sexta-feira, 13 de junho de 2025

Consultoria para Empresas Familiares (a consultoria não substitui a essência familiar da empresa)

Consultoria para empresas familiares - JPM 

 


Consultoria para Empresas Familiares  (a consultoria não substitui a essência familiar da empresa)

“Puxar em comum, mas não pensar em comum.”, Marco Aurélio

 


Procurar apoio nunca foi sinónimo de fraqueza; procurar apoio profissional também não o é. É sim, sinal de maturidade e compromisso com o futuro do negócio.

Durante a minha carreira profissional, quer como colaborador, quer como fornecedor / cliente,  lidei com empresas PME muito centradas na figura do fundador ou dos seus sucessores.  O cunho da gestão estava muito centrado numa pessoa.

Talvez mais centrado ainda seja quando falamos de empresas familiares. Quando estas enfrentam desafios únicos que combinam dinâmicas pessoais e profissionais, tornando a gestão mais complexa do que em organizações tradicionais não familiares.

Aqui estão seis dos sinais claros de que a sua empresa familiar pode beneficiar-se  de procurar uma consultoria especializada:

 

1. Conflitos familiares afetam as decisões empresariais

Quando discussões familiares começam a influenciar estratégias de negócio ou quando decisões empresariais são tomadas com base em relacionamentos pessoais ao invés de critérios técnicos, isso indica a necessidade de estruturas mais profissionais.

Disputas entre gerações ou entre ramos da família podem paralisar a tomada de decisões importantes.

 

2. Ausência de estrutura de governança clara

A falta de definição clara de papéis, responsabilidades e processos decisórios é um sinal vermelho. Sem protocolos familiares, conselhos de administração estruturados ou comités de gestão, a empresa opera de forma improvisada, criando e multiplicando a confusão e alastrando a ineficiência.

 

3. Dificuldades na sucessão

A resistência da geração mais velha em transferir responsabilidades, a falta de preparação dos sucessores ou a ausência de um plano de sucessão estruturado são indicadores críticos.

Muitas empresas familiares falham na transição geracional por não terem um processo bem definido.

 

4. Profissionalização insuficiente

Quando posições-chave são ocupadas apenas por membros da família, independentemente de qualificação, ou quando há resistência em contratar executivos externos competentes, a empresa pode estar limitando seu potencial de crescimento.

A falta de meritocracia prejudica a competitividade que se pretende que seja sempre presente.

 

5. Mistura inadequada entre património familiar e empresarial

A confusão entre recursos pessoais e empresariais, decisões financeiras baseadas em necessidades familiares ao invés de estratégias pensadas de negócio, ou a falta de transparência financeira são sinais de que a empresa precisa de estruturas mais profissionais.

 

6. Estagnação no crescimento

Quando a empresa perde competitividade no mercado, tem dificuldade em inovar ou expandir, ou quando o crescimento está abaixo do potencial devido a limitações internas relacionadas à gestão familiar, isso indica necessidade de apoio externo especializado.

A consultoria de gestão de empresas familiares pode ajudar a implementar estruturas de governança adequadas, desenvolver protocolos familiares, criar planos de sucessão eficazes e profissionalizar a gestão, preservando os valores familiares enquanto garante a sustentabilidade e crescimento do negócio.

Se identificou algum destes sinais no seu negócio, talvez seja a hora de dar o próximo passo. Uma conversa com um consultor pode fazer toda a diferença para transformar desafios em oportunidades.

 

Um caso:

Durante muitos anos trabalhei num grupo familiar. Os negócios eram vários, com e sem sinergias. Falamos de Gráfica, Publicidade Exterior e Construção (pelo menos).

Alguns dos meus colegas eram empregados das três, isto é, algum aperto, lá ia um, independentemente do que estava a fazer ou que tivesse planeado. A ordem vinha do quinto andar (menção ao edifício do antigo BPSM), onde ficava a administração porque, e só porque, as escadas dos bombeiros nos anos 70 só chegavam ao quinto andar. Mas todos ou quase todos, com carta de condução, cabiam nesta multiplicidade de funções.

Alguma da (des)dinâmica desse grupo de empresas era também pautada pela capacidade de dar despacho pela CFO do organograma, mulher do fundador.

Para quem não está dentro no que são as gráficas…pelo menos as PME, tudo é para ontem. Uma , das mutas razões: o calendário das campanhas não muda, o dia de natal nunca deixou de ser a 25

 

 

BLUR – The Universal , Uma das grandes bandas do Britpop . A música retrata uma visão distópica, onde a humanidade parece anestesiada por uma espécie de “droga universal” que suaviza a realidade — sugerindo frieza e alienação urbana.


PS: Nos anos 90 era assim; parece que no séc XXI continua na mesma 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Nunca é o momento perfeito, mas pode ser o momento certo.

 

Foto de Alba Lez

 

“Geralmente os Homens preocupam-se com aquilo que não podem ver do que com aquilo que podem”, Júlio César

 

Ficamos muitas vezes à espera das condições ideais, daquele momento "perfeito" em que tudo se alinha magicamente — com ou sem a intervenção das estrelas. Mas esse momento raramente chega.
Enquanto isso, o tempo passa… e as oportunidades escapam.

O "momento certo" é outro. É aquele em que reconhecemos que temos o suficiente para começar — mesmo que não seja ideal.
É sobre aceitar a imperfeição e agir, ainda assim.

