocupam na Organização. Se o seu Advogado, Contabilista, Gerente de Conta, Carteiro, dono do restaurante que frequenta, etc… souberem o que faz…pode haver a hipótese de entrarem em contacto consigo. Um conjunto de brochuras (ou CD-ROM e alguns cartões de visita devem ser deixados nestas pessoas.


Páginas Amarelas» Pensa que estão em desuso? Nem pensar! Enquanto muitos dos anúncios que vemos na media rapidamente caem no esquecimento… ainda há o hábito de folhear as yellow pages para procurar algo. Um anúncio lá publicado com algum destaque pode fazer com que a nossa Organização ganhe realce no universo daquela informação toda. Com a vantagem que este meio não necessita de meios tecnológicos para ser consultado nem apresenta prazo de validade.


Serviço cívico à sociedade» Inacreditável como as empresas não colaboram com a sociedade civil. Não falo apenas de doações, patrocínios ou outra qualquer actividade que possa envolver meios monetários. Basta, por exemplo, fazer com que alguns quadros das empresas se desloquem a escolas e falem com os alunos. Outras soluções pouco ou nada dispendiosas poderiam passar pela dádiva de subprodutos que não podem ser vendidos no mercado (apenas por razões de estética) e atribuí-los a lares, refeitórios, etc.

Tente ter uma actividade e presença na comunidade envolvente. É sempre bom ter boa vizinhança.Vejam a vossa empresa… e pensem o que podem fazer sobre este aspecto.


Prémios, eventos e material promocional» Material promocional com o nome da sua Empresa como, canecas, canetas, tapetes de rato, t-shirts … podem fazer com que a sua organização seja rapidamente recordada.

A produção de eventos, concursos / prémios também faz com que os consumidores criem laços afectivos com a nossa Organização.

Pense o que uma empresa gráfica poderia fazer ao atribuir a um prémio um designer recém – formado através de um concurso a ser realizado numa escola. Todos os alunos ficariam a saber que essa gráfica existia e que eram uns gajos porreiros.


Se o Tempo não pára, não pare você também.
João Paulo Marques

@joaodavespa