E os projectos em que nos envolvemos têm essa peculiaridade, não é?
Há sempre mais uma coisa para pesquisar, mais um detalhe para planear, mais uma condição que deveria estar no lugar antes de começar. Mais um requisito. Mais uma vírgula…

A verdade é que a maioria dos projectos que realmente acontecem começam de forma imperfeita: com recursos limitados, conhecimento incompleto e uma série de incertezas pelo caminho.
Mas é exatamente essa imperfeição inicial que nos obriga a ser criativos, resilientes, adaptáveis.

Há algo de libertador — e profundamente corajoso — em aceitar que o primeiro passo não precisa de ser perfeito.
É melhor ter um protótipo tosco, mas real, do que um plano perfeito que nunca sai do papel.
Aprendemos fazendo, refazendo, melhorando, complementando….até errando

O mais interessante é que, muitas vezes, os projectos acabam por evoluir para algo completamente diferente daquilo que imaginávamos no início.
E isso só acontece porque começámos. Porque nos permitimos descobrir o caminho… caminhando.

 

Soup Dragons - "I'm Free" - "I'm Free" é uma canção icónica da banda escocesa The Soup Dragons, lançada em 1990, que se tornou um hino alternativo nos anos 90, misturando rock com influências de dance e dub.

I'm free to do what I want
Any old time
I said I'm free to do what I want
Any old time
I say love me, hold me
Love me, hold me
'Cause I'm free

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Florence Lawrence

Florence Lawrence 

 Florence Lawrence, para além da sua carreira no cinema, teve uma vida bastante diversificada com várias actividades paralelas dignas de nota:

1. Invenções automóveis: Era uma grande entusiasta de automóveis e uma inventora talentosa. Criou o que hoje consideramos o percursor dos piscas (um braço mecânico que sinalizava quando o carro ia virar) e também desenvolveu um sinal de "stop" automático que se ativava quando os travões eram acionados. Infelizmente, nunca patenteou estas invenções, pelo que não recebeu reconhecimento oficial nem compensação financeira pelas mesmas.

2. Negócios: Florence investiu parte dos seus rendimentos do cinema numa empresa de cosméticos chamada "Bridgewood Cosmetics". A empresa fabricava maquilhagem e produtos de beleza, refletindo o seu interesse pela indústria da beleza.

3. Imobiliário: Como muitas estrelas de cinema da sua época, Lawrence investiu em propriedades imobiliárias, especialmente na zona de Los Angeles durante o boom imobiliário do início do século XX.

4. Equitação: Era uma ávida cavaleira e mantinha vários cavalos. Esta paixão também se refletiu em alguns dos seus papéis no cinema.

5. Música: Florence tinha formação musical e tocava piano, uma competência que ocasionalmente utilizava em apresentações ao vivo antes da era do cinema sonoro.

6. Filantropia: Embora não esteja extensivamente documentada, existem registos do seu envolvimento em causas beneficentes, particularmente aquelas relacionadas com o bem-estar de crianças e artistas necessitados.

Estas actividades paralelas mostram como Florence Lawrence era uma mulher multifacetada, com interesses que iam muito além da sua carreira de actriz, demonstrando uma criactividade e espírito empreendedor notáveis para uma mulher da sua época.


Alguns dos filmes mais notáveis de Florence Lawrence incluem:

1. "The Girl and the Outlaw" (1908) - Um dos seus primeiros trabalhos importantes na Biograph Company, sob direção de D.W. Griffith.

2. "Jones and the Lady Book Agent" (1909) - Uma comédia curta que demonstrou as suas capacidades como actriz cómica.

3. "The Lonely Villa" (1909) - Um thriller primitivo que se destacou pela forma como criava suspense, onde Florence interpreta uma mãe que tenta proteger as suas filhas.

4. "The Broken Oath" (1910) - Um dos seus primeiros filmes para a IMP Studios, após deixar a Biograph.

5. "The Taming of the Shrew" (1908) - Uma adaptação precoce da obra de Shakespeare.

6. "Lady Helen's Escapade" (1909) - Um filme onde interpretou uma mulher da alta sociedade que foge do seu ambiente habitual.

7. "The Medicine Bottle" (1909) - Um drama sobre uma mãe que tenta salvar o seu filho que ingeriu acidentalmente veneno.

8. "The Lure of the Gown" (1909) - Uma história sobre vaidade e aparências.

9. "Those Awful Hats" (1909) - Uma comédia sobre a moda dos chapéus femininos exuberantes que obstruíam a visão nos cinemas.

10. "The Unexpected Help" (1910) - Um dos seus últimos trabalhos com a Biograph antes de se tornar a primeira "estrela de cinema" nomeada.

É importante notar que muitos dos filmes de Florence Lawrence perderam-se  ao longo do tempo, como acontece com grande parte do cinema mudo daquela época. Os registos históricos mantêm a memória destes trabalhos, mas apenas uma fracção da sua extensa filmografia (mais de 300 filmes) sobreviveu até aos dias de hoje.


Florence Lawrence era também conhecida por vários nomes e alcunhas ao longo da sua carreira e vida:

  1. "A Rapariga da Biograph" (The Biograph Girl) - Este foi provavelmente o seu epíteto mais famoso durante os primeiros anos da sua carreira, quando trabalhava para a Biograph Company e os estúdios não revelavam os nomes verdadeiros dos atores.
  2. "A Rapariga das Mil Faces" (The Girl of a Thousand Faces) - Um nome que lhe foi atribuído devido à sua versatilidade como atriz e capacidade de interpretar uma grande variedade de personagens.
  3. "Flo" - Um diminutivo carinhoso usado pelos amigos e colegas próximos.
  4. "A Primeira Estrela de Cinema" (The First Movie Star) - Um título que lhe foi dado retrospetivamente pelos historiadores do cinema, reconhecendo o seu papel pioneiro como a primeira atriz a ser promovida pelo nome.
  5. Florence Bridgewood - O seu nome de nascimento, que ocasionalmente usava em negócios fora do cinema.
  6. Florence Solter - O apelido que adotou durante o seu casamento com Harry Solter, um realizador com quem trabalhou em muitos filmes.
  7. "A Primeira Dama do Ecrã" (The First Lady of the Screen) - Outro título honorífico que reconhecia o seu estatuto pioneiro na história do cinema.



quinta-feira, 24 de abril de 2025

"Todos, Todos, Todos" vs. "Alguns, Poucos, Selecionados"

Vespa Jorge Mario Bergoglio

 

Vivemos momentos “engraçados”. Alguns muito preocupantes e muitos outros que nos enchem de esperança. 

 Mas vamos lá enquadrar o título com a actualidade, mês de Abril de 2025 e duas das personagens mais marcantes da actualidade, o Papa Francisco e o Presidente Donald Trump. 

 Enquanto o Papa Francisco proclama seu "Todos, todos, todos" como um manifesto de braços abertos à humanidade, os Estados Unidos (e alguns pela Europa, inclusive Portugal) parecem ter adoptado uma versão diferente : "Alguns, poucos e muito seleccionados". 

 O Papa prega sobre pontes; os EUA especializam-se em muros. Francisco fala da dignidade universal; os políticos americanos debatem intensamente qual detector de mentiras é mais eficaz. Talvez o problema seja simplesmente de tradução. 

Vamos lá explicar: Quando Francisco diz "todos", o tradutor americano traduz para "todos que possam contribuir para o PIB". Deve ser isto. 

No final, talvez a verdadeira ironia seja esta: Por um lado tínhamos um líder ancião a defender um futuro mais inclusivo. Do outro temos uma nação jovem, nascida e povoada por emigrantes, a procurar negar um passado que teve na sua origem e da sua democracia 

 Esta tensão ilustra dois entendimentos fundamentalmente diferentes sobre comunidade e pertença: um baseado na inclusão universal e outro em definições mais limitadas de quem pode pertencer plenamente à sociedade. 

 Naturalmente que o “Todos, todos, todos” encerra muitos problemas e um esforço enorme. 

Uma imigração sem estruturas adequadas de recepção, integração e suporte cria desafios gigantes tanto para os migrantes quanto para as comunidades receptoras. Temos que respeitar todos. Aqueles que chegam e aqueles que já lá estão. 

 Mas o mundo foi feito destes movimentos de pessoas… 


 Nota 
 Nao sou religioso, apesar de educado na religião cristã e de ser baptizado. 

 Esta pequena prosa é um singelo elogia ao Papa Francisco. Ele era um desses raros homens bons. Falava do bem com uma coragem tranquila, como quem sabe que não precisa de gritar e gesticular para ser ouvido. 

 Chamo-me João Paulo. Nome escolhido em homenagem a dois papas: João XXIII e Paulo VI — dois homens que abriram portas, que procuraram diálogo, que ousaram mudar. Talvez o nome pese. Talvez me inspire. 

 Nestes tempos temos que reforçar que a bondade ainda importa mais

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Papa Francisco

Papa Francisco

 


Quis que a sua última aparição fosse na Páscoa.  Para quem é católico terá uma simbologia ainda maior

O Papa Francisco era uma pessoa singular

Era Atento

Era Inspirador

Era de Gestos Simples

Foi resistente às adversidades.

A vida, que tantos atravessam sem verdadeiramente a sentir, que muitos encaram como mera sequência de obrigações, essa vida ganha significado quando temos um exemplo como o Papa Francisco.

Olha por nós Jorge  Mário Bergoglio, que bem precisamos.


sexta-feira, 18 de abril de 2025

A Páscoa

Vespa Páscoa 



A Páscoa, para muitos de nós que não seguimos caminhos religiosos, carrega, mesmo assim, um significado especial. 

 Quando vejo as famílias a reunirem-se, as crianças a correrem atrás de ovos coloridos, ou amigos a partilharem uma refeição especial, encontro um momento que deve sempre estar presente e repetir-se: o da celebração e a amizade , suportada em rituais, que devem sempre existir. 

 Defender a tolerância, neste contexto, significa reconhecer que não precisamos partilhar as mesmas crenças para respeitar a importância que esta data tem os outros. 

A compreensão dos símbolos - sejam eles religiosos ou culturais - carregam histórias e emoções que merecem ser honradas, mesmo quando não as adoptamos. Num mundo tão dividido por dogmas e certezas disparatadas, espero que ainda exista espaço para que todos, religiosos e não-religiosos – perceber que podemos e temos todos de coexistir. 


 Boa Páscoa

quarta-feira, 16 de abril de 2025

A TESOURA DE TRUMP

A tesoura de Trump 


“A felicidade da vida depende da qualidade de nossos pensamentos” Imperador Marco Aurélio


Começo por uma imersão na história do século passado. 

Refiro-me às interferências governamentais nas universidades durante os regimes de Hitler e Estaline oferecem-nos paralelos históricos perturbadores. Tudo, nessa altura, foi mais extremado, mais violento...

Na Alemanha nazi, Hitler não se ficou apenas por cortes nas verbas — foi direto à purga. Quando chegou a Chanceler, em 1933, as universidades alemãs, até então mundialmente respeitadas, foram forçadas a demitir académicos judeus e/ou opositores políticos. Rapidamente, estas instituições transformaram-se em centros de propaganda nazi.


Queima de livros na Alemanha nazi

Na União Soviética de Estaline, as universidades foram submetidas ao que se pode chamar de uma “revisão curricular”. O mesmo que o "democrata" Putin continua a fazer. Em ambos os regimes, departamentos inteiros foram encerrados, bibliotecas censuradas, e professores não só demitidos, mas muitas vezes enviados para campos de concentração ou para aquela célebre invenção soviética: os Gulags.

E agora, Putin. A interferência nas universidades segue um caminho mais gradual e sofisticado — coisa de quem já foi espião. O controlo não se manifesta por purgas, mas por meios mais subtis: o financiamento está condicionado à lealdade política.

A principal diferença para a situação actual nos EUA é, por enquanto, a escala e os métodos.

Para além do patético questionário enviado às universidades portuguesas, o Nobel da Paz Trump e os seus acólitos pretendem, entre muitas outras medidas:

• Cortes orçamentais e realocação de fundos: a administração propôs reduções significativas no orçamento do Departamento de Educação.

• Uma Ordem Executiva sobre Liberdade de Expressão: Trump alega que as universidades estão a silenciar as vozes conservadoras.

• Restrições aos estudantes internacionais: impôs políticas mais apertadas para a atribuição de vistos de estudante.

É curioso (ou talvez nem tanto) como, por vezes, um governo que apregoa "liberdade" e "inovação" decide que investir no cérebro é um gasto supérfluo. A educação, segundo Trump, parece querer apostar mais em memes do que em física quântica (que, confesso, também não percebo nada) 

Espero, esperamos, sinceramente que a história não se repita. 

Quando os líderes começam a desconfiar das universidades, dos livros e de quem pensa de forma independente, raramente procura-se e verdade ou a inovação.

É a tesoura a virar-se contra o conhecimento, contra o futuro.

O problema não é só de Trump. É a aceitação e normalização de um discurso que despreza a ciência, que não acredita na educação e levanta a bandeira da ignorância em bandeira.

"This Woman's Work" da Kate Bush é uma música profundamente emotiva e carregada de significado. Foi escrita para o filme She’s Having a Baby (1988) e toca num momento específico e angustiante da história: o parto da personagem feminina corre mal, e o protagonista é confrontado com a possibilidade de a perder.

A conclusão é vossa. 

E agora a versão de Maxwell

As versões são tão poderosas...que me presenteio com ambas.

 

segunda-feira, 14 de abril de 2025

"Branca de Neve e os Sete Anões"

Agência de serviços - Os 7 anões 


“O que não é útil à colmeia, não é útil à abelha.” Marco Aurélio

"Branca de Neve e os Sete Anões" é um filme de animação musical americano de 1937 produzido pela Walt Disney Productions. Foi baseado no conto de fadas alemão de mesmo nome dos Irmãos Grimm. Trata-se da primeira longa-metragem de animação da história do cinema.

Esta produção suscitou várias críticas. A opinião que corria é que as pessoas não iriam pagar um bilhete de cinema para verem bonecos.
Acabou por ser um sucesso de crítica e público. Arrecadou milhões de dólares. Recebeu um Oscar honorário em 1939. Este prémio especial foi atribuído a Walt Disney pela inovação e excelência artística do filme. O Oscar honorário consistia na estatueta habitual no tamanho normal e sete estatuetas em miniatura, representando os sete anões.
A animação, a música e a história intemporal do filme continua a encantar o público de todas as idades. Tanto é assim que está para muito breve a nova Branca de Neve e os 7 anões.
Os personagens são sobejamente conhecidos:
• Branca de Neve: Uma princesa gentil e bondosa que conquista a amizade dos sete anões.
• Rainha Má: A madrasta invejosa de Branca de Neve, obcecada pela beleza e pelo poder.
• Príncipe Encantado: O príncipe que salva Branca de Neve do feitiço da Rainha Má.

E os sete anões. Eram mineiros. Trabalhavam numa mina de diamantes, o que explica a riqueza e a casa confortável onde viviam. O trabalho na mina era uma parte importante de suas vidas e definia sua rotina diária. Os seus nomes são:
• Mestre
• Zangado
• Feliz
• Soneca
• Dengoso
• Atchim
• Dunga

O que me fez fantasiar e vestir os calções da meninice? Bem, o facto dos 7 anões serem uma grata memória de muitas gerações e, simultaneamente, formarem uma equipa de sucesso. Cada um tem a sua competência e, com mais ou menos ajustes ou zangas, conseguem coordenar-se.

1. Mestre (a Liderança) - O estratega que mantém o rumo certo. Analisa o mercado, ajusta as coordenadas e traça um rumo. Temos sempre de ter um guia.

2. Zangado (o Vendedor Resiliente) - Nem todos os clientes são príncipes simpáticos. Alguns são verdadeiras bruxas más. O Zangado, com a sua resiliência, sabe que a conversa não acaba no Não... Resmunga, resmunga e consegue o SIM.

3. Feliz (O Especialista em Customer Experience) - Um serviço bem-humorado ajuda a vender. O Feliz sabe (e sempre soube) que um Cliente satisfeito não só volta, como traz amigos.
Do ponto de vista neurofisiológico, o sorriso natural surge de forma espontânea. Ele acciona os neurotransmissores relacionados com a sensação de prazer e bem-estar, as tais de endorfinas. Estas têm o poder de controlar a reação do corpo à tensão, regulando algumas funções do sistema nervoso e melhorando o humor. Daí que o verdadeiro sorriso natural não seja resultado de aprendizagem ou treino olímpico, mas de uma resposta biológica automática e inata no ser humano.
Parece haver esperança neste mudo da IA para os vendedores

4. Dunga (O Aprendiz) - Apesar de ser o mais calado, o Dunga observa tudo. Tem uma visão periscópica. Ele aprende sobre tendências, sobre marketing, sobre vendas... Quem não percebe a velocidade com o que mundo gira, vai ficar para trás no competitivo e ambicioso mundo das vendas.
5. Soneca (O Guru da Automação) - Soneca faz uma gestão perfeita entre os recursos escassos que possui e o tempo que quer para si, isto é, ele trabalha de forma inteligente. Usa o CRM e e-mails automatizados. Assim não perde as leads. Assim ganha tempo para o que mais gosta de fazer, dormir.

6. Atchim (O Radar de Oportunidades) -O Atchim tem um dom. Ao farejar as oportunidades, as que são boas, ele diz Atchim. A cada ATCHIM! pode aparecer uma novidade tecnológica, uma nova oportunidade, uma legislação... e ele fala logo com um dos seus 6 irmãos.
Curiosamente conheço uma catraia que espirra quando (e só quando) o chocolate é bom.

7. Dengoso (O Rei do Networking) - The last but not the least, o Dengoso. Ele sabe e soube sempre que as vendas são baseadas em relações e confiança. Conquista os seus Clientes com charme. É um ouvinte atento e respeitador. Ele escuta e, posteriormente, cria os relacionamentos profissionais. Afinal, ninguém resiste a um profissional que realmente se importa.
E a Branca de Neve? É o Cliente, claro! Se não cuidarmos dele, vai aparecer um concorrente a oferecer um saboroso e imperdível chocolate.
E a Rainha Má? Simboliza a má concorrência. Simboliza as táticas de marketing enganosas ou ofertas aparentemente irresistíveis. Também pode encarnar a inveja do sucesso alheio.
Moral da História: No mundo das vendas e do marketing, não basta apenas ter um bom produto – é preciso ter uma equipa equilibrada, onde cada talento contribui para o sucesso.
Lição desta História: Uma equipa forte, equilibrada e com o mindset certo potencia e transforma qualquer negócio, ou, como dizem os 7 Anões: "Eu vou, eu vou..."
Uma pergunta: Que anão escolheria ser?

Buffalo Springfield - For What It's Worth - Muita gente pensa que é uma música sobre a Guerra do Vietname, mas na verdade foi inspirada por uma série de confrontos entre jovens e a polícia em Los Angeles, ligados ao encerramento de clubes noturnos no Sunset Strip. Os jovens protestaram contra a repressão e contra a repressão da polícial.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

A Vespa 50s e a Agência Imobiliária: Primos Inesperadamente Semelhantes

BRED - Real Estate

 


A Vespa 50s e a Agência Imobiliária: Primos Inesperadamente Semelhantes

Pense na Vespa 50s como aquela boutique imobiliária que consegue infiltrar-se em qualquer bairro da cidade.
Assim como a Vespa 50s consegue deslizar por ruelas estreitas onde os automóveis ficam encravados, a BRED quer conhecer cada cantinho do mercado que outros nem sabem que existe.
"Ah, pretende uma moradia com vista para o mar, garagem para três carros a um preço espectacular”…a BRED vai tentar encontrar...
A Vespa tem aquela bagageira minúscula sob o assento. Lá podem acontecer milagres. Cabe uma mala, um capacete e talvez as esperanças de não apanhar chuva.
A BRED não quer prometer milagres, …mas esforça-se para os criar.
Quando a Vespa 50s fica sem gasolina, basta abanar o veículo e aquelas últimas gotas no depósito fazem-no chegar à bomba. É assim que a BRED funciona…vamos até à última para conseguir o que nos pedem.
E assim como a Vespa que parece frágil mas atravessa décadas mantendo o seu encanto, a BRED, apesar de ser bem mais nova, carrega consigo muita experiência e seriedade.
No final, ambas vendem a mesma coisa: liberdade e sonhos, embora uma venha com espelho retrovisor e a outra com taxas não mencionadas na publicidade.
Venha conversar connosco.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Vamos lá proteger as plantas do sol.

 

Nota falsa ...que pega fogo ao ser manuseada


Vamos lá proteger as plantas do sol...o que norteia as novas políticas americanas

Estamos perante mais um novo e brilhante capítulo da economia americana.

Ah, falo, claro, das tarifas do presidente Trump — o remédio universal para todos os males económicos. Ninguém explica exatamente porquê, e ainda assim esperam que acreditemos numa América forte e pujante… Só esqueceram de contar aos Fellow Americans que são eles quem vai pagar mais pelos produtos que compram todos os dias.

É fascinante como, após séculos de desenvolvimento da teoria económica, chegámos finalmente à grande descoberta: o caminho para a prosperidade está em cobrar mais por tudo — e por nada. Como no caso dos pinguins consumidores das Ilha Heard e Ilhas McDonald, ávidos consumidores. Trump deve ter pensado que estavam a falsificar o Big Mac.

As empresas americanas que dependem de matérias-primas importadas estão certamente radiantes com a ideia de custos mais altos. E os consumidores? Bem, quem não adora pagar mais só porque sim? "Estas tarifas fazem-nos sentir Gourmet e ricos" ..dizem os americanos.

Há algo de nostálgico — quase comovente — neste regresso às políticas comerciais do século XIX. Enquanto o mundo caminha rumo à integração económica, a grande América, bastião do comércio livre, dá passos firmes e decididos… para trás.

Por que aprender com a história, se podemos simplesmente repeti-la com entusiasmo renovado?

A verdadeira ironia é que, ao se "proteger" a indústria americana, cria-se um ambiente onde essa mesma indústria torna-se  menos competitiva no cenário global.

É como proteger uma planta do sol — feito com as melhores intenções e com resultados totalmente previsíveis.

Vamos todos aplaudir esta gloriosa vitória do posicionamento político sobre o bom senso económico.

As nossas carteiras vão ficar mais leves — mas tudo bem. Podemos consolar-nos com a imagem de Adam Smith a revirar-se suavemente na sua campa.

Parabéns, América.

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Agora para nós, Fellow Europeans (E não digam nada àqueles idiotas americanos…)

Vamos apostar em: 

Diversificação comercial acelerada: A UE deve intensificar esforços para concluir acordos comerciais com economias-chave — Mercosul, ASEAN e revigorar os laços com a muribunda CPLP. Menos dependência de mercados instáveis, mais resiliência económica.

Investimento em sectores estratégicos: A EU pode responder com um plano coordenado de investimento para as indústrias mais afectadas.

 Diplomacia económica: Formar uma coalizão internacional com as outras economias afectadas. Falo de Canadá, México, Japão e India 

Investir em R&D e Educação: Será uma das formas mais estratégicas de contrariar tarifas americanas, especialmente no contexto actual de guerra comercial e protecionismo crescente. 

E estes caminhos, todos concomitantes: 

• Substituição de Importações

• Aumento da Competitividade Global

• Migar para Sectores de Alto Acrescentado

• Estímulo Económico Interno

Se quisermos proteger as nossas "plantas", então que seja com ciência, sol e estratégia — não com sombras populistas.


ABBA - Waterloo - Talvez a música mas emblemática do Festival da Canção.


domingo, 6 de abril de 2025

A Honda e a Arte de Encontrar o Sucesso no Inesperado

Honda 50


“If plan “A” fails — remember you have 25 letters left” - Chris Guillebeau

Podemos não acertar à primeira, o que acontece a maior parte das vezes. Mas podemos acertar lá mais à frente. Há um fine tuning permanente que pode e deve ser feito.

Lembro-me de ler sobre o lançamento da Honda (motos) nos Estados Unidos nos anos 60 do século passado. Eles quiseram entrar com motos de grande cilindrada, pois o mercado americano era assim. Apenas big bikes. Reinava a Harley Davidson e, mais afastada, a Triumph.

Os japoneses tinham motas grandes e mais baratas. Mas, na altura, estas eram menos ajustadas ao tipo de utilização feito na América. Os americanos faziam grandes viagens nas suas motas. As motas japonesas tinham dificuldades em responder a este desafio: pingavam óleo e tinham que ser arranjadas no Japão. Toda a margem conseguida na venda esbatia-se no serviço de reparação.

A operação nipónica tinha, apenas para serviço interno da empresa, umas motos mais pequenas. Enquanto isso, a estratégia das motos de grande cilindrada corria mal. Um dia, para combater a frustração com os resultados, um dos gestores foi fazer um cross com uma das suas motas mais pequenas.

Gostou tanto da experiência que resolveu convidar os seus colegas para uma aventura semelhante. Todos apreciaram o passeio. Mas, o mais importante foi que, sem terem planeado, atraíram público. Quando terminaram o passeio, foram interpelados pelos espectadores que perguntaram onde se vendiam aquelas motas.

A resposta inicial foi surpreendente: "Não estão à venda; não temos para vender." Estavam tão presos à sua estratégia original das motas de grande cilindrada que resistiam à nova oportunidade.

Somente após muita insistência por parte de inúmeros americanos interessados, a Honda começou finalmente a vender nos States estas motas de mais baixa cilindrada. O resultado? Uma revolução no mercado americano de motociclos.

A Honda não apenas percorreu várias letras do abecedário na sua trajectória de crescimento, como também teve de alterar completamente a sua estratégia inicial.

Muitas vezes a solução para o sucesso está na embalagem, num subproduto ou numa abordagem diferente. Neste caso, estava num produto secundário - as motas que eles nem sequer comercializavam nos Estados Unidos.

Esta história demonstra que vale a pena tentar, adaptar-se e, acima de tudo, nunca deixar de observar atentamente o que nos rodeia. As maiores oportunidades frequentemente surgem onde menos esperamos.

Alguns dados

Em 1959 começa a exportação para os EUA.

Campanha publicitária "You meet the nicest people on a Honda" muda a imagem das motas no Ocidente.

Tratou-se de uma revolução silenciosa. Enquanto o mundo ainda via as motas como coisas de homens ou rebeldes, a Honda 50 colocava donas de casa e trabalhadores a andar pelas cidades. 

Em pouco tempo, começou a dominar a Ásia, depois a Europa e, em força, os Estados Unidos, onde o famoso slogan "You meet the nicest people on a Honda" quebrou o estigma das motas associadas a gangues.


Mais de 100 milhões de unidades vendidas


Uma conclusão

Como me dizem e como digo, o "fine tuning" permanente é essencial. Às vezes o sucesso está num subproduto, numa abordagem diferente ou simplesmente em estar atento ao que acontece ao nosso redor e disposto a ajustar o rumo quando necessário.

Uma nota: Obrigado América...quando voltarei a dizer o mesmo...não sei


Jet  Air lainer  - Steve Miller canta sobre o prazer de viver o dia de hoje porque nunca se sabe o que o amanhã trará. Encoraja os ouvintes a “cavalgarem no seu vento favorito” e a desfrutarem da diversão do mundo que os rodeia. É um hino perfeito para os  que querem viver a sua vida sem arrependimentos.

 



https://youtu.be/JHa1hiFYbFQ?si=3Mn-s5pZGRx1XoiM

quarta-feira, 2 de abril de 2025

MEGA - Make Europe Great Again: A Versão Gourmet e não só a contrapor ao MAGA


MEGA - Make Europe Great Again 

Hoje. 2 de Abril, é o dia em que um ser alaranjado, proveniente de um planeta que dá pelo nome Mar-a-lago vai monologizar e nos vai deixar expectantes.

Mas vamos lá. Nos últimos anos, temos sido bombardeados com a frase "Make America Great Again". Está quase transformada num chavão político de proporções quase mitológicas ou trumpológicas seja lá o que isso queira dizer.
E se pegássemos na ideia e a aplicássemos aqui deste lado do Atlântico? "Make Europe Great Again" soa bem, não? Parece um convite para um regresso à grandiosidade, mas com um toque de sofisticação, como um croissant bem folhado e um queijo da serra , tudo na mesa com uma bela garrafa de tinto e umas belas tapas.
Isto, os "magenses", não conseguem. Mas conseguem os MEGANSES.
Se o MAGA original evoca imagens de chapéus vermelhos e fast food, a versão europeia tem de ser diferente. Tem de ser mega
Aqui, não se faz grandeza com hambúrgueres duplos, mas sim com um expresso curto, um pastel de nata e uma discussão acalorada sobre filosofia ou futebol num qualquer café europeu
Enquanto uns orgulham-se da sua independência e muros, nós preferimos um espaço Schengen onde se pode atravessar fronteiras sem sequer tirar as mãos dos bolsos do sobretudo …uma via verde de turismo e cultural
Claro que "Make Europe Great Again" pode levar a debates filosóficos intermináveis. Quando é que a Europa foi verdadeiramente grande? No tempo dos romanos? Nos descobrimentos? Durante o Renascimento? No Euro 2016 quando Portugal limpou a França em casa deles? Nessa altura já havia americanos...
A verdade é que a Europa nunca foi uma coisa só. Enquanto uns estavam a construir catedrais, outros estavam a cortar cabeças com guilhotinas ou a inventar a sauna.
Mas se há algo que sempre fez a Europa ser grande, foi a sua capacidade de ser um caldeirão de ideias, culturas e perspectivas.
Aqui, cada país tem o seu tempero. Temos a fleuma britânica, à paixão italiana, o pragmatismo alemão, o fervor espanhol e o talento inato dos portugueses para improvisar soluções de última hora.
Porém, nos últimos tempos, a Europa tem-se tornado perigosamente dependente dos Estados Unidos e da China, tanto em tecnologia como em produção industrial.
"Make Europe Great Again" também significa reindustrializar o continente, investir em produção própria e reduzir a nossa dependência de importações baratas que muitas vezes chegam com um preço oculto: a perda de empregos locais e o enfraquecimento da nossa capacidade de decisão. Precisamos de recuperar a nossa indústria, apostar em inovação e garantir que, quando falamos em produtos de qualidade, "Made in Europe" volte a ser sinónimo de excelência.
Portanto, se quisermos mesmo tornar a Europa grande outra vez, talvez não precisemos de slogans ou bandeiras. Basta voltarmos ao essencial: boa comida, boas conversas e a certeza de que, apesar das nossas diferenças, há sempre um avião a apanhar para um qualquer país europeu.
Deixem os americanos enviar para cá as Levis, as Harley Davidson (para quem gosta) , os Beach Boys, os filmes do John Ford e do Clint Eastwood …e mais algumas cenas...

segunda-feira, 31 de março de 2025

A bola é quadrada

 

A bola é quadrada - JPM 

A recente disputa entre Fernando Gomes, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), e Pedro Proença, actual líder da mesma entidade, tem agitado os bastidores do nosso futebol.

O conflito intensificou-se quando Proença afirmou, em carta enviada às federações europeias, que contava com o apoio de Gomes na sua candidatura ao Comité Executivo da UEFA. Gomes, por sua vez, desmentiu publicamente esse apoio e acusou Proença de destruir o seu legado construído ao longo de 13 vitoriosos anos.

Isto já não é uma guerra, parece ser uma novela mexicana dobrada em português do Brasil.

A “coisa”, à falta de um nome, ganhou uma dimensão de abertura de todos os telejornais. 

Estranho ainda o Presidente Marcelo não se ter prenunciado ou tentado fazer uma acareação 

Os clubes também entraram na conversa. Não sabem ficar calados. O Sporting e o FC Porto disseram estar “seriamente preocupados”, o que é basicamente futebolês para "o que é que estes dois andam a fazer?".

Entretanto, a APAF decidiu dar "total apoio" a Proença. Agora, a FPF já pediu uma reunião urgente com o Governo, porque quando o futebol português entra em crise, nada como chamar políticos para resolver (ou piorar) a situação. 

Também vão recorrer ao Conselho de Ética do Comité Olímpico, porque, claramente, o que esta novela precisa é de mais burocracia!

Em suma, este "clássico" nos bastidores do futebol português tem todos os ingredientes de um verdadeiro dérbi: acusações mútuas, desmentidos públicos e uma plateia de clubes e instituições a assistir com apreensão.

 Resta saber se este "jogo" terminará com um apito final conciliador ou se prolongará para "tempo extra" nos corredores da UEFA.

Por favor, chamem o VAR! E , já agora, despeçam o Martinez.


terça-feira, 25 de março de 2025

Here comes the sun


 


A primavera traz dias mais longos, temperaturas mais amenas e aquela vontade de aproveitar o ar livre. Um prato de caracóis com umas imperiais numa esplanada ao sol soa como um óptimo plano, não?

Se fores à praia, não te esqueças do chapéu de sol. Este parece perfeito para gerires o sol que apanhas...
Here comes the sun

quarta-feira, 19 de março de 2025

A essência de se ser pai




Trata-se de um texto a 4 mãos. As do meu pai, que já não anda por cá, e as minhas. Eu que não sou pai

Ser pai não é apenas uma questão de biologia, mas sim de presença, de entrega e de amor incondicional. É estar lá nos momentos de alegria e nos desafios, nas pequenas vitórias do quotidiano e nas grandes decisões da vida. É dar a mão sem prender, ensinar sem impor, guiar sem sufocar.

O verdadeiro pai não é aquele que tem todas as respostas, mas aquele que está disposto a procurar, junto dos seus filhos, as melhores perguntas. É aquele que ensina que errar faz parte do caminho e que o carácter constrói-se, sobretudo, nos momentos difíceis.

Ser pai é, muitas vezes, aprender enquanto se ensina. É redescobrir o mundo através dos olhos curiosos de uma criança, é reencontrar a magia das pequenas coisas e perceber que o maior legado não está nos bens materiais, mas nos valores transmitidos e nos laços criados.

Neste Dia do Pai, celebremos aqueles que, com amor e dedicação, fazem da paternidade um verdadeiro acto de presença e compromisso. Porque ser pai é, acima de tudo, um privilégio e uma missão nunca acabada de carinho e amor.

Seria algo parecido que ele escreveria. É o que me saiu.

Feliz Dia do Pai!


sexta-feira, 14 de março de 2025

ANDA TUDO A PARTIR-SE

Anda tudo a partir-se 




A inconstância na aplicação das taxas aduaneiras por parte da política americana reflete uma abordagem volátil e frequentemente impulsiva, em vez de reativa, em relação ao comércio internacional.
Sob diferentes administrações, os Estados Unidos têm alternado entre políticas proteccionistas e acordos comerciais mais (ou bem mais) flexíveis, ajustando as tarifas de acordo com interesses económicos e políticos momentâneos.
Esta falta de consistência gera incertezas nos mercados globais, afecta tanto os países parceiros como as próprias empresas americanas, que enfrentam custos inesperados e dificuldades para planear no médio e longo prazo.

Além disso, a aplicação desigual de tarifas pode enfraquecer as relações diplomáticas e comerciais, criando tensões que influenciam a estabilidade económica global.

Já nesta curta presidência, Donald Trump lançou taxas aduaneiras elevadíssimas sobre as bebidas alcoólicas, uma característica da sua instabilidade e imprevisibilidade. Impôs tarifas sobre importações de diversos produtos, incluindo vinhos e outras bebidas, muitas vezes como parte de disputas comerciais, como a guerra comercial com a União Europeia e a China.

Essas mudanças frequentes e inesperadas nas tarifas geram incerteza no sector (e nos sectores correlacionados), afectando tanto os produtores estrangeiros como os consumidores americanos. Estes vêem os preços subirem devido aos custos adicionais. A falta de consistência nas políticas comerciais prejudica a previsibilidade do mercado de bebidas alcoólicas, criando desafios para importadores e produtores que dependem de uma política mais estável.

Este exemplo no nicho das bebidas alcoólicas reflete-se na queda do governo em Portugal. A instabilidade política gerada por essa queda pode afectar a confiança dos investidores e a continuidade das políticas públicas. A incerteza quanto à formação de um novo executivo pode atrasar decisões importantes e comprometer a execução de reformas e investimentos.

Além disso, essa instabilidade pode enfraquecer a posição de Portugal nas negociações internacionais e dificultar a cooperação entre os diferentes partidos.

Num cenário económico já desafiante, a incerteza de não ter governo pode agravar a situação, criando um ambiente de apreensão entre os cidadãos e os agentes económicos.

Não sei quem saiu a ganhar da queda deste governo...sei quem saiu a perder, NÓS.
Walking in broken glass , a grande Annie Lennox

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Vespa 50S - Modelo pombalino

 

Vespa 50S - modelo pombalino
Se o Marquês andasse de #Vespa...seria uma destas.



Desconecte-se

 



Estamos perante algo que está a afectar a nossa saúde, a capacidade de nos relacionar-mos ...etc.
Desligarmo-nos da internet pelo menos uma hora antes de nos deitarmos é uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade do nosso hashtagsono. Em vez de passarmos o tempo online, optemos por actividades mais tranquilas
Criar uma rotina nocturna sem ecrãs permite-nos ter um sono mais profundo e restaurador, oque resulta em dias mais produtivos, equilibrados e saudáveis